História Mal Contada



5 – História Mal contada



– Rapunzel?! – perguntou o mais alto que pode. Mesmo que não parecesse, Rony se sentia inútil naquele momento por não fazer idéia de como prosseguir durante aqueles instantes. E, por um único momento, ele quis profundamente que tivesse optado por ter aula sobre Trouxas também.

– É, Rony! – respondeu Hermione – Não vou te explicar em detalhes, mas agarre logo a minha trança e suba até aqui! – gritou jogando os cabelos pra que o menino pudesse alcançá-los.

– Agarrar seus cabelos? – perguntou enquanto segurava uma parte do mesmo – Você tem certeza do que esta dizendo, Mione?

– Claro que tenho, ande logo!

Aquilo lhe soava estranho, mas sem pensar mais, o ruivo segurou com firmeza os cachos morenos da amiga e, o mais rápido que pôde, subiu até o topo da torre.

– Mione, que estória mais maluca é essa? – perguntou extasiado – Explique tudo o que devo fazer agora!

– Rony, você já ouviu falar de Rapunzel? – perguntou Mione.

– Não. – respondeu ele – Pode me explicar.

– Bom... – começou ela – Tem uma bruxa que mantém Rapunzel neste caso, eu, presa aqui desde criança. Rapunzel vive isolada na torre sem conhecer ninguém ou ter visto qualquer ser humano, a não ser a bruxa.

– Mione, se tem uma bruxa por aqui, ela pode nos ajudar, não?

– Não... – respondeu Hermione – Sabe, nas estórias trouxas... As bruxas são sempre más... hum... voltadas para o lado das trevas.

– Por quê? – perguntou Rony.

– Eu sei lá! – respondeu Hermione impaciente – Mas é assim: nessa estória somos trouxas, como na outra em que estávamos.

– Por isso não encontrei minha varinha – disse Rony aborrecido – E qual é a minha participação nisso?

– Bom... – Hermione hesitou um pouco – Segundo a estória, aparece um príncipe e...

– Eles se apaixonam? – terminou Rony.

– É... – respondeu Mione, corando.

– Então... Não estamos muito longe disso, ou estamos? – disse Rony se aproximando de Hermione e tocando em seu rosto.

– Lo...Longe? – gaguejou a menina.

O rosto do menino ficava cada vez mais vermelho, porém em momento algum ele desviara sua atenção dos olhos da menina. O silêncio reinava no lugar agora, e o som da brisa morna irritante que atravessava a única entrada de ar da torre se tornava cada vez menor. Os únicos sons que ambos escutavam agora vinham de suas próprias respirações e corações acelerados.

– Acho que já deveríamos ter concluído isso há muito tempo... – sussurrou o ruivo enquanto, lentamente, se aproximava cada vez mais do rosto da amiga.






– Não acredito nisso! Como você se atreveu a metê-los lá dentro sabendo que talvez eles não voltem?! – gritou Gina perplexa ao ouvir o que o namorado dissera.

– Calma Gina! Eu tenho certeza de que ficara tudo certo... – respondeu segurando as mãos dela entre as suas como método de acalmá-la.


– Harry Potter, espero sinceramente que suas palavras sejam verdade! Pois não gosto nem ao menos de imaginar o que acontecerá se eles ficarem presos dentro daquela história maldita!






Rony estava prestes a beijar Hermione quando ouviu o som de uma risada aguda vindo de fora. Isso os assustou e fez com que Hermione soltasse uma exclamação.

– Ah, não! Rony, ou vai embora ou se esconde aqui mesmo. É a bruxa de quem lhe contei...

– Mas, Mione… Se temos que dar continuidade à estória, é melhor que ela me veja de uma vez!

– Eu sei... Mas, sinceramente, eu preferia que o livro se rasgasse agora... – disse ela um pouco desesperada.

– Por quê? O que vai acontecer?

– Bom... Ela vai cortar meu cabelo e me banir da torre, mas ela vai te empurrar janela abaixo, você vai cair naqueles espinhos e ficar cego!

– Espera aí, eu não morro, morro? – perguntou Rony aflito.

– Claro que não! Apesar de tudo, a estória tem um final feliz.

– Você é expulsa e eu fico cego... e ainda tem um final feliz??? Ah, droga!






Enquanto isso, Gina estava preocupada com o irmão e a amiga.

– Harry, se você abrir o livro eles vão voltar. Por favor,...

– Esse livro é de estórias infantis trouxas. - disse Harry – Era do meu primo, ele nunca leu, mas rasgou algumas folhas... São estórias inofensivas, o que pode acontecer a eles?

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