Segundo Ano
Segundo Ano
Férias - Cartas
Estou a lhe escrever esta carta para perguntar-lhe como estão suas férias de verão. Desejo-lhe do fundo do coração para que esta esteja bem. Meu desejo principal é que você esteja bem e que esteja feliz. Espero que retorne esta carta e que me traga boas novas.
Atenciosamente,
Gabrielle de La Fére”
“ Cara Giovanna,
Como vais? Espero que bem. Escrevi-lhe para continuar a manter contato. Como vão as férias de verão? Bem espero. Desejo que retorne esta carta.
Atenciosamente,
Gabrielle de La Fére”
Giovanna nunca retornou esta carta...
É claro que minhas férias vão bem! E as suas, como vão? Espero que tão bem quanto as minhas!
Eu já ganhei três rodeios, só esse início de verão, e ainda virão muitos mais!
Quero saber como vai o seu verão!
Responda por favor!
Com amor,
Brenda Simon
P.S.: Você tem conseguido se comunicar com a Gio?”
“Cara Brenda,
Meu verão vai bem, eu estou tentando espantar a nova namorada do meu pai.
Sobre a Giovanna, não, não tenho conseguido me comunicar com ela, já mandei carta, mas ela não respondeu. Também não me lembro de ela ter uma coruja, pelo que eu saiba não tinha bicho nenhum.
Depois tentarei mandar outra carta.
Voltando ao meu verão, essa nova namorada do meu pai é fogo! Já é a segunda nesse verão, pois eu consegui me livrar da primeira bem rápido. Ela era muito fresca.
Você já ganhou três rodeios? Que legal! Meus Parabéns! Mas me diga uma coisa como você consegue disputar se sua mãe não aprova sua participação?
Carinhosamente,
Gabrielle de La Fére”
“Querida Gabrielle,
Estou começando a ficar preocupada com a Gio! Já faz um mês e nada de resposta! Já mandei cinco corujas pra lá e as cinco já voltaram, sem nem um bilhete. Estava conversando com meu pai sobre a possibilidade de ir lá à Itália vê-la. Mas meu pai descartou essa idéia me dizendo que ele tinha planejado de viajar ao Hawai! Assim, eu não poderei mais ir aos rodeios.
Falando neles, você me perguntou como que eu ia aos rodeios sem minha mãe saber, não é? Meu pai me encoberta, ele diz pra minha mãe que eu estou dormindo e assim eu consigo sair. Demais, não é?
Meu pai me perguntou por que eu não convido você e a sumida da Gio pra passarem as próximas férias de verão aqui em casa.
Vem! Por favor! Vai ser TÃO legal!
Esperançosamente,
Brenda Simon”
“Querida Brenda,
Eu perguntei para meu pai, e ele disse que não haveria mal nenhum que eu fosse se eu passasse bem de ano. Como nós duas sabemos que isso não será difícil, então eu vou sim!
Quase borro a carta de animação!
Mas já no caso da Gio, não sei se ela também poderá ir, tendo em vista o seu problema com as cartas, minha coruja já estava cansada de ir à Itália. Agora eu penso se ela não mentiu para nós sobre ela ser italiana.
Euforicamente,
Gabrielle de La Fére”
“Cara Gabrielle,
Posso negar que também pensei nessa hipótese de Giovanna não ser italiana e nós estarmos mandando cartas a esmo. Mas eu ainda tenho esperanças, mas eu não consigo parar de pensar também que pode ter acontecido algo muito ruim. Que Deus me valha!
Que bom que o seu pai deixou! Pelo visto ele é tão legal quanto o Sr. George.
O verão já está acabando, amiga, e lá vamos nós a estação!
Espero-te ansiosamente,
Brenda Simon”
- Pai, vamos logo! – diz Brenda impaciente – Desse jeito perderei a carruagem!
- Primeiro você se atrasa e depois coloca toda a culpa em mim? – disse um homem alto e forte com uma barba loira e longos cabelos loiros escorrendo pelas costas, tinha em sua fronte uma expressão bondosa com uma mescla de diversão que se destacava nos olhos azuis reluzentes.
- Ali pai! – Brenda aponta para uma carruagem, na porta da carruagem uma menina de compridissimos cabelos cor de fogo acenava para a loira – Tchau pai! Te vejo no verão!
- Tchau filha – ele se abaixou para beijar a filha na testa e murmurou – Tomou o seu remédio?
- Sabia que tinha esquecido de alguma coisa! – diz Brenda, a menina abre a bolsa e tira uma cápsula laranja a coloca na boca, enquanto isso seu pai conjura um copo com água, Brenda o pega e toma água para engolir o remédio – Pronto! Tchau!
- Tchau!
Brenda sai correndo em direção a carruagem onde se encontrava a ruiva.
- Ce erra ton père?
- Era sim – disse Brenda entrando na carruagem – Gio ainda não chegou?
- Non, e depois do gelo que elle deu na gens ne sei bem se elle vai querrer se sentar conosco.
- Quem não vai querer se sentar com vocês? – disse uma voz atrás delas
- Gio! – disseram as duas em uníssono
O motivo da surpresa não foi só o fato de Giovanna ter ido falar com elas, e sim pelo estado da amiga. A garota estava toda enfaixada e já usava o uniforme. Ela tinha ataduras no pescoço que significavam que seu colo também estava enfaixado, tinha uma no braço esquerdo e uma na cabeça, que cobria o olho direito.
- O que acontecer com você? – Perguntou Gabrielle com uma voz penalizada
- Não importa – respondeu seca
- Porque não respondeu nossas cartas? – perguntou Brenda
- Vocês mandaram cartas pra mim? - Giovanna disse olhando pra elas e depois tentou se sentar em seu costumeiro lugar no banco, mas com dificuldade – Ai! – gemeu – Meu tutor não me passou nenhuma carta. Estava doida querendo notícias de vocês!
Ela parou de falar sentindo uma grande pontada do lado. Gabrielle e Brenda se entreolharam penalizadas.
- Não necessito da piedade de vocês! – ela respondeu duramente – Se vocês vão continuar me olhando assim, eu vou me retirar!
- Ne estamos te olhando avec pitié! – diz Gabrielle
- Mas é meio estranho o fato de que estávamos esperando nossa tão amada amiga Gio e vem uma múmia... Mas nada que interfira nossa história... Sabe coisa pouca!
Giovanna olha com uma cara séria, mas permanece em silêncio.
- Biem... – Gabrielle começa com cara de pidona – Você realmente ne vai contar prra gens o que aconteceu, né?!
-Ern... Não.
- Sua má! – choraminga Brenda
- Não querria saber même! – diz Gabrielle ela olha com falsa indiferença pro outro lado, como uma criança contrariada.
-Que pena – diz Giovanna – Eu estava pensando seriamente em contar...
- SÉRIO? – perguntam eufóricas em uníssono, com as carinhas mais felizes do mundo.
- Não!
Os sorrisos murcharam instantaneamente. Giovanna tentou rir mas ela sentiu uma pontada de dor.
A viagem segue e as turbulências continuam como sempre. Gabrielle do nada se segura.
- O que você está fazendo? – pergunta Brenda
- Rien, só prrecaução!
Dois segundos depois de dito isso a carruagem dá uns dos maiores solavancos de desde o início da viagem. Giovanna costumeiramente bate a testa na janela e Brenda ainda mais costumeiramente cai no chão.
- Adorro prrever o futurro – diz Gabby mais pra si mesma do que pras outras
- Cara, eu vou me acostumar a sentar no chão a viagem toda.
- Giovanna, estou com a leve imprressão que se tu continuer batendo tant su testa nesse vidrro, até o sétimo ano su cabeça vai trriplicar de taman.
