A onda Maligna



Alberon se aproximou de uma caixa. Tinha o formato de uma cabeça de dragão, com dois rubis no lugar dos olhos, parecia ser de prata, sombreado em alguns lugares. Os dentes afiados pareciam lacrar a caixa, havia escrituras em toda ela, língua de Druida, parecido com letras egípcias, coisa antiga.

- hahaha... os bruxos vão aprender o que é dor, viver escondidos, proibidos de viver livremente... – Alberon murmurava.

- Alberon.... tem certeza de que quer fazer isso? – perguntou Lilá.

- Certeza?? Tenho mais do que certeza.. Lilá! - riu ele. – a qualquer momento, todos se curvaram diante de mim.

- Mas... o ultimo que se apossou dessa criatura teve um horrível fim e...

- Lilá.. o ultimo que se apossou, foi um mero bruxo, BRUXO!! Que não soube lidar com essa criatura da noite. Depois disso, não haverá ser mais forte...
Lilá aquietou-se.

Ele se aproximou. Estava sentindo o poder. Como queria aquilo. Lilá a vampira que comandava um dos grandes grupos vampiricos observava, se algo acontecesse, poderia ajudar. Ao seu lado estava Stenfan, um vampiro aprendiz, mais novo membro.

Alberon ergue as mãos e começa a ler as escrituras.

- Grangus Esbelps Argon Niguestis!!

- Criatura que vive nas sombras... – tradus Lilá para o aprendiz.

A caixa treme.

- Tegus Amditri HUngaruedes Hutitus....

- Se alimenta de sangue, inimigo da luz...

Ouvem-se vários ruídos...

- Serebenus hunbides afrus gutines lupus angres...

- vem a mim, clamo o seu nome, a sua ajuda....

Tudo silencioso.

- Agudas friebenes kikusfrie inus ambiguem tangues bonudes ariquemante...

- para servir o mal, lutar na guerra até a morte, por que assim vencerei com sua ajuda.

Nada.

- BANBUS OCTOPLES ANIDIUS ANGLEAINNNNN!!!!

- Eu lhe ordeno que saia!!!!

A caixa balançou forte, então se abriu. Como se fosse realmente uma boca, as esmeraldas brilharam e um urro sobrenatural saiu de lá.

- Venha para mim... serei seu mestre agora...

Uma explosão de luz iluminou o ambiente. Um espectro em forma de uma gárgula antiga saiu, voou em círculos em volta da sala, urrando brutalmente. O novato se assustou, junto com a Lilá, que se jogara em cima dele.

A gárgula espectral, parou no ar, mostrando seus afiados dentes para seu mais novo mestre.

- Isso, Gargulean!!! Você agora é meu, e juntos causaremos o mesmo sofrimento a quem nos fez mal! – Alberon riu alto.

A criatura urrou ferozmente, num grito sobrenatural. Correu com os olhos os dois vampiros, sorriu maliciosamente, ergueu os braços e fechou os punhos. Os dois vampiros ao mesmo tempo sentiam dor, uma dor horrível, nunca havia sentido aquilo antes!

- Calma minha cria, guarde seu poder para a guerra, e agora una-se a MIM!! – berrou Alberon.

No mesmo instante a criatura voou numa velocidade fenomenal em direção a Alberon e num impacto forte entrou em seu corpo, liberando uma onda maligna que era perceptível a varias criaturas mágicas, inclusive trouxas.



Harry estava deitado, quase dormindo, quando sentiu algo veio a sua mente uma lembrança. Estava na sala em que havia encontrado a pedra filosofal. Quirrel olhava para ele. Com a varinha apontada para seu coração. Mas como??? Como isso?? Eu já acabei com ele! Dumbledore acabou com ele! Um raio veio em sua direção. Harry acordou. Sentiu uma espécie de puxão, que fizera o seu estômago comprimir enquanto um frio percorria sua espinha. Levantou-se para descer as escadas, mas parou com os olhos arregalados quando sentiu todo o seu corpo formigar e ficar quente. Colocou a mão na cabeça quando sentiu uma grande dor nela. Cerrou os olhos tentando aliviar a dor, quando um flash percorreu seu cérebro. Ele viu Alberon de braços abertos enquanto um mostro entrava em seu corpo. Harry abriu os olhos e sentiu uma grande dor. Desceu as escadas com dificuldade e quando chegou na cozinha abaixou a cabeça e colocou os óculos escuros, pois sentia que estava transformado, mas não conseguia voltar ao normal. Algo estava errado.




