REVELAÇÕES E RECONCILIAÇÕES
Não conseguia respirar, seu pulmão parecia comprimido e sua cabeça doía, seu corpo doía. Suas roupas estavam como trapos em seu corpo, e mais cortes foram se juntar aos outros. Abriu os olhos devagar e deparou-se com arvores altas, estava caído ao pé de uma grande arvore. Esperou algum tempo até conseguir sintonizar onde estava então se levantou devagar e começou a andar sem rumo: precisava chegar até a escola.
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- Você viu o Teddy? – Essa era a pergunta que os alunos da grifinória faziam a todos que encontravam no corredor, uns porque tinham amizade com o garoto, outros pelo simples fato de querer saber de uma fofoca, ou de uma provável detenção.
- Professora Mcgonnagal! – Disse Rafa sem fôlego enquanto corria até a professora. – O Teddy sumiu, não está no dormitório, não encontro ele em lugar algum... – Mas antes que o menino terminasse a frase, a professora já corria para fora do castelo.
- Fique onde está Sr. Hooker! Eu resolvo isso. – Disse ela olhando para trás enquanto corria.
Com um aceno de varinha, a professora lançou um patrono. O gato rompeu de sua varinha e saiu deslizando por uma janela.
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Hagrid deu um pulo, quando da janela de sua cabana entrou um pequeno gato prateado, e uma voz rouca e urgente falou:
- Procure pelo Teddy na floresta, ele pode estar com problemas.
- Oh! Por Mérlin! – Exclamou Hagrid, e sem demora correu para fora da cabana, levando consigo canino. Correu desembestado e embrenhou-se na floresta a procura do pequeno lobo.
- Teddy! – Gritou Hagrid desesperado.
Cerca de uma hora depois, o gigante encontrou o pequeno garoto cambaleando por entre as árvores da floresta.
- Venha cá Teddy. – Disse Hagrid, e carregou o menino nos braços.
O gigante carregou o menino para a orla da floresta, e procurou pela professora Mcgonnagal, que o encontraria ali.
A professora logo foi até o gigante, e observou o menino praticamente desmaiado em seu colo, lançou um feitiço da desilusão o deixando invisível, e assim Hagrid pode levá-lo até a enfermaria em cima de seus ombros.
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- Como o Teddy pode esconder esse segredo tanto tempo professora? Sou seu amigo desde a primeira série! – Disse Rafa indignado com a falta de confiança que o amigo tinha nele.
- Não é essa a questão... – começou a professora. -... ele sempre teve medo de ser rejeitado, e não ter amigos se contasse esse segredo. Não é fácil para um lobisomem esconder isso, é muito sofrido uma transformação.
- Mas ele foi mordido? Eu, eu não entendo. – indagou ele.
- Não, o Pai de Teddy foi um lobisomem, essa herança veio da genética, o que na verdade é muito raro de se acontecer, mas enfim, vamos esperar o nosso amigo acordar. – Disse a professora Mcgonnagal calmamente.
Teddy, porém, tinha os olhos fechados, mas os ouvidos bem abertos: ouviu toda a conversa, e esperou a professora se retirar.
- Vai ser meu amigo mesmo assim Rafa? – Perguntou ele inseguro. – Não vai sentir medo de mim?
O garoto deu um pulo na cadeira ao lado da cama da enfermaria.
- Claro que sim seu idiota! – Disse Rafa rindo, e dando um ‘pedala’ no amigo.
- Fico mais aliviado. – Respondeu o outro sorrindo.
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O dia passou lentamente, Teddy foi sair somente à noite da enfermaria. Foi impossível para os Grifinorianos não notarem as novas cicatrizes no garoto. Teddy subiu irritado para o dormitório, tentou dormir, mas ficou revirando na cama a noite inteira. Não se transformaria, havia tomado uma nova poção, mas havia muito medo nele, só ele soube o que passou na clareira na floresta proibida.
Não agüentou: levantou-se e foi até o salão comunal e sentou-se próximo à lareira, uma chuva fria e fina batia nas vidraças. Fechou os olhos e viu os dois rostos: Vick e Cathy. Desejava uma, mas amava outra. Esfregou os olhos, e ao abri-los deparou-se com Vick, seus olhos brilhando em lágrimas.
- Teddy eu, eu queria te pedir desculpa... eu não podia ter feito...
- Podia sim. – Interrompeu ele. – a gente nunca teve nada, você é livre pra fazer o que quiser.
- Então porque ficou tão magoado comigo? Se não sou sua, se nunca tivemos nada? – Perguntou ela, chorando. – Eu me precipitei, achei que se você me visse com outro me notaria de verdade, mas eu me enganei, eu fui burra, nunca deveria ter feito aquilo, eu... EU AMO VOCÊ! ME PERDOA!
Ele se aproximou lentamente dela, um nó apertou em sua garganta.
- Eu te perdôo sim. – Respondeu ele, não podendo em seu coração dizer outra coisa.
- Me dá um beijo Teddy? – Perguntou ela chorosa.
- Posso não ser bom nisso. – Respondeu ele timidamente.
- Impossível! – Respondeu ela sorrindo.
Seus lábios se tocaram, ele a puxou mais para perto, passou a mão em seu rosto. Ele Sentiu um arrepio quando ela o tocou e devagar arrastou sua unha por toda sua nuca. Suas línguas se tocaram, e ela parecia acariciá-lo, e ele devagar se soltou e começou a imitá-la. Seus corpos cada vez mais próximos.
- Promete que vai ser só minha? Que nunca mais vai chegar perto daquele idiota? – Perguntou ele enquanto ela beijava seu pescoço.
- Prometo. – Respondeu ela, olhando nos olhos no garoto.
E noite terminou mais quente do que Teddy e Vick esperavam...
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