Capítulo 1
“Era noite de lua cheia..." — disse uma voz, num tom sinistro. — Não é desse modo que as histórias de mistério sempre começam? Hermione Granger desviou os olhos castanhos da tela do computador e fitou o recém-chegado. Kurt, seu irmão caçula, estava parado à porta da sala.
— Não as minhas histórias. É por isso que fazem tanto sucesso.
— Diane Woody, autora da famosa série Mistérios de Diane Woody. Não é redundância batizar o personagem principal da série com o mesmo nome que usa como pseudônimo?
A jovem escritora correu os dedos através dos cabelos castanhos e tornou a olhar para a tela do computador.
— Idéia do meu editor... — explicou antes de voltar a fitar o irmão. — Poderia deixar as perguntas para mais tarde? Não vê que estou tentando me concentrar no que escrevo?
Kurt era ruivo, possuía olhos azuis e era tão diferente da irmã que ninguém acreditava que fossem parentes. Era a imagem viva do avô materno. Genes recessivos, como seus pais costumavam dizer.
Dan e Joan Granger, arqueólogos, lecionavam na universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mas no momento encontravam-se em Yucatan, no México, participando de uma expedição.
Como se tratasse da recente descoberta de uma aldeia maia, seculares habitantes da região, aparentemente intocada, os Granger afastaram-se temporariamente de suas funções acadêmicas e seguiram para terras mexicanas. Não julgaram prudente levar Kurt para o sítio arqueológico, pois o garoto acabara de sofrer uma crise de amidalite. Assim, alugaram uma casa de praia em Cancun, para que Hermione pudesse dedicar-se aos seus livros e tomar conta do irmão.
A última notícia que os dois tiveram dos pais viera pela Internet. Diziam que as pesquisas iam bem, e que a descoberta estava tendo repercussão internacional. Hermione sabia que sim.
Para os irmãos, a chance de poder aproveitar a inesperada temporada no fantástico vilarejo à beira mar caíra do céu. Ali, na mágica Cancun e ao som do oceano, Hermione tinha inspiração suficiente para trabalhar. Isso, claro, quando Kurt não estava por perto, fazendo perguntas.
Só uma coisa a preocupava: de acordo com as previsões meteorológicas, aquele seria o ano dos ventos assassinos. No entanto, estavam no final da temporada dos furacões e nenhum deles ainda atingira o litoral mexicano. Felizmente.
— Reparou nos nossos vizinhos? — indagou Kurt. — Acredito que sejam pai e filha. O homem é alto e misterioso, e nunca está em casa. A garota deve ter mais ou menos a minha idade e passa o dia na varanda, os olhos perdidos no mar.
— Sabe que não tenho tempo para reparar na vizinhança — murmurou ela, com os olhos fixos no monitor.
— Isso é mau. Devia parar de trabalhar e tirar algumas horas para apreciar a beleza do lugar, Hermione — sugeriu ele. — Se continuar levando a vida trancada entre quatro paredes vai acabar solteirona e ranzinza.
— Solteirona, ranzinza e rica — constatou ela, distraidamente, enquanto repassava o texto. — Além disso, não se esqueça de Rony.
— Ronald Weasley... — sussurrou Kurt, balançando a cabeça. — Não sei como você o agüenta. Tudo bem que lecione história antiga na faculdade... Mas será que não sabe falar de outra coisa?
— História medieval, Kurt. O período renascentista, para ser mais precisa. Se lhe desse uma chance e o ouvisse, descobriria quanto o tema é interessante.
— Acha mesmo? Aquela tal de Inquisição Espanhola foi um terror!
— Não tanto quanto sugerem os antigos filmes — defendeu Hermione, virando-se para o irmão.
— Filme para mim é o do Monty Python.
— Não passa de uma comediazinha inglesa tola e sem graça. Mas, agora, me deixe trabalhar.
— Certo. Vou sair para pescar. Quem sabe, com sorte, eu consiga pegar uma serpente marinha.
— Se pegar alguma, avise. Faço questão de fotografar o acontecimento — disse ela sem olhar para o garoto.
Kurt fez uma careta e abriu a porta de correr.
