Capítulo 5
Capítulo 5:
Gina logo se vestiu e saiu correndo para o encontro. Tom se censurou por aproximar ainda mais o elo que existia entre eles. Não queria que ela se aproximasse, não para vê-lo sofrer ou mesmo matar...
“Fique onde está, por favor" – ele pediu em pensamento. Dessa vez, foi Gina quem ignorou o chamado e continuou sua caminhada. Ao chegar na entrada da escola, porém, foi surpreendida por um braço muito forte que a agarrou.
– Não! – ela gritou, se libertando do atacante e correndo.
– Estupefaça! – gritou o atacante, que não era outro senão Pedro Pettigrew. Acertou Gina em cheio e ela caiu desacordada. Ele caminhou até ela e disse - Não sei por que o mestre se preocupa tanto com você, mas eu recebo ordens. Pettigrew pegou Gina em seus braços e caminhou de volta a Hogwarts.
No instante em que Gina foi atacada, Tom se levantou de onde estava e correu desabalado para Hogwarts. Chegando ao local onde Gina estava, olhou desabalado para os lados, não sabendo aonde ir. Estando ela desacordada por um feitiço, era quase impossível localizá-la.
Ela sentia seu corpo arder de cima a baixo, e a única coisa na qual conseguia pensar era nele. Sussurros loucos de alguém delirante ecoavam pelo quarto sem qualquer outro móvel, com exceção da cama. A poeira pairava no ar, já que não havia quaisquer indícios de vento para movê-la.
Ele atravessou o corredor despreocupado com a idéia de que alguém poderia vê-lo. Onde estaria aquele infeliz quando mais precisava dele?
– Achei que você tivesse dito que não voltaria mais aqui – a voz veio do fundo do corredor vazio. Era ele.
– Preciso falar com você – respondeu Tom de forma ríspida – Gina... ela corre perigo.
– Não corre mais se você ficar longe dela – afirmou Harry fitando o garoto com ódio.
– Você não está me entendo, Potter. Ela foi seqüestrada... Possivelmente por Comensais. Nós precisamos encontrá-la... LOGO!
– O quê? – Harry parecia perturbado – Mas como é que você sabe?
– Isso não importa agora, seu insolente! – Tom estava nervoso e não conseguia esconder seu desespero – Temos que procurá-la!
– Eu vou, mas antes exijo saber por que o seu interesse? Isso não é comum, vindo de você...
– Estamos perdendo tempo! – agora Tom tinha um ar autoritário. Ele ia falar mais alguma coisa, mas parou e olhou para as mãos.
Harry também viu que Tom estava desaparecendo.
– Muito bem, Potter... – Tom falava, um pouco trêmulo – Eu quero me redimir com a garota, me deixe fazer isso antes... antes...
– Tudo bem. – Harry nem precisou que ele terminasse de falar, foi chamar Rony e Hermione.
Logo estavam todos reunidos Mione e Rony observando Riddle um pouco temerosos, mas ele não se importava. Preferia mesmo que o temessem.
– Você tem certeza de que ela ainda está no castelo? – Harry perguntou.
– Não sei, ela perdeu a consciência, não tenho como localizá-la.
Rony ia abrir a boca para fazer uma pergunta, mas encontrou os olhos frios de Riddle e resolveu se calar. Hermione falou primeiro:
– Precisamos falar com Dumbledore! Ele tem que saber que há comensais nas redondezas!
Apesar de temer Dumbledore, Tom não teve escolha, senão concordar. Mas pediu para Hermione omitir, se possível, sua presença no castelo.
Todos se separaram e começaram a procurar. Tom caminhava pelos jardins e foi em direção ao Salgueiro Lutador. Não sabia bem por que, mas foi de certa forma, levado até ele...
Com um aceno na varinha, parou o salgueiro e procurava qualquer indício, qualquer pista de Gina.
Uma fita. Uma longa fita verde estava jogada no chão. Ele se abaixou e segurou-a entre os dedos trêmulos, aquele era a fita de cabelo que Gina usara uma das vezes em que havia ido visitá-lo.
