O INESPERADO ACONTECE



- Será que ela não vai mais olhar pra minha cara? – Perguntou Teddy a Rafa.
- Claro que não né? Depois da ‘gafe’ que você cometeu.
Os dois observavam a garota, que almoçava junto com as amigas, sendo observada pelo grandalhão sextanista, chamado “Heitor Jackson”.
- Quero ver como vai ser hoje na detenção... Nós três na mesma sala... – Disse ele com raiva. – Vou ter que me segurar pra não lançar um feitiço nele.
- Esquece o cara Teddy... Pensa na Victória.
Ele não respondeu nada. Ficou pensando em uma maneira de se reconciliar com a loira: se ele tomasse suas poções, não haveria motivo pra temer ficar com ela. Sentiu-se um pouco mais animado.
- Acho que tem razão cara... Vou ficar com ela sim.
Já era quase oito e meia quando fez surgir no ar com um aceno de varinha uma fita de cetim vermelha que delicadamente amarrou-se num laço em torno de um pequeno maço de flores do campo coloridas, que ele mesmo tinha colhido dos jardins da escola.
- Ta lindo cara - Disse Rafa rindo do amigo.
- Não zoa Rafa! – Respondeu o outro dando as costas e saindo do salão comunal às pressas.
Chegou quase nove horas a porta da sala de Mcgonnagal, deu duas batidas, e então ouviu a voz severa da professora:
- Entre, Sr. Lupin. – Ele obedeceu a ordem, e encontrou a professora sentada a frente de sua escrivaninha, com uma pilha de deveres a sua frente, para serem corrigidos.
- Sua detenção será cumprida na sala dos troféus, quero cooperação entre vocês três. Sr. Filch estará de olho em vocês. Srta. Delacour e Sr. Jackson já estão cumprindo a dentenção, sugiro que não demore muito mais, ou terá de ficar até mais tarde. Pode ir. – Disse ela voltando à atenção a seus deveres.
O garoto saiu disparado da sala da professora, e entrou correndo na sala dos troféus, com as flores em mãos. Logo de cara, viu que Sr. Filch estava dormindo, roncando com a gata nos braços. A sala era repleta de estantes de cima abaixo repleta de troféus dos mais variados tipos e tamanhos.
Caminhou lentamente, observando os espaços entre as prateleiras. Já estava achando estranha a ausência de Vick e de Heitor, quando no penúltimo espaço em que olhou deparou-se com algo que ele jurou que fez seu coração parar por um momento:
Vick estava beijando Heitor, de tal maneira que se julgou incapaz de fazer um dia. Sua cabeça latejou, e seus olhos imediatamente aguaram, seu coração veio parar na garganta. Ele a beijava no pescoço, depois na boca, passava a mão nos longos cabelos loiros da garota.
Ficou paralisado. Largou as flores no chão, e o barulho fez com que eles reparassem na presença de mais alguém a cena.
- Teddy? – Exclamou ela.
- É SÓ EU DAR AS COSTAS E VOCÊ JÁ... JÁ... – Disse ele indignado.
Heitor já ia se manifestar, mas Victoria o fez calar.
- Desde quando algum dia eu fui sua? – Disse ela displicentemente.
Ele não conseguiu responder.
- Essas flores, eram pra você... - Disse ele apontando as flores caídas no chão. - E isso... – ele tirou do bolso uma pequena caixinha. -... Era um anel de compromisso. Descobri que infelizmente amo você, mas vejo que é realmente tarde demais. – O nó na sua garganta estava demasiado apertado.
Teddy percebeu que os olhos de Vick estavam aguados, e pensou ter visto mágoa e arrependimento em seus olhos, mas não se importou com a garota.
- Teddy eu... – Disse ela em um tom choroso. Ele não voltou atrás, caminhou pesadamente até o salão principal da sala dos troféus, ao passar por filch resmungou “Estupore” “ Confundo”, e retirou-se raivoso do lugar.
Correu por vários corredores, e não pode evitar as lágrimas de brotarem de seus olhos: nunca se sentiu tão magoado antes, havia decidido não ter mais medo de sua condição, e quando tomou essa grande atitude, Vick não o queria mais.
Estava com os olhos fechados quando esbarrou em alguém, e tropeçou quase caindo no chão.
- Desculpa! – Gritou ele. Já ia recomeçar a correr quando a garota em que tropeçara disse.
- Ta tudo bem com você Teddy? Quer ajuda?
Olhou-a melhor: era uma garota da Corvinal, do sétimo ano, com quem nunca conversara, mais que achava muito simpática.
- Ta tudo ok. – Respondeu ele, disfarçando as lágrimas.
- Meu nome é Catherine Wilms, mas pode me chamar de Cathy. – Disse ela lhe lançando um sorriso. Ela era morena e tinha lábios carnudos, cabelos encaracolados e olhos cativantes.
- Prazer em conhecer Cathy. – Disse ele um tanto mais aliviado, lançando a garota um sorriso encantador, deixando-a totalmente encantada.

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