- Gio, trate de se afastar da janela, porque se sua cabeça triplicar de tamanho não vou ter coragem o bastante de andar do seu lado.
- Alguém já te disse que bater a bunda toda à hora dá estria?
- Golpe baixo – exclama Gabby
- Isso significa que até o sétimo ano você vai olhar pra sua bunda e vai procurar um lugar onde não haja estria, e eu devo lhe dizer que a probabilidade de achar esse lugar é quase nula.
Brenda olha pro nada como se estivesse vendo o futuro e começa a dar gritinhos histéricos. Giovanna pensou: “Ganhei o dia!”.
A carruagem parou com estrondo, era meio-dia. A Dedosdemel estava apinhada de alunos como sempre.
- Pirrulitos de sangue, pirrulitos de sangue – Gabby cantarolou toda feliz enquanto ia saltitando em direção a loja.
- Você está feliz, em Gabby? – diz Brenda enquanto ajuda Giovanna a sair da carruagem
- Eu deverria estarr completament irritada co essa loja! Vocês acrreditam que eles não entrega prra forra do país? – diz Gabby se voltando para elas e pondo as mãos na cintura – Isso é ridículo! Cá para nós, já estamos no século XVII e eles não fazem entregas? Em que mundo vive?
- Na boa Gabrielle, vai lá comprar os seus pirulitos de sangue e cala a boca! - diz Giovanna
- É impressionante como o sotaque de vocês duas acaba em algumas horas! - comentou Brenda pra si mesma.
As três entraram na loja. Gabby foi correndo pegar o maior número que ela pode de pirulitos e bem embaixo da prateleira estavam ninguém mais, ninguém menos, do que os primos Ian’s.
- Oi Vamp... – Começa Ross
- Olha bem o que vai dizer! – corta Giovanna
- Olha que interessante! – observa Michael com uma cara irônica, apesar de ser bem fofa – Temos a noiva cadáver, um ser das “trevas” – ele faz as aspas com os dedos – viciado em sangue e agora, com modelito, novo uma múmia! Não sabia que já estava-mos no Halloween!
- Tem certeza? – Brenda dá um passo a frente – Como vocês não sabiam se já estão fantasiados de zumbi, fantasma e espantalho de feno?
Gabrielle tem um acesso de riso que ela disfarça como sendo tosse.
- Vamos sair daqui que esse cheiro de feno misturado com de gente morta está embrulhando meu estômago e falar com gente de baixo escalão estraga a beleza. – Brenda diz e dá as costas
Já longe dos meninos Brenda vira pra Giovanna:
- Porque você não disse nada Gio?
- Quando eu tirar essas atas eu vou enforcar cada um deles.
- Que? – Gio falou tão baixo que o barulho da loja não deixou que as meninas a escutassem
- Já disse que odeio atas?
- Já – diz Gabby sorrindo
As carruagens finalmente aterrissam em Hogwarts.
- Ei, meninas. – começou Gio – Vocês pensaram no que eu sugeri no fim do ano passado?
- Sobre revirar Hogwarts? – perguntou Brenda chegando pra frente no banco – Não parei de pensar no que poderíamos encontrar aqui!
- Nem eu! – concordou Gabrielle também se aproximando
- Bem, então faremos o seguinte, em vez de assistir ao grande concerto de ópera do chapéu seletor que tal nós darmos uma escapada andar por aí?
- Adorei a idéia!
- Já eu não – discordou Gabrielle – E se pegam a gens?
- Estarão todos no salão principal para a seleção! – argumentou Giovanna com uma cara de quem sabe das coisas – Nem vão sentir a nossa falta!
- Ta na horra agente vê!
Alguém abriu a porta com estrondo, gritaram espantadas e se viraram com um pulo. Na porta estava a Srtª. Goobler, a zeladora.
- Primeiro ano? – perguntou com sua voz horrorosa
Horrorosa era mesmo a palavra certa para descreve-la, ela era pequena e gorda com cara de sapo, tinha os olhos lacrimantes e uma papada que vinha até debaixo do seu curto pescoço. Tinha os cabelos emaranhados e usava trapos rotos. Na primeira vez que Brenda cruzou com ela comentou exasperada:
- Ela mais parece um elfo doméstico!
Nenhuma das outras meninas fez qualquer objeção.
- Não, somos todas do segundo ano. – informou Gabrielle
- Então continuem onde estão, a carruagem as levará ao castelo. – e fechou a porta com tanto, ou mais, estrondo quanto da primeira vez.
- Ela decididamente parece com um elfo doméstico! – exclamou Brenda
Gabrielle deu uma risadinha, Giovanna não gostou da interrupção.
- Onde eu estava antes de ser brutalmente interrompida? Ah sim! Em Hogwarts! – a carruagem voltou a andar, mas ela não decolou em momento algum continuou a andar pelo terreno terroso que era o caminho para os portões de Hogwarts. – Vocês vão comigo ou não? – ela estendeu a mão
- Claro que eu to dentro! – exclamou Brenda e colocou a mão sobre a mão da amiga
- Gabrielle? – Giovanna disse calmamente – Estou aguardando sua resposta!
- Ai, ne sei ne! – ela exultou – Ah! Que seja! Mas se algo ruim acontecerr eu ne posso deixarr de dizerr que eu avisei!
- Vou correr esse risco Gabby! – Giovanna disse esboçando um sorrisinho safado no canto da boca.
A carruagem passou sob os portões com estatuas de javalis alados e uma por uma, as carruagens foram parando em frente a porta de entrada.
- Combinadas então? – perguntou Giovanna, as outras assentiram
Ao saírem da carruagem e entrarem no castelo elas agiram o mais naturalmente possível. Ao entrar perceberam que eram as primeiras a chegar. Aproveitaram à situação e dobraram o corredor direito e se dirigiram a escada para descer ao dormitório da Lufa-lufa.
- O que estamos fazendo indo pra lá? – murmurou Brenda
- Nós vamos ao dormitório da Lufa-Lufa?
- Não sei... – disse Giovanna baixinho – Se não acharmos mais nada de interessante no caminho...
Elas se adiantaram depressa pelo corredor, Giovanna mesmo mancando devido a perna enfaixada era a mais rápida.
Desceram as escadas e viram que elas eram bem curtas. Mas no fim havia uma bifurcação, do lado direito viram uma estátua de uma mulher de estatura mediana cabelos compridos e encaracolados e uma expressão bondosa. Do outro viram um quadro de uma cesta de frutas. Brenda se adiantou até a estátua, mas Giovanna foi à direção ao quadro. Brenda e Gabrielle ficaram paradas observando escandalizadas, quem em sã consciência iria achar um quadro de frutas mais misterioso do que uma estátua?
- Prra onde você está indo? – Gabby perguntou
- Se vocês escolherem a estatua acharão a sala comunal da Lufa-Lufa. – Giovanna disse simplesmente – é muito mais óbvio esconder as coisas mais misteriosas nos lugares mais banais. Assim ninguém terá vontade de procurar naquele lugar, pois é pouco atraente.
- Você é detetive, morena? – Perguntou Brenda divertida
- Li uns livros essas férias! – Giovanna ironizou
- Sérrio? – perguntou Gabrielle
- Ahnn... Não!
Ao ficarem de frente para o quadro Giovanna começou a olhar em vários lugares procurando por alguma coisa. Brenda e Gabrielle se limitaram a apenas observar. Giovanna passou o dedo sobre a inscrição sob o quadro. Dizia:
“As pêras são hilárias”
- O que está escrito ai? – perguntou Brenda
- Aqui diz que pêras são frutas realmente engraçadas. – Giovanna respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.
É claro que suas amigas não entenderam nada do que a frase queria dizer e estranharam bastante. Mas Giovanna parecia saber o que estava fazendo, pois levantou o braço bom e começou a fazer cócegas no desenho da pêra no quadro de frutas.