Era como se ele estivesse hipnotizado por aquele pedaço de pano mal acabado. Mas logo seu transe foi interrompido quando ele percebeu que agora não só sua mão, mas seu braço inteiro imitava as luzes pisca-pisca com que se enfeitava a casa durante a época do natal. Ele deixou que a fita caísse no chão e esperou até que tivesse certeza de que partes do seu corpo não oscilariam entre invisíveis e reais...
Depois do mal estar que sentiu, Tom tateou o chão, procurando o que ele mesmo não tinha certeza do que era. Viu que uma parte do solo era oca, e encontrou a porta da passagem que levava para a casa dos gritos.
Seguiu o túnel um pouco estreito e logo abriu outro alçapão, entrando na casa dos gritos. Até aquele momento ele não conhecia essa passagem, fora colocada depois de sua saída de Hogwarts.
Então, com todo o cuidado possível, ele foi descendo os degraus da escada gasta, sem fazer barulho. Sabia que tinha que avisar alguém sobre aquela descoberta, isso se ninguém já a conhecesse, mas não teria raciocínio suficiente até que encontrasse Gina. Seu corpo todo começava a suar, devido ao calor que cada vez mais ia aumentando.
Parou um instante e olhou a sua volta, não havia ninguém. Um suspiro cansado e quase derrotado escapou de seus lábios, e agora ele temia que a menina pudesse estar correndo um perigo maior do que o que imaginava. Esfregou os olhos com força e começou a subir a escada. Se ficasse ali por tempo demais, perderia um tempo precioso.
– Tom... – a voz soou doce e pura como qualquer outra coisa jamais poderia ser. Ela estava ali. Estava em algum lugar dentro daquela passagem. Ele, finalmente, a havia encontrado.
Saltou de onde estava para dar de encontro com o chão. Percorreu os olhos pelo cômodo sombrio e vazio novamente, onde ela estaria?
– Gina? - chamou em meio a um sussurro que por pouco não fora abafado pelos rugidos da madeira na qual ele pisava – Gina, você esta aqui?
Nenhuma resposta, nenhum barulho. Absolutamente nada havia chegado até seus ouvidos como resposta. Seria aquela uma armadilha?
– Vá embora... Aqui é... Perigoso – a voz. A voz dela novamente. Seus ouvidos prestaram o máximo de atenção que conseguiram, para poder segui-la – Vá embora...
O sussurro se tornava cada vez mais baixo e confuso, e ele torcia para que conseguisse encontrá-la antes que sua voz desaparecesse.
– Gina? – perguntou quando seus joelhos se encontraram com a cama dura encostada próxima a janela fechada. Nada. Nenhum som, nenhuma resposta. "A varinha!", pensou batendo a mão na testa. Havia se esquecido completamente dela – Lumus.
Seus olhos arderam só pela pequena partícula de luz que saia dali, mas a sua atenção era para a cama.
– Gina! - exclamou antes de ser atingido por um feitiço silencioso.
Ele não precisou o tempo que ficou desacordado. Mas agora, consciente, viu que estava num quarto sujo, amarrado no chão. Gina estava ao seu lado, parecia aflita.
Tom voltou seus olhos para a cama, onde havia um homem encapuzado e outro, com olhos estreitos como fendas e vermelhos, o rosto lembrando uma cobra. O homem se levantou e encarou Tom.
– Rabicho – disse ele se referindo ao comensal – Vá vigiar a entrada e certifique-se de que ninguém nos interrompa. – o comensal saiu imediatamente.
– Você... – tornou a falar o homem, ainda encarando Tom – Como se libertou?... Como pôde se libertar de um diário e ainda se materializar?
– Então eu me transformei nisso... – Tom sussurrou – Tanto estudo transformado em uma aberração...
– EU SOU LORD VOLDEMORT, O MAIOR BRUXO DE TODOS OS TEMPOS! – gritou Voldemort, furioso – E você... você é a aberração aqui! Você é uma lembrança, não é real!
