O retorno a Hogwarts..!



- Ninfadora você vai se atrasar! - gritou Andrômeda Tonks, pela quinta vez em quinze minutos, mas todo o seu esforço era em vão, pois a menina não saia do quarto.

- Já estou indo. – mentiu.

Ninfadora Tonks, ou como ela preferia, apenas Tonks, ainda não havia se decidido entre seu jeans rasgado habitual ou uma saia preta um pouco acima dos joelhos.

Vinte minutos depois ela desceu com a saia, botas cano longo, uma camisa de uma banda bruxa com um casaco preto e seus cabelos estavam azuis espetados.

- Ninfadora! Onde já se viu? Você vai falar com sua ex-professora vestida desse jeito? O que ela vai pensar? – falou uma Andrômeda perplexa assim que a filha desceu as escadas. Sua casa era bem decorada em tons de verde e azul claros, havia fotos trouxas por todo lado e o ambiente era bem agradável.

- Mãe... A McGonagall já me conhece, sabe que esse é o meu estilo e além do mais ela só quer me dar os parabéns pessoalmente, não é nada de mais...

- Ninfadora minha filha, você não pode ir a uma festa assim... Você já tem 18 anos e mesmo assim continua se vestindo com uma pré-adolescente rebelde!

- Mãe! Não é uma festa, é só uma comemoração com meus antigos professores.

- De qualquer forma, como sua mãe e amiga te proíbo de ir vestida desse jeito. Suba e ponha uma roupa descente. E trate de mudar esse cabelo também. E rápido!

Tonks subiu até seu quarto e vencida por sua mãe, pôs uma calça jeans que ela ainda não havia feito o “estilo Tonks”, uma blusa coral com um pequeno decote e uma sandália se salto. Olhou-se no espelho e achou estranho estar vestida daquela forma, era realmente bizarro na sua própria opinião. Lembrou-se que a mãe havia dito para mudar o cabelo também, mas não sabia em que cor colocar, a mãe não gostaria de rosa choque, nem roxo e muito menos verde. Optou por um castanho claro meio liso até a metade das costas. Resolveu deixar os olhos em sua cor natural, negros.

- Pronto, mãe. Melhorou? – perguntou Ninfadora assim que desceu as escadas.

- Nossa Andora, você está realmente ótima! Pode até arranjar um genro pra mim agora.

- Mãe... Por Merlim pare com essa mania.

- Não sei porque você não namora o Carlinhos.

- Mãe, ele é só meu amigo e além do mais está na Romênia agora.

- Deixa o papo para depois e vá logo, não quero que se atrase.

- Tchau, mãe.

- Tchau, vá com cuidado. Mande lembranças para Minerva.

Ela teria que chegar em Hogwarts às três da tarde, mas seu relógio informava que já eram 02:46. Tonks correu pelas ruas até chegar em um beco deserto e aparatou. Segundos depois ela desaparatou em Hogsmead.

Tonks queria levar uma lembrança para Minerva e depois de muitas dúvidas optou por chocolate, mas como não sabia de que tipo que a professora gostava, então levou uma grande variedade. Mas, toda essa indecisão roubou preciosos minutos dela.

Quando ela finalmente chegou à sala da diretora da Grifinólia, já estava mais de trinta minutos atrasada, pois antes de entrar no castelo ficou sentada na margem do lago relembrando os velhos tempos e depois ainda gastou algum tempo admirando o salão principal antes de ir correndo até a sala da McGonagall.

- Olá senhorita Tonks. – falou Minerva com um enorme sorriso ao rever sua antiga aluna.

- Oi professora, desculpa o atraso é que fiquei um pouco lá embaixo. – falou a menina dando um abraço na professora.

- Tudo bem querida... Meus parabéns, fiquei tão feliz quando recebi sua coruja! E seus pais, estão bem?

- Sim, estão ótimos. Minha mãe mandou lembranças.

- Diga a ela que estou com saudades.