- Ahhahahahhaahhahaha! – uma voz fininha riu, demorou bastante para as outras duas meninas perceberem que era a pêra que estava se contorcendo e rindo – Ah... – Giovanna parou de fazer cócegas – Podem passar!
A parede se moveu pra frente e deu espaço para as meninas passarem. O lugar era sujo e com cheiro de coisas gostosas. Tinham vários fogões a lenha espalhados pelas paredes sujas. Na hora em que entraram, várias cabecinhas com corpinhos que chegavam mais ou menos na sua altura, se viraram com olhos enormes para olhar que eram os intrusos. Alguns deles guincharam e chegaram mais perto. Eram elfos domésticos.
- O que as pequenas senhoritas estar aqui? – disse um pequeno elfo todo sujo, usando um avental preto, de não se sabe mais o que.
Brenda chegou a pensar em fugir, Gabrielle também compartilharia dessa idéia se a soubesse, mas Giovanna parecia completamente saber o que estava fazendo. Do nada um pequeno elfo parou o que estava fazendo e deu um guincho. Por um momento as meninas consideraram a idéia de terem sido descobertas, mas o pequeno elfo veio correndo na direção de Giovanna:
- Senhorita Augusta! – guinchou o elfo que pela afinação da voz se tratava de uma mulher.
- Rafewick! – Giovanna disse de um jeito tão bondoso que as outras duas se assustaram.
Devo dizer que elas nunca esqueceram da expressão de bondade que mudou completamente suas feições.
A elfa se agarrou na barra do vestido da morena.
- Como foi a convenção de elfos, Rafewick? Se divertiu?
- Sim Rafewick se divertiu e não esqueceu da senhorita Augusta!
- Também não esqueci de você! – seus olhos se apertaram e ela já parecia outra pessoa.
- Mas enfim, o que está acontecendo? – perguntou Brenda
- Bem, - começou Giovanna – deixe-me apresentar a vocês Rafewick, minha antiga elfa doméstica.
- Prazer – disse Brenda
- Ela é quem me deu a dica de vir à cozinha. – Giovanna pela primeira vez deu uma olhada pelos lado e pelo teto. Ao olhá-lo soltou uma exclamação – Uau!
Brenda e Gabrielle também olharam e se espantaram. O teto parecia desenhado, e o desenho era da parte de baixo do salão principal. De onde estavam podia ver as mesas das casas e a multidão de pessoas que se sentavam em seus lugares. Olhando para baixo viram mesas idênticas e na mesma posição, nela estavam várias comidas de todos os tipos. Brenda ficou de olhos vidrados.
- É assim que a comida aparece, ela sobe! – exclamou Giovanna
- É assim lá no castelo onde moro, a cozinha também é exatamente sob o salão de festas. – diz Gabrielle olhando para cima, mas ainda com um “que” de surpresa – Mas é bem mais grandioso, aqui!
- Giovanna, fala sério comigo... – começou Brenda – Você já tinha vindo na cozinha, não é?
- Não!
Brenda a olhou espantada!
- E como raios você sabia como chegar na cozinha?
- Vocês viram como, eu segui o óbvio!
Brenda sacudiu a cabeça, incrédula, impossível uma pessoa agir assim voluntariamente. Ela era inteligente, mas seguir o óbvio? Não era pra tanto!
- Giovanna, - perguntou Gabrielle tirando Giovanna de um transe – você não acha que agente deveria voltar pras mesas? Eles vão com certeza sentir nossa falta!
- Vão confirmar nossa ausência se nós dermos com nossas caras atrasadas! Olhe – e apontou para o teto – o diretor já vai começar a falar, e já ta todo mundo sentado!
Ela não deixava de ter razão, não havia um só aluno de pé e os professores cochichavam entre si.
Brenda olhou para o desenho no teto e para as mesas a sua frente, e teve uma conclusão brilhante:
- Vamos subir!
- Eu já disse que se nós formos iremos chamar muita atenção!
- Não pelas escadas, - ela fez uma cara marota – Pelas mesas!
- Ah! Subir que nem a comida? – perguntou Gabrielle já interessada
- Só que nas cadeiras! – concluiu alegremente
- Vamos procurar um lugar vazio! – disse Giovanna
Elas foram andando pelas mesas e olhando para cima. Quando chegaram embaixo da mesa da Sonserina procuram um lugar vago, não demorou muito e acharam três, um do lado do outro e que por sorte era no fim da mesa.
- Vamos?
- Vamos!
Elas sentaram nos bancos e sentiram o corpo ficar mais leve, olharam pra cima e viram o teto se aproximando, um pensamento de “não vamos conseguir” passou pela cabeça das três e, para surpresa geral, elas atravessaram o teto, sentindo um profundo arrepio no estômago, do nada o teto virou chão e elas atravessaram os bancos e param sentadas perfeitamente estáveis.
Nisso, um menino do terceiro ano, meio estrábico, levou um susto:
- huaaaaa! De onde é que vocês vieram?
- Como assim de onde viemos? – perguntou Giovanna fingindo nervosismo
- Estávamos aqui o tempo todo! – desse Brenda sonsa.
- Agora olha pra frente que o diretor vai falar!
O garoto se virou meio desconfiado, mas realmente o Professor Fortescue já tinha se levantado.
- Boa Noite alunos de Hogwarts! – ele disse com sua voz rouca, porém branda – É com grande prazer que dou boas vindas a todos você, alunos novos e antigos. Informo-lhes que as regras não mudaram muito: toque de recolher às nove, café da manhã às sete, é estritamente proibido a qualquer aluno do primeiro ano entrar na floresta desacompanhado, e o número de artigos proibidos mudou de 50 para 300 que é equivalente ao número de artigos da Zonko’s que se tem noticia. Bem, fora isso não tenho mais nada a dizer. Bom Apetite!
A comida subiu e surgiu na frente deles que apesar de anos ali ainda se surpreendiam, todos exceto três garotas...
- E agora Gio! O que faremos? – perguntou num muxoxo Brenda, enquanto iam com a multidão de alunos em direção às salas comunais.
Giovanna olhou para os lados e viu de relance os cabelos cor de fogo de Ross, um sorriso brotou no canto da boca.
- Ainda nem demos as boas vindas para os meninos.
- Opa! – brincou Brenda batendo na testa em uma pose teatral – Que descuido o nosso, devemos corrigir o nosso erro imediatamente!
Elas se aproximaram, a quantidade de pessoas dificultou a passagem delas, que era pra ser silenciosa.
- Gio eu aprendi um feitiço muito engraçado do meu pai!
- Então, vai fundo!
Brenda sacou a varinha e apontou para os meninos.
- Flatus!
Um barulho de gazes encheu os ouvidos de todos em volta, todos olharam para Ross, Chad e Michael que estavam absolutamente constrangidos.
- Parfait! – exclamou Gabrielle
- Realmente um ótimo feitiço! – disse Giovanna apertando a mão de Brenda
- Ó, não foi nada!
Os garotos, completamente envergonhados, pois não paravam de soltar gazes, saíram correndo do corredor direto para o salão comunal deles.
As garotas ficaram observando-os subir as escadas.
- Sabe Gio, um bom lugar para nós irmos mais tarde? – Brenda disse com um sorriso maroto
- Sei... – respondeu Giovanna misteriosa, olhando os meninos e os seguindo com os olhos.
- Nós vamos lá ainda hoje né? – Brenda perguntou com uma carinha infantil
- Não! – Giovanna disse enquanto se sentava na sua poltrona, de espaldar reto, preferida – Pela milionésima vez, não!
- Mas, por quê? – perguntou Gabby, com cara de criança revoltada.
