Seguindo em frente...
-Hei! Vejam se não é a minha irmã preferida! – Harry levantou-se da cadeira onde estava sentado para abraçar Hermione. – Que ótima surpresa!
- É obvio que sou sua irmã preferida Harry. Sou a única irmã que você tem. – Hermione sorriu, retribuindo o abraço. Um brilho divertido passou pelos olhos de Hermione antes dela continuar. – Portanto, sendo eu a sua irmã preferida, você vai sair desse escritório e me levar almoçar, certo?!
- Me desculpe Mione, mas hoje não dá... – Disse Harry com um olhar meio incomodo meio culpado - Estou com mil coisas pra fazer...
- Todos os dias você tem mil coisas para fazer, será que não dá pra você abandonar essa cadeira por uma horinha sequer? Pode ter certeza que eu faria isso com muito prazer, se pudesse é claro. – Hermione apontou desgostosa para cadeira de rodas a qual estava destinada a passar alguns anos de sua vida.
- Em breve você saíra pulando por esse escritório pode ter certeza. – Disse tentando animar um pouco a irmã.
- Eu sei, Harry! – Abandonando o tom emocionado que tomou depois da declaração do irmão, voltou ao assunto anterior – Mas, não mude de assunto. Por favor, diz que vai sair! Vamos passear um pouco! Do que adianta ser presidente de uma empresa se não pode nem ao menos tirar uma tarde de folga com a irmãzinha. – Disse em falso tom de indignação. Hermione sabia ser bem persuasiva quando queria.
- Ok! Dessa vez você venceu Srt ª. Potter, mas eu escolho o lugar em que vamos almoçar.
- Sim senhor capitão! – Hermione fez uma mesura a Harry e isso o fez gargalhar.
- Dê-me somente alguns minutos enquanto eu organizo algumas coisas aqui. - Harry beijou a testa de Hermione, voltou a sentar-se atrás da mesa e tirou o telefone do gancho.
Hermione recostou-se na cadeira e começou a observar o escritório do irmão. Ali era mais sua casa do que um simples local de trabalho. Afinal, Harry passava mais tempo no escritório do que em sua casa, e apesar da decoração ser a mesma que ela e Gina haviam planejado, com exceção é claro dos quadros, que não haviam sido terminados, ficar no escritório devia ser menos doloroso do que na casa que ele e Gina haviam um dia, partilhado. Os espaços onde agora deveriam estar os quadros de Gina repousavam caríssimas obras de artes, mas que não tinham valor algum para Harry. Hermione inclusive duvidava que Harry tivesse escolhido ou olhado mais de uma vez para as várias pinturas de artistas renomados que repousavam no escritório. Olhou para o irmão sentado imponente em sua cadeira com o telefone no ouvido, definitivamente Harry havia se tornado tudo o que Petúnia Dursley um dia sonhara. Era o solteiro mais cobiçado de Nova York, não que ele ligasse para isso, Hermione pensou com sarcasmo, ele poderia ser o solteiro mais cobiçado de todo o mundo e nem ao menos se daria conta. Estava casado com o trabalho.
Fazia todas as suas refeições no escritório e muitas vezes, acabava dormindo ali. Até mesmo quando não tinha trabalho algum para fazer, Harry arrumava alguma desculpa para ir à empresa.
Por mais assombroso que fosse, Petúnia parecia estar gostando dessa fase na vida de Harry. Era possível ouvi-la constantemente dizendo como o sobrinho era esforçado e pensava no seu futuro ou contrario da irmã, que só sabia lamentar o quanto ele trabalhava. “Um absurdo!” Era a frase preferida da tia para demonstrar toda a sua insatisfação com a sobrinha.
Já haviam se passado vários meses desde o acidente, e apesar de Harry ter se recuperado fisicamente, Hermione sabia que ele, infelizmente, nunca mais seria o mesmo. Nenhum deles seria. Harry havia virado escravo do trabalho, evitava eventos sociais ao máximo e parecia empregar todo esforço possível em não se divertir. Enquanto todos tentavam reerguer-se das cinzas, Hermione assistia de mãos atadas o irmão afundar mais e mais em uma tristeza disfarçada.
Dois dias depois de ter acordado do coma, Hermione teve a constatação do que já esperava, tinha perdido parcialmente os movimentos dos membros inferiores. Sabia que tinha ficado paraplégica ao perceber que não tinha sensibilidade alguma nas pernas. Não havia gritado e nem feito um escândalo, pois sabia que Harry estava sofrendo por Gina e por ela também. Manteve-se calada, chorou silenciosamente no ombro de Harry, mas manteve-se firme, até ver Ronald.
Rony estava tendo alta do hospital e tinha conseguido com Petúnia autorização para visitá-la. Ver como ele tinha ficado ao encontrá-la foi triste para Hermione. Não haviam conversado mais desde a última noite em que estiveram juntos. Mas ao vê-lo todo engessado olhando para ela daquele jeito, fez com que Hermione perdesse a cabeça, gritasse e praguejasse por tudo. No final ficaram os três sofrendo, sabendo que daquele momento em diante tudo estaria mudado.
- Tem alguém aí? – Harry passou as mãos em frente aos olhos de Hermione e estalou os dedos, ela piscou algumas vezes antes de perceber o irmão parado a sua frente.
- Terminou? – Disse Hermione saindo do transe que a havia levando a um passado não tão distante
- Sim! E eu tenho uma supressa para você.
