Emboscada



Apressei o outro capítulo, como eu to escrevendo isso junto com o meu livro, é meio complicado, então só tenho os fins de semana pra escrever.

Eu consegui terminar meu livro, pode acreditar? Agora eu estou relendo para mandar corrigir.

Agradeço os comentários novamente e peço que comentem e votem.

Obrigada!

=**

Luny.

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Harry sentiu os pêlos da nuca arrepiar.

- Não pode ser! – Murmurou Harry, apertando mais ainda o suporte que segurava para não ser carregado pelos outros alunos.

Alguns professores como McGonagall e Snape surgiam das portas principais lá da frente. As varinhas a postos apontavam para cima, lançando jatos azuis para reforçar a lataria do teto.

- Fiquem nas cabines! – Gritava Minerva impaciente. – Eles não podem entrar tão facilmente!

- Dumbledore disse que não havia jeito deles chegarem até aqui. – Murmurou Romulus para Snape, surgindo da mesma porta que a dupla saiu. – Eles invadiram a cabine chefe com o motor, para nossa sorte esse expresso não tem maquinista.

- Se eles souberem magia, fazem esse trem dar a volta ao mundo. – Retrucou Snape, aumentando o tom de voz. – TODOS SENTADOS!

A barulheira era tanta que os professores não tinham nem chance de serem ouvidos, parecendo formigas no meio da multidão. No teto, novas marcas surgiam, indicando que não havia dois ou três vampiros loucos atacando, mas sim, de cinco à dez apenas sobre o teto. Rony esgueirou-se entre as portas, entrando em algumas cabines para conseguir passar. Mione vinha logo atrás dele, tentando ser ouvida.

- Esses vampiros são loucos! – Exclamou ela, sendo empurrada contra a parede. – Ai!

- Estamos fritos, estamos mortos! – Manhava Rony, que apesar de tudo, não conseguia manter a pose.

- Lá está Harry! – Apontou Hermione, empurrando outro aluno de volta para a cabine e fechando a porta para que não saísse. – Harry!

Harry que até agora tentava ir para a frente para tentar falar com os amigos, agradeceu por eles estarem vindo. Entrou na primeira cabine onde estava apenas um aluno do primeiro ano, e sinalizou para que a dupla fizesse o mesmo. Rony foi o primeiro a entrar, Hermione veio depois e fechou a porta. O trio respirava fundo, recuperando o fôlego.

- Vampiros, cara! Você tem idéia? Esses malditos são loucos! – Disse Rony, fechando a janelinha. – Dumbledore não mandou professores o suficiente para ajudar!

- Calma Rony! Sem estardalhaços, esse trem tem mágica defensiva. Dumbledore não ia nos deixar assim. – Exclamou Hermione, sentando ao lado do aluno apavorado.

- Isso não deveria acontecer! – Ralhou Harry, levando as mãos à cabeça. – Ângela disse que os vampiros eram loucos, não burros!

Nesse instante, o teto da cabine afundou um bocado, provocando gritos de pavor. Harry abaixou-se, ou teria a cabeça quase batida pela lataria.

- Isso está perdendo o controle. De onde vieram tantos? – Perguntou Hermione, deslizando do banco para o chão e apanhando a varinha.

- Eles sempre existiram, mas escondiam-se. Viviam entre humanos e bruxos sem serem notados. – Explicou Harry, apontando a varinha para o teto. Os socos continuavam, afundando cada vez mais. As janelas começavam a rachar com a pressão. – Essa é uma nova legião, acredito que a maioria deles não devem ser puros. Os vampiros puros não se meteriam arriscadamente dessa forma a menos que tivesse um motivo.

Hermione respirou fundo e apontou a varinha para o teto.

- Firumflipe!

Um jato vermelho saiu da varinha e acertou o teto, lançando faíscas de fogo para cima de Rony e Harry. O teto aquecia-se, e não demorou a que o vampiro que socava o teto parasse. A cabine começou a aquecer com o calor.

- Temos que fazer alguma coisa! – Disse Hary, esgueirando-se no chão.

- É Harry, vai lá falar com eles! – A mão de Rony tremia, observando-o apavoradamente. – Vamos morrer mesmo!