- Pode deixar. Ah, trouxe para a senhora.

- Oh, chocolates, adoro chocolates, obrigada.

- De nada.

- Querida, sinta-se em casa. Vou chamar os outros professores.

- Ta.

Foi apenas quando Minerva saiu que Tonks reparou que na outra extremidade da sala tinha uma mesa com um bolo escrito “parabéns futura auror” e um número razoável de bebidas diferentes. Reparou também que havia várias cadeiras e poltronas dispostas por toda a sala.

Tonks andou por toda aquela sala e se lembrou das vezes que foi parar ali por conta de suas trapalhadas, então foi até a janela e viu estudantes aproveitando um dos últimos dias de verão, mas, um deles chamou sua atenção, um garoto magricela, de cabelos bagunçados e óculos de aro grosso, provavelmente primeiranista. Ela já tinha visto aquele garoto em algum lugar, só não sabia aonde.

- Senhorita Tonks! Que saudade! – exclamou uma ex-professora de herbologia.

- Ah... Oi! E aí, beleza? – perguntou a menina um pouco distraída. Mas ela não pode ouvir a resposta pois boa parte de seus professores antigos começou a cumprimentá-la.

Durante alguns minutos ela só pode ouvir frases e perguntas soltas, tais como: “Ah, Tonks, você não mudou nada!”, “Como estão os seus pais?”, “Você está gostando?”, mas quando todos concordaram com a frase “Conta para agente como está sendo o treinamento.” ela teve que contar toda a história desde sua inscrição, passando pelo seu desastroso primeiro dia até a prova que ela tinha feito duas semanas atrás.

Depois de repetir algumas partes e ouvir inúmeros comentários ela teve um tempo para sair da roda de conversa e tomar um pouco de hidromel.

- Professora, o diretor Dumbledore está aqui? – perguntou ao perceber que Minerva também saíra da conversa.

- Sim, ele está, mas provavelmente está no meio de uma reunião. Mas eu o avisei de sua vinda e ele disse que logo mais virá falar com você.

- Reunião? Reunião de que? – perguntou Tonks mesmo achando que estava sendo intrometida demais, porém a curiosidade era maior.

Minerva demorou um pouco para responder, não sabia se deveria falar sobre a vida de Alvo Dumbledore para qualquer um que perguntasse, mas o que Tonks poderia fazer de errado?

- Bem, ele está conversando com um homem que recusou o convite para ser professor de Hogwarts.

- Professor de que?

- Defesa Contra as Artes das Trevas.

- Nossa... Ele deve ter um bom motivo, porque essa matéria é a melhor de todas! – nesse momento Tonks olhou pela janela e viu o garoto magricela de novo, só que agora conversando com um dos irmãos de seu melhor amigo.

- Espantada com o jovem Potter, senhorita Tonks?

- Potter? Harry Potter? É ele? Caramba! Que incrível…

- Ele chegou em Hogwarts nesse ano, está na Grifinólia.

- Que máximo!

- Eí, Ninfadora, venha até aqui. – gritou um professor.

E lá se foi mais algum tempo falando de suas trapalhadas e relembrando os tempos de escola.

Por volta das 05:30 da tarde, Tonks pediu licença e saiu para dar uma volta pelo castelo, ficou um pouco sentada na escada de entrada do castelo vendo os estudantes e lembrando da época que ela, Rosy e Carlinhos ficavam um enfeitiçando os outros pelo terreno da escola, lembrou das vitórias da Grifinória no quadribol e até das brigas com os sonserinos. Ela ficou quase uma hora nesse momento nostálgico e foi como um susto que se lembrou que deveria voltar para sua mini-festa pois provavelmente o diretor estava a sua espera.