- O que é? O que é? O que é? – Disse em uma falsa imitação de uma criança.
- Você é uma mocinha de sorte! Porque vai me ter não só para o almoço, mas pelo resto da tarde, todinho só para você.
- Oh meu Deus! Eu vou passar uma tarde inteira com: “Harry Potter o solteiro mais cobiçado de NY?” – Hermione colocou a mão no coração – Mas que honra! Eu devo ser a mulher mais invejada do mundo!
- Eu sinto um “Q” de ironia em sua voz?
- Imagina Harry, agora empurre essa cadeira que estou quase morta de fome.
Harry sorriu deliciado com a dramaticidade de Hermione. Que sorriu de volta ao ver como o irmão estava contente.
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-Hei Draco! Não precisa me esconder nada. – Gina disse quando viu Draco dar um pulo da cadeira e jogar a revista na lata de lixo que estava ao lado – Chegou uma dessas para mim hoje de manhã.
- E você leu – Draco se levantou e pegou uma das mãos de Gina para beijar.
- Li. – Retirando a mão delicadamente
- E...? – Perguntou olhando ansioso para o rosto da ruiva.
- E o quê? – Perguntou de volta como se não estivesse entendendo o motivo da preocupação do amigo.
- Está tudo bem?
- Estou ótima Draco, isso não me afeta mais. - Gina disse de maneira convencida.
- Estou vendo que Luna está fazendo um ótimo trabalho.
- E o que achou? – Gina sentou à mesa, na cadeira em frente a Draco que voltou a se acomodar onde estava minutos antes.
- O que eu achei de quem? – Perguntou o loiro meio aéreo.
- Você está bem Draco? Você me parece meio estranho.
- Oh, sim estou! Você estava falando da revista, certo?
- Do que mais poderia ser? – Gina se levantou e apanhou a revista da lata do lixo. – Já leu toda a reportagem?
- Sim eu li, mas sinceramente eu achei que o cara fosse algo mais. Tipo mais bonitão, com músculos super definidos, etc... Não um descabelado de óculos. Pelo amor de Deus, ele é um dos homens mais ricos dos EUA, será que não pode encontrar um barbeiro decente? Ou um creme para cabelos? Ou pelo menos um simples pente?
- Muito engraçado. Ele pode não ser tudo isso eu você esta dizendo Malfoy, mas pelo menos tem lindos olhos verdes. E eu gosto dos cabelos dele. – Disse com naturalidade.
- Hei você está defendendo o Potter?
- Não estou defendendo! Você tem que levar em consideração que ele é o pai do meu filho. Mas se ele não quer nem ao menos saber da existência da criança, aí o problema é dele. Só que não vai ser por isso que eu vou ficar falando mal...
- Ok Gina, você venceu. Entretanto eu acredito que o motivo da sua tão ilustre presença não é por causa de uma revista que tem o Potter na capa falando sobre a sua “tão magnífica empresa” ou é?
- É obvio que não.
- Então me diga senhorita.
- Adivinha quem vai vir ao mundo a partir da semana que vem? – Com um brilho no olhar
- Oh vocês marcaram o parto?
-Sim – Gina deu um gritinho extasiado – Marcamos a cesárea para quarta feira.
- Então vamos desmarcar todos os compromissos de quarta, somente para esperamos o nosso bebê.
- É isso mesmo. Mas agora que eu já te contei a novidade, eu vou indo, pois marquei ás onze com a Luna.
- Que tal um almoço depois disso? Eu ligo para a Maggie e peço para ela fazer aquela massa que você adora...
- Fica pra próxima Draquinho – Gina reprimiu o riso ao ver Draco fazer uma careta ao ouvir o apelido - Vou almoçar com a Luna. A Lucy vai fazer a sua massa preferida, caso você queira aparecer, ela vai chegar ás 13hrs.
- Eu almoçar com a Loovegood??? Só nos seus sonhos Gininha. – Respondeu Draco
- Sei por que nos seus, não são bem... Hum... Só almoços. – Gina gargalhou e saiu sem dar atenção aos resmungos de Draco.
Foi andando em direção, ao seu carro, mas antes de sair da recepção, ajeitou bem o chapéu com abas enormes, para que esse escondesse bem o seu rosto, essa era a sua vida. Sempre se escondendo, as únicas pessoas que a viam relaxada eram Mary, Lucy, Draco e Luna. Nunca saía de dia, e quando era obrigada a isso, era para ir ao consultório de Draco e nas sessões com Luna. Seus passeios eram durante a noite, quando havia pouca luz e ela necessitaria de poucos acessórios para se esconder. Quando não havia mais ninguém na rua, Gina saía para longas caminhadas, algumas vezes ia sozinha, mas isso raramente acontecia. Ficar sozinha a deixava deprimida. Crescera em uma casa cheia, não gostava da solidão, então quando Mary ou Lucy não a acompanhava Draco ou Luna a faziam companhia.
Gina entrou no carro e deu partida, sentiu o bebê chutando com força sua barriga. Draco costumava dizer que a criança iria ser terrível, e ela somente ria. Resolvera não saber o sexo do bebê, iria ser uma surpresa. O quarto já estava pronto, todo decorado em amarelo. Já tinha a opção de nome se fosse menino ou menina, mas não contara a ninguém, guardara somente para si.