Gina não conseguia se mexer ou falar, apenas lágrimas rolavam em seu rosto. Tom respondeu:
– Você acha que eu sou uma fantasia, mas mesmo assim veio atrás de mim! Eu sei que muitas vezes tentou me dominar e agora, para me atrair para uma armadilha, você tem que usar uma garota...
Voldemort o interrompeu:
– Você tem razão... Você não é real, mas faz parte de mim... estava interferindo em meus pensamentos, acrescentando lembranças inúteis com essa menina... Quem diria... Até alimentou esperança de que pudesse ficar com ela. Mas você sabe que seu tempo aqui é curto.
Dizendo isso, Voldemort sorriu. Gina olhou para Tom e viu, com grande assombro, que ele começava a desaparecer de novo e reaparecer aos poucos.
–Tom! Por que não me disse?
Ele não respondeu. Apenas encarou Voldemort com olhos frios e sem vida.
– Eu sou uma lembrança sua, mas eu posso viver também. Se você deixar de existir.
– É um desafio? – perguntou Voldemort, sério.
Tom sabia que não tinha muitas chances, porque sendo ele uma lembrança de alguém com 16 anos, não tinha a mesma experiência de Lord Voldemort. Gina também pressentiu perigo.
– Tom, não está falando sério sobre isso, está? Será possível que não exista outra forma?
– Virgínia, – disse ele sério, sem olhar para ela – Quero lutar pela minha liberdade. Pela minha vida e por você.
Voldemort riu.
– Que tocante... Mas se esqueceu por que eu trouxe a garota. Eu vou destruí-la primeiro.
Tom tentou ganhar tempo.
– Por quê? Ela não será problema se EU for embora. Está com medo de me enfrentar?
Voldemort então girou a varinha em sua mão e Tom sentiu as cordas se soltarem.
– Vamos. Eu aceito seu desafio – disse o Lord – Vamos ver por quanto você pode lutar.
Voldemort sussurrou alguma coisa e logo Tom se viu solto das cordas que o mantinha no chão. Seu corpo tremia inevitavelmente, e algo em sua cabeça o dizia para que blefasse, mas ele não tinha tempo para ouvir sua "consciência", o importante naquele momento era salvar Gina, mantê-la longe de qualquer perigo. Agarrou a varinha que se escondia no seu bolso com tanta força que temeu que ela se desfizesse por entre seus dedos compridos.
– Expeliarmus! – gritou ele antes que o outro se pronunciasse. Voldemort voou e bateu na parede suja e mal cuidada do cômodo.
– Não se faça de espertinho, menino! Não se esqueça que eu conheço você mais do que você a mim – relembrou antes de gritar um feitiço que Tom bloqueou.Gina se encolheu contra a parede.
Cores diversas riscavam a penumbra e choques elétricos semelhantes a explosões colidiam a cada segundo, tornava-se comum ver um dos dois colidirem com alguma coisa. As respirações ofegavam e Tom já sangrava do lado esquerdo da sua testa e boca. Por mais que parecesse estranho, ele estava vencendo, estava conseguindo vencer o Lord das Trevas mais temido de todos os tempos. Estava vencendo a si mesmo quando mais velho, estava prestes a reescrever seu passado e futuro.
– Você vai se arrepender de ter ousado me desafiar, de ter ameaçado a última pessoa que tem a ver com a nossa disputa por vida... – rugiu o garoto apontando a varinha em frente ao rosto do outro. Seu peito arfava de modo quase agonizante, e somente sua boca lhe trazia ar naquele momento. Mirou a si mesmo por mais um instante e sentiu nojo de ser o que era, sentiu raiva do que havia se tornado e algo tenebroso como a satisfação de notar que os olhos vermelhos não transmitiam qualquer sensação de medo.
Mas então, como se em um mísero momento de desgosto, ele sentiu seu corpo falhar novamente. Teve a sensação desagradável de sentir como se não tivesse mais parte do seu braço. Seu braço! Olhou rapidamente para a sua mão, e viu sua varinha atravessá-lo como se ele fosse um fantasma e, por mais que seus reflexos fossem rápidos, ele se viu sem tempo de se proteger do feitiço que o atingiu em cheio no peito. Ele cambaleou alguns passos e se deixou cair no chão.
