A Notícia




"Não adianta! Não vou deixar nenhum de vocês irem atrás de Você-Sabe-Quem! Isso é loucura!".

De algum modo, o Sr. Weasley descobriu que Harry, Rony e Hermione estavam planejando ir atrás de Voldemort.

"Porque vocês iriam atrás de alguém que está sempre atrás de vocês? Eu tenho que ficar de olho nos três as férias inteiras? NÃO! Não vão sair da minha casa! Só vou lhes dizer uma coisa: Vocês não vão abandonar o último ano na escola para irem atrás da morte! EU NÃO VOU DEIXAR!".

"Ele virá atrás de nós do mesmo jeito..."

Os três sabiam que aquilo era loucura, mas eles precisavam fazer alguma coisa que, no mínimo, adiantasse a caçada pelas Horcruxes.

Mas não foi possível. Durante todos os dias de suas férias, Molly e Arthur Weasley ficaram de olho em Harry, Ron e Hermione. E como se já não bastasse, o Sr. Weasley tomou dos três e de Gina suas varinhas, além de enfeitiçar a Toca. Não era possível sair nem entrar. O feitiço cobria toda a área da morada dos Weasley, seu interior e exterior inteiro, como se fosse uma bolha gigantesca. Apenas as corujas saiam e entravam pela enorme bolha, nem mesmo com feitiços era possível sair daquele lugar.

Harry e Hermione foram direto após o enterro de Dumbledore passar as férias na casa de Ron, já que tinham de planejar a busca pelas Horcruxes juntos e também para que Harry não fosse para a casa dos Dursleys, onde, como ele já sabia, não seria melhor recebido do que nos últimos anos. A Sra. Weasley adorou a idéia, e não parou de se queixar de como os dois garotos estavam magros.

O profeta diário trazia todo dia uma nova notícia sobre Hogwarts e os comensais da Morte. Todos os dias havia uma novidade ou uma teoria sobre o que havia acontecido a eles. Uma delas falava que não havia mais nenhum Comensal na escola desde a morte de Dumbledore, e que não havia meios de eles entrarem lá, pois a proteção já fora reforçada. O Ministério afirmava essa situação.

“Está tudo sob controle.” “Não vamos nos precipitar.” “O Ministério está cuidando de tudo.” “Não, não se preocupem!”

Era só o que se lia no Profeta Diário. Rufo Scrimgeour, mesmo visivelmente preocupado nas fotos, mostrava em sua aparência uma segurança muito maior do que o ex-ministro Fudge. Harry ainda se lembrava daquele tribunal, onde fora julgado por se defender da morte. É claro que, Fudge, como Ministro, não estava se importando muito com isso. Que morressem cinco, bem no seu nariz. Era mais fácil abafar o caso.

Harry não fazia a menor idéia de como ele conseguiria tirar os três da Toca. A Sra. Weasley já estava decidida a mandá-los para Hogwarts. Afinal, se o Ministério garantia segurança, quem iria contra? Um dia, nas férias, enquanto limpava algumas ferramentas para o Sr. Weasley, pensara alto sem querer:

- Devia ter prestado atenção naquela aula...

- Desculpe, como? – perguntou Hermione, que estava muito entretida no jornal do dia.

- Eu... ah... esquece.

- Harry, querido. – surgiu a Sra. Weasley atrás da porta da cozinha, aparentemente estava tentando ouvir os planos excitantes dos dois. Mas, para sua decepção, Harry não conseguira raciocinar nessas férias e, muito menos fora possível, pois Rony, Hermione e ele quase nunca se encontravam sozinhos, já que os pais de Rony haviam arrumado ocupação para os três para uma vida inteira. – Ah... vocês estão com fome?

- Não, obrigado Sra. Weasley.

- Er... hum. Hermione?

- Eu? N-não, muito obrigada. – falou Hermione, agora jogando o jornal para o lado e chutando Harry por baixo da mesa.

- Ai! – gritou Harry, mas tapou a boca com a mão rapidamente, antes que a Sra. Weasley olhasse para trás.

- Sim, querido?

- Quero, ah... sopa.

- Muito bem. – disse ela, visivelmente feliz, enquanto ia até o balcão fazendo movimentos com a varinha. Harry pôde perceber uma batata se descascando e ficou realmente entretido naquilo. Logo seus pensamentos se desviaram com outro chute que recebeu de Hermione, esse bem no meio da canela.