Quando Gina soube da gravidez, fora um choque. Nos primeiros dias recusara-se a falar com qualquer pessoa que fosse. Sentira tentada a quebrar a promessa feita a Petúnia e ligar para Harry, mas não o fez. Resolveu ligar para Molly, mas o número não existia mais. Após inúmeras tentativas de contato com algum membro do clã Weasley, Gina descobriu que apesar de Petúnia a manter informada sobre sua família, ela havia deliberadamente esquecido de mencionar algumas mudanças de endereço e números de telefone. “Da mesma forma que ela nunca mencionara o nome de Harry e nem de Hermione” Gina pensou desgostosa. As informações passadas a ela eram sempre frias, vazias, não traziam conforto algum e não a faziam se sentir menos sozinha. Resolveu omitir de Petúnia a gravidez.
Duas semanas depois de Gina saber da gravidez ela resolveu encarar seus problemas. Fora abandonada por Harry e toda a sua família e agora tinha uma criança. A cirurgia teria que esperar até o nascimento do bebê. Foi aí que entrara Luna. Draco havia levado a psicóloga sem o consentimento de Gina, que a principio ficara brava, mas depois de ver Luna, consentiu em deixá-la fazer parte de sua vida.
Luna era meio avoada, e parecia sempre estar com os pensamentos muito longe do lugar onde se encontrava. Draco contara que haviam se conhecido no colegial, e como soube que ela era ótima psicóloga resolveu chamá-la para conhecer Gina. Se Luna sentiu alguma coisa a respeito da aparência de Gina, nada falou, sempre estava com o mesmo sorriso doce e meigo. Apesar de que depois de 8 meses de convivência, Gina sabia o que a fazia perder o bom humor. O que não... Quem. Draco Malfoy. No começo da relação entre Gina e Luna, Draco sempre se mantivera cordial, mas com o passar do tempo, um não suportava ficar perto do outro. Pelo menos era o que eles diziam. Mas Gina sabia que a coisa era bem diferente, por isso sempre tentava promover encontros entre os dois, Gina se divertia muito nesses encontros. Tinha Luna como uma irmã e Malfoy, Malfoy era simplesmente Malfoy.
Gina estacionou na frente ao sobrado de Luna. No andar inferior funcionava o consultório e no superior um pequeno e aconchegante apartamento onde Luna morava. Antes de descer pousou a mão sobre a barriga sentindo mais um movimento do bebê, ele ou ela estava realmente inquieto hoje, viera o caminho todo chutando e dando piruetas, e agora não era diferente.
-Ora vejam só quem chegou! Pensei que não vinha mais! - Luna estava parada na porta de entrada.
- Você não vai se livrar de mim tão cedo Luna. – Gina cumprimentou a amiga com um abraço apertado.
- Vamos. Como vai o meu sobrinho lindo? – Luna falou mais para a barriga de Gina do que para ela.
- Vamos, esse bebezinho lindo esta me deixando louca hoje. – Gina acariciou a barriga – Não para um minuto.
- Deixe-me ver. – Luna colocou a mão sobre a barriga de Gina – Ai que coisa boa Gi, é sinal que ele esta louquinho pra sair. O nosso Weasleyzinho.
- Nosso uma vírgula, ele é muitíssimo meu. - Gina ralhou com Luna, enquanto entravam no consultório, sorrindo, numa alegria momentânea.
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- E então madame? Vamos almoçar aonde? - Harry sorriu de canto ao ver a expressão de Hermione se distorcer em reprovação.
- Quantas vezes já te disse pra não me chamar de madame, Harry?
- Hum... Hoje? É a primeira vez.
- Que eu saudades eu sinto de quando meu irmão era apenas uma criança e que me obedecia em tudo. – Disse com os olhos voltados para o céu.
- Hei! Não fique resmungando desse jeito, sua chatinha. Hoje sou inteiramente seu. – Hermione revirou os olhos – Então vamos fazer o seguinte, tudo o que você quiser, eu vou fazer hoje ok???
- Jura Harry?
- Sim. Qualquer coisa. Afinal vou aproveitar essa tarde de folga improvisada, não é sempre que eu me dou ao luxo de deixar o escritório às moscas.
- Então que dizer que eu sou uma mulher de sorte? Por te tirar do escritório? – hermione falou em tom de gozação.
- Você sabe que é, minha flor! – Harry passou o braço pelos ombros de Hermione – Sabe há quanto tempo o Rony tenta me tirar um pouco mais cedo do trabalho para um futebol no fim da tarde?
- Não. Quanto tempo?
- Sei lá, até perdi a conta. – Os dois sorriram cúmplices um para o outro. – Vai ser ótimo passar à tarde com você como nos velhos tempos.
- É como nos velhos tempos. – Hermione beijou a bochecha de Harry, e olhou para ele como se nunca o tivesse visto.
- O que foi? – Harry perguntou depois de algum tempo – Parece que nunca me viu.
- É que por um momento... Ah, deixa pra lá...
- Agora você vai me falar, anda diz logo.
- Eu olhei pra você e vi que a cada dia que passa você está mais parecido com o papai. E fiquei imaginando, como seria se eles estivessem aqui sabe...
- Eu já pensei nisso, pra falar a verdade, estou pensando muito nisso ultimamente.
- Acho que se eles estivessem aqui, nada disso teria acontecido... Nós não seriamos criados pela Petúnia, e sendo assim você não precisaria sair de madrugada para casar escondido, eu não estaria nessa cadeira de rodas e...