— Até mais, maninha.
— Feche logo essa porta! Está deixando escapar o ar-condicionado!
— Opa! Desculpe!
O garoto fechou a porta e foi para a praia.
Com as mãos nos bolsos, Kurt caminhou até a casa ao lado, onde uma garota magrinha encontrava-se à varanda. Sentada, e com os pés descalços apoiados na mureta, ela parecia ter os pensamentos há quilômetros dali.
— Olá! Quer ir pescar comigo? — convidou o garoto. — O local está cheio de serpentes marinhas.
A garota sorriu e desceu os degraus. Era loira, de olhos azuis e pele clara.
— Serpentes marinhas? Está brincando, não é? — indagou. Kurt encolheu os ombros.
— Falo sério. Nunca viu pescarem serpentes por aqui?
— Confesso que não.
Ele sorriu, fazendo surgir duas adoráveis covinhas.
— Se não viu, significa que elas devem continuar no mesmo lugar — disse, apontando para o mar. — Se conseguíssemos pegar alguma... Já pensou no lucro que teríamos se a vendêssemos a algum desses jornais sensacionalistas?
— Acha mesmo? Se for assim, pode contar comigo! — exclamou a garota, com entusiasmo.
— Se ao menos eu soubesse como atraí-las...
— Já sei! Uma vassoura, um peixe morto, algumas penas, uma mangueira, uma tesoura e um pouco de tinta cinza.
— Garota esperta!
"Finalmente a minha alma gêmea", Kurt concluiu, nas nuvens.
— Meu pai me ensinou tudo o que sei — explicou ela — Mas se eu me meter em alguma encrenca, ficarei de castigo o resto da temporada. Portanto, é bom pensar direito antes de entrar nessa.
— Fique tranqüila. Também prefiro ficar longe de encrencas. Meus pais prometeram me mandar para o internato se eu não tiver juízo.
— Sério?
— Sério. Nada tenho contra estudar num internato, é que odeio uniformes escolares.
— São mesmo um horror! Os únicos de que gosto são o do time de beisebol. Você tem acompanhado o campeonato? Dessa vez, os Braves vão arrasar.
— Será mesmo?
— Claro. Para que time você torce?
— Para os Braves — mentiu ele.
Kurt dissera aquilo só para agradá-la, pois parecia sei um assunto importante para a garota. Na verdade, não dava importância ao esporte.
— Meu nome é Carly. Gostei de conhecê-lo.
— Sou Kurt.
Caminharam alguns metros pela praia, até o garoto parar e olhar em torno.
— Sabe onde podemos encontrar uma vassoura? — indagou.
Hermione digitava a estrutura de sua próxima novela, alheia ao fato de que o irmão podia estar se metendo em alguma encrenca. Alguns enredos quase se criavam sozinhos; outros não, e demandavam toda a sua imaginação. De repente, sentiu-se cansada. Precisava de uma pausa.
— Creio que me falta um pouco de fantasia — disse num suspiro.
Pensou em assistir a algum filme na televisão, mas, infelizmente, nada havia de interessante na programação. Mesmo que houvesse, ela não poderia segui-lo. Não falava espanhol.
Era uma pena estar perdendo os capítulos da excelente série de ficção científica de que tanto gostava. Seu personagem favorito era o comandante de uma nave espacial alienígena, arrogante e, algumas vezes, até diabólico. O ator escolhido para desempenhá-lo estava perfeito no papel. Hermione ultimamente pensava muito nele e isso atrapalhava sua concentração. Pelo bem de sua carreira de escritora, precisava deixar de assistir a tal série.
Foi até a cozinha tomar café e pouco depois retornou ao trabalho. Quando o sol começou a se pôr, lembrou-se do irmão, que ainda não retornara da pescaria às serpentes. Consultou o relógio. Kurt na certa ainda não o acertara no horário local. Era mais cedo ali do que em Bloomington, Indiana, onde ele morava com os pais. Hermione, que morava em Chicago, aproveitou a oportunidade e acertou o próprio relógio, que marcava uma hora a menos do que o do irmão. Nem ela nem Kurt falavam o idioma local. Hermione tinha uma certa fluência em alemão, mas de espanhol nada sabia. E, apesar de o inglês ser usado nos hotéis e nos pontos turísticos da cidade, nas ruas a história era diferente. Muitos dos habitantes ainda se comunicavam pelo dialeto maia e consideravam o espanhol, não o inglês, como segundo idioma. Sabendo que não conseguiria se concentrar no trabalho, pois estava preocupada com o irmão, ela desligou o computador e deixou a sala. Abriu a porta de correr, envidraçada, e, como sempre acontecia, prendeu a respiração ao olhar para fora.