- Porque eu ainda não sei ao certo, como entrar lá!
- Agente vai enquanto todos estiverem dormindo e ... – começou Brê, mas foi cortada por Giovanna.
- Não é esse o problema! Eu não sei como chegar lá! A única coisa que eu sei é que é na torre Oeste, fora isso não faço idéia como chegar lá! Mal saímos das masmorras, agente quase nunca anda no meio do colégio e nunca chegamos perto da Torre Oeste!
- Eu já fui lá! – disse Brenda
- Quando? – perguntou Gabrielle já sabendo da resposta
- Um garoto aí...
- Aiai! – exclamou Gabrielle divertida e depois se virou para Giovanna – Bem nós já temos o caminho, por que não vamos?
- Por que... – ela esboçou um sorriso de canto de boca – Eu estou armando alguma coisa...
Estavam todas sentadas no chão, com um bolo de pergaminhos na mão. Elas os observavam e discutiam. Os pergaminhos eram: mapas de diversos pontos do colégio, uma lista de lugares possíveis, livros sobre Hogwarts, etc.
- Bem, por onde começamos? – Perguntou Gabrielle
- Eu sugiro começarmos pela Grifinória! – exclamou Brenda
Giovanna olhou com um olhar de cansaço
- Quantas vezes eu vou ter que repetir que eu estou guardando os dormitórios para a hora mais apropriada?
- Foi mal Gio, só queria te perturbar!
Giovanna revirou os olhos
- Eu sugiro que comecemos por esse vazio no mapa, ele me intriga, ele tem o tamanho de um quarteirão!
- Você tem razão, ele também me chamou a atenção! – comentou Gabrielle
- Onde ele se encontra? – perguntou Brenda.
- Deixe-me ver - ela passou os olhos pelo mapa – er... No sétimo andar, entre a sala 197 e a 198, depois da sala 197 você atravessa o corredor e apenas vê parede, depois vem um beco e a sala 198.
- Eu acho que sei onde é! Tem uma tapeçaria nessa parede não é? – perguntou Gabrielle
- Acho que sim! E um busto também!
- Quando você planeja ir lá? – indagou Brenda.
- Bem, como está de noite eu estava pensando em ir lá agora e depois irmos lá a turnos separados em horas diferentes do dia, caso não acharmos nada hoje!
- Você bolou esse plano complicado agora? – perguntou Brenda, espantada.
- Bem, foi!
- Caramba, como você consegue?
- Mas essa foi tão simples, essa é à base de qualquer vigília, qualquer descoberta...
- Credo! Eu acho que você sabe coisa de mais!
Giovanna olhou par Gabrielle como se não entendesse. A garota olhou com um olhar condescendente, do tipo: “Ela é burra, assim mesmo!”.
- Bem, - disse Giovanna desviando o olhar de Gabby e se levantando – vamos?
Depois de um tempo, três meninas saíram de seus dormitórios nas masmorras e se empreitaram na jornada que era até o sétimo andar.
- Ufa! – exclamou Brenda pondo as mãos nos joelhos e procurando puxar mais ar – Quase fomos pegas!
- Isso porque você gritou por causa de uma aranha! – Giovanna disse com um olhar irritado
- Mas ela era grande e horrível!
- Ridicule! – disse Gabrielle encostada na parede, também arfando, elas não sabiam correr, apenas Giovanna se encontrava em boas condições, respirando e andando normalmente.
- Bem... – observou Giovanna – Aqui estamos nós, bem na parte que o mapa indica! Diante da tapeçaria.
Na tapeçaria, que, como todas as coisas do castelo, se movia, podia-se ver um bruxo franzino tentando com todas as forças fazer um bando de trasgos a aprenderem balé.
- Que Cômico! – comentou Gabrielle
- Ai Gio! Vamos achar logo o que te intriga e sair daqui! – gemeu Brenda
- Porque? – perguntou Giovanna se virando pra olhar a loira que estava dando pulinhos
- Porque eu quero ir ao banheiro!
Ouviu-se um barulho de pedra se arrastando, elas se assustaram. Brenda e Gabby correram para a direção oposta a do som, já Giovanna correu diretamente para ele.
- Ela fez de novo! – exclamou Brenda, meio ofegante
- Um dia ela vai acabar fazendo com que peguem a gente! – completou Gabby
Elas deram meia-volta e foram atrás da morena.
Quando a encontraram ela estava na entrada do beco de frente para uma porta.
- Tinha uma porta aqui antes? – perguntou Brenda
- Não... – a morena respondeu pensativa.
- Foi daqui que veio o barulho?
- Sim...
Giovanna cegamente estendeu a mão boa, ela ainda estava enfaixada, na direção de Brenda e agarrou a menina.
- Abra aporta!
- Porque eu?
- Porque foi você que fez o pedido!
- Que?
- Cala a boca e abra a porta!
A loira, meio pesarosa, estendeu a mão e abriu a porta, viu então outra porta.
- Tem outra porta aqui o que eu faço?
- Entra aí! E abre!
Todas entraram e Brenda abriu a outra porta, novamente uma outra porta.
- Já estou ficando cansada disso!
E abriu a outra porta. Imediatamente luzes se acenderam e um brilho prateado encheu o lugar. Os olhos de Brenda chegaram a brilhar.
- Um banheeeeeeeiro!
E saiu correndo.
- Como sempre você já suspeitava! – comentou irônica Gabby
- Ora Gabrielle, você bem sabe que eu tenho uma mente superior!
Gabrielle desviou os olhos da garota com cara de convencida que estava em sua frente.
Brenda saiu de um dos boxes completamente aliviada.
- Uffa! Gio você sabia que aqui tinha um banheiro?
- Aqui não é um banheiro!
- A não é?
- Não
- Então, por favor, me diga o que é porque senão eu não sei o que isso é!
- Não tinha uma porta nessa sala!
- E?
- Significa que essa sala muda de forma!
- O que? – exclamaram Brenda e Gabrielle em uníssono
- Exatamente, querem ver?
As duas meninas chacoalharam as cabeças.
- Eu quero uma mesa de jantar para doze pessoas e um coçador de costas em cima dela.
As outras duas meninas arregalaram os olhos duas vezes, primeiro por causa do que Giovanna disse e depois por ver uma mesa de jantar para doze pessoas e um coçador de costas em cima dela.
Gabrielle correu para pegar o coçador.
- Não acredito!
- Como você sabia?
- Nasci no meio de Humanistas, cresci aprendendo a deduzir o óbvio!
- Finalmente você explicou alguma coisa! – exclamou Gabby
- Qual será o nome dessa sala? – perguntou Brenda
Um quadro negro surgiu na frente delas e uma mão invisível escreveu: Meu nome é Sala Precisa, mas pode me chamar de Vem-e-Vai.
- E você contém as lembranças de que fundador? – perguntou Giovanna
O quadro se apagou e respondeu: Que bom você perguntar! Eu tenho as lembranças e o intuito de ajudar de Helga Hufflepuff.
- Bem que eu imaginei!
- Mesmo senhora da inteligência? – ironizou Brenda
- Claro, por que nos meus cálculos só faltava mesmo alguma coisa da Lufa-Lufa.
- Como assim?
- Bem, pelo o que eu sei... – Giovanna colocou a mão no queixo – A Grifinória tem uma espada que só um verdadeiro membro pode pegar, a Corvinal tem um diadema perdido e a Sonserina uma sala secreta. Eu estava esperando que fosse essa, mas eu vi que era muito fácil de entrar então só havia sobrado a Helga.
As outras duas meninas estavam estupefatas.
