O vaso das dimensões
Tom cumpriu com sua palavra. Não contou nada sobre Penny à ninguém, nem à Rodolfo e nem à Jonas. Tom estava curioso, queria saber se o tal Leroy tinha conseguido um lugar para colocar Penny nas noites de lua cheia. Uma vez, enquanto estava passando por um corredor, Penny passou ao seu lado e sussurrou um fraco "Obrigada".
Quando Tom finalmente conseguira um pouco de privacidade, abriu, finalmente na página 119 do livro Segredo das Artes mais Tenebrosas e leu:
...A MALDIÇÃO AVADA KEDAVRA...
Você já teve aquele momento que queria matar alguém, mas não conhecia a maldição Avada Kedavra? Ou você conhecia mas não sabia usá-la? Neste capítulo você aprenderá como ultilizá-la.
Como as Maldições Imperius e Cruciatus, para usar a Avada Kedavra tem que realmente querer matar a pessoa, querer causar qualquer tipo de dor.
Você aponta a varinha para o adversário e fala a fórmula: Avada Kedavra!
Mas não é só isso, você também tem que...
A cada palavra que Tom lia, mais ele se indentificava com a maldição. Quando terminou o capítulo, ele supôs que já estava pronto para lançá-la. Ele voltou nas outras maldições. Tinham as mesmas instruções que a Avada Kedavra, exceto a fórmula mágica e o efeito. A Cruciatus tinha como poder torturar o adversário. A Imperius tinha o poder de controlá-lo.
Uma aranha passou pelo parapeito da janela. Tom apontou a varinha para ela, sentiu a vontade de causá-la dor, e falou:
- Crucio!
Nada aconteceu. Ele tentou por mais vezes, mas nenhuma foi bem sucedida. Ele, nervoso, tentou:
- Imperio!
Nada aconteceu novamente. Ele percebeu que lançar essas maldições não era tão fácil como ele supunha. Ele apontou a varinha para a aranha e tentou novamente:
- Imperio!
Dessa vez ele percebeu que conseguira. Uma sensação de controle surgiu pelo braço de Tom Riddle. Ele percebeu que obtivera total controle sobre a pequena aranha. Ele ordenou mentalmente "Pule no chão!". A aranha obedeceu.
Tudo que ele imaginava a aranha fazia. Acrobacias, tecia teias, comia insetos menores, etc. Em seguida, Tom rompeu a ligação entre ele e aranha e tentou:
- Crucio!
Nada acontecera novamente. Ele, bravo, apontou a varinha para a aranha e ordenou:
- Avada Kedavra!
Faíscas verdes sairam da ponta de sua varinha, mas nada aconteceu com a aranha, ela continuava a andar para lá e para cá. Tom apontou a varinha para ela e ordenou:
- Imperio!
Conseguira novamente. A familiar sensação de controle surgiu em seu braço e ele ordenou mentalmente: "Se mate!"
A aranha teceu um fino e grande fio de teia, em seguida pulou em cima dele e enrolou-o em seu pescoço. A teia começou a apertar em seu pescoço. Um minuto depois ela jazia morta no chão do dormitório.
A porta rangeu e abriu. Tom se virou. Jonas Zuko e Rodolfo Lestrange entraram no dormitório. Tom se apressou para eles e pediu:
- Algum de vocês pode se oferecer como cobaia para eu tentar um novo feitiço que eu aprendi? É rapidinho.
Jonas e Rodolfo se entreolharam, pasmos. Rodolfo ergueu as sombracelhas e falou:
- Pode ser comigo.
- Ótimo - comentou Tom, sorrindo.
Tom apontou a varinha para Rodolfo e ordenou:
- Imperio!
A sensação de controle se espalhou pelo braço de Tom e Rodolfo ficou totalmente inexpressivo.
- O que você quer que ele faça? - perguntou Tom para Jonas.
Jonas olhou-o boquiaberto.
- Como?
- Fale o que você quer que ele faça e ele vai fazer - explicou Tom.
- Ah, sei lá - falou Jonas. - Faz ele... hum... pular na cama como um macaco.
Jonas estava rindo, provavelmente não acreditava em Tom. Mas Tom apenas sorriu e ordenou mentalmente: "Pule na cama como um macaco!"
Rodolfo colocou as mãos no chão, ficando de quatro e começou a pular. Pulou nacama e continuou pulando, como um macaco. Jonas olhava o garoto boquiaberto. Tom rombeu a ligação e Rodolfo voltou à si, meio aturdido.
Rodolfo olhou assustado para Tom e Jonas, que estavam rindo.
- O que você fez comigo? - perguntou para Tom.
- Te controlei - explicou Tom.
- Como? - perguntou Rodolfo, admirado.
- Um feitiço que eu aprendi por aí.
Rodolfo olhou para Jonas, em busca de mais explicação, mas o garoto continuava rindo.
- E como vai a Felix Felicis? - perguntou jonas à Tom, mudando de assunto, depois que parou de gargalhar.
- Eu já peguei os ingredientes que vou precisar com o Slughorn. Ela já começou a ser preparada.
Era verdade, Tom já pegara todos os vinte e oito ingredientes que precisaria para fazer a poção com Slughorn.
O garoto abriu o livro em uma página aleatória e percebeu que abrira na página 234, lá estava escrito:
...GELLERT GRINDEWALD E O VASO DAS DIMENSÕES...
Sem dúvida, um dos maiores mistérios da magia é como Gellert Grindewald ergueu Nurmengard em poucos minutos. Mas a sua maior invenção foi sem dúvidas o chamado vaso das dimensões. Tinha vantagens sobre um vira-tempo e uma penseira.
O vaso das dimensões permite que você volte no tempo. Parece com um vira-tempo, exceto que com um vira-tempo você tem que evitar ser visto por qualquer pessoa, mas no vaso das dimensões, ninguém pode lhe ver. Agora você deve estar pensando que parece uma penseira, mas não, quando você entra no vaso das dimensões, você volta no tempo, mas apenas quem pode vê-lo é quem criou o vaso. Só há três desses vasos na história da magia. O de Gellert Grindewald, o de Alvo Dumbledore e o de Nicolau Flamel.
Pelo que se sabe, o vaso de Dumbledore, o próprio Alvo destruiu. O vaso de Nicolau continua nas mãos de seu feitor, e o vaso de Grindewald está nas mãos de quem o derrotou, ninguém menos que Alvo Dumbledore. Mas esse vaso, que é considerado o mais perigoso, Dumbledore não destruiu. Dizem que Grindewald lançou um feitiço protetor em volta do vaso, para que ele não possa ser destruido. Outros dizem que Dumbledore entra diariamente no vaso para conhecer melhor Grindewald. Quanto à isso, ninguém sabe qual das versões é verdadeira.
- O que você está lendo aí, Tom?
Tom levou um susto e fechou o livro. Esquecera-se que furtara o livro da biblioteca e que ninguém podia vê-lo.
- Nada.
- Deixa eu ver - pediu Jonas.
Tom ergueu a varinha.
- Fique longe desse livro ou vai sofrer as conseqüencias - ameaçou ele.
- Tá certo. Não precisa se irritar - falou Jonas.
Tom guardou o livro, vestiu os pijamas e deitou-se. Adormeceu em pouco tempo.
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