A praia estendia-se à sua frente, a areia clara brilhando, e mais além estava o mar, tingido de um forte tom alaranjado pelo sol poente. O cenário tranqüilo e relaxante serviu para diminuir a inquietação que a dominava.
Desceu para a areia fofa e notou o rastro deixado pelo tênis do irmão. Pôs-se a seguir a trilha. Um pouco mais adiante, as pegadas juntavam-se a outras, menores e desconhecidas. Ela agachou-se e examinou-as atentamente. Já trabalhara como detetive particular, apesar de pouco tempo, mas qualquer novato concluiria que as pegadas menores eram de uma garota. Talvez daquela cujo pai alugara a casa ao lado e que Kurt mencionara. Na verdade, naquele momento, Hermione se encontrava exatamente diante da casa vizinha.
O ruído das ondas quebrando na praia encobria o som de passos se aproximando. Num minuto, Hermione estudava as pegadas na areia; no seguinte, tinha um par de sapatos masculinos pretos e brilhantes diante dos olhos. Fitou o desconhecido dos pés à cabeça, até deparar com dois olhos verdes. A primeira coisa que notou foi que ele era bastante atraente. Tinha cabelos pretos, observando-o, reparou também no desenho sensual da boca e no queixo quadrado, uma indicação de força de caráter.
— Posso saber o que faz nesta propriedade? — indagou o desconhecido num tom profundo.
Hermione levantou-se, e uma expressão confusa tomou-lhe o rosto.
"Coisa estranha... Como um total desconhecido conseguiu fazer meus joelhos tremerem tanto?", pensou.
— Estou rastreando essas pegadas — explicou, apontando para a areia.
— Rastreando? — indagou o desconhecido, como se ela tivesse dito algo maluco.
— Sim. São as pegadas de Kurt e estou à procura dele. Tem doze anos, é ruivo e dessa altura — disse, indicando com um gesto o tamanho do garoto.
— Sei quem é. Já o vi perto de casa. — O estranho fitou Hermione com desagrado. — Por acaso viu minha filha? Ela tem onze anos, cabelos compridos e loiros. Não a encontrei em casa. Avisei-a para não sair.
— Sossegue. Se estiver com Kurt, ficará segura — Hermione procurou tranqüilizá-lo.
Esteve prestes a mencionar que o irmão certa vez foi esquecido pelos pais no centro de Paris, e que mesmo assim conseguiu retornar sozinho ao hotel. Obteve dinheiro para o táxi vendendo as figurinhas de ficção científica que sempre carregava, e ainda lucrou vinte dólares.
Mas, antes que dissesse uma só palavra, o estranho adiantou-se:
— Será que estão juntos? Tem alguma idéia de onde possam ter ido?
— Não, mas tenho certeza de que não devem ter ido longe.
— Admiro a sua calma! Não sei como permite que seu filho perambule por ai como um delinqüente juvenil! E logo com minha filha! — esbravejou ele.
Correu os olhos desdenhosos pelas roupas de trabalho de Hermione. A bermuda de brim velha e desbotada alcançava-lhe os joelhos, e a camiseta folgada ocultava-lhe as curvas perfeitas do corpo. Tinha o rosto lavado e o cabelo despenteado pelo vento. Nos pés trazia um par de alpargatas.
"Filho?"
— Espere um pouco... — ela tentou protestar.
— Seu marido, onde está? — o estranho interrompeu-a.
— Não sou casada! — respondeu ela, os olhos soltando faíscas.
— Oh.
Hermione corou quando as sobrancelhas espessas ergueram-se expressivamente. As suposições maldosas daquele homem e seu desprezo a enfureceram.