- Rony, cala a boca! Isso não vai ajudar em nada. Vamos, temos que voltar lá para frente e...

Antes que Hermione pudesse terminar a frase, ouve uma explosão de gritarias no final do corredor. O trio abriu a porta e olhou para trás, um pedaço do teto havia sido arrancado, abrindo uma brecha. Os alunos apertavam-se para o inicio do corredor, outros batiam na porta de entrada para poder sair.

- Droga! Como eles conseguiram passar pela magia? – Questionou Harry, respirando fundo e suando frio.

- Não é só você que é vampiro-Bruxo Harry. – Informou Mione, tomando a frente e aproximando-se do buraco.

- Hey! Aonde você vai? – Perguntou Rony, vendo a amiga ir cegamente a direção ao perigo. – Você não pode ir para lá!

- Tenho sim! Não podemos deixar esses vampiros entrarem aqui, podem machucar inocentes. Qual é, Rony! Já enfrentamos até Voldemort, é nossa responsabilidade detê-los. – Gritou Hermione, encarando Harry depois. – Nossa responsabilidade.

- Ela está louca, louca também. – Balbuciou Rony.

- Não Rony, ela está certa. – Harry finalmente sentia-se vivo novamente, estava enfrentando criaturas assim como fez com Voldemort. Tinha inocentes a defender, não importasse que tipo de responsabilidade fosse. Comprimiu a varinha entre os dedos, e então começou a gritar. – Todos aqueles que quiserem ajudar, por favor, dêem um passo a frente!

O grupo de alunos que apenas observava e gritava, não respondeu. Estavam apavorados demais para enfrentar o perigo e arriscar suas vidas por outros. Harry irritava-se com aquilo, como poderiam ser tão egoístas? Enquanto isso, Hermione aproximava-se lentamente da entrada. O buraco revelava o céu negro de nuvens chuvosas, em breve cairia uma grande tempestade. O vento entrava sibilante pela passagem e carregava-lhe os cabelos. Estava aflita, não negaria, mas também estava encorajada. Sabia que poderia vence-los se quisesse, aqueles lá não passavam de meros sanguessugas, não eram vampiros de verdade.

Fora então que o primeiro rosto apareceu, era um homem e cabelos curtos e pretos. Tinha os olhos vermelhos como brasas e os dentes a vista. Encarou-a diretamente, franzindo o cenho ameaçadoramente. Nesse instante, Hermione sentiu um calafrio. Outra cabeça passava pela enorme fenda, e assim, amontoavam-se mais e mais. O buraco não era pequeno, deixariam várias criaturas entrarem ao mesmo tempo. A mão trêmula apontou para a fechadura, e as criaturas observavam com certa dúvida.

- Firumflipe! – Exclamou, lançando um jato de chamas na direção dos vampiros.

As criaturas recolheram-se tão rápidas que apenas alguns saíram feridos, murmurando xingamentos. A garota respirou fundo, porém não teve tempo para descansar. O primeiro vampiro saltou para dentro, avançando contra ela em grande velocidade. Eram mais ágeis do que humanos normais. Agarrou-a pelo pescoço e prendeu-a contra a parede, segurando o pescoço.

A criatura estava se divertindo, via-se nos olhos de brasa que não brincava. Abriu a boca e revelou os dentes pontudos, aproximando a boca do pescoço de Hermione. Ela não sabia o que fazer, a varinha havia caído no chão. Levou as mãos inutilmente ao pescoço, tentando puxar o ar para os pulmões que não vinha.

- Hermione! – Exclamou Rony, enchendo-se de coragem. – Larga ela, seu vampiro idiota!

Rony carregava o carrinho de balas, correndo o máximo que podia. Estava pálido e com medo, mas não deixaria ninguém machucar a sua amiga. O vampiro assustou-se com a ousadia do estranho e fora jogado longe com o impacto do carrinho, batendo contra uma porta de cabine. Hermione caiu de joelhos, respirando fundo e apalpando o pescoço.

- Eu bati num deles! – Falou Rony, arregalando os olhos. – Hermione!