Voldemort estava sentado em sua poltrona. Seus comensais conversavam em voz alta. Sentia-se irritado, os vampiros recusaram seu convite. Isso era uma ousadia, que deveria ser punida.

Derrepente, a mesma sensação que Harry sentira, afetaram Voldemort e os seus comensais.

- Mas o que... – começou Voldemort, sentindo seu estomago dar uma volta quando teve a visão de quando tentou matar Harry Potter e o feitiço voltou contra ele.

Os comensais se entreolharam, as velas, inclusive a lareira se apagou. O escuro anunciava a chegada de algo que não se tinha idéia do poder.




Fudge estava preparando seus papeis, ia sair. Tinha que ir para a casa, sua mãe passara mal, e deveria ir. Precisava ir!

- Cornélio.... – Sr. Weasley começou a falar e novamente a onda maligna passou pelo ministério.

Todos ali sentiram a sensação estranha, Fudge lembrou-se de algo ruim em sua infância, quando fora pego por um grupo de jovens, estavam o cercando e apontando a varinha para ele, vários raios o acertaram e ele se via de ponta a cabeça, com um sapo em sua boca e sem calças.

Cornélio deixara sua pasta cair, os documentos se espalharam pelo chão, ficou imóvel, voltou a si. Sabia o que era aquilo. A profecia... a profecia vampirica!

- Weasley! Convoque uma reunião agora!! Nesse exato instante.

- Corneli....

- Vá! Sem respostas! Apenas vá!

Sr. Weasley saiu as pressas, Fudge sentia, ele sabia, que a guerra começaria, que os vampiros não estavam brincando, aquela carta de aviso não era uma brincadeira de mau gosto e sim a verdade.




Ângela estava com pressa. Seu mestre falou com ela sobre a profecia, aquilo não era bom.

A onda maligna fazia a volta no mundo, impulsionando e lembrando algumas coisas ruins a uns e para outros trazendo um leve incomodo.

Ela sentiu. Assim como todos, sentiram. Veio uma lembrança à tona. Estava só, ainda era humana, caminhando por um beco, era noite, a maligna noite. Um vulto negro se aproximava dela, ela não tinha visto. Ele a empurrou contra a parede e ela desmaiou. Quando acordou o homem estava em cima dela. Molestando, machucando-a. Era inocente! Como fizeram isso!! Como!!??

- Ângela... – gemia o homem.

Começou a correr lagrimas de seus olhos.

- Ângela!!! – continuava.

Tinha raiva queria matar, torturar...

- ANGELA!! – Urrou o vampiro negro. Ângela acordou, estava com as mãos envolta do pescoço do homem.

- Desculpe....

- Você também sentiu não? – perguntou Mael, que agora massageava o seu próprio pescoço.

- Sim.. ele fez!! Eu não acredito!! Ele não sabe o que faz!!

- Aqueles de nós que ainda não tem a mente preparada, sofreram mais devido a ligação com Alberon.

- Eu sei, mas isso passa. Acho que alguém virá nos visitar. Agora vou procurar Alberon.

Ângela correu. Precisava falar com seu mestre. Estava abalada, com medo.



- Remus!!Remus!!!

Harry chegou na cozinha chamando. Estavam todos ali sentados, pálidos.

- Aconteceu com vocês também ?? – perguntou Harry.

- Aconteceu com todos nós, todos... – respondeu a Sra. Weasley.

- Isso não é bom! Preciso falar com Dumbledore! – disse Romulus, pegando um pergaminho e uma pena.

Hermione vendo o estado de Harry, chegou até ele e o segurou pelo ombro.

- O que você tem Harry, está pálido!