- Mas como você sabe de tudo isso? – perguntou Gabrielle
- Ora! – Giovanna exclamou fingindo indignação – Vocês realmente acharam que eu ia à biblioteca para estudar? – e deu uma risada – Eu ia era pesquisar sobre Hogwarts, mas os registros eram recentes dos últimos diretores de Hogwarts e não tinham muitos detalhes, apenas deixavam idéias soltas.
- Ah Gio que quero saber o que mais você descobriu! – exclamou Brenda
- Depois eu te conto, agora já chega por hoje!
- E finalmente o primeiro jogo da temporada! – bradou Alfred Baltimore.
Todos estavam com caras nervosas, mas tentavam disfarçar fazendo piadinhas e implicando uns com os outros.
- Todos prontos? – perguntou Baltimore, todos acenaram com a cabeça.
- Vamos nessa! – disseram os três Ian’s em uníssono
E saíram. Lá fora a multidão comemorava e gritava. Uma maré verde e prata encheu os olhos dos jogadores leoninos que ficaram momentaneamente estrábicos. As outras casas torciam visivelmente para a Sonserina.
“Tudo por causa daquelas babacas!” pensou Michael.
“Se elas não fossem tão boas, eles estariam era torcendo pela agente como eles faziam nos anos anteriores!” pensou Chad.
Ross por sua vez pensou: “Ai caramba vamos tomar uma sapatada, que nem a que tomamos delas da última vez!”
Os gritos da multidão aumentaram e ficaram quase insuportáveis. Do outro lado do campo oval os meninos podiam ver o time da Sonserina entrando no estádio. Gabrielle, Giovanna e Brenda no início da fila, uma do lado da outra. Ostentando caras altamente confiantes.
- Esse ano elas vão ver! – disse Michael para os primos
- É isso aí, nós treinamos muito nas férias e elas não podem estar melhor do que estamos agora! – continuou animado Chad
- É? – perguntou meio incrédulo Ross
Para sua sorte seus primos não ouviram sua demonstração de covardia.
Capitães e jogadores ao centro, o pomo é solto, ele circula entre os apanhadores e foge. Os balaços são soltos e disparam para o alto. Ouve-se o apito que significa a ordem de subida das vassouras. A goles é lançada e começa o jogo.
Giovanna começa a circular pelo campo com Michael em seu encalço. Gabrielle vai para o gol e Brenda levanta o bastão. Chad e Ross lutam contra os jogadores mais experientes da Sonserina.
Sendo eles habilidosos, rapidamente recuperam a bola e disparam em direção ao gol guardado, Chad e Ross fazendo tabela para desviar dos outros jogadores. Quando viram a muralha vermelha, Gabrielle estava parada bem na frente do aro do meio.
“Esse vai ser fácil!” pensou Chad.
Ross lançou a goles para Chad para a finalização no aro esquerdo, Gabrielle segundos antes se deslocou para o aro esquerdo e ficou esperando a goles parar diretamente em sua mão para depois lançar para seu artilheiro.
Alguns metros mais adiante, Giovanna e Michael travavam uma verdadeira disputa para ver quem engana quem. Michael fazia como quem via o pomo vária vezes, mas não conseguia fazer com que Giovanna perdesse a concentração. Já Michael era um completo assustado e todas as vezes que Giovanna achava que via alguma coisa ele disparava naquela direção às cegas.
Já Brenda estava se divertindo mandando balaços em certos alvos ruivos e loiros...
Quando o jogo já estava 40x0 para a Sonserina, a violência tinha aumentado para graus assustadores. Brenda empregava cada vez mais força nas suas rebatidas. Gabrielle era cada vez mais imperdoável.
Giovanna dando voltas no campo acima da cabeça de todos, Michael finalmente tinha desistido de lhe seguir, a menina olhava para os lados freneticamente e viu de relance um vulto dourado, ela deu uma volta com a vassoura e viu novamente o objeto dourado sob ela, ela foi descendo bem devagar, dando voltas e olhando firme para o pomo. Mas Michael percebeu e olhou na direção onde a garota observava e também viu o pomo. Disparou atrás do pomo. Giovanna em vez de disparar até o pomo, disparou até o garoto. Rapidamente o alcançou e deu um empurrão em sua vassoura. O garoto se desequilibrou e quando recuperou o equilíbrio viu que Giovanna já estava na sua frente. Num momento de desespero ele puxou a ponta da vassoura da menina, quando percebeu seu erro já era tarde. O professor já havia apitado e marcado um pênalti a favor da Sonserina. Giovanna o observou com um olhar vitorioso, só então Michael percebeu que era exatamente isso o que a garota queria.
Obviamente Robson Chamerd, o capitão do time da Sonserina, acertou em cheio o aro da direita e marcou mais 10 pontos. Giovanna, que havia continuado com os olhos no pomo disparou até ele assim que o apito soou e o jogo voltou ao normal. Michael, primeiramente achou que ela estava mentindo, mas só depois descobriu que tinha perdido muito tempo precioso, e disparou até o pomo. Infelizmente para ele, ele não chegou a tempo, Giovanna pegou o pomo na maior facilidade e levantou a mão.
O apito soou e o jogo acabou. 210x0 para a Sonserina. Dois dos três primos estavam furiosos, exceto um deles que já estava completamente conformado, Ross:
- Eu já sabia que iríamos tomar uma sapatada!
- Cala a boca! – Berraram Michael e Chad em uníssono.
Logo ao subirem para o salão principal, Brenda, Gabrielle e Giovanna ouviram burburinhos.
- O que aconteceu Elisa? – Gabrielle perguntou a Elisa Annebroock, a maior fofoqueira do colégio.
Ela era uma menina magra, de grandes olhos castanhos espertos, cabelos também castanhos e bem curtinhos.
- Vocês não sabem?
- É exatamente por isso que perguntamos pra você Elisa – disse Giovanna – Saberemos logo!
- Picharam o salão comunal da Corvinal!
As meninas estranharam isso, não era uma coisa muito comum.
- O que escreveram lá? – quis saber Brenda
- Eu também quero saber, mas nenhum aluno da Corvinal pode contar, por ordem do diretor!
- Que estranho... – comentou Brenda mais tarde
- É, deve ser uma coisa séria! – completou Giovanna
- Qual a próxima aula? – perguntou Gabrielle subitamente
- Porque você quer saber?
- Se não tiver nada importante, agente bem que poderia perder essa aula para dar uma olhada!
- Agora temos Poções com a Corvinal! – disse Brenda
- Ótimo, o salão eles vai estar vazio! – exclamou Giovanna
- Vamos!
- Aff! – reclamou Brenda – Todos os lugares que nós vamos são super-longe!
- Não reclama Brenda! – ordenou Giovanna
- Chegamos! – informou Gabby
- Sim, e como vamos entrar?
- Me deixe ver...
Giovanna se aproximou da maçaneta em forma de águia na porta de prata, estendeu a mão e a puxou. A águia criou vida e disse:
- O que é aquilo que vai, volta, retorna, adianta e para?
- Que? – murmurou Brenda
- Um Vira-tempo! – Giovanna disse simplesmente.
- Correto!
A porta se abriu e deu passagem para que elas entrassem. Lá dentro tudo era azul e prata, mas uma coisa na parede chamou mais atenção do que a belíssima mobília. Em Grandes letras verdes estava escrito:
Cuidado com seus segredos, eles podem ser revelados, por intrometidos.
- Quem foi o panaca que escreveu isso aqui? – Brenda disse para si mesma em voz alta
- Também quero saber – disse uma voz masculina grave e forte
Quando as meninas se viraram levaram um susto, o diretor Fortescue em pessoa estava sentado em um dos magníficos sofás.
- Estava esperando por vocês meninas...
- Diretor, nós só ficamos curiosas e resolvemos dar uma olhada e... – começou Giovanna
- Não se preocupe, eu vou fingir que é intervalo. – ele disse olhando com cansados olhos verdes.