- AI! Pelas barbas de Merlin, o que...?

- Shhhhhhh, fica quieto! – sussurrou Hermione, olhando desesperada para a mãe de Rony, esperando que esta viesse especular a qualquer momento, mas ela nem sequer virou. Pensamentos atrás de pensamentos afloraram na mente de Harry. Por um momento achou ter visto um frasco despejar um líquido transparente na sopa em preparo da Sra. Weasley. Logo depois apareceu a imagem da mulher rindo maleficamente e dizendo: “Poção da verdade, Harry, querido...”

Mas, de novo, Hermione chutou-o no mesmo lugar e ele voltou à realidade. Sentiu a perna latejar e rezou para que não estivesse roxa.

- Dá pra você chutar MENOS forte? – disse ele.

- Parece que você sai do mundo de vez em quando! – Hermione falou tão baixo que Harry teve de se inclinar para ouvir. – Quero que você olhe isso.

Ele não entendeu. Simplesmente recebeu um jornal na cara e, com a pancada, seus óculos saíram de seu rosto. Olhou para Hermione com toda a raiva que conseguiu reunir, mas esta nem se importou. Apontava fixamente para uma foto no jornal. Harry recolocou seus óculos e viu. Na foto haviam dois grandes castelos. Ele voltou a olhar para Hermione, balançando a cabeça como um “E...?”. Ela, perdendo a paciência, chutou-o novamente na canela com toda a força que pôde e, logo após, cruzou os braços, olhando-o com aquela sua incrível capacidade de desprezar as pessoas.

- Tá, tá, calma. – disse Harry, ainda se recuperando da dor, mas começando, finalmente, a ler a reportagem que tanto intrigara a amiga.


“Nova mudança?"

"O Ministério da Magia enfrenta novos problemas da população bruxa. Os estudantes da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts afirmam que não voltarão lá. Os pais e responsáveis dos estudantes concordam que a situação não está propícia. O Ministério está tentando resolver essa dificuldade, que pode resultar no fechamento da única escola de magia do país.

Segundo fontes, o Ministro está, nesse momento, viajando, procurando alguma alternativa que faça a população mudar de idéia. No mês passado ele foi visto no sul da França, e uma semana depois, na Bulgária.

Repórteres de todo o país estão em busca de informações. Acredita-se que o Ministro esteja tentando acordos com as duas escolas que, há quase três anos, participaram do Torneio Tribruxo, evento sediado na própria Hogwarts. (...) [Leia mais na página 13]”


- Sim, então quer dizer que nós vamos para Durmstrang? – perguntou Harry, ironicamente, mas esquecendo-se de abaixar o volume da voz. Felizmente, a Sra. Weasley nem estava mais na cozinha. Na verdade, parecia não estar ali há muito tempo, pois sua sopa estava em cima da mesa, sem fumaça, sem sinal de estar até mesmo quente.

- Ah, sim. – De repente, surgiu um Rony com uma caixinha de feijões-de-todos-os-sabores nas mãos. Sentou-se, colocou as pernas em cima da mesa e se pôs a devorar as guloseimas. – Papai falou algo sobre isso de manhã. Mas eu duvido. Mamãe comprou umas vinte vestes desde que chegamos aqui. Acredito que ela esteja determinada a processar o Ministro da Magia se ele fechar Hogwarts.

- Verdade. – No mesmo lugar onde Rony havia aparecido, surgia agora uma menina de cabelos tão vermelhos quanto os do irmão. Era Gina. Rodeou a mesa e sentou-se ao lado de Hermione. – Ela ficou doida com essa história. Quando papai mencionou a notícia de manhã...

- Ela pegou o pó de Flú e foi para o Beco Diagonal. – prosseguiu Rony, metendo mais uns 5 feijões na boca.

- Voltou 3 horas depois com mais vestes. – terminou Gina. – Realmente, não sei o que deu na cabeça dela. Quando que algumas vestes vão fazer alguém mudar de idéia?

- Talvez... – disse Rony, agora mal conseguindo falar. – Ela ache que o Ministério vai fazer a contagem na Madame Malkin e ver quantos alunos vão voltar para Hogwarts.