- E a Gina não estaria morta. Sim talvez nada tivesse acontecido. - Harry olhou para Hermione com carinho – Não quero que você chore ok? – Falou ao ver os olhos da irmã enxerem-se de lágrimas – Ela se foi, mas alguma coisa dentro de mim me diz que ela permanece viva sabe?
- Como assim? – Hermione tentou engolir o choro, mas era difícil fazer isso quando falavam de Gina ou faziam alguma menção ao acidente, estava tudo ainda muito nítido em sua mente.
- Eu não sei explicar. Só sei que quando eu vou naquele cemitério, onde tem a lápide com o nome dela, eu sinto como se ela não estivesse ali realmente. É como se ela tivesse ido para um viajem longa, e pudesse voltar a qualquer momento. Deve ser algum mecanismo de defesa ou eu ainda não devo ter aceitado a morte dela totalmente. Talvez nunca aceite. – Harry falou com em um tom nostálgico. Hermione se aconchegou melhor nos braços do irmão, sem falr nada. Sabia que naquele momento, as palavras não eram necessárias.
- Para onde vamos Sr. Potter – Charles, o motorista perguntou olhando pelo retrovisor.
- Hoje quem manda não sou eu. Pra onde vamos Mi?
- Vamos para casa. Acho que eu ainda tenho condições de fazer uma massa deliciosa.
- Sim senhora. – Charles sorriu, ao ver como as crianças tinham crescido.
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- Olá Katy! – Rony sorriu galanteador para secretária de Harry, toda vez que a olhava ficava indignado, como ele podia ter uma secretaria bonita, sendo que todas as outras eram gordas ou tinham mais que cinqüenta anos? Entrou na sala de Harry, apesar dele ser seu chefe, a amizade era maior que a relação patrão-empregado que nunca era anunciado, a única vez que fizera isso Harry o havia feito ficar esperando durante meia hora, a depois ainda teve coragem de dizer que só dispunha de dois minutos, portanto era para ele se apressar. Depois disso, rony entrava e saía da sala de Harry quando queria, já interrompera reuniões, sonecas do meio da tarde, etc. Mas como ele sempre dizia ”Harry é o meu chefe, portanto devo obedecer tudo o que ele me diz” entrava sem nenhuma cerimônia.
A cadeira de Harry estava vazia, foi ao banheiro Harry também não estava lá. Olhou no relógio, faltavam quinze minutos para o meio dia, e quando Harry ia almoçar fora do escritório, sempre saía depois da uma. Sentou-se na cadeira de Harry e começou a girar. Adorava aquela cadeira, apesar de que na sua sala tinha uma bem parecida, gostava mais daquela. Parou de rodar a cadeira e sentiu-se um pouco tonto, abriu a gaveta e começou a remexer nos papéis que estavam ali. No fundo da gaveta encontrou um álbum de fotos que nunca tinha visto ali, tirou-o de dentro da gaveta e o abriu cuidadosamente.
A primeira foto era de uma Gina criança e muito sorridente, com um enorme sorvete nas mãos, a seguinte de todos eles reunidos no apartamento de Harry. E assim se seguiam às fotos. Encontrou uma em particular que o fez esboçar um sorriso saudoso no rosto. Era um aniversário de Gina, na foto estavam ele e uma sorridente Hermione que se pendurava em suas costas. A foto ficara tão natural, fora Gina que tirara, lembrava bem, estavam na casa dos Weasleys, no enorme gramado que havia em frente à antiga casa e Hermione insistira que estava cansada e queria uma carona. Então de um salto enlaçara Rony pelo pescoço, enganchara as pernas na sua cintura e fez com que ele a carregasse. Gina tinha captado algo mágico, como se tivesse sentimentos naquele pedaço de papel, a irmã sempre tivera habilidades para fotos, mas encarava isso mais como um hobby, pois queria mesmo ser uma pintora de reconhecida.
E se o acidente não tivesse acontecido? Hoje Gina e Harry estariam casados, provavelmente já estaria grávida, já que os dois sempre diziam que iriam casar e Gina iria engravidar na lua de mel. Então talvez já estaria nascendo mais um Potter para o Clã.
Quem sabe ele e Hermione não estivessem engatados um relacionamento sério. Era tudo o que Rony mais queria. Ter Hermione. Mas depois que ela soube que ficara paraplégica, com pouquíssimas chances de recuperação, não quisera conversar com ninguém. Durante um bom tempo ficara dentro de casa, recusando a fazer o tratamento recomendado, não aceitando ver ninguém que não fosse Harry e as enfermeiras que a estavam auxiliando na adaptação com a cadeira de rodas.
Até que um dia, Rony atendeu ao telefone e não acreditou. Hermione estava do outro lado da linha pedindo para eu ele fosse almoçar com ela. Largou tudo que estava fazendo pegou o carro e foi ao encontro da garota. Quando chegou Hermione estava linda, penteada impecavelmente como se fosse a uma festa e havia uma mesa preparada para dois.
O almoço foi agradável, era sempre bom conversar com Hermione, ela dominava qualquer assunto. A tarde passou sem que ninguém percebessem, porém inesperadamente ela começou a falar do acidente, e do ocorrido antes no antigo apartamento dela. Disse que queria Rony somente como amigo. Ele tentara argumentar, dizendo que não fazia diferença se ela estava em uma cadeira de rodas ou não, ele percebera que a amava e que queria estar junto dela sempre. Hermione respondeu que também o amava, mas primeiro iria se recuperar para depois se envolver em algo sério com ele.