As meninas se sentaram no sofá de frente para o dele.
- Então meninas? O que pensam sobre o que está escrito na parede?
- Eu não entendi... – pensou alto Brenda
- E você senhorita de La Fére?
- Tenho uma vaga idéia!
- Srta. Augusta?
- O senhor quer dizer que é sobre nós?
- O que as senhoritas vem fazendo nesses últimos meses?
- Como assim? – perguntou Gabrielle
- O que as senhoritas fazem quando andam em certos pontos dos corredores em turnos diferentes, e na noite em que acharam a Sala Precisa?
- Estamos desbravando Hogwarts senhor. – Giovanna disse prontamente
O professor Fortescue as encarou, Brenda se encolheu rapidamente, Gabrielle desviou os olhos, apenas Giovanna sustentou aquele olhar.
- Ter curiosidade, principalmente em um colégio tão grande é absolutamente normal! Não as proíbo, principalmente por que eu mesmo não sei o que se encontra embaixo das pedras do castelo. – ele deu uma risadinha – Mas vocês tem que tomar cuidado, não sabemos quem ou o que está atrás de vocês, pelo visto já as estão seguindo já faz algum tempo.
As meninas continuaram sérias, o que o professor disse não era nenhuma mentira, realmente tem alguém atrás delas e era melhor averiguar o mais rápido possível.
- Hey, senhor Nick! – perguntou Brenda – Como o senhor morreu mesmo?
O fantasma, que usava uma gola alta para esconder o corte no pescoço, ficou todo proza:
- Naquele fatídico dia eu estava...
Gabrielle estava conversando com o Frei Gordo:
- Hey senhor Frei... como o senhor morreu?
- Indigestão!
(O.O) Gabrielle ficou completamente aturdida.
Já Giovanna ficou intrigada com a triste e solitária Dama Cinzenta que deslizava para fora do salão, se levantou e resolveu falar com ela:
- Olá... – disse num tom não muito feliz, quase cansado.
- Há! – ela se assustou por ser interrompida em seus pensamentos – O-olá, o que quer menininha?
- Eu estava observando a senhora já faz algum tempo e notei que a senhora quase sempre carrega esse semblante triste.
A mulher fantasma a olhou bondosa.
- A senhorita notou? Não deveria ter se incomodado! Meus problemas após vida não são tão importantes quanto os seus na sua, que promete ser longa...
Ela nunca vai saber o quanto está certa.
- Pelo o que eu sei, os problemas pós-vida são apenas marcas dos problemas durante ela.
A fantasma parou de deslizar.
- Significa que o seu problema continua persistindo mesmo depois de sua morte.
- É, deve ser... – e continuou a deslizar
- Será que eu poderia ajudar-lhe?
- O que uma garotinha de doze anos com pouco conhecimento em magia poderia fazer para me ajudar?
- Que tal a senhora começar me contando qual é o seu problema?
O Semblante transparente da dama se contraiu por um instante, Giovanna pensou que não conseguiria, mas para sua sorte a moça fez que sim com a cabeça.
- Vamos para uma sala vazia, longe de todos.
Andaram um pouco até chegarem a uma sala vazia.
- Sente-se, é uma história longa.
- Se você se sente melhor assim...
A moça ficou tocada com tamanha sensibilidade vinda de uma garota tão jovem. Alisou a capa e brincou com um cacho da ponta de seus compridos cabelos pálidos.
- Então... Porque não começa me dizendo o seu verdadeiro nome?
- Eu – ela empalideceu, ficou mais transparente que o normal – Meu nome quando viva era Helena Ravenclaw.
Foi a vez de Giovanna empalidecer.
- Você era filha dela?
- Exato!
- O que aconteceu?
- Eu nunca fui muito inteligente sabe? As pessoas gostavam de me comparar com minha mãe, mas eu não chegava nem perto dos seus pés!
- Entendo...
- Minha mãe, no auge de sua carreira como diretora de Hogwarts, fez uma tiara, um diadema, nele ele copiou sua sabedoria e o guardou, aquele que possuísse tal diadema possuiria saber infinito.
- E então, você o pegou.
- Eu queria me destacar! Pelo menos uma vez na minha vida! – disse perdendo o controle
- E para isso você precisava roubar sua mãe?
- Foi o único jeito que eu encontrei na hora. – abaixou os olhos – Anos depois me arrependo amargamente do que fiz.
- O que fez com o diadema?
- Eu fugi com ele...
Visão:
Uma linda moça de compridos cabelos prateados corria por uma floresta na Albânia, sua lindíssima capa azul como o céu esvoaçava pelas folhas caídas. A moça de pele clara ofegava e tinha o rosto rosado. Ela olhava para os lados freneticamente enquanto corria.
- Não, eu vou conseguir, ninguém pode me pegar agora.
Nas mãos um embrulho, envolto em seda finíssima. Ela entrou em uma caverna de arvores e o escondeu no oco de uma árvore.
Ela ouviu o ruído de galhos secos estalando.
- Você finalmente me achou!
- Você realmente achou que seria difícil para mim?
Ela se virou. Na entrada da caverna um lindo homem de trajes pretos com detalhes em vermelho e prata, estava parado a observando com olhos verdes penetrantes. Sua pele era tão branca quanto à da moça, mas ele não estava rosado, pelo contrário estava pálido.
- Minha querida Helena... – ele se aproximou para tocá-la, mas sua mão foi afastada.
- Não me toque!
- Não me trate com tanto desdém!
- Você veio aqui para me entregar!
- Não! – ele sacudiu a cabeça fazendo uma única mecha de cabelo escuro e curto rolar pela sua testa – Eu vim aqui para levar você comigo, eu e você poderemos nos casar e você poderá ficar com o diadema de sua mãe!
- MENTIRA!
- Não é mentira! – ele a encostou ao tronco de uma árvore – Você por acaso imagina em que estado se encontra sua mãe?
- Como assim? – ele continuou a se aproximar
- Ela está em seu leito de morte e espera por você. Espera para te perdoar. – ele encostou o seu rosto no dela e a abraçou, sussurrou – Venha comigo.
Ela o afastou e o esbofeteou. Ele olhou novamente para ela, seus olhos verdes não pareciam mais tão acolhedores. Pareciam letais. Ele colocou a mão sob o palitó e tirou um punhal. Com apenas um único golpe ele a apunhalou no peito e ela morreu.
- Não! – ele se ajoelhou e olhou para a faca como se saísse de um transe – Quem em sã consciência poderia te matar, oh querida Helena! E logo com um punhal, o jeito mais vergonhoso de um trouxa!
Ele abraçou o corpo e balançou para os lados como se ninasse uma criança.
- Não querida Helena não chore... Shi... Isso... Você está a salvo agora.
Ele a depositou no chão com cuidado.
- Não posso deixar assim, eu não posso viver sem você!
Ele sacou a varinha. Do lado de fora se ouviram vários gritos e feixes de luz seguidos de um silêncio mortal.
Fim da Visão.
- Então a senhora foi morta pelo Barão sangrento?
- Exatamente... Ele usa as correntes como penitência eterna.
- E o diadema?
- Pelo visto continua lá! Senão eu o teria detectado.
- Ele é tão poderoso a esse ponto?
- Com certeza! Não é possível usa-lo e tentar se esconder ao mesmo tempo.
- A senhora se sente um pouco melhor?
- Sim, realmente me sinto melhor! É que no natal eu comemoro meus anos de morte... E ao contrário dos outros eu não me sinto feliz com isso!
- Bem, dependendo do jeito da minha morte eu acho que eu não gostaria de comemorar!
- Garota, você é realmente especial... Sabe que você me faz lembrar?
- Quem? – a menina fez-se de curiosa
- Me faz lembrar a minha tia Helga.