Levou a mão já materializada à têmpora e tentou fazer com que a dor da queda se amenizasse, deixou que uma de suas piscadelas durasse mais tempo.
– Tom... – a voz atingiu seus ouvidos de forma doce e agonizada. Virgínia. Sua Gina, sua amada, aquela que o trouxera de volta a vida por alguns dias de glória. Gina, a menina sozinha e de cabelos ruivos que ainda acreditava no amor que encontrara no diário surrado posto propositalmente em suas coisas durante seu primeiro ano. A garotinha de seus sonhos e desejos mais profundos, a única que fora capaz de acreditar que alguém realmente poderia mudar – Tom, não feche os olhos. Tom, por favor, eu preciso tanto de você – ele sentiu as lágrimas quentes caírem brevemente sobre seu rosto contraído e sentiu ódio de si mesmo por fazê-la sofrer. Abriu os olhos.
– Minha pequena menina Weasley – sussurrou levando a mão até a bochecha rosada e suja da garota, acariciando-a com ternura eterna.
– Tom, eu te amo.Você não pode ir embora, não agora, não assim - lágrimas incontroladas rolavam pela face quase completamente empoeirada, e ele já pensava como era estranho que Voldemort ainda não tivesse se manifestado - Eu te amo... - sussurrou aproximando seus lábios dos dele.
O gosto de framboesa que ele tanto adorava se condensou com o doce mel da boca dele, formando uma única mistura, uma única fórmula que jamais poderia ser copiada. Ela queria que o beijo durasse para sempre, porque de alguma maneira ela sentia que se o rompesse, Tom morreria, mas não era aquilo que impediria o feitiço de fazer efeito. Ela já não sentia mais a mão dele sobre a sua bochecha, e seus lábios sumiam e voltavam de segundo a segundo. Ele estava indo embora, estava deixando-a novamente.
Um soluço escapou da sua garganta, permitindo que as bocas se separassem por um instante. Os olhos cor de mel o miravam de forma desesperadamente apaixonada, e ele sentia que os dele brilhavam com igual intensidade. Ele a queria para sempre.
– Eu te amo... – sussurrou a ruiva deixando que somente seus suspiros e soluços dominassem a sala – De verdade...
– Eu também – a frase pairou no ar quase caindo do único fio que a sustentava. E uma luz amarelada partiu a escuridão à qual todos já haviam se acostumado. Ele desaparecera.
Depois que Tom desapareceu, Gina ainda ficou no chão. Fechou os olhos, pensando que Voldemort fosse matá-la a qualquer momento.
Mas nada aconteceu. As lágrimas já haviam secado quando ela ouviu ele dizer:
– Levante-se.
Ela percebeu que a voz dele não estava tão fria quanto antes e abriu os olhos, encarando-o. O olhar dele também estava diferente, parecia mais "humano" do que antes. Gina se levantou sem vontade, apenas esperando pela sentença de morte. Voldemort apenas disse:
– Vá embora.
– O quê? – ela mal acreditava no que ouvia.
– Vá embora, antes que me arrependa. - tornou ele - Esqueça o que aconteceu aqui, esqueça o que se passou nesses últimos dias, siga a sua vida. Será melhor para você.
Gina parecia incapaz de se mover ou de ter qualquer outra reação, apenas demonstrava surpresa. Voldemort se irritou com isso. Chamou por Rabicho, que atendeu de prontidão.
– Leve-a daqui, depressa.
Assim que viraram as costas, Gina somente ouviu um grito “Estupefaça” e perdeu a consciência.
O sol já brilhava quando Gina acordou. Estava deitada numa cama e logo que recobrou a consciência tentou se levantar, porém seu corpo estava todo dolorido, obrigando-a a permanecer deitada.
– Bom dia, Gina.– disse uma voz.
Era o Professor Dumbledore, que estava parado ao lado da cama; ela sequer notara a presença dele. E ele não estava só: Harry, Rony e Hermione estavam ali também.