- Nada, me solte. Mas...O que aconteceu!? – perguntou Harry.

- Nós não sabemos! – disse Rony pálido.

- Acho, que é uma onda maligna... você lembrou de algo? – perguntou Mione soltando Harry.

- Sim!! Eu lembrei de Quirrel. – comentou Harry.

- Eu vi aranhas! – gemeu Rony. – mas como você sabe disso?

- Eu presto atenção nas aulas Rony... eu leio livros! Sabe o tempo que vocês...

- Não é uma boa hora para isso Mione...... Remus?! – Disse Harry se aproximando, ainda de cabeça baixa.

- O que você tem Harry? – Perguntou Remus segurando Harry pelos ombros.

- Tenho que sair. – Disse baixo para apenas ele ouvir, já indo em direção a porta de entrada.

- Harry querido, aonde você vai? – Perguntou uma preocupada Srª Weasley, abraçada em Gina. Harry nada respondeu, apenas continuou seguindo o corredor da saída.

- Harry! Espere! O que você vai fa... – Remus parou assim que Harry virou o rosto e abaixou um pouco os óculos escuros para apenas ele ver os olhos vermelhos do jovem vampiro. – Entendo... – Terminou baixinho.
Harry abriu a porta e ficou apoiado um tempo nela, com uma mão na cabeça. Remus vendo que ele não estava nada bem se aproximou e o ajudou a sair.

- Romulus, venha até aqui e feche a porta. Os outros fiquem aí dentro.

- Mas o que ele tem? – Perguntou Molly.

- Ele precisa de ar. Feche a porta Romulus.

Harry soltou-se de Remus e ajoelhou-se no chão, olhando para o céu, que estava coberto por nuvens negras. Sentiu uma forte pressão na cabeça, para logo depois soltar um grito. Não foi apenas o grito que Harry soltou. Ele também emanou uma onda de magia que quebrou uma a uma as lâmpadas dos postes da rua. Então ele lembrou que Ângela havia dito que todos os vampiros têm uma ligação mental com o líder, por isso os vampiros aprendem a fechar a mente e os sentimentos, algo parecido com a oclumancia. “Deve ser por isso que minha cabeça dói. Tenho que esvaziar... a mente.”, pensou Harry.

Harry começou a levantar-se depois que começou a sentir-se melhor, mas ainda sentia um pouco de incomodo. Romulus, que não entendia o que estava acontecendo, apenas observava, até que se assustou, quando Harry retirou os óculos e virou para olhar os irmãos Lupin. Romulus tinha os olhos arregalados e a boca aberta enquanto observava os brilhantes olhos vermelhos de Harry.

- Vam...vam....Vampiro! – Foi a única coisa que conseguiu dizer, virando o rosto para ver Remus, que não estava nada abalado com a visão de Harry.

- Acalma-se Romulus. Depois eu explico, agora.........aonde você vai, Harry?

- Eu vou ver Ângela e os outros. Alberon fez alguma coisa.

- Você quer dizer que essa onda foi ele que provocou?

- Creio que sim. Eu tive um flash do que ele tava fazendo e creio que seja obra dele. Volto assim que der, e ........ da um jeitinho nas luzes por mim.
- Pode deixar. Volte inteiro.

- Tá. – Disse Harry acenando com a cabeça, para logo depois correr e dar um enorme salto em direção às sombras.

- Puxa.... – Disse um Remus boquiaberto.

A porta da casa nº12 abriu, dando lugar a figura de Alvo Dumbledore.
- Vamos entrar, convoquei uma reunião e o pessoal da ordem vai chegar dentro de algumas horas. Onde está Harry?

- Bem...ele foi falar com....

- Entendo. De certa forma eu iria pedir isso para ele. Agora vamos entrar e esperar.

Eles voltaram para a cozinha. Tinham dúvidas a serem respondidas. Muitas sem respostas e outras que poderiam abalar qualquer um.