De repente, uma idéia lhe ocorreu. Riu baixinho.
— Sei o que deve estar pensando, e não é da sua conta. Mas, apenas para sua informação, saiba que meu filho nasceu numa comunidade. Na verdade, não tenho certeza de quem seja o pai.
A expressão de espanto dele foi impagável. Hermione desejou de todo o coração estar de posse da câmera para fotografá-lo e rever a cena toda vez que desejasse dar boas risadas.
— Ah, então foi lá que aprendeu a fazer coisas como rastrear? — indagou ele, os olhos brilhando, divertidos.
— Não. — Hermione encolheu os ombros com indiferença. Tentou se lembrar de coisas que o chocassem para dizer.
— Aprendi a rastrear com um francês com quem vivi durante um certo tempo no norte do Canadá. Ele também me ensinou como fazer casacos com peles de animais. — Sorriu.
— E como usar uma espingarda.
— Sem dúvida, uma excelente notícia para a indústria de munições — disse ele com um sorriso zombeteiro.
Hermione nada disse. Colocou as mãos nos quadris e precisou olhar para cima para encará-lo. Era um homem alto, até mesmo para alguém de estatura mediana como ela.
— Preciso ir. Está escurecendo — disse.
— Pode ir, se desejar. Quanto a mim, irei procurar minha filha. — Ele ergueu a mão e acenou para um homem vinha em sua direção. — Sabe onde está Carly? — perguntou em espanhol fluente.
— No, sehor — respondeu o homem.
— Chame Ia policia.
— Si, sehor.
A palavra "polícia" soava igual em todos os idiomas, e o coração de Hermione disparou.
— Polícia? Pretende chamar a polícia? — Era tudo do que ela precisava. Explicar às autoridades locais que se esquecera do tempo e do irmão menor de idade.
— Fala espanhol? — o estranho voltou-se e perguntou, ceticamente.
— Não, mas ouvi-lo mencionar a palavra polícia.
— Sei. E não quer que eu a chame? Por acaso tem idéia melhor?
— Não. Creio que...
— Papai!
Os dois se voltaram ao som da voz. Deram com Carly e Kurt correndo naquela direção. Usavam sombrerose tinham os braços carregados de souvenires.
— Olhe meu chapéu, papai! Custou apenas um dólar! — Notou a expressão fechada do pai e desculpou-se. — Oh, lamento ser tão tarde. As horas passaram e não percebemos.
— Veja isso, Her... — A frase de Kurt foi interrompida pela mão de Hermione, que lhe tapou a boca.
— Tudo bem, filho. — Ela enfatizou a palavra filho e fitou o garoto. Sua expressão o avisou para não desmenti-la.
— Mas você não devia assustar sua pobre mãe dessa maneira. Já lhe pedi para avisar sempre que sair de casa.
Kurt fitou-a, intrigado. Era óbvio que ela queria que aquele homem julgasse que eram mãe e filho. Olhou para Carly, que sorriu, avisando que entendera a brincadeira.
— Sinto muito... mamãe — desculpou-se, sorrindo. — Estava tão divertido que não vimos as horas passando. Tentamos chegar mais cedo, mas Carly também não fala espanhol e não havia como chamar um táxi. Tivemos que encontrar alguém que falasse inglês para nos ajudar.
— Todos os motoristas de táxi da cidade entendem inglês — disse friamente o pai de Carly.
— Nós não sabíamos disso, senão já estaríamos aqui — defendeu-se a garota...— Este é meu amigo Kurt. Ele mora na casa ao lado.
O homem não parecia muito interessado em Kurt. Olhou em torno.
— Vamos. Preciso avisar José de que você chegou antes que ele chame a polícia. E temos de nos apressar. Vamos jantar com os Elliger esta noite.
— Outra vez! — resmungou Carly. — Missy faz questão de nos convidar para jantar só porque quer se casar com você.
— Carly!
Ela suspirou.
— Desculpe, papai. Vejo você amanhã, Kurt.
— Com certeza.
— Talvez consigamos achar aquela mangueira — disse ela, num tom conspiratório.
