Pernas, pra que te quero?



Pernas, pra que te quero?


Lyra sentou-se na cama sentindo-se levemente zonza. As paredes moviam-se de um lado para o outro, e um estranho barulho percorria o quarto. O que havia comido noite passada? Não havia com estar de ressaca.

Então ela percebeu que não era nenhuma ressaca. A casa estava realmente tremendo, abalada por mais um terremoto. Tão rápida quanto suas pernas emboladas no lençol permitiram, ela levantou-se da cama, sem se importar com o blusão que usava, e saiu correndo para debaixo do portal da porta.

Summer já estava embaixo da mesa de centro do segundo andar, mordendo o dedo com tanta força que o fazia já estar vermelho. Lily também estava no portal de sua porta, agarrada com força em um lençol branco que arrastava no chão, cobrindo a camisola curta de seda.

Sirius estava tranqüilo sentado sob sua porta, abraçando os joelhos com uma tranqüilidade que exasperava Lyra. Thiago também parecia calma, mas uma pequena ruginha em seu cenho evidenciava o desconforto com a situação.

Remo não estava em nenhum lugar a vista.

Então, como na noite passada, tudo parou de tremer. Todos continuaram parados em seus lugares por um tempo, até que Sirius bufou de seu canto e levantou-se enquanto alongava os músculos.

- Eu sei que o colégio quer que nos adaptemos como trouxas, mas dois terremotos em menos de cinco dias não é demais não? – ele perguntou olhando irônico para Summer que ainda estava mordendo o dedo.

- Eu não sei se é exatamente parte do teste todos esses tremores. – Lyra respondeu secando o suor frio que escorria por sua têmpora.

- O que você quer dizer? – Lily perguntou enrolando-se mais ainda no cobertor e andando até onde Luh estava para ajudá-la a levantar do chão.

As pernas dela ainda estavam muito moles para se agüentarem sozinhas.

- Sei lá. – Lyra confessou abraçando-se. – Eu só estou com um mau pressentimento...

- Ei, aonde o Aluado se meteu? – Thiago perguntou olhando em volta.

- Estou aqui. – Remo respondeu saindo do quarto com ar entediado.

- Você não devia estar tão...- o que Remo não devia eles nunca chegaram a saber.

Pouco a pouco, como se estivessem em uma filme de terror, viram parte do teto desmoronar no lugar aonde Summer estivera segundos antes. As paredes também não pareciam estar em seu melhor estado e começaram a aparecer rachaduras por toda a extensão.

- Vamos sair dessa casa! – Remo falou sensatamente correndo em direções as escadas.

Sem discutir, as meninas o seguiram, mas Thiago e Sirius voltaram para os seus respectivos quartos para pegarem a capa da invisibilidade e o mapa do maroto, que estavam escondidos entre as coisas que haviam levado para a ilha.

Já foram da casa, entraram correndo no Jipe que milagrosamente parecia ter aparecido aonde estavam. Entraram de qualquer jeito, sem discutir quem iria dirigir ou não, mas acabou que a direção insana de Sirius conseguiu tirá-los de lá a tempo de verem a casa ruir e desmoronar por completo, deixando apenas uma nuvem de poeira atrás deles.

Summer estava em silencio, a cabeça escondida no peito de Lily, que olhava a casa em pedaços com expressão incrédula.

- O que faremos agora?

Todos se olharam procurando uma resposta. Lyra passou a mão pelo cabelo frustrada e apoiou a testa no banco da frente, suspirando audivelmente.
- Acho melhor irmos para a praia que fomos no primeiro dia e esperarmos um tempo por lá. Esperar para ver como a casa vai ficar. Amanhã nós podemos vir aqui e tentar salvar algumas coisas.

Ela falou com a voz falhada. Ninguém falou nada, apenas fizeram um pequeno aceno com a cabeça e Sirius deu partida, seguindo pelo caminho da praia.

Chegaram lá sem darem um pio, e saíram do carro apaticamente. Tudo estava muito confuso para entenderem. Com certeza aquilo não era um truque da escola ou algo parecido. Alguma coisa havia saído realmente errada.

- Bem...onde vamos dormir agora? – Lily perguntou sentando-se na areia e olhando para o mar.

- De baixo da luz da lua, sob alguma palmeira ou algo parecido com isso. – Sirius respondeu de mau humor, ainda sentado no Jipe.

- Isso seria muito romântico...- Summer falou sentando-se ao lado da ruiva. – se não fosse verdade pela próxima semana até o colégio dar por nossa falta.

- Gente...- Thiago chamou debruçado no Jipe, mexendo em algumas coisas que estavam embaixo do banco de trás.