- Bem pensado. O Ministro vai se surpreender quando só aparecerem quatro pessoas no primeiro dia de aula. – disse Harry.

- Quatro não! Neville e Luna certamente irão logo atrás de nós. – afirmou Hermione.

- É, pelo menos eles são fiéis a mim. Mas o que...? O QUE É ISSO?

- Caramelo-incha-língua. – falou Hermione, tomando a caixa de feijõezinhos da mão do amigo. A boca de Rony estava inchada, sua língua saia para fora e se contorcia. – Ah, Rony. Acho que Fred e Jorge te sabotaram.


*******

No dia seguinte, quando os quatro se reuniram na cozinha para tomar o café da manhã, algo incomum aconteceu. Quando a coruja que entregava o Profeta Diário apareceu e pousou na mesa, os garotos repararam que ela trazia mais quatro cartas além do jornal. Elas estavam enroladas como se fossem uma só. Hermione, então, soltou o Profeta das patas da coruja, que ficou esperando que a menina fizesse mais alguma coisa.

- Ah, não Hermione, me passa essa coruja. – disse Harry, e, impacientemente agarrou o animal e soltou uma das cartas enroladas. – Olha, Rony, essa é para você.

Harry, então, entregou o envelope ao amigo, fazendo a mesma coisa com as outras três cartas logo depois. Hermione, Gina e, finalmente, ele. Ron e Gina ficaram parados com a carta na mão, esperando que algo acontecesse. Já Hermione, curiosa e sedenta por informações, rasgou o envelope com uma agilidade que Harry nunca havia percebido na amiga, a não ser para levantar o braço quando um professor fazia uma pergunta.

- Hermione,...? – começou Rony.

- Esperem! Esperem!

Ela correu os olhos pela carta, virou, desvirou, dobrou, desdobrou e pôs em cima da mesa. Pegou o Profeta Diário e ficou procurando apressadamente alguma coisa que ninguém se atreveu a perguntar. Os outros três desinteressados no assunto ainda seguravam as suas cartas ansiosos, se entreolhavam, esperando algum sinal de Hermione.

Depois de alguns minutos, a garota parou repentinamente, com os olhos esbugalhados. Lia uma reportagem com tamanha rapidez que Harry duvidou que estivesse prestando atenção. Quando ela terminou, entregou o jornal a Gina, que leu, ficando depois com a mesma expressão de surpresa e entusiasmo de Hermione. Depois, quem leu foi Rony. O mesmo aconteceu. Harry já estava até receoso de ler aquilo e ficar com cara de idiota, mas, quando o jornal foi entregue em suas mãos, ele leu atentamente.

“A volta do Ministro traz boas notícias!"

"Ontem, exatamente às 22:43, o Ministro da Magia desaparatou na 1ª entrada do Ministério. Sua viagem, apesar da duração, foi recompensada. O problema sem solução da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts finalmente foi resolvido. Em sua viagem, o Ministro conta que encontrou um velho conhecido na estação de trem, quando voltava desolado para a Inglaterra.

“Foi realmente uma dádiva de Merlin!” conta ele. “O Sr. Buckle me encontrou logo na estação de trem Victoria Station, onde eu embarcaria para chegar a um lugar seguro para aparatar. Conversamos e, depois de algum tempo, ele me informou que seu filho tinha aberto uma escola de magia.”

A partir da entrevista (veja a página 7) o Ministro conta que sua decisão foi tomada. Após visitar a recentemente construída escola de magia, ele garante que a segurança da propriedade é ainda melhor do que a de Hogwarts. Alguns pais de ex-estudantes de Hogwarts que trabalham no Ministério já começaram a se corresponder com o Diretor e, pelo que parece, as matrículas aumentam a cada minuto.”


- Quer dizer que...? – começou Harry.

- Leia até o final. – disse Hermione.


“A visita foi rápida, mas pude perceber muitos benefícios que, como os estudantes poderão ver, são bem interessantes.” Relata o Ministro.
O problema resolvido, tudo já está em prática. Os ex-alunos de Hogwarts serão transferidos para a Escola de Magia de TwoSides.”

Harry não acreditava. Hogwarts seria substituída? Não. Não poderia ser assim. Nas férias, ele admitia, nem tinha pensado no assunto. Mas, substituir HOGWARTS? Significava que seu lar, o único lugar que se sentia em casa iria fechar, acabar, sucumbir ao terror. Não, isso já era ir longe demais.