- Helga Hufflepuff?
- Exatamente! Qual é a sua casa, ou melhor, qual é o seu nome?
- Meu nome é Giovanna Augusta, e acredite ou não, eu sou da Sonserina!
A fantasma se espantou visivelmente.
- Não acredito! Eu sempre pensei que fosse impossível um aluno da Sonserina ser tão bondoso!
- Eu acho que fugi à regra!
- Concordo! – ela tombou um pouco a cabeça – Mas, que tal agente voltar para a ceia?
Giovanna estava parada de frente para o espelho, ajustando o espartilho, seu uniforme era sempre impecável. Ela estava sozinha e compenetrada no que fazia por isso se assustou quando ouviu leves batidinhas na janela. Virou a cabeça bruscamente e fez sua cascata de cabelos negros voarem.
Na janela, iluminada pela luz do sol, estava pousada uma linda coruja branca. Aos pés da coruja estava uma pequena caixinha branca.
Giovanna estendeu a mão e pegou a caixinha, ela era tão delicada que teve medo que se desfizesse como o glacê de um bolo. Ao abrir, uma surpresa: uma fita branca e um bilhete.
Sempre estarei olhando por você, só você que não me verá.
Giovanna arregalou os olhos e não entendeu por que se sentiu tão emocionada, não era nada, era apenas uma fita, mas foi seu primeiro presente de dia de São Valentim.
- GIO OLHA SÓ A QUANTIDADE DE PRESENTES QUE EU GANHEI!
Brenda entra no quarto bruscamente com uma pilha tão grande de presentes que tapava a sua visão. Deu tempo de Giovanna guardar a caixinha debaixo do travesseiro e da coruja sumir de vista. Brenda foi até sua cama e depositou a pilha de presentes sobre ela.
- Dessa vez foi maior do que a do ano passado! – exclamou disfarçadamente Giovanna
- Com certeza!
- Você viu Gio? – Gabrielle acabara de chegar – Olha a quantidade! E pra receber todos eles? Cara tinha uma plaqueta avisando que eram todos dela!
- É isso aí! Todos meus!
Giovanna sorriu docemente. Gabrielle estranhou, se aproximou e estendeu a mão para a testa de Giovanna.
- Você está com febre?
- Deixa de ser boba Gabrielle! – Giovanna afastou a mão da amiga – Claro que eu não estou com febre!
- Mas você sorriu com uma besteira da Brenda!
- E o que é que tem?
- O que é que tem é que você geralmente me dá uma cortada – completou Brenda.
- Resolvi que hoje eu não vou estragar sua felicidade... – as meninas arregalaram os olhos – Não por enquanto...
- Ah, então ta! – exclamou Brenda
- Então está tudo bem! – continuou Gabby
- E você Gabby? Ganhou presente?
- É verdade, com a quantidade dos meus eu esqueci de perguntar se você também ganhou!
- Eu? – ela envermelhou, reuniu coragem – Ganhei sim!
- Quantos? – perguntou Brenda
- Três!
- Só isso?
- Só porque você ganha pilhas e mais pilhas não significa que nós meros mortais não possamos ganhar dois ou três!
- Tudo bem – disse encolhendo os ombros – E quem foi que mandou?
- Bom... – Gabrielle revirou os bolsos e retirando duas caixinhas e um ursinho de dentro deles – O ursinho foi do Alan Steupbart.
- Quem?
- Quartanista, Corvinal!
- Hummmm... – Brenda fez irônica
- O Bauzinho é do Vince Alpens.
- Aquele do Quinto ano? – Brenda disse enquanto pulava na cama.
- Qual casa? – quis saber Giovanna
- Da nossa!
- Não é o mesmo Vince Alpens que você estava doida pra pegar Gabby?
- Ele mesmo! – Gabby pulou na cama também – Ele é tão lindo e ele comprou justamente Pirulitos de Sangue – disse abrindo o baú e mostrando para as meninas.
- E o último presente?
- Esse aqui não teve nome! – Gabrielle disse pegando uma caixinha roxa – mas ele acertou em cheio na cor!
- Roxo, não é! – disse Brenda – você adora!
- AMO!
- Então essa pessoa em especial acertou em cheio!
- Mas que maluco não é? – comentou Brenda – Não colocar nome!
- O que tem dentro? – perguntou Giovanna fingindo falta de interesse
- Um par de brincos de diamante!
- O QUE? – gritou Brenda pulando em cima de Gabrielle para pegar os brincos – COMO É QUE ESSE MALUCO NÃO COLOCA NOME? SE FOSSE COMIGO EU CASAVA COM ELE!
- Ainda bem que não é com você senhorita impulsiva! – riu-se Gio – Mas num certo ponto eu concordo com a Brenda. Se ele colocasse o nome com certeza teria conquistado alguém!
- Vai ver ele é feio – pensou Brenda
- É... vai ver... – Gabrielle disse meio sonhadora olhando para os brincos.
Eles eram lindos e pequenos com uma única pedra de diamante. Mas eles eram lindíssimos. O que Gabrielle poupou de dizer às amigas era o bilhete. Nele estava escrito:
Você terá a todas as peças que forem necessárias... Pense em mim.
C.
Não tinha como Gabrielle saber de quem era aquele C, mas com certeza ela um dia iria descobrir. E mais com certeza ainda ela iria guardar aqueles brincos e as próximas jóias.
- Então Brê, quantos presentes você ganhou?
- Cara, sabe que eu não sei?
- Vamos contar?
Meia hora depois...
-102, 103, 104!
- Uffa acabamos!
- 104 presentes não é pouco não é?
- Você separou os presentes? – perguntou Giovanna
- Como assim?
- Você sabe, por preferência...
- Er... não.
- Afff! – bufou Gabby
Outra meia hora mais tarde...
- Esse eu quero, Esse não, esse sim, esse não, AI MEU DEUS É CLARO QUE ESSE EU ACEITO!
- Que foi?
- De quem é?
- De quem é? É do Ashtom Mayers!
- O goleiro do time da Lufa-lufa?
- É, ele mesmo, e em dom meninos mais bonitos da escola!
- O que ele te deu? – perguntou Gabrielle curiosa tentando tirar a caixa das mãos de Brenda
- Ele me deu – ela puxou o conteúdo da caixa – Um gatinho!
O gatinho era lindo, de pelo preto e olhos âmbar. As outras meninas suspiraram.
- Vamos responder aos nossos presentes Gabby?
- Como assim?
- Vamos mandar uma carta para eles dizendo o que achamos dos presentes.
- Quem sabe assim as coisas vão além de presentinhos...
As duas meninas deram as mãos e ficaram confabulando sobre o que fazer e fazendo planos, já Giovanna abraçou um travesseiro qualquer e ficou pensando sobre seu presente. Ela ao contrário de suas amigas não era muito boa com meninos, pelo contrário. Ela era muito estressada e fria demais, mas no fundo desejava ter alguém, mas só a menção desse pensamento a assustava.
Para Gabrielle também era assustador, apesar de se esforçar para seguir a linha de raciocínio de Brenda ela não podia deixar de sentir nervosismo, pelo menos o fato de ter alguém que ela goste que também gostasse dela já era um ponto a favor, mas ela ainda estava receosa sobre o que fazer depois. Já Brenda era um poço de autoconfiança, ela já era muito bem acostumada a lidar com meninos e a encarar pedidos de namoro. Com 12 anos Brenda já teve dois namorados. Todos os dois aos 11 anos.
Cartas escritas e enviadas por Judite e Azrael, as corujas de Brenda e Gabby, respectivamente, as meninas foram jantar no Salão Principal.
Assim que entraram foi como se um imã fizesse todos olharem para elas, principalmente para Brenda, a esperança estampando suas feições e todos eram homens.