- O que foi, veado? – Sirius perguntou virando-se no banco para olhar a estranha animação na voz do amigo.

- Temos uma barraca. – Thiago revelou puxando um emaranhado debaixo do banco e mostrando sorridente para os amigos.

- Eu deveria ter ficado animada? – Lyra respondeu fazendo um bico.

- Aham. Pelo menos não vai precisar dormir na areia. – Remo respondeu sorrindo e ajudando Thiago a desenrolar as coisas.

- Grande consolo. – Lyra retrucou irônica.

- Você podia parar de reclamar e vir ajudar! – Sirius alfinetou saindo do carro e arrastando a barraca até a areia, onde tivesse uma sombra para a montarem.

- Tudo bem. Como se monta uma barraca sem magia? – Thiago perguntou olhando para os amigos, que deram de ombros.

- Lily? Summer? – Lyra perguntou olhando com esperanças para as duas que riam fracamente.

- Bem...eu costumava acampar com meus pais...eu posso tentar. – Lily cedeu levantando-se da areia e indo até eles.

Com um pouco de esforço e muita boa vontade, conseguiram montar a barraca, que se mostrou bem menor do que esperavam.

- Tudo bem, quando entrarmos ela vai ficar maior. – Thiago disse dando de ombros e entrando na barraca, seguido de Sirius e Remo.

- Tá apertado! – eles gritaram fazendo a barraca tremer.

- Opa, isso está muito estranho! – Lyra alfinetou rindo. – Três marmanjos em uma barraca apertadinha...

- Vai se...- Sirius começou saindo de dentro da barraca com uma expressão não muito amigável.

- Olha a boca, senhor eu sou o rei do mundo. – Lyra continuou rindo.

- Ninguém contou pra vocês que barraca trouxa é do tamanho que ela é de fora? – Summer perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- Acho que faltamos essa aula. – Remo respondeu extremamente corado.

- Bem, então temos outro problema. – Thiago falou bagunçando o cabelo.

- E esse é muito sério. – Lily falou pondo a mão na cintura. – Thiago, não temos mais escovas e nem pentes, se você continuar a bagunças seu cabelo desse jeito no final dessa semana você terá um Black Power.

Todos caíram na risada e pararam aos poucos enquanto ouviam as ondas estourarem na areia.

- Agora falando sério. Como vamos dormir? Não cabemos todos nesse cubículo! – Thiago falou apontando a barraca com a cabeça.

- Podemos fazer um rodízio. – Summer sugeriu dando de ombros. – Uma noite as meninas e uma noite os Marotos.

- Pode ser. – Lyra concordou se abraçando.

- Pode ser nada. – Remo contrariou. – Eu não vou dormir naquela barraca sabendo que as meninas vão estar do lado de fora, possivelmente no frio, por minha causa.

- Ahhhhhhh! – As meninas gritaram pulando em cima dele e o derrubando no chão.

- Lobinho, você é o melhor! – Lily gritou beijando a bochecha dele.

- Por que todos os meninos não podem ser cavaleiros como você? – Lyra perguntou saindo de cima dele e sentando na areia.

- Porque ficaria sem graça...- Summer comentou sorrindo. – E não existiria mais os vilões para torturarem as mocinhas.

- Uou. Só eu senti uma alfinetada aqui? – Thiago perguntou rindo. – Mas Remo tem razão. Não podemos deixá-las dormir aqui fora.

- Não mesmo. E eu não dormiria apertado com dois marmanjos. – Sirius falou fazendo cara de nojo.

- Logo se vê que a bondade de Sirius não se estende a nós, mas sim a sua insegurança sexual. – Lyra falou séria com cara de doutora.

Todos caíram na risada e começaram a tentar fazer aquilo tudo mais confortável...se é que fosse possível.






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A manhã passou rápido enquanto decidiam o que fazer para sobreviver até que achassem um jeito de chamar a escola ou que o tempo na ilha acabasse. Não podiam simplesmente ficar se revezando em barracas. Havia o problema da comida e o do que vestir também.

Lyra tinha com ela apenas um blusão de malha e um short de lycra, que era basicamente seu pijama. Lily não estava muito melhor com sua camisola de seda e o cobertor que arrastara consigo na hora da correria. Summer era a única relativamente bem, com um short e uma regata.

Depois de muita discussão decidiram separar o que cada um deveria fazer. As meninas ficaram responsáveis por procurar a comida que tivesse pela ilha, como frutas e algumas raízes que Summer lembrou já ter visto por lá. Óbvio, Lyra reclamou muito de ser posta para fazer um trabalho que as antigas mulheres faziam e falou que era um machismo sem sentido.