Trocaram um beijo apaixonado, e Rony resignou-se a acatar a decisão de Hermione, sempre estava ao lado dela, mas somente com “amigo”. Terminou de folhear o álbum de fotos e encostou-se na confortável cadeira, fechou os olhos, como Harry estava demorando poderia descansar um pouquinho. Acordou meia hora depois assustado com o celular vibrando em seu bolso.
- Mas que m....!!!Alô?
- Hei cara! Onde você está?
- Boa tarde pra você também Srº. Potter. No momento estou na sua belíssima sala, praticamente deitado na sua confortável cadeira esperando o senhor voltar.
- Por acaso você não está usando uma cueca minha também? – Harry gargalhou do outro lado – E aí já almoçou?
- É claro que não seu tapado, por que você acha que eu estou aqui na sua sala, to esperando você voltar para almoçarmos juntos.
- Pois eu tenho um convite irrecusável. Esqueça o trabalho e venha curtir uma tarde comigo e a Hermione sim?
- Nesse convite irrecusável inclui quantas refeições?
- Seu idiota. Venha logo, estamos esperando. Meu estomago já está nas minhas costas.
- Nunca digo não ao meu chefe. Ah! E respondendo a sua pergunta. Sim, eu estou usando uma cueca sua.
- Seu filho da p...
- Até mais chefinho. - Dizendo isso Rony desligou e seguiu sorrindo em direção ao estacionamento.
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- Bom, deixei para tratarmos desse assunto por último.
- Estava demorando. Sabia que você não deixaria passar.
- Você viu uma das revistas?
- Tem mais de uma?– Gina estava encostada tranqüilamente na poltrona e parecia estar calma.
- Sim. Mas a outra não é uma revista comum. Ela é endereçada somente a profissionais da área da saúde. A Potter’s Corporation estará desenvolvendo um projeto, de construção de um centro médico aqui em São Francisco. E nos foi enviado uma revista de apresentação. Você quer dar uma olhada, e depois nós discutiremos.
- Por que você está fazendo isso Luna? – Gina olhou com olhar magoado – Pelo que eu saiba você é paga para me ajudar, não para ficar fazendo com que eu me lembre de todos que ficaram para trás. - terminou rispidamente.
- Não diga coisas que você pode se arrepender Gina. Sim, eu realmente sou paga, mas agora eu me considero mais sua amiga do que sua psicóloga. E te ajudaria até de graça. Mas como eu preciso comer...
- Me desculpe Luna, é que eu não consigo entender, sabe? No que ai me ajudar se eu ver os Potters em uma revista?
- E se um dia você topasse com algum deles na rua? O que você faria? Então tem que começar a se preparar, afinal, vai ser aqui que vão construir o Centro Médico. Qualquer um deles pode vir. E por um acaso vocês acabem se cruzando?
- Nunca Luna. E mesmo que viessem não irão me reconhecer, afinal Draco me disse que meu rosto não ficará exatamente como era antes.
- Você não está se esquecendo de nada?
- O que?
- Agora não é só você Gina, tem também o seu filho ou filha, e se esse bebê for exatamente como os Potters como você vai fazer? Não me responda agora. Isso é algo em que vamos trabalhar ainda. Agora dê uma olhada – Luna levantou-se pegou na gaveta da mesa uma revista e entregou para Gina.
- Ele é muito bonito não é? – Disse nostálgica.
- Sim realmente é um pedaço de mau caminho, se não fosse um cafajeste. - Gina sorriu com Luna, em alguns momentos ela era tão profissional em outros era simplesmente a Luna, tão direta, com suas frases inconvenientes.
- Meu Deus! Essa é a Hermione. Em uma cadeira de rodas!
- Sim, também levei um susto quando a vi, já que você sempre a descreveu como uma pessoa agitada deve ser muito difícil ter que ficar em uma cadeira de rodas.
- Foi no acidente Luna! Eu sei que foi. – Gina estava em desespero, e grossas lágrimas rolavam por seu rosto deformado.
- Procure se manter calma Gina, ficar nervosa não adianta nada. Pense nessa coisinha linda que você está esperando e relaxe.
Aos poucos Gina foi se acalmando. Falar sobre seu filho sempre teve uma reação positiva. Se algo fosse fazer mal ao bebê, Gina mudava.
- Eu estou bem. - Continuou a olhar a revista. Luna observava atentamente suas reações. Sabia que se ela visse o irmão às coisas poderiam piorar, mas era necessário e Luna mesmo vendo a dor da amiga, deixou que Gina prosseguisse.
- Oh! É o Rony! Aqui diz que é ele que vai comandar o projeto todo.
- Como se sente?
- Estou com uma saudade imensa, mas fico feliz que ele está se dando bem. Ele não parece meio arrogante sentado nessa cadeira. Ele sempre foi assim, era sentar em uma cadeira de rodinhas para se sentir o poderoso. E ficava rodando até ficar tonto. Mas ele me parece tão profissional, talvez tenha parado com essa mania.
- Ele não é mais criança Gina.
-E que você não conhece Ronald Weasley.
- E quanto ao Harry? Você falou do Ronald, da Hermione, menos do Harry.
- O Harry... - Gina pareceu pensar por um instante – Bem o Harry sempre foi assim. Pra falar a verdade, eu sempre imaginei como o ele ficaria atrás de uma mesa executiva, sabe? Ele nasceu para ser líder, e eu estou feliz que ele tenha conseguido.
- Está mesmo?
- Sim estou.
- Não tem nenhum sentimento mesclado aí?