Gabrielle imediatamente viu Vince sentado na mesa da Sonserina, ele era lindo, em compensação de sua altura, era loiro, de olhos âmbar e mantinha sempre um sorriso doce no rosto, mas o que fez Gabrielle se interessar imediatamente por ele era o seu físico.
Já Brenda se sentou de modo a ficar estrategicamente de frente para mesa da Lufa-lufa, ela nem precisou procurar muito, logo seus olhos alcançaram aquele menino lindo, era também o mais novo com o qual já namorou, ele tinha 13 anos, mas suas feições e seu físico diziam que ele era bem mais velho, ele era moreno e tinha os olhos negros como os cabelos.
- Não coma cebola – disse Brenda tirando um prato de rodelas de cebola das mãos de Gabby
- Por que não?
- Porque dá mal hálito!
- E o que isso tem a ver?
- No caso de ele querer “falar” com você. – Brenda fez aspas com os dedos no “falar”
- Como assim “falar” – Gabby imitou os gestos da amiga
- Você sabe, se vocês se beijarem!
Gabrielle corou, nunca havia feito isso antes.
- Mas e se eu não souber o que fazer?
- Por favor, nunca deixe ninguém ouvir você dizendo isso – Brenda se encolheu e sussurrou olhando para os lados – Olha ele está olhando pra você, manda um thauzinho.
- Oie! – Gabby sorriu e mandou um thauzinho – Por que eu não posso dizer isso alto?
- Porque isso é a mesma coisa de pedir um atestado de óbito social! Geralmente as pessoas ascendem socialmente depois do primeiro beijo, e dependendo também com quem foi o primeiro beijo, mas você deu sorte que conseguiu algum status, mesmo não tendo beijado ninguém, mas as pessoas deduziram que você já beijou alguém, então não estrague a sorte que tem e se mantenha em silêncio!
- Eu sinceramente não concordo com você, é ridículo não é Gio?
Giovanna demorou em responder estava comendo e distraída, deu como pretexto que estava mastigando para poder descobrir sobre o que elas estavam falando:
- Eu não posso dizer nada, eu não ganhei presente esqueceram?
- Ah é!
Brenda abraçou a amiga pela cabeça:
- Ó minha pobre Giuzinha, ela ainda não tem uma vida social!
Giovanna se esforçou bastante para escapar daquele abraço sufocante.
- Para com isso! – Giovanna disse se levantando e alinhando a roupa.
Do outro lado do salão Michael se levanta e sai arrastando uns suspiros de algumas meninas do primeiro ano. Giovanna não o viu.
- Sabe meninas, depois vocês me contam o que aconteceu, eu vou dar uma volta!
Brenda sorriu:
- Não se preocupe com a hora!
Giovanna sorriu e saiu.
Fora do salão principal ela se afastou dos casais e sentou na escada. Giovanna pôs a mão no bolso, magicamente ampliado, e tirou um grande caderno de couro vermelho, dentro dele estavam todas as plantas de Hogwarts e também os planos e os relatórios. Ela abriu na primeira página:
1. Cozinha
2. Sala Vem-e-Vai
3. Seção Proibida da Biblioteca
4. Corvinal
5. Lufa-lufa
6. Escritório da Profª Elenice Vergot (Poções)
7. Diretoria
8. Câmara Secreta da Sonserina
9. Banheiro dos Monitores
10. Hogsmeade
11. Grifinória
A cozinha, a Sala Precisa, e o salão comunal da Corvinal já foram visitados. E agora pra onde eu vou sozinha? Tem que ser um lugar difícil, mas não tão difícil que eu precise das meninas...
A resposta veio na mente como uma bala. Como é que eu não pensei nisso antes? Hogsmeade!
Giovanna colocou o caderno de volta no bolso e se levantou. Subiu o que restava de escadaria até o segundo andar.
Onde será que eu começo a procurar? Ah! Já sei! Ela se aproximou de um quadro, ele retratava uma festa do chá só de mulheres todas elas usando suas roupas de domingo.Se você tem algum problema, fale com um quadro! Eles sempre sabem de tudo!
- Olá!
- Uh! – as mulheres se assustaram – Ah, olá menininha! – respondeu uma moça de vestido azul
- Eu seria inconveniente de perguntar se é verdade o que dizem de você poderem se mover por entre os quadros?
- Claro que é verdade – disse uma mulher gorda de cara rosada, ela usava um vestido roxo e um enfeite de cabelo meio pendente.
Giovanna fingiu surpresa.
- Então é verdade? E você pode ir para outros lugares além de Hogwarts?
- Sim! – disse uma menininha de cabelos rosa que se aproximou da borda do quadro e ficou maior, ela usava um vestido também rosa – Mas temos que ir por um caminho de quadros.
- Como assim?
- Tem várias passagens secretas por aqui!
- E você poderia me mostrar?
A menininha olhou para os lados e passou paro o quadro da direita. No quadro uma grande moça loira de pele quase cinza estava sentada numa cadeira de espaldar alto com um esvoaçante vestido verde.
- Mãe eu posso mostrar os caminhos pra essa menina?
A moça olhou bondosamente para a menina de cabelos rosa, depois olhou para Giovanna, como se a avaliasse, seus movimentos eram tão lentos que parecia deixar marcas deles no quadro, a moça acenou com a cabeça e estendeu a mão para fora da moldura, a moldura não se mecheu e a mão que saiu de lá era branca e real.
- Segure a minha mãe e entre. – a voz as moça era quase morta
Giovanna se encheu de coragem e segurou a mão da moça do quadro, sentiu um grande arrepio quando passou pelo quadro e por um momento sentiu como se flutuasse depois seus pés tocaram o chão.
Ela se viu em uma sala circular com as paredes acarpetadas de um tapete cor cereja. Em sua frente estava a mulher do quadro, duas vezes maior do que ela e ela quase brilhava de tão branca.
- Vamos – ela olhou para o lado e a menina, que era um pouco menor do que ela, lhe estendeu a mão.
Giovanna lhe deu a mão, mas continuou hipnotizada com a visão da mulher, quando olhou pra trás viu a moldura do quadro e a visão do mundo lá fora.
- Você quer ver as passagens ou não?
- C-claro que quero!
Elas andaram entre alguns quadros, eram tantos que não vale a pena descreve-los.
- Então para onde vamos? – quis saber Giovanna
- Que tal irmos para a passagem mais perto?
- E qual é? – Giovanna perguntou pegando o caderno de volta do bolso e abrindo nos mapas
- Bem a mais perto de nós... – a menina pôs a mão no queixo e pensou – Ah! A das masmorras!
- Nas masmorras? – Giovanna levou um susto, estava com medo de ser pega pela professora Vergot.
- Sim vamos rápido!
A menina começou a correr e Giovanna a correr atrás dela, de um quadro a outro a paisagem muda completamente, elas deram a volta no andar e foram até as escadarias, Para passar de uma parede a outra elas tinham que subir na tapeçaria do teto e depois cair na outra parede. Elas desceram as escadas pelos quadros e saíram nos tenebrosos quadros das masmorras. Elas andaram até o fim do sombrio corredor pelos sombrios quadros lá no fim do corredor tinha um caldeirão de pedra que foi entalhado em homenagem a Relfeus Abudalah Um grande mestre de poções indiano. Havia um quadro atrás do caldeirão, mas estava vazio.
- Vamos! - disse a menina pulando para frente e sumindo de vista
Giovanna olhou para o lado e viu o caldeirão quando pulou continuou olhando para as molduras que passavam rapidamente do seu lado e viu um túnel. Ela caiu em linha reta até cair num monte de almofadas, olhou pela moldura e percebeu que não havia almofadas para usar e sim uma escada presa na parede.
- Hey