Summer calou a boca dela dando um caldo quando a onda veio estourar na areia onde ela estava próxima.

Os marotos ficaram responsáveis por arrumar um jeito de construir um lugar para dormirem. Sirius sentia-se completamente seguro, já que jurara ter visto um programa onde ensinavam coisas que poderiam ser úteis. Claramente todos duvidavam, mas era melhor tentar do que nada.

Remo ainda se ofereceu para procurar alguma espécie de carne pra comerem, no que seus instintos lupinianos ajudariam muito. Além disso, para completa infelicidade de Lyra que odiava qualquer comida proveniente do mar, também pescariam.

- Ai Summer, agora eu vou ficar encharcada! – Lyra reclamou saindo da água depois do caldo que levaram.

- Depois você troca de roupa. – ela retrucou dando de ombros.

- Como se todas as nossas roupas foram soterradas? – Ly perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Luh abriu a boca por um momento e votou a fechá-la, olhando em direção onde achava estar a casa.

- TODAS AS MINHAS ROUPAS FORAM SOTERRADAS? – ela gritou se dando conta pela primeira vez. – eu vou ter um treco.

- Melhor suas roupas que sua cabeça. – Sirius respondeu rindo da cara de surtada da amiga.

- Mas a Ly tem razão...- Lily comentou sentada na areia olhando a água enquanto comia uma fruta que não sabia o nome e que havia achado em uma árvore perto dali. – O que vamos vestir?

- Eu não sei quanto a vocês, mas eu não quero estrelar o filme A Lagoa Azul: o retorno do retorno, não. – Summer respondeu agora completamente emburrada.

Ficaram discutindo a situação por um tempo e acabaram achando melhor, na manhã seguinte, procurar alguma roupa nos escombros da casa, além de coisa que poderiam ser útil na construção da casa que planejavam.

- Eu acho que vou dar uma volta. – Ly falou levantando-se da areia onde todos estavam sentados e limpando o corpo de areia.

- Quer que eu vá com você? – Summer perguntou olhando para Lyra com cuidado.

Elas eram amigas há muito tempo e Summer sabia muito bem quando algo estava incomodando a amiga. Sabia melhor do que ninguém.

- Não precisa. Vou só até a enseada e sentar naquela pedra enorme. – Ly falou acenando e sumindo na trilha que levava para dentro da mata.

Summer ficou olhando-a sumir e suspirou. Alguma coisa estava incomodando sua amiga e tinha certeza que não era uma coisa boa. Só esperava que ela não fizesse nenhuma maluquice. Não agora que estavam sem ajuda.


- Ei, o que vocês acham de começarmos a procurar as coisas para a casa? – Sirius sugeriu levantando-se também e olhando para os quatro sentados na areia.
Summer e Lily ainda reclamaram um pouco, mas acabaram levantando e ajudando aos meninos a procurar o que precisavam. Ou que julgavam precisar, pelo menos.

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Lyra caminhou em silencio pela mata até chegar à enseada que tinha uma grande pedra onde poderia ficar sentada. Andou devagar pela areia, molhando o pé na água calma que batia, e chegou ao paredão da pedra. Procurou um caminho que parecesse mais fácil e subiu devagar, até alcançar o topo.

Chegou um pouco pra frente, virada para o mar, e deixou as pernas balançarem na corrente fraca de vento. O sol estava alto e iluminava tudo perfeitamente, tornando a água transparente.

Os pensamentos de Lyra estavam à maior bagunça e desconexo. Sua própria vida andava assim ultimamente. As provas do colégio a estavam deixando completamente sem tempo. Não que ela precisasse estudar demais, mas ela queria se dar bem. Toda a sua vida dependeria das notas que conseguisse.

E ainda havia o problema....da sua família. Ela os amava. Muito. Mas sua relação com eles começara há ficar um pouco estranha depois do sexto ano.

Seus pais sempre foram muito carinhosos. Amélia, sua mãe, não tinha elfos domésticos então cuidava de tudo ela mesma. Arrumava a casa, cuidava das refeições e tomava conta do irmão mais novo.

Robert, o pai dela, desde sempre trabalhara fora de casa, passando o dia inteiro em seu escritório onde organizava venda de lojas e empresas bruxas.

Alex era mais novo que Lyra 7. E, por ser mais novo, sempre recebeu um pouco mais de atenção por ser menos independente, e isso fez com que Lyra amadurecesse mais rápido, já que não podia contar com a ajuda integral da mãe e de mais ninguém.

