Capítulo IX
N/A: Narrativa mudando o estilo ;)
Capítulo p/ Talita Ficwriter ;) Continue comentando, viu? Vlw!
Capítulo IX – O jantar
Bom-dia!
Bem, estou bastante envergonhada por não ter escrito ontem. A verdade é que eu estou muito envergonhada com o que aconteceu! Quase não consigo escrever... Não vou te enrolar... Vamos aos detalhes...
Jay veio me pegar às oito. Olhou-me de alto a baixo, várias vezes. Eu deveria ter ficado constrangida, mas acho que apenas sorri. Ele é meu melhor amigo, só estava admirando minha magreza, no máximo.
Ele me levou a um restaurante fino. Previsível. Nós pegamos uma mesa de canto, onde não havia cadeiras, e sim um sofá bastante confortável. Sentamos e James me abraçou.
“Você está linda...”
Eu fiquei sem fôlego quando descobri nossa proximidade. Tudo bem que eu nunca tinha reparado em como éramos próximos, mas ele estava muito perto do meu ouvido. Muito perto... Tão perto, para você ter uma idéia exata, que dei graças a Merlin por papai não estar lá. Só Ele sabe o que papai faria. Enfim, como nem Merlin nem papai estavam lá, ele se afastou normalmente.
“O que vai beber?”
Eu não bebo. Bebo? Quer dizer não lembro... Estava ligeiramente dopada pelo perfume do James... era meu preferido.
“Champanhe” eu respondi instintivamente.
“Que é isso, Lorainne, onde estão seus modos alemães? Vou pedir duas cervejas.”
Eu agradeci por aquelas câmeras não captarem a nossa conversa. James pediu que fosse assim.
“Engraçadinho”
“Champanhe, por favor.” Ele se voltou para mim após fazer o pedido. “Então... Como está?”
“Ótima.” Eu sorri e uma idéia brilhante veio-me à mente. As outras participantes também podiam assistir ao meu jantar, o que significava que Nathalie estaria assistindo...
Eu encostei-me no ombro de James (morra Nathalie). “Descobri que eu falo durante o sono”
“Demorou tanto tempo assim? Loren, você fala dormindo desde os... bom, desde quando eu te conheço.”
E ele nunca me disse... Desgraçado.
“Obrigada! Fico lisonjeada por ninguém nunca ter me dito isso.”
“Era legal escutar, por isso eu nunca disse. Você poderia parar de falar algum dia.” Jamie (outro apelido que eu arranjei) sorriu sem jeito, não por eu falar dormindo, mas porque eu estava com a cabeça no ombro dele.
O champanhe chegou. Era delicioso.
“Os outros estão me conhecendo bem demais.”
“E isso te incomoda.” James quase suspirou “Você se fecha tanto para as pessoas...”
Eu ergui a face, aproximando meus lábios do ouvido de James (essa foi pra você, Nathalie). Era muito divertido.
“Menos você, não é James? Você sempre me conheceu, do começo ao fim.”
Ele olhou para mim como se não me conhecesse. Eu bebi apenas uma taça de bebida e reconheço que o que eu estava fazendo se chamava provocação. Mas não era para James, era para Nathalie.
“Eu não estou te reconhecendo agora” Ele observou-me virar mais uma taça.
“O que está diferente?”
Ele se calou. O jantar havia chegado. Eu comi bem devagar, James parecia um pouco mais apressado. Eu estava um pouco animada, talvez tenha sido o álcool. Mas era só champanhe. Aí eu lembrei que não bebia... sim, pessoas que nem eu se embebedam com champanhe.
Havia alguns casais dançando. Eu olhava distante. Dançar sempre foi a minha praia. Quer dizer, eu praticamente obriguei minha mãe a me colocar numas aulas de dança de salão. Tango era a paixão geral, mas eu preferia valsa.
“Você vai me deixar agora?” Eu perguntei um pouco perdida. (Nunca mais eu bebo...)