- Não! Eles não podem fechar Hogwarts!

- É... realmente Harry. Eles só são os caras mais poderosos do país, simplesmente. – disse Hermione, ironizando o máximo que pôde, pelo visto.

- Mas... E os alunos que quiserem estudar em Hogwarts? Eles simplesmente não podem...

- Essa é a questão, amigo. Infelizmente, acho que ninguém mais quer ir pra lá. – terminou Rony, dando palmadinhas nas costas de Harry.

- É. É realmente uma pena. Hogwarts era demais. – disse Gina.

- Concordo. Mas precisamos pensar nessa nova pedra no caminho. Ah, Merlin! Lá vamos nós de novo. Se me dão licença, vou procurar dados sobre a tal TwoSides. – falou Hermione, deixando os três sentados a mesa, visivelmente entristecidos.

- Vai lá, sabe-tudo.


*******

Na mesma tarde, Harry foi arrancado da tarefa dada pela Sra. Weasley de desgnomizar o jardim. Hermione puxava-o para dentro do mesmo barraco de vassouras que Dumbledore, com a mão direita tão seca e escura, lhe dera a notícia, há exatamente um ano atrás, de que iria dar aulas a ele. Que ingenuidade. Ele ficara tão intrigado para saber o que o Diretor iria ensinar.
Imaginou tantas coisas, a maioria influenciada por Hermione. Riu mentalmente ao lembrar-se da amiga dizendo: “Talvez ele te ensine Magia Defensiva Avançada.” Mal sabia ele que aquelas aulas acabariam em uma tragédia.

Ao entrar no barraco, percebeu que o número de teias de aranha haviam aumentado significativamente, e o cheiro de mofo, para sua infelicidade, também. Hermione fechou a porta atrás de si e se apertou junto com Harry no cômodo que, desde que o garoto entrara pela última vez, parecia ter diminuído.

- Desculpa, Hermione... Mas não era para você estar fazendo isso com o Rony? – perguntou ele, sério, dando um ar de palhaçada que fez Hermione sorrir.

- É...Talvez. – disse ela, entrando na brincadeira. – Mas, sério, Harry. Tenho uma coisa para falar com vocês três. Me espera aqui, o.k?

Harry balançou a cabeça afirmativamente e sentou-se no chão, enquanto via a amiga sair do barraco.


*******

Passados quinze, ou talvez, vinte minutos, Harry ouviu a porta abrir novamente e olhou para a luz que vinha revelando três silhuetas, que Harry reconheceu como sendo Rony, Hermione e Gina. Os três se apertaram muito para entrar e se acomodar. Foi então que Hermione fechou a porta e murmurou com a varinha na mão.

- Lumus!

- Bem pensado. – disse Rony.

- Bom, precisava conversar com vocês sobre essa escola e, de uma certa forma, decidir nosso futuro. Só não falei antes porque a mãe do Rony e da Gina ficou me cercando o dia inteiro. Me deu um tanto de coisas para fazer e, como vi, para vocês também.

Harry, Rony e Gina concordaram. Hermione prosseguiu.

- Bem, peguei um livro com o Sr. Weasley. Ele fala de TwoSides. Tem mapas, informações e tudo o mais. Aliás, é muito bom, se fosse vocês dava uma lida.

- “TwoSides - Uma história”? – perguntou ele, rindo da própria piada.

- Não. – respondeu a menina, já claramente irritada.

- Desculpa.

- Bom, continuando... Temos que decidir o que vamos fazer. Na verdade, eu não sei muito sobre a escola mas, vou tentar dizer o máximo que me lembro.
Então, Hermione começou a contar sobre tudo o que ia se lembrando. Contou como a escola era grande, maior que Hogwarts, e que isso era claro pelo tamanho da propriedade. Falou também que havia lido no Profeta que o Diretor só iria receber os ex-alunos de Hogwarts, e mais ninguém. Contou os aspectos estudantis, mais matérias, nível de dificuldade maior. Acontece que, quando começou a falar sobre a localidade, ela parou instantaneamente.

- E fica logo abaixo...

- Logo abaixo...?

Mas ela não falou. Parecia estar procurando o dado em sua mente.