E isso, quando a fez entrar na escola, sempre fora ótimo. Fazia suas tarefas de uma forma organizada e suas notas eram uma das melhores da escola, embora não precisasse estudar muito para consegui-las.

Mas agora que seu irmão estava com 10 e seus pais estavam orgulhosos deles ela tinha um grande problema em mãos. Um medo que crescei dentro dela e a apavorava de uma forma complicada.

Não era mais mistério para ninguém que uma guerra estava explodindo no mundo bruxo que se tornava cada dia mais perigoso. Os Holand eram uma família de sangue puro, tão tradicional quanto os Potter e os Black.

Mas isso não os deixava mais seguros, quase pelo contrário. Qualquer família, mesmo de sangue puro, se opusesse ao tal Lorde das Trevas acabaria exterminada. E com certeza era uma coisa que a sua família faria. Eles iriam lutar contra eles.

Mas ela podia mudar isso. Estava tudo em suas mãos. Sua família segura e feliz sem nenhuma perda.

Quando começara o sexto ano, uns alunos Sonserinos a interceptara no corredor do quinto andar e “muito gentilmente” ofereceram a oportunidade dela se tornar uma Comensal.

O mesmo também aconteceu com Sirius, Thiago, e todos os nascidos em família bruxa que os tais Comensais acharam que poderia ser uma boa aquisição.

Lyra, Sirius e Thiago disseram não no mesmo segundo. Nunca fora plano de nenhum deles destruir o mundo. Eles nem poderia.

Lily e Summer eram trouxas de nascimento e mesmo assim não deixavam de ser amigas fantásticas e bruxas mais que brilhantes. E Lyra as amava muito para se envolver com grupos que queriam matá-las.

- Está errado, eu não vou. – ela murmurou olhando o Sol que começava a sumir no horizonte. – Não vou ajudar a acabar com o mundo só por culpa de um egoísmo idiota da minha parte.

Ly murmurou levantando-se e olhando para o fundo cheio de pedras. Ela suspirou e deu uns passos para trás, sentindo a beirada da borda com a ponta dos pés.

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- Gente, eu estou ficando preocupada. – Summer disse depois de terminar de empilhar as folhas de palmeira, coqueiro e bananeira que haviam achado pela ilha.

- Com o quê? – Sirius perguntou arrumando os pedaços e as toras de madeira que haviam encontrado também.

- A Ly sumiu já faz um tempo. – Lily respondeu apreensiva e mordendo o lábio levemente. – E daqui a pouco escurece.

- Não tem problema. – Remo garantiu chegando carregando uma grande tora com a ajuda de Thiago. – eu vou procurá-la.

- Ela disse que ficaria na praia da enseada. – Luh informou sentando na areia e apoiando a testa nos joelhos.

- Certo. Eu já volto. – Remo acenou para os amigos e voltou a embrenhar-se na mata seguindo o caminho até a enseada.

Ele andou em silencio olhando para os lados procurando algum sinal da amiga,mas não encontrou nada.

Não demorou muito chegou à praia e andou até a beira do mar, olhando com o cenho franzido para a água que agora estava alaranjada por causa dos raios de sol que deitavam na água.

Agora estava quase impossível de ver o fundo com a pouca luz, embora a água continuasse parada com sempre.

Então, ele ouviu. Passos correndo em uma superfície rochosa e um barulho de algo leve cortando o ar.

Remo virou-se a tempo de ver Lyra pular do penhasco e sumir na água.

O que aquela garota tinha na cabeça? Aquelas águas eram fundas e cheias de pedras! O que ela queria? Um traumatismo craniano? Se matar?

O mais rápido que pôde, Remo tirou a blusa regata que usava e mergulhou na água, nadando o mais rápido que pôde até onde a água ainda estava mexida por culpa do pulo.
Lyra ainda não havia voltado à superfície e estava quase impossível de se ver o fundo por causa do Sol poente. Também não estava ajudando nada o fato de que Remo estava na frente da luz.

Ele nadou um pouco para o lado e ficou imóvel, deixando a água parar de mexer e a luz iluminar o fundo.

Um pequeno brilho chamou sua atenção. Havia alguma coisa brilhando lá no fundo....perto de uma pedra enorme.

Com o sangue gelado na veia, Remo mergulhou e abriu os olhos, nadando até o fundo.

Lyra estava lá, sentada na areia que cobria o fundo daquela enseada. Uma das mãos presas embaixo da pedra, segurando-se para que não flutuasse, mantendo-se no lugar. A outra estava repousando em sua perna, já que elas estavam cruzadas.