“Não. Vou te levar pra minha casa.” Ele falou de uma só vez.
Eu arregalei os olhos. Pensei não ter ouvido direito, talvez eu não tivesse mesmo. (Nunca mais eu bebo...).
“QUÊ?”
“Eu posso te levar para a minha casa hoje. Claro que com o seu consentimento.”
“Mas todos vão pensar que...”.
“Sim, Loren, pensarão exatamente isso... Mas a gente vê alguns filmes e você dorme num lugar diferente. Nada de mais.”
A tacada de mestre. O fim de Nathalie. Mas aí minha mente perfeita e bondosa lembra de como Julie ficaria arrasada. O que eu faço? Pô, James... você só me mete em encrenca.
“Vamos” Eu estava cruel. (Nunca mais eu bebo...).
Nós estávamos no carro.
“Não se importa no que as candidatas vão pensar?”
“Você é minha amiga e é no seu bem estar que eu estou pensando agora.” Ele é tão doce...
“Mas e a Julie?”
“Ela vai entender...”.
“Claro, quando vocês casarem e você explicar pra ela que só estava tirando o estresse de uma amiga.”
“Exatamente.”
“Então vai mesmo se casar com ela?” Eu fiquei emburrada e feliz, quer dizer, um dos dois, eu não sei direito, como eu disse, não estava muito aí pra nada. (Nunca mais eu bebo).
“Porque você quer tanto saber?”
“Talvez pra encomendar logo o vestido... se for a Volgue eu prefiro usar preto. Meus pêsames...”.
“Muito interessante seu ódio por Nathalie”.
“Ela é uma metida que faz tudo para chamar a sua atenção.”
“Porque ela quer vencer... nada mais natural.”
Ele estava defendendo a Tirana-Volgue??? (Nunca mais eu deixo o Jay beber...).
Nós chegamos à casa de James. Ele foi se trocar e adivinha o que eu fiz? Fui atrás dele... (Vai ficar pior...).
“Eu vou me trocar...” Ele repetiu mais uma vez.
“Calma, queria perguntar sobre as minhas coisas...”.
“Estão todas no quarto de hóspedes.”
“Obrigada. Hum... James”. Eu me virei novamente. “Quer ajuda com a gravata?”
Ele ergueu as sobrancelhas. Eu me aproximei e desatei o nó, gastando mais tempo que o necessário. Quando terminei James me abraçou.
“Lorainne...” ele disse baixinho.
“Hum...”
“Você está caindo nos meus braços...” Ele continuou.
“E você é convencido! Por que acha isso?”
“Loren, não tô falando que você tá a fim de mim, estou sendo bem mais literal, você bebeu e não tem o menor costume de fazer isso.” Ele estava me segurando.
Eu me soltei rapidamente.
“HÁ! Claro! A santa Lorainne! Desde pequena com as melhores notas, orgulho da mamãe, garotinha do papai, cresceu e se formou num excelente curso de excelente faculdade. Nunca voltou de madrugada nem tomou um porre! Você tem razão James, eu tô morta!” De onde isso saiu, eu não sei. Todo mundo tem seu dia emo, né?
“Não foi isso que eu quis dizer, Loren. Você é diferente dessas garotas que tomam porres, você não precisa disso. Eu gosto de você assim: calminha e ao mesmo tempo estressada.” Foi fofo.
Fofo demais para a minha mente bêbada.
Eu enlacei os braços em volta do pescoço de James e puxei.
“Eu quero te beijar agora? O que você sugere?” Frase débil. QUE VERGONHA MEU MERLIN!
James sorriu preocupado. Hesitou por um momento.
“Pensou demais.” Eu falei e dei um selinho nele. Não me envergonho disso, eu vivia dando selinhos em James, era parte da amizade...
MAS... O que veio depois não era “parte da amizade...”.
Eu dei outro selinho. James pegou na minha cintura e me afastou dele.
“Não faça isso”.
“A gente vivia fazendo isso, James...”.