- Hermione?

- Alô!?

- Ah, sim. Ela é cercada por um mar, mas não consigo... me lembrar... qual é... – disse ela pausadamente, mas continuava com os olhos fechados, catando a informação na memória.

Veio então, na cabeça de Harry, a imagem de Hermione chamando um cachorrinho, com uma coleira com a inscrição: Informação. Ele riu.

- E quem liga para mar! Mas peraí, você disse que era na Inglaterra! – disse Harry.

- É. Estranho. Dizia no livro que o terreno era mais ou menos como uma ilha. Cercada de água por todos os lados. Isso não existe na Inglaterra.

- Tem certeza? – perguntou Rony.

- Absoluta.

- Rony, fala sério. Olha COM QUEM você está falando sobre certeza. – disse Gina.

- Obrigada Gina.

- De nada. – disse a menina, sorrindo.

Ron franziu a testa e não perguntou mais nada a ela.

- E... Outra coisa. - Hermione se lembrara de mais alguma coisa. - Sinto informar a vocês, mas nós só teremos mais cinco dias de férias.

- QUÊ?? - Ron berrou e ficou olhando para a cara de tranqüilidade de Hermione.

- Sinto muito, Ronald. - Deu um sorriso para ele. – Mas então... Vocês, suponho, leram a carta da escola?

Ninguém respondeu. Ela sabia, pensou Harry, só estava querendo caçoar.

- Imaginei. – disse ela. – Mas, por sorte, eu trouxe a minha comigo. Devo admitir que também não li tudo. Somente as quinze primeiras páginas.

Todos arregalaram os olhos.

- Brincadeira gente. – e riu. - Eu também brinco, sabe? Realmente, não tive paciência de ler tudo.

Ela tirou um envelope do bolso de sua calça jeans e ficou procurando atentamente algum trecho. Conforme ia lendo, ia mudando de expressão, cada uma mais estranha do que a outra. Finalmente, ela resolveu ler em voz alta:

- "Prezada Sta. Granger, temos os prazer de informá-la que a Escola de Magia de TwoSides está abrindo vagas para todos os antigos alunos de Hogwarts, blá, blá, blá... E seu material pode ser pedido por correio, comprado no Beco Diagonal ou em nossa própria escola, blá, blá, blá..." – Agora ela buscava em outra folha - Aqui está o que estávamos procurando antes! "A escola se localiza no Oceano Atlântico. A viagem será longa, mas estamos dispostos a garantir segurança e bem-estar. Garantimos também que, apenas os ex-alunos de Hogwarts estarão presentes nesse ano letivo". – A garota olhava a carta pasma, sem mesmo piscar seus olhos. Estava boquiaberta.

Ron esperava ansiosamente o sinal, mas ela nem percebera que todos estavam olhando para ela.

- Fala alguma coisa, Hermione.

- O que aconteceu?

- Lembram que eu falei que era uma "escola ilha"?

- Claro. – Todos responderam.

- Bom, a escola não é uma ilha. Localiza-se exatamente abaixo da Inglaterra.

- E...? - Perguntou Ron, sem entender o motivo do espanto da garota.

Ela olhava para Harry, Gina e Ron que esperavam por uma resposta concreta.

- Merlin! Além de ela ser toda cercada por água, ela é do tamanho da Inglaterra!

- Que absurdo! - Rony olhava para os amigos procurando concordância. - Aposto que eles não usam metade desse espaço. É só para gastar dinheiro. Quem foi o fundador dessa escola?

Hermione puxou os outros trinta papéis que, incrivelmente, cabiam dentro do envelope e começou a ler.

- Eu não quero saber Mione. - Ron disse, mas Hermione aparentemente nem ouvira.

- Só quero saber mais sobre nossa nova escola. – e, olhando desapontada para os papéis, continuou: - Ah... Não diz quem foi o fundador, mas diz que foi fundada há pouco tempo.

- É, mas isso a gente já sabia. – falou Harry.

- Galera, acho melhor voltarmos. – começou Gina, mudando de assunto.

- Concordo. Eles já devem ter dado por nossa falta. – aderiu Hermione.

- Me sinto tão especial. – disse Ron, por fim.

Todos riram, se levantaram e saíram do pequeno barraco. Felizes por poderem respirar novamente, voltaram para a Toca.

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