— Vamos procurar! — exclamou Kurt.
— Mas que diabos vocês pretendem fazer com uma mangueira?— perguntou o pai de Carly, afastando-se em direção à praia e ignorando totalmente as duas pessoas que acabava de deixar para trás.
— Uau! — exclamou Kurt. — O homem é de fato assustador!
— E petulante. Você precisava ver o modo como falou comigo —- disse Hermione, irritada. — Julga-se muito importante, mas lhe dei uma lição. Disse-lhe que você é meu filho, que não sei quem é seu pai, e o bobo acreditou. E não ouse desmentir! — interrompeu-o quando ele tentou protestar. — É exatamente isso que quero que ele pense.
— Você é maluca, maninha.
— Você ainda não viu nada! — Hermione olhou para pai e filha, que se afastavam, apressados. — Engraçado... Ele me lembra alguém, mas não consigo descobrir quem. Provavelmente, o diabo.
— Não acredito que ainda não saiba quem é nosso misterioso vizinho! Ele é famoso. Pense, Hermione.
— Lamento, mas não consigo descobrir de quem se trata.
— Vou dar uma dica: costumam chamá-lo de sr. Software. Por favor, Hermione! Não lê jornais nem assiste aos noticiários?
— Confesso que os evito. Algumas notícias me deprimem.
— Bem, o sr. Software acaba de sofrer um sério abalo financeiro. Há cerca de um ano ele se viu às voltas com um processo judicial. Perdeu a ação e uma grande fortuna. Agora não pode unir sua empresa de softwares a uma grande companhia de computadores, algo que o salvaria da bancarrota. Está aqui se escondendo da imprensa, pelo menos até a poeira baixar. Soube que jurou aos acionistas que recuperaria cada centavo perdido. E aposto que vai conseguir. O homem é uma fera nos negócios.
— Mas, afinal, de quem se trata?
— O nome é Harry Potter. Terceira geração de americanos, neto de imigrantes irlandeses. A mãe era espanhola, mas dá para perceber, não é? Fez fortuna criando e vendendo programas de computador, e agora pretende entrar no ramo de produção. A empresa a que ele sonha unir-se é a mesma que fabricou o computador que você usa.
— Então aquele é Harry Potter? — Hermione voltou-se para observá-lo. — Julguei que fosse mais velho.
— Acaba de divorciar-se. Carly me contou que a mãe arrumou as malas e partiu quando ele perdeu a ação. Faz questão de andar sempre com muitas jóias e por nada no mundo baixaria seu padrão de vida ou perderia sua posição na sociedade. Conheceu outro milionário e se casou com ele um mês após o divórcio. Vive atualmente na Grécia, Mas, de acordo com Carly, seus pais nunca estavam juntos. Ele, sempre envolvido com o trabalho, e ela preenchendo o vazio de sua vida com festas e jantares.
— É uma pena... Mas quem o vê não imagina que se trate de um milionário.
— Atualmente não é mais, de acordo com o que dizem os noticiários.
— Esse tipo de homem costuma se recuperar dos golpes que a vida dá — comentou ela, pensativa. — Viciados em trabalho, ganham dinheiro porque adoram trabalhar muito, embora muitos não liguem para isso.
Kurt fitou a irmã com olhos estreitados.
— Você sabe por que Harry Potter lhe pareceu familiar? — perguntou.
— Não. Vai ver que ele se parece com alguém que eu conheço.
— Pense, mana. Aqueles olhos.., Aquela voz suave e profunda... Onde costuma ouvi-la?
— Nos noticiários?
Kurt deu uma risadinha.
— Só se algum jornalista for alienígena e ninguém souber. As pistas de Kurt começavam a fazer sentido. Hermione sentiu o coração disparar ao finalmente descobrir a quem o irmão se referia.
— É isso! Harry Potter se parece com o meu capitão alienígena!
— Ele mesmo. Mesma altura, mesmos olhos, mesma voz aveludada... O sósia de seu vilão favorito é nosso vizinho. E você, julgando que aqui estaria livre dele!
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N/A: Próximo capítulo em breve!
Votem e comentem que ele vem mais rápido!
BjOkss
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