“Não desse jeito. Você sabe que não. Além do mais, o entendimento da nossa amizade mudou. Muito mais coisas podem acontecer agora.”
“Tem medo de não se controlar, James?”
O QUE DEU EM MIM, ALGUÉM ME DÁ UM TIRO???!!! (Eu n-u-n-c-a mais bebo!).
“Claro que não é isso. Você é minha amiga, está tudo sob controle.”
“Sou sua amiga, James. Não sou homem.” Eu sorri.
Ele tirou as minhas mãos do pescoço dele.
“O que você quer de mim?” ele perguntou sério.
“Agora?” eu sorri sedutora. James corou. Aquele poder que eu descobri ter era incrivelmente divertido. Mas a minha coragem era regada a álcool.
“Sim, porque eu acho que você é, nesse exato momento, apenas uma garota bêbada tentando se divertir.”
Essa doeu... Eu mordi o lábio inferior. Eu me calei e fiquei encarando James. Ele tirou a camisa e os sapatos. Ficou de frente para mim e tocou meu rosto de leve, talvez porque tenha percebido que eu estava quase chorando. O surto da Lorainne-Chorona. (Melhor ser chorona do que Tirana, essa foi para a metida de novo...).
“Eu nunca consigo te entender, Loren... E isso me mata. Vou perguntar de novo, o que você quer?”.
Eu fechei os olhos e ergui as mãos. Encostei-as no tórax dele, sentindo a respiração que aumentava a intensidade a cada segundo. Deslizei as mãos e senti a pele arrepiando. Sorri e abri os olhos.
“Não posso fazer isso...”.
“Fazer o quê?” Ele parecia hipnotizado.
“Querer” Eu beijei seu queixo. Ele estava fazendo um esforço sobre-humano para se manter. Virei-me para sair quando ele segurou meu braço.
“Complicada...” Ele me lançou um olhar bastante enigmático.
Bem, eu dormi no quarto de hóspedes e voltei pra cá de manhã. A Hil me abordou imediatamente.
“ENTÃO?”
“O quê? – a dor de cabeça era intensa.”
“Rolou alguma coisa?”
“Hillary! Melhores amigos, esqueceu? Claro que não aconteceu nada.”
“Nem um beijo?”
“Não.”
“Um beijinho?” Ela é muito esperançosa.
“Não.” Eu menti.
Mas enfim... A Julie está muito mal, amanhã é o jantar dela e ela está com a auto-estima muito baixa. Mal sabe que o James a quer.
A Nathalie??? Sim... Essa foi a melhor cara. Eu cheguei sorrindo de orelha a orelha. Ela me olhou com cara de morte. Sim, ela ia me matar se não fosse o simples fato de ser proibido por lei.
“Espero que tenha aproveitado e se divertido” Ela falou fingindo confiança.
“Como nunca” Eu apresentei o sorriso mais safado que eu poderia fazer. Ela enlouqueceu. Bufou e saiu. Eu amo a minha vida.
E ME ODEIO! E agora? Depois das insinuações... COMO EU VOU OLHAR PRO JAMES?! Não dá. Tudo bem que eu estava bêbada, mas isso não justifica muita coisa...
Agora é só esperar até o final de semana. O James vai finalmente me tirar daqui e aí eu vou poder me mudar pra Malibu e nunca mais olhar na cara dele...
E isso tudo sem eu nem gostar dele. Porque eu não gosto dele, apesar de ele (e todos) desconfiar disso... Menos você diário, porque você me conhece, e sabe que eu não posso estar apaixonada por um cara que diz que eu sou uma bêbada em busca de prazeres mundanos. Não é?
Alguém detonou alguma coisa na minha cabeça. Essa dor de cabeça não pode ser normal. Bem, vou parar por aqui, preciso de feitiços (ou duas aspirinas) e de sono.
Nunca mais eu bebo...
N/A: Continuação próxima semana ;) COMENTEM!
Quanto aos comentz... domingo eu respondo ok? Aí eu posto a capa do capítulo ;)
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