- Tipo?
- Isso é você que tem que me dizer.
Gina ficou em silêncio durante algum tempo, o único som que se era ouvido, era o que vinha do lado de fora do consultório.
- Talvez tenha raiva.
- Do que?
- Por ele estar tão bem, e ter me esquecido, ele nem ao menos me procurou, não precisava vir aqui, poderia ter me ligado. Simplesmente resolveu que iria ser o presidente da empresa e deixar a filha da empregada de lado.
- Se fosse assim o que Rony estaria fazendo lá? Pegando um projeto que será importantíssimo para a Potter’s Corporation? Provavelmente Harry confia nele não é?
- Talvez não seja por isso então. Quem sabe Petúnia e os médicos tenham dito a ele que eu virei um monstro e que não teria recuperação.
- Você acha que monstros têm sentimentos Gina?
- Não. Por quê?
- Não se refira a você como um monstro. Você é linda e sabe disso. A casca o Malfoy vai arrumar, mas o que importa realmente é dentro de você.
- Talvez Harry se importasse mais com o que estava fora... Eu estou confusa Luna. Ele sempre me entendeu tão bem. Me incentivava em tudo. Não entendo por que ele não me quis.
- Você leu a matéria da outra revista?
- Mas de cem vezes eu acho.
- E o que você achou?
- Nunca gostei dessas revistas, sempre mostram tudo como uma futilidade.
- Você viu o que eles mencionaram sobre o acidente?
- Sim. E Harry não quis comentar sobre isso.
- Por que você acha que ele não quis comentar?
- Para não dizer que tem uma mulher deformada solta pelo mundo...
- Você acha que ele está feliz?
- Sim.
- Sinceramente.
- Por que ele não estaria? É rico. “É o solteiro mais cobiçado de New York”- Gina falou com irônia – Está rodeado de pessoas que gostam dele e provavelmente de mulheres lindas, com sorrisos cativantes e corpos esculturais, assim como era Cho.
- Quem é Cho? Você nunca me falou dela.
- Umazinha sem importância, que vivia infernizando a minha vida junto com a Petúnia. Mas não acho que ela seja tão má, sabe, agora conhecendo Petúnia como eu conheço, sei que ela era manipulada a coitada.
- Se ela era tão bonita, por que o Harry não está com ela.
- Eu não sei Luna, não sei mesmo. Às vezes, principalmente, quando eu sei que ele está sozinho, pelas notícias nas revistas, meu coração se enche de esperança, eu penso que talvez ele só esteja esperando as cirurgias acabarem para vir me buscar. Mas ás vezes...
- Ás vezes você se menospreza, como agora. E isso eu não admito, nem como sua psicóloga e muito menos como amiga. Quer me falar mais alguma coisa?
- Acho que não.
- Está tudo bem?
- Sim, só que...
- Diga Gina.
- Eu não queria que a minha criança crescesse sem um pai.
- Isso você vai poder decidir, mais tarde Gina.
- Como assim?
- Quando chegar a hora você vai entender.
Gina concordou com a cabeça. Levantou-se e foi ao banheiro enquanto Luna terminava de arrumar tudo. Estava se sentindo leve, ver o sucesso do irmão a tinha feito bem. Dentro de um ano, quando ele viria para começarem a construção, estaria bem pertinho dela, sem nem ao menos saber. Daí quem sabe o que poderia acontecer. Gina só sabia que durante esse ano ela teria que preparar suas melhores defesas, para que não desabasse.
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Domingo é o dia mais esperado de todos. Afinal é no domingo em que se confraterniza com os amigos e não se precisa trabalhar. Mas não era o caso de Harry Potter, que em pleno domingo de Sol se encontrava sozinho no escritório com alguns papéis sobre a mesa para ocupar a mente.
Ele haviam conseguido convencer Hermione a viajar com Rony para uma visita a Molly na fazenda. Harry não estava com a mínima vontade de ver Petúnia ou de viajar para a fazenda dos Weasley, então decidiu que passaria à tarde no escritório, comeria um lanche qualquer na lanchonete da esquina e talvez dormisse por ali também, já que Hermione chegaria somente na segunda pela manhã. Antes de encontrar novamente com a irmã, trocaria a camisa por outra que tinha no armário para emergências e estaria novo em folha para mais uma longa semana.
Harry se endireitou na cadeira e pegou um álbum de fotos da gaveta. Começou a olhá-lo pela milésima vez. A gaveta aberta deixava à mostra a revista em que fora capa. Foram meses de insistência, até que Harry resolveu conceder a entrevista, a repórter indiscreta chegou logo perguntando pelo acidente. Se ele se sentira culpado pela morte da noiva, por Hermione estar em uma cadeira de rodas, se ele iria se casar novamente, e quando. Perguntas que o deixaram extremamente irritado, mas Hermione chegara e salvara o seu dia.
Com seu bom humor habitual, conversou com a repórter e explicou que tudo havia sido muito recente e que Harry não estava preparado. Ela disse tudo cordialmente, mas podia-se perceber em sua voz o tom de se não for assim...
No final a repórter foi embora e duas semanas depois seu rosto estampava as bancas. Na capa uma foto sua sorrindo. Um sorriso meio falso, sem vontade alguma. Dera o melhor de si. Harry pegou a revista da gaveta e jogou no lixo. Aquilo não valia nada. Pegou uma foto de Gina que ficava em sua mesa e passou a acariciar o rosto sob o porta-retratos.
