O natal
Quando se passaram as primeiras partidas de quadribol, a escola entrou em um certo clímax. Longbottom agora evitava Tom, Rodolfo e Jonas. Corvinal havia ganho da LufaLufa, o que já era esperado, pois diziam que Corvinal era muito forte. Mas, para aumentar o tal clímax, receberam a notícia de que a próxima partida de Quadribol seria contra a Corvinal, que estava em segundo lugar, atrás da Sonserina, no Campeonato das Casas.
Mas nada aumentava mais o ânimo de Tom que o fato de que se passara um mês e meio e Potter ainda não saíra da Ala Hospitalar.
Segundo a Madame Morfy, o garoto teve um tumor na cabeça.
- E quando ele vai sair daqui? - perguntou Tom à ela com fingida preocupação.
- Amanhã. Ele vai para o Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos - explicou ela.
Tom ergueu as sombrancelhas e teve que usar toda a sua força e controle para não sorrir.
- Além do tumor por causa do balaço, ele ainda quebrou uma das costelas com a queda - lamentou ela. - Mas eu já as restaurei.
- Ele tem algum risco de morrer? - perguntou Tom, esperançoso.
- Que coisa horrível de se falar, garoto! - surpreendeu-se Madame Morfy.
- Só estou sendo realista. Então, ele tem?
Madame Morfy suspirou e falou.
- Tem sim. Mas são muitas poucas chances mesmo - respondeu ela.
- Onde fica esse hospital? - perguntou Tom.
- Fica longe. Lá no mundo dos trouxas.
Dezembro havia começado trazendo muito neve para os terrenos da escola. Os alunos ficavam nos terrenos da escola esquiando sobre o lago negro ou fazendo guerrinhas de bolas de neve.
O prof. Slughorn passou na sala comunal listando os alunos que iam passar as férias em casa, mas Tom Riddle não estava incluido na lista. Primeiro porque não queria de nenhum jeito voltar àquele orfanato. Segundo porque queria passar um natal em Hogwarts. Terceiro porque teria mais privacidade agora na sala comunal para ler o Segredos das Artes mais Tenebrosas.
Alguns alunos ficaram também na escola. Rodolfo foi para sua casa, passar o natal com Rabastan e os pais, mas Jonas ficou na escola. Penny Hamirley tembém ficara na escola. Ela estava tendo um comportamento estranho ultimamente, talvez fosse porque a lua cheia se aproximava.
Tom achava que já haviam encontrado um lugar para esconder Penny nas noites de lua cheia, pois uma noite ouviram um alto CRAQUE! vindo do dormitório feminino, que ele julgava ser de Leroy, o elfo doméstico.
O salão principal estava sendo rigorosamente decorado para o natal. Foram colocados montes de enfeites em doze enormes árvores de natal. As pessoas estavam ansiosas pelos presentes que estavam para chegar. Tom ouviu uma menina do mesmo ano que ele, da Lufa-lufa, nascida trouxa comentando sobre estar ansiosa para que o Papai Noel chegasse em sua casa. Isso até Tom achá-la sozinha em um corredor e falar à ela que Papai Noel não existia.
Tom continuava treinando as maldições Cruciatus e Avada Kedavra, mas não obteve êxito. Ele ainda obtinha sucesso com a maldições do controle, mas com a da tortura ele só conseguia fazer o alvo se erguer no ar e cair, e com a maldição da morte ele só conseguia fazer sair um finíssimo lampejo de luz verde, que só empurrava um pouco o alvo para frente.
Tom soubera que Potter não tinha mais chances de morrer e que ele ia receber alta do St. Mungus para passar o natal com a família e em seguida voltaria à escola.
Tom acordou na manhã de 25 de dezembro e viu uma pequena pilha de presentes, e olhou para a cama de Jonas, onde o garoto já começara a desembrulhar o último presente.
Ele ganhara dinheiro trouxa para comprar o que quisesse da sra. Cole. Ganhara também uma safra de doces de Rodolfo e um par de botas de couro de dragão de Jonas. Quando abrira o presente de Jonas, lembrara que não dera nada nem à Rodolfo e nem à Jonas, mas não ligou. Ganhou também três garrafas de cerveja amanteigada do prof. Slughorn.
Antes do almoço de natal, Tom e Jonas foram aos terrenos da escola atormentar os colegas de outras casas que passavam com bolas de neve, com uma pequena ajuda de Pirraça.
Em seguida foram para o salão principal e encontraram lá todos os professores e os alunos que ficaram na escola. Um enorme banquete os esperava. Quando os últimos alunos chegaram, o prof. Dippet se levantou e falou:
- Feliz natal à todos. Agora, antes de mais nada, vamos atacar.
Todos começaram a comer e Dippet se curvara para falar com Dumbledore. Tom, comendo um pedaço de peru, observava, meio enojado, Jonas, que devorava um peru inteiro de uma vez.
Quando terminaram de comer, todos foram à sala comunal e ficaram lá até à noite.
O ano se passara e janeiro começou. Tom continuava treinando as duas maldições que ainda não consegira, mas ainda sem sucesso. Ele já capturara uma porção de insetos para treinar as maldições.
- Avada Kedavra! - murmurava ele contra o inseto, sem sucesso. - Crucio! Avada Kedavra, porra!
Tom levou um susto com o barulho de passos e uma voz feminina falando do lado de fora da porta:
- Merda! Por que fui dormir?
Tom olhou para o relógio e viu que era quase meia-noite. Abriu a porta do dormitório para ver quem era e viu as costas de Penny Hamirley.
Olhou em seguida para a janela, onde brilhava imponente a grande lua cheia sobre sua cama.
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