Os olhos estavam fechados e pequenas bolhas de ar escapavam de sua boa e nariz, o cabelo em volta flutuando formando uma espécie de moldura ao redor do rosto dela. O que brilhara foi um pingente que ganhara dos amigos no aniversário de dezessete anos, maior idade bruxa.

Era basicamente uma tira de couro finíssima e quase da cor da pele dela e um pingente de uma pedra branca em forma de borboleta que refletia a luz quando batia nele.

Remo nadou até a amiga e puxou a mão dela.

Com o susto, Lyra abriu os olhos e acabou engolindo um pouco de água. Com um pouco de ajuda, conseguiram subir até a superfície e Ly continuou tossindo por uns segundos que deixaram Remo angustiado.

- O que você pensa que estava fazendo? – ele perguntou quando ela finalmente tirou toda a água que fora parar em seu pulmão de dentro dele. – Por que pulou de uma pedra pra se matar?

- O quê? – Ly perguntou confusa e começando a nadar para a areia.

- Estou perguntando por que diabos você resolveu pular de um penhasco pra se matar! – ele gritou nadando atrás dela.

Lyra saiu da água e virou-se para ele, espremendo a água de seu blusão que estava completamente grudado. O cabelo também estava grudado no rosto e nuca dela de uma maneira engraçada.

- Eu não queria me matar! – ela retrucou exasperada e rolando os olhos.

- Ah não? Pular de um penhasco em água que tenham pedras no fundo é o que então? – Remo perguntou olhando para ela com uma sobrancelha arqueada.

- Irresponsabilidade, não suicídio. – ela respondeu entre dentes.

- Se não queria se matar, por que você ficou se segurando embaixo da água. – ele rebateu cruzando os braços na altura do peito.

- É um treinamento de respiração que eu faço com a Summer quando ela vai pegar onda. – Ly respondeu exasperada.

- Me pareceu outra coisa. – ele murmurou irritado e passando por ela.

- Estamos julgando minhas ações ou minha sanidade mental? – Lyra gritou seguindo-o pela trilha.

Ficaram discutindo o caminho inteiro, até que chegaram a praia onde os outros estavam.

Sirius e Summer tentavam, inutilmente, acender uma fogueira que haviam montado. Thiago e Lily, sabendo que não daria certo, já separavam as frutas que poderiam comer aquela noite.

Com a discussão em voz alta de Lyra e Remo, todos pararam o que faziam para olhar para a trilha da onde eles viriam.

- EU NÃO TENTEI ME MATAR, TÁ LEGAL? – Lyra gritou para Remo e depois virou as costas para ele, passando rápido pelos outros e indo se sentar perto da água.

- O que aconteceu? – Lily perguntou em voz baixa.
- Quem tentou se matar? –Sirius perguntou olhando de um para o outro sem entender nada.

- Ninguém tentou se matar. – Lyra garantiu virando-se para eles e respirando fundo. – eu estava no penhasco da enseada, resolvi pular na água. Remo se assustou e achou que eu estivesse querendo me matar. Foi só um engano.

- Ly, eu só me preocupo com você! – Remo falou exasperado. – você não sabe como fiquei gelado ao ver você cair naquela água.

- Eu sei que se preocupa, mas não é motivo para me chamar de suicida. – ela falou agora mais calma e segurando a mão do amigo.

- Desculpe-me? – ele pediu a abraçando.

- Desculpo sim, lobinho. – ela respondeu sorrindo e ficaram assim abraçados por uns momentos, se acalmando e deixando a tenção se esvair.


















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N/a: Oi amores! A produção aqui anda mais rápida do que o normal, não é? uhauhaahh me animei. Bem...como vimos, a casa literalmente caiu e virou pedra sobre pedra. Lyra estava passando por uma situação complicada sem contar pra ninguém...dá até pena dela...O Remo realmente achou que ela se mataria...tststs Ele não sabe que ela ama a vida dela? Tadinho.

Summer percebeu que alguma coisa estava errada, mas resolveu não se meter. Agora é só ver como vão se virar até perceberem que algo está errado...




Alice, Alícia & Kelly Potter - Sister's ----> Como pedido, postei o capítulo! Que bom que vocês estão gostando daqui!

A delly black fênix -----> Obrigada, mesmo!

Vanessa Sueroz -------> Que bom que você gostou da fic! O Remo como vilão é ótimo mesmo...ele santinho estava me cansando. Quem diria que o Potter saberia Romeu e Julieta, não é mesmo? uhahuahuahuahuahu

MiSs BiRd -------------> Que bom que você gostoU! uhahuahuahu assim que der eu dou um pulinho na sua fic, o mais rápido possível!





A todos, muito obrigada! Bessos, até o próximo capítulo!


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