“Que falta você faz” Pensou
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- Se você demorar um pouco mais com esses hambúrgueres Malfoy, a Gina vai acabar com tudo o que tem na casa.
- Não se intrometa Loovegood. Você nem ao menos sabe usar uma churrasqueira e fica resmungando.
- Como é que é...
- Já chega vocês dois! Será que podem parar de brigar por um tempo só? Caramba! Agora selem o acordo de paz. Anda. Vamos!
Gina que acabara de chegar perto à churrasqueira interrompera mais uma briga entre Luna e Draco.
- Vamos quero um abraço de trégua...
- Eu... - Começou Luna.
- Vocês vão contrariar uma grávida prestes a dar a luz? – Falou enquanto pousava a mão sobre o ventre dilatado.
- Seu parto é só para terça Gina. Então você tem mais dois dias. – Retrucou Luna.
- Eu acho que não. – Gina se sentou em uma cadeira próxima à mesa.
- O que você quer disser com isso? – De repente eram dois médicos preocupados em cima de Gina.
- Eu não estou me sentindo bem desde ontem, mas não quis incomodar afinal o obstetra disse que o bebê não estava encaixado, então teria que ser cesariana. Ora! Se afastem um pouco para eu poder respirar! – Disse um pouco irritada com a preocupação excessiva dos amigos um pouco irritada com a dor que estava sentindo.
- O que exatamente você está sentindo? – Luna perguntou, enquanto Draco corria para dentro pegar umas almofadas para acomodar Gina melhor.
- Eu... Ai!!! – Gina deu um grito.
- Esta nascendo Luna! E agora o que nós vamos fazer? Ai Meu Deus! - Draco voltou com algumas almofadas na mão, e no rosto uma expressão de pânico.
- Você vai ligar para o médico e dizer que estamos a caminho do hospital, pegue a bolsa dela, que está dentro do guarda roupa, as coisas do nenê está em uma bolsa, em cima do berço. – Ao perceber que Draco continuava parado olhando para Gina e para ela com o rosto ainda mais pálido Luna resolveu acordá-lo - Vá Malfoy! Ande logo! – Com esses gritos o loiro saiu do estado de torpor e correu em direção ao quarto. Luna segurou uma gargalhada ao ver Draco tão desesperado.
Draco se espantou com Luna, geralmente ela era tão avoada, agora ditava ordens como se fosse um chefe.
- Faça a respiração Gina.
- Estou tentando Luna. Estou... Ai!
- Já coloquei tudo no carro, agora vamos. - Draco voltou esbaforido.
- Malfoy! Acalme-se. Você está pior do que a Gina.
Gina começou a dar risada que logo se transformou num gemido de dor.
- Olha os hambúrgueres, torraram e tudo por causa dessa coisinha, que resolveu nascer antes do almoço estar pronto.
- Outro dia você exibe seus dotes culinários Malfoy. Agora vamos levá-la para o carro e eu dirijo.
- Tudo bem Luna. Você é quem manda.
Dessa vez Luna não conseguiu segurar o riso, Draco Malfoy tão submisso realmente era algo engraçado. Levaram Gina para o carro, e minutos depois estavam no hospital.
Gina tinha enfermeiras particulares e ficaria em uma ala isolada, fora exigência dela, para que as outras mães não ficassem constrangidas com sua aparência. As dores estavam insuportáveis. Não havia um segundo para respirar entre elas.
Luna estava segurando a mão de Gina desde que haviam chegado.
- Luna... Não posso... Não posso... Mais. - Gina ofegava enquanto a dor invadia o seu corpo.
- Você vai conseguir Gina. Você é forte e vai conseguir.
- Eu quero o Harry – Gina ofegava – Por que ele tinha que me deixar Luna, por quê?
- Agora não é hora querida. – Luna chegou bem perto de Gina como se pudesse pegar para si um pouco da dor. Continuou falando com firmeza e olhando fixamente para os olhos da ruiva - Pense em seu filho, ele é seu e está querendo vir ao mundo.
Luna continuou dizendo palavras de incentivo a amiga, até que o obstetra chegou com uma enfermeira em seus calcanhares. Eles instalaram um soro no braço da ruiva e examinaram Gina por alguns minutos, logo em seguida decidiram encaminhá-la diretamente para a sala de parto.
- Luna, por favor... Venha comigo. – Suplicou Gina entre gemidos.
- Eu... - Luna titubeou. Não pensou que Gina iria fazer um pedido desses. - Onde eu posso me trocar? – A enfermeira deu as instruções, um minuto depois Luna saia de uma sala usando uma roupa verde esterilizada, que mais se assemelhava a um pijamas e sapato com sola de borracha, além de uma máscara e gorro. Entrou na sala de parto á tempo de ouvir as lamúrias de Gina, enquanto as enfermeiras posicionavam suas pernas para o alto.
Gina deixou-se ser conduzida pelas instruções da enfermeira, a dor a impulsionava a fazer força para o bebê sair. Estava suando muito apesar do ar condicionado, estava cansada e dolorida. Mas estava fazendo o máximo para poder ter seu bebê o mais breve possível em seus braços. Sentiu a mão de Luna segurando a sua, e lágrimas saíram de seus olhos. Não era para Luna estar assistindo o seu parto, mas sim para Harry. Mas ele não estava ali, ele a tinha abandonado... Uma nova contração interrompeu seus pensamentos.
- Empurre Gina, vamos lá...