Ela, ainda perdida em lembranças levantou-se e foi caminhando rumo à sua festinha, quando faltavam apenas dois corredores para chegar ao seu destino, Tonks, que estava quase correndo, foi de encontro a alguma pessoa derrubando-a no chão, caindo por cima. Foi tudo muito rápido e ela mal pode ver quem era. Com agilidade, ela se apoiou no chão e se afastou um pouco, de modo a ficar cara a cara com o desconhecido.

Era um homem pálido e com uma aparência cansada, aparentava ser de meia idade e ela nunca tinha o visto em Hogwarts, mas tinha a impressão de ter visto aquele rosto antes.

Durantes os primeiro segundos eles apenas se olharam, depois disso, Tonks lembrou-se de ter visto uma cena parecida em um filme e deu uma de sus gargalhadas mais bonitas.

- Por Merlim, me perdoe. – disse ela após sua gargalhada cessar.

- Tudo bem, não foi nada. – falou o homem com certa dificuldade devido ao peso da garota.

- Me chamo Tonks, e você? – perguntou Tonks ainda em cima do desconhecido.

- Lupin, Remo Lupin.

Ela só se deu conta que ainda estava em cima de Remo quando um grupo de terceiranistas passou dando risinhos e apontando para os dois. Isso os deixou muito corados.

- Oh... Desculpe. – falou ela se levantando.

- Tudo bem. – disse Lupin quando já estava de pé.

- Você trabalha aqui? – perguntou Tonks limpando sua calça.

- Não, só vim para uma reunião com o diretor.

- Ah, você deve ser o tal que não aceitou o convite para ser professor.

- Sim, sou eu.

Tonks pensou em perguntar o motivo que uma pessoa tinha para não aceitar ser professor de Hogwarts, mas ela mal o conhecia e achou que seria muito indiscreta.

- Bem... Você está indo aonde?

- Para casa.

- Ah, não vai não, fica. Vamos até a minha festinha, você vai gostar.

- Não posso... Tenho que ir.

- Ah, eu insisto! – falou ela puxando-o pela mão.

Remo não ficou nem um pouco à vontade com a atitude daquela menina, ela mal o conhecia e já estava o tratando como um dos seus amigos. Ela definitivamente era diferente, extravagante na opinião dele. O estranho é que ele gostou, embora jamais admitisse isso para si mesmo.

- Você deve ser a aluna que está no treinamento de aurores. – falou Remo vencido pela menina.

- Sim, sou eu mesma! Como você sabe?

- Dumbledore comentou.

- Que legal! E o que mais ele falou sobre mim?

Lupin não respondeu de imediato, primeiro relembrou tudo o que sabia sobre Ninfadora Tonks. O diretor havia puxado esse assunto para mostrar os alunos incríveis que Hogwarts formava. Ele falou que Ninfadora sempre foi uma aluna com destaque para as confusões, mas o seu desejo de se tornar auror era tanto que ela parou um pouco e estudou muito, tanto a ponto de tirar as maiores notas da Grifinória nos NIEM’s.

- Para começar, sei seu primeiro nome, Ninfadora. – respondeu Lupin tentando não falar sobre o que ele realmente sabia, pois não se sentiria à vontade.

No mesmo instante em que Remo falou “Ninfadora”, a menina parou, fazendo ele parar em seguida.

- Não me chame de Ninfadora! Meu nome é Tonks! – falou em um tom relativamente irritado.

- Por que? – perguntou Lupin sem entender muita coisa.

- Não gosto do meu nome, não combina comigo. Mas me diga, o que mais Dumbledore falou sobre mim?

Remo não queria falar que ela era fascinante e foi muita sorte a dele eles terem chegado à sala de Minerva.

- Voltei! – exclamou ela assim que chegou.

- Senhorita Tonks! – exclamou o diretor indo dar um abraço na metamorfomaga.

- Estava com saudades Diretor.

- Eu também. Oh, vejo que a senhorita conseguiu trazer o senhor Lupin.

- Ah sim, eu esbarrei com ele no corredor.

- Você realmente tem jeito com as pessoas, o chamei diversas vezes e não consegui trazê-lo.