– Ah... olá.... – respondeu Gina, sem jeito – O que?...
– Você foi encontrada caída na porta da frente. – respondeu o diretor – Sozinha.
Como Gina não falava nada, Harry perguntou:
– E quanto a Tom Riddle? Onde ele está?
Ao ouvir o nome de Tom, Gina sentiu que ia chorar. Resolveu conter suas lágrimas dessa vez e respondeu:
– Ele... – ela pensava se deveria contar o que aconteceu – Ele me ajudou com o comensal, me encontrou e me protegeu.
Harry, Rony e Hermione se entreolharam e Gina sabia por quê. Tom Riddle não era de ajudar as pessoas, então ela completou:
– Eu já o tinha visto antes de você, Harry... Ele disse que queria viver a vida dele sozinho... mas não conseguiu... – ela tentou novamente segurar as lágrimas – Ele se foi...
– Este Tom Riddle que você viu era uma lembrança. – foi a vez de Dumbledore falar – Não sei como explicar o fato dele ter se materializado, geralmente isso acontece quando se extrai energia de outra pessoa, mas sendo uma lembrança, Tom não ficaria aqui por muito tempo. Se ele sumiu, deve ter voltado para o lugar dele, a mente de Voldemort.
– O senhor acha isso mesmo, professor? – perguntou Gina.
– A lembrança era dele, não? Bom, srta Weasley, vamos deixá-la descansar. Mas eu só tenho uma última pergunta: por que e como um comensal a raptou?
Gina desviou o olhar do diretor, não queria mentir, mas achou que não era obrigada a revelar toda sua história. Todos desaprovariam, então ela resolveu guardar tudo em segredo, seguro em seu coração. Apenas respondeu:
– Não tenho idéia, professor.
– Muito bem... nesse caso... – e Dumbledore, junto com Harry, Rony e Mione, saíram da ala hospitalar.
Gina ainda permaneceu aquela noite na ala hospitalar. Durante a noite, uma coruja veio pousar na cabeceira da cama, deixando cair um embrulho um pouco grosso. A ave foi logo embora: Gina desfez o embrulho.
Era um diário novo. Tinha uma carta separada, na qual ela leu:
“Cara menina Weasley”.
Antes de encantar o diário, eu confesso que não a matei por causa das lembranças que o jovem Tom passou de volta pra mim, quando retornou para minha mente.
Porém, para alguém como eu, o AMOR não é um benefício e aprisionar esse sentimento é muito doloroso, mesmo para o maior bruxo das Trevas de todos os tempos. É doloroso, porque lembrar de você como uma idealização de mulher, que não fez parte da minha vida real, mas do que eu considero um sonho, me faz pensar no que eu poderia ter vivido e que talvez eu não teria chegado aonde cheguei.
Por isso me livro novamente dessas lembranças. Elas estão guardadas no diário. Lamento sinceramente. Eu disse para você esquecer, mas a única forma de eu mesmo esquecer foi trancá-lo novamente nesse diário. Pensei em me desfazer dele, para que não a iludisse, mas algo em meu ser me fez mudar de idéia.
Ele não terá forças para sair, você poderá simplesmente conversar com ele. Mas como sei que o amor é tolo, com certeza você ficará satisfeita apenas com isso.
Ele também não influenciará mais em minha mente. Menos mal, pois em respeito a essas lembranças você continua viva. Só espero que não fique mais em meu caminho.
Despeço-me aqui.
Tom Riddle
Lorde Voldemort.”
Gina leu e releu a carta. No íntimo, ela estava feliz. Pelo menos teria Tom para conversar e talvez ela pudesse transformar o amor que nutria em uma amizade profunda. Colocou o diário na mesa de cabeceira e foi dormir com esse pensamento.
As janelas da ala hospitalar estavam fechadas, mas o diário pareceu mover-se, até que se abriu. Uma luz saiu de dentro do diário, iluminando o rosto de Gina, que dormia tranqüilamente. Mesmo dormindo, esboçou um sorriso no rosto, tranqüilo e feliz.
Fim.
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