E ela empurrou com toda a força que possuía. Quando mais um espasmo de dor chegou, sentiu Luna sustentando seus ombros, e dizendo palavras de encorajamento. Gina empurrou novamente e como num passe de mágica, a dor diminuiu e pode se ouvir um choro de um bebê.
Minutos depois a enfermeira trouxe um pequeno embrulho e depositou no colo de Gina. Luna que estava ao seu lado, sorria e chorava ao mesmo tempo, sem palavras. Uma enfermeira que Gina nunca tinha visto saiu da sala de parto, dizendo que avisaria ao pai. Uma nuvem passou pelos olhos de Gina, mas ao olhar o pequeno bebê que sugava o dedo em seus braços a tristeza passou. Pensou em Lucy e Mary que haviam pegado o fim de semana de folga para visitar os familiares e na bela surpresa que teriam quando voltassem. Uma belíssima surpresa.
Draco ficou esperando no corredor, saíra por apenas um minuto para ir até a lanchonete comprar água e voltou correndo esperar por notícias. Luna havia entrado junto com Gina. Não conseguira deixar a amiga sozinha em um momento tão difícil e especial para ela.
Uma hora depois o médico saiu. Draco correu em direção a ele.
- Como ela está doutor? – Perguntou ansioso.
- Está bem. O parto foi tranqüilo, o bebê é saudável.
- É menino ou...
- Você já vai vê-la, ela será levada ao quarto, e o bebê também. Aguarde só mais um pouco.
Ele concordou com a cabeça e o médico saiu apressado após ser chamado por uma enfermeira.
- Você está esperando a paciente Ginevra?
- Sim. Estou.
- Você é o pai?
- Sim, sou eu Draco concordou rapidamente.
- Ok. – A enfermeiro o olhou com estranheza – É que por enquanto só vamos liberar para os familiares. Além de você tem mais alguém?
- Não só eu. E a Luna que já está lá dentro.
-Ah sim, é a sua irmã não é?
- Irmã? – Draco olhou incrédulo para a enfermeira, mas resolveu concordar.
- Claro – Draco concordou – Será que eu posso vê-la?
- Sim. Entre.
Quando Draco deu as costas, a enfermeira comentou com uma amiga:
- Coitado desse, a mulher deveria ser muito bonita antes do acidente, porque definitivamente aquela criança não é filho desse loiro aguado. – Draco revirou os olhos ao ouvir o comentário e se encaminhou para o quarto de Gina.
Antes de abrir, Draco pode ouvir um som de choro de um bebê. Ele entrou em silêncio e viu, Gina com seu rosto deformado e seus cabelos vermelhos soltos tentando amamentar um pequeno ser que definitivamente tinha os pulmões mais saldáveis do mundo.
- Eu disse que esse moleque ia valer por três não disse?
- Oi Draco chegue mais perto para ver a minha coisinha linda.
Draco se aproximou de um lado da cama e viu o pequeno menino, com seus cabelos arrepiados e pretos, berrando copiosamente. Luna ajudou Gina a arrumá-lo e quando ele sugou um dos seus seios o choro imediatamente cessou.
Ficaram os três em silêncio até que o pequeno bebê pareceu saciado. E abriu os olhos para o mundo. Seus olhos eram de um verde vivo, parecendo duas esmeraldas brilhantes. Não negava o sangue Potter. Uma cópia exata do pai. Nada tinha de Gina.
Luna sorriu para ela com os olhos cheios de lágrimas. Draco segurou a mão de Gina, que ainda olhava o bebê com carinho nos olhos. Quando finalmente ergueu a cabeça para olhar os amigos que estavam em volta, falou com voz rouca.
- Digam olá para o meu pequeno John Arthur Weasley.
N/B.: Jane... Ate que enfim conheci o meu afilhado!!!!!!!! Tava muito curiosa com a aparência que ia ter o John Arthur Weasley... Amei ele!!!!! Muito fofo!!!!!! Harry versão mini!!!!!!! Tô morrendo de pena do Harry... Dá uma vontade de por no colo e dar carinho... Sem maldade é claro... *Pisca o olho* E a Mione e o Ron... Por Merlin, acho que essa é a primeira fic que ela dá o fora nele por não se achar boa o suficiente!!!! E a Petunia... Merlin... Ta quase se equiparando a Bellatriz em termos de maldade!!!!! Quem quer lançar uma Avada na Petúnia??? Amei o novo futuro provável casal Luna e Draco... Acho fofo eles dois!!!! Bom por aqui é só... Amei o capitulo apesar do seu drama!!!!!!! Mil B-jus
N/A: Olá galera!!! . Eu sei que demorei muito, mas meu tempo está bem corrido, esse ano eu vou fazer vestibular e quem já passou por isso sabe que apesar da prova ser só no fim do ano, tem que começar a se preparar desde cedo, estou fazendo pré-vestibular nos fins de semana, portanto o meu tempo está bem escasso. Espero que todos compreendam.
Sobre esse cap...Eu não gostei!!! Esse é o drama que a Clara mencionou logo acima.Então galera acho que é isso, o próximo pode demorar ou não, quem sabe baixa um santo em mim e eu escrevo o cap...Continuem acompanhando e apesar de demorar eu não vou abandonar a fic nunca ok???Bjao a todos e aguardo muitos comentários...
P.S: Minha net deu pane...estou numa lan, e daí não da tempo de responder tds os coments...me desculpem...no próximo prometo que terão comentários respondidos...Bjao
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