Depois de algum tempo, Harry se vê diante do esconderijo dos vampiros. Ele percebe que tem uma movimentação lá dentro, “Essa hora eles devem estar saindo.” ,pensou. Então resolve entrar. Assim que entra, Harry olha para todos os lados do Hall de entrada para ver se encontra alguém conhecido, mas é alguém que o encontra.

- Harry, tinha quase certeza que você viria. – Disse Mael com uma das mãos no ombro de Harry.

- Mael, cadê Ângela?

- Ela foi falar o grandão. Você veio aqui por que sentiu, não é?

- Foi, mas .... o que foi aquilo?

- Parece que Alberon despertou um antigo demônio, muito poderoso. Ele não está de brincadeira. Mas .... com certeza quem gostaria de te ver é a Susan. – Disse Mael com um sorriso maroto nos lábios.

- Isso não é hora para zoar com a minha cara. – Disse um Harry corado. – Quem mais sentiu a dor?

- Todos nós vampiros sentimos a dor, uns mais que os outros. Isso foi porque quem invocou o demônio foi um vampiro.

- Sabe Mael....essa dor não pareceu que foi para machucar.

- Como assim Harry?

- Não sei explicar direito, mas me pareceu mais um aviso.

- Aviso?

É. Para mostrar quem é que está no comando. – Terminou Harry olhando seriamente para o vampiro negro.



.....



Harry passou uma hora lá, conversando com Mael e tentando não morrer de vergonha, por causa das indiretas e diretas de Susan, que havia aparecido algum tempo depois da chegada de Harry. Depois desse tempo, Ângela apareceu.

- Olá Harry, tinha certeza que viria.

- O que aconteceu?

Ângela explicou sobre a invocação do demônio e que tentou conversar com Alberon que esta guerra não era o melhor a se fazer, mas se quer deu-lhe atenção. A única coisa que disse era que não ia voltar com sua decisão.

- Tenho que ir. – Disse Harry se levantando.

- Quer que acompanhemos você? – Perguntou Mael, também se levantando.

- Não, não preciso de babá.

- Hehehe....então tá. Até outra hora. – Disse o vampiro dando tapinhas nas costas de Harry.

- Até Harry. – Disse Ângela olhando nos olhos de Harry. Ele sentiu-se hipnotizado. Queria ficar ali o resto da noite observando os olhos verdes de Ângela. Mas foi tirado desse sonho assim que Susan se pendurou em seu pescoço e deu-lhe um estalado beijo na bochecha.

- Até outra hora Harry.

- Ham....até... Susan. – Disse um Harry muito corado indo embora.




Harry entrava na Mansão Black, sua mansão agora. Isso fazia mal a ele, porque fazia lembrar de Sirius.

- Essa corrida me deu sede....de água. – Olhou para um relógio na parede. Marcava meia-noite e vinte e cinco. – Parabéns Harry. – Sussurrou para si mesmo enquanto caminhava até a cozinha. “A porta está fechada. Por que?”. Harry encostou o ouvido na porta para ver se escutava algo, mas não escutou nada. Afastou-se uns dois passos, olhando desconfiado para a porta. Levantou o rosto e respirou fundo.“Sinto cheiros diferentes no ar.....to parecendo um cachorro. Será que tem um feitiço na porta?”. Harry caminhou até uma mesinha que tinha na sala, pegou um pequeno peso de papel que tinha em cima dela e voltou a ficar de frente para a porta. Olhou pro peso em suas mãos, olhou para a porta e depois deu de ombros. “ Não custa nada tentar”. Arremessou o peso no mesmo momento instante em que a porta se abria para mostrar um Snape carrancudo. O peso acertou na testa do prof. de poções, que levou a mão na testa e lançou o olhar mais mortal que se podia mandar a uma pessoa em direção do Harry. Esse não reagiu, mas se matava de rir por dentro.

- Entra Potter. O Diretor quer você aqui.

Harry passou pela porta e deu de cara com uma cozinha apinhada de gente. Alguns sentados em volta da mesa e outros de pé. Todos olharam para ele no momento em que colocou o primeiro pé no recinto.

- Entre e sente-se Harry. Esperava por sua volta. – Disse o diretor o analisando por trás dos oclinhos meia-lua.

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