O Weasley abaixou-se, segurando-a pelos braços e deixando-a em pé. A garota lacrimejava.

- Obrigada Rony!

E abraçou-o. O garoto não sabia o que fazer, por isso permaneceu parado. As bochechas ardiam, corando intensamente.

- Hermione, não é hora para isso!

Hermione soltou-o e secou as lágrimas, sorrindo. Apanhou a varinha do chão, procurando Harry com o olhar. Este vinha na direção deles, irritado.

- Outro buraco! – Disse Harry, notando o pescoço vermelho de Hermione e o vampiro jogado no chão. – Estamos só por nós, os professores estão ocupados lá na frente.

Dessa vez, um trio de vampiros desceu pela fenda, pisando no chão com força.

- É um bando de crianças! – Exclamou um deles, gargalhando.

- Vai ser fácil, aquele idiota nos pagou muito e nos deu a vida eterna por isso?

Os vampiros avançavam, expondo os caninos mortais. Estavam sedentos de sangue e aqueles “garotos” pareciam apetitosos. Harry tomou a frente, fechando os punhos e segurando-se para não mostrar os caninos também.

- Saiam daqui! Esse lugar não é para vocês. – Ordenou ele, apontando para o que parecia ser o líder.

- Hahaha! Você acha que pode conosco? Você fede a medo! – Gargalhou o líder do pequeno grupo, lambendo os lábios.

Rony e Hermione apontaram as varinhas para os outros dois vampiros, um para cada um.

- O que vão fazer com isso? – Perguntou o outro.

- Eles não sabem com quem estão lidando, estamos com sorte. – Murmurou Hermione apenas para a dupla.

- Queimar! Firumflipe! – Adiantou-se ela, atirando uma rajada de fogo contra o trio. Novamente surpresos, esquivaram-se se atirando para dentro das cabines abertas. – Eles não fazem idéia de que somos bruxos! Eu sabia, não são vampiros puros!

Harry apontou a varinha para a primeira cabine, onde entrara o vampiro. No momento em que passava na frente, vira uma sombra vindo em sua direção. O vampiro pulava sobre Harry, desferindo-lhe um soco no rosto. A dor que latejara na cabeça de Harry fora tanta que chegara a cegar-se por pouco. Quando reabriu os olhos, também deixava com que ficassem vermelhos. Os caninos vertiam-se pelos lábios, expondo-se para o líder.

- Nesse trem você não entrara! – Urrou Harry, chutando-lhe o estômago e lançando para o lado.

O bruxo levantou, apanhando a varinha. Sentia-se mais veloz, mais forte. Não sabia o que era, mas queria matar aquele outro vampiro. Ele estava abusando de seus poderes, não sabia usa-los pelo bem, então não usaria para lugar nenhum. Atordoado, o intruso balançou a cabeça e tentou levantar, mas o pé de Harry segurou-o no chão.

- Mande seus vampiros embora! – Mandou Harry, sentindo um leve latejar na cicatriz.

- Não posso... – Respondeu ele, entre uma tossida. – Estamos aqui para matar.

O Bruxo sentiu a espinha gelar, se ele não se apressasse, outros vampiros acabariam invadindo o expresso e matariam inocentes. Desferiu um chute na cabeça do vampiro, que desmaiou. Em seguida, apontou-lhe a varinha e murmurou:

- Estupefaça!

O vampiro afundou no chão, imóvel. Quando Harry saiu da cabine, seus amigos também estava dando-se bem. Assim que Hermione paralisou o vampiro e Rony jogou o outro pelo buraco do teto com o vingardium, o trio se juntou.

- Nossa sorte é que eles não sabiam que somos bruxos. Vamos nos apressar, temos que arranjar uma forma de selar a passagem até o socorro chegar. – Disse Harry, secando o suor da testa.

Rony deu as costas, vendo-se de frente com a janela de outra cabine. Lá fora, uma fileira de vampiros aproximava-se pela mata, saltando entre o mato alto e deslizando pelas pedras.

- Estamos fritos! – Choramingou ele, sendo acompanhado pelos olhares dos outros alunos apavorados.


Continua...

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