Esse comentário fez Lupin corar, definitivamente aquela menina conseguia constrangê-lo mesmo sem querer.

- Bem, de qualquer forma, sinta-se à vontade, senhor Lupin. – disse Minerva apontando um lugar para os recém-chegados.

Dumbledore sentou-se entre os dois.

- Pois bem senhorita Tonks, como está sendo o treinamento?

Tonks repetiu toda a história dando pequenas pausas para que Dumbledore fizesse algum comentário. Durante toda a conversa ela não pode deixar de reparar em Lupin, que era o seu completo oposto, sério, calado. Ele apenas acenava ou fazia pequenos comentários acompanhados de risinhos nervosos.

- Creio que seus pais estão muito orgulhosos de você. – comentou Dumbledore.

- Oh, estão sim, e muito! Diretor, o senhor acredita que como presente por ter passado meu pai vai me ensinar a dirigir aqueles carros trouxas super legais!

- Fico feliz por você, Ninfadora.

- Tonks, diretor, por favor.

Lupin não pode deixar de disfarçar um sorriso. E, percebendo que o assunto havia acabado, foi logo se despedindo pois realmente não queria ficar ali por muito tempo, pois havia se desacostumado a conviver com pessoas durante todo o tempo que passou sozinho.

- Bem Diretor, senhorita Tonks... Eu preciso ir, sabe... já está tarde. – disse Remo, levantando-se.

- Fique mais um pouco Remo. – pediu ela.

- Eu realmente não posso.

- Sabe Ninfadora, creio que realmente já está tarde, seus pais podem ficar preocupados. Acho que já está na sua hora também. Tenho certeza que o senhor Lupin seria uma boa companhia até os portões.

Tudo o que Lupin mais temia acabara de acontecer, ele definitivamente não queria ficar sozinho com aquela menina de novo.

- Bom... Tudo bem, então eu também estou indo. Tchau Diretor. – disse Tonks abraçando-o.

Lupin se despediu de todos presentes na sala, mesmo não conhecendo a maioria. Tonks demorou um pouco mais e ele teve que esperá-la do lado de fora, mas antes de sair Dumbledore falou uma das coisas mais importantes a serem ditas naquele dia: “Remo, você ainda é jovem, tem uma vida toda pela frente, não fique se auto depreciando, você não merece isso! Tente se abrir para novas experiências. Sei que não é fácil, mas pode ter certeza que um dia você vai encontrar uma pessoa que vai ajudá-lo. Talvez mais rápido que você imagina.”

- Ah, que susto! Pensei que você já tivesse ido, obrigada por me esperar. Sabe, quando eu estudava aqui pensava que era só mais uma aluna, mas todos esses professores me adoram! É tão bom se sentir querida..., não é? – perguntou Tonks.

Remo não sabia o que responder, ele não se lembrava da última vez que se sentira amado por alguém.

- É...- foi a única coisa que ele pode responder.

- Eí, você tem filhos?

- Não.

- É casado?

- Não.

- Então... Tem namorada?

- Não.

- Bem... Você é a primeira pessoa que conheço que não tem assunto, sabe? Você responde com palavras curtas! Você não acha isso chato não?

- Não.

- Viu só?

O humor daquela menina era tão contagiante que ele não pode deixar de rir.

- Desculpe. É o meu jeito. Mas... Vejamos, onde você mora?

- Ah... Você não deve conhecer... Fica a uns 2 quilômetros de King Cross. É um bairro trouxa, meu pai é trouxa.

- Bem, seus pais não vão ficar chateados por você está chegando em casa no escuro?

Tonks não pode deixar de rir com a pergunta de Remo, ele a fez parecer uma criança.

- Eí, não sou mais um bebê! Já tenho 18 anos! E além do mais, conheço todo mundo da minha rua.

- Mas eles não são trouxas? Você não pode desaparatar lá.

- Eu desaparato em um beco deserto e vou a pé para casa.

- E esse beco não é perigoso?

- Olha para falar a verdade é um pouco, mas eu tenho uma varinha. Mas por que você está perguntando isso? Quer me levar em casa? – perguntou Tonks de uma forma que fez Lupin corar.

- Não, acho que seus pais não iriam gostar.

- Deixa de ser piegas! Vamos, só assim teremos mais alguns minutos para conversar.

- Não sei...

- Ah, vamos sim. Você vai adorar conhecer minha rua...

- Ninfadora, eu acho que não é uma boa idéia.

- Não me chame de Ninfadora! Meu nome é Tonks, eu já disse. Da próxima vez eu azaro você! – falou a metamorfomaga cujo cabelo ficou em um tom avermelhado ao ouvir seu nome.

- Ah, desculpe-me Ninfadora. – falou ele só para irritá-la.

- Tonks pegou sua varinha rapidamente apontando-a para Lupin.

- Eí, você está pensando que estou brincando? – perguntou uma Tonks séria.

- Não, de forma alguma! Vamos, me azare. – falou Lupin com as mãos para o alto.

Os dois já estavam fora do castelo e a noite estava ótima, o céu estrelado e a lua minguante. Batia uma pequena brisa nos cabelos de Tonks fazendo-os voar pelo seu rosto e essa imagem era linda aos olhos de Lupin.

Ela se aproximou, ficando a dois palmos dele, e isso o assustou.

- Só não faço isso porque te conheci hoje.

Os dois se encararam por mais alguns segundos, mais do que seria necessário. Lupin decorou cada traço do rosto de Tonks, mas prendeu-se em seus olhos negros, ele jamais vira coisa mais linda em sua vida.

Tonks por sua vez ficou encantada com o rosto do homem que acabara de ameaçar. Ele aparentava ter uns 37 anos devido às rugas,mas Tonks achava que ele tinha menos. Seu cabelo castanho claro e sua barba por fazer chamaram a atenção da menina.

- Bem, temos que ir. – falou Lupin quase em um susurro devido a sua vergonha de está tão próximo de Tonks.

- Ah sim, claro. Vamos.

Os dois não falaram mais nada até chegarem ao portão. Ele, porque estava muito envergonhado. Ela, porque estava perdida em pensamentos nos quais ele era o fator principal.

- Bem, chegamos. – falou Lupin ao perceber que Tonks continuava andando.

- Ah... É mesmo. – concordou ela voltando alguns passos.

- Vou te levar até sua casa. – Lupin atropelou as palavras ao falar, pois estava muito nervoso e olhava para seus próprios sapatos.

- Que bom! Você vai adora conhecer minha rua. – falou Tonks pegando em sua mão para aparatarem. Aquele toque fez Lupin estremecer

Os dois desaparataram em um beco deserto e escuro.

- Bem, esse é o beco.

- É bem perigoso.

- Já me acostumei.

- Você não deveria andar por aí sozinha.

- Remo, você me trata como se eu fosse uma criança!

Lupin pensou em dizer que ela era uma criança, mas não queria ser grosseiro.

- Não, eu só acho que você deveria tomar mais cuidado.

- Deixa de ser bobo... Você está falando com uma futura auror! E além do mais, olhe, já estamos perto da minha rua.

- Acho melhor eu ficar por aqui, seus pais não iriam gostar...

- Pare com essa mania de “seus pais não iriam gostar”! Primeiro: eles devem estar deitados. Segundo: que mal há em um homem cavalheiro me trazer até em casa?

- Tudo bem Ninfadora, eu te levo até sua casa. – disse Lupin meio contrariado.

- Olha, um dia eu ainda vou te azarar, e estou falando sério. – falou Tonks visivelmente irritada.

- Você deveria gostar de seu nome. Ele é diferente, combina com você.

- Eí, meu nome não tem nada a ver comigo. Ele é muito cheio de frescuras... Eí, você não quis dizer que eu sou fresca, não é? – perguntou ela em um tom ameaçador.

- Não. Só disse que gostei do seu nome porque ele é diferente, Ninfadora. – Lupin pronunciou o nome “Ninfadora” com uma certa ênfase.

- Ah... Agora não dá mais... Você vai pagar pelo que disse. – falou Tonks avançando para Lupin, que rindo, saiu correndo para fugir dela.

Lupin correu bastante, ele poderia virar-se e empunhar sua varinha, mas não seria tão divertido. Ele mesmo não se lembrava da última vez que se sentira tão à vontade com alguém.

Assim que teve oportunidade, ele se escondeu atrás de uma árvore e Tonks ainda deu alguns passos percebendo que tinha perdido ele de vista. Ela parou e olhou em volta, não o viu. Pensou em gritar seu nome, mas nesse momento ele apareceu e encostou sua varinha nas costas dela.

- Nunca dê as costas para um adversário.

- Nunca me chame de Ninfadora. – falou Tonks virando-se.

Os dois riram suficientemente alto para despertar a atenção dos vizinhos de Tonks.

- Bem, obrigada por me trazer, Remo.

- Sua casa é aqui? – perguntou Lupin levemente assustado.

- Sim, por que o espanto?

- Não sei. Só acho que seus pais...

- “...não iriam gostar”... – completou Tonks com uma voz engraçada. – Sim, sim... sei. Mas, do que exatamente você acha que meus pais não iriam gostar?

- Sou mais velho, se tivesse uma filha não gostaria de vê-la correndo por aí com um homem mais velho.

- Que besteira, Remo.

- Não, não é besteira...

- É sim!

- Andora, você não entende... O que foi?

- Você me chamou de Andora. Meu pai chama minha mãe e eu assim. Além de me tratar como uma criança, me chama como meu pai. Você definitivamente é esquisito. Sabe, gosto disso... – ela falou com simplicidade.

Lupin ficou encabulado e não sabia o que dizer, onde já se viu uma menina falar que gostava do seu jeito.

- O que foi?

- Nada.

- Você ficou quieto.

- Bem Ninfadora, já está na hora de você entrar.

- Claro que sim senhor Remo Lupin, vou obedecer você. – falou ela ironicamente.

- Tchau. Boa noite. – falou ele virando-se bruscamente para ir embora.

- Espera. – quando ele voltou, ela continuou: - Quando vou te ver de novo?

- Eu moro muito longe e não costumo sair de casa...

- Então posso te visitar qualquer dia desses?

- Você nem sabe onde eu moro!

- Te mando uma coruja e você me explica, ta?

- Tudo bem.

- Então, tchau.

-Tchau.

Lupin não ia responder coruja alguma e duvidava muito que ela mandasse. Ela, por sua vez, mandaria a coruja mesmo tendo a certeza que ela receberia uma resposta com a frase: “Seus pais não iriam gostar”.

Então, Tonks abriu a porta de casa o mais silenciosamente possível e entrou esbarrando em uma mesinha de canto. Subiu as escadas e quando passou pelo quarto dos pais, a mãe perguntou:

- Quem era aquele homem que estava com você?

- Ah, era o Remo. Ele é muito legal, me trouxe até aqui.

- Remo? Remo Lupin?

- Sim, a senhora conhece?

- Ele foi amigo de seu primo Sirius.

- Não gosto que você fique andando com homens mais velhos, Andora. Principalmente há essa hora. – Ted Tonks falou um pouco sonolento.

Tonks não pode deixar de achar graça, bem que Lupin havia dito.


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N/A: Agradecimentos para: Malu e Gabi que deixaram uma autora feliz! E... Malu, não vou abandonar a fic não! Acho que esse capítulo é a prova disso! =)

P.S.: O segundo capítulo já está pronto, só falta digitar... Ficaria grata se deixassem mais recados! Isso é a prova de que vocês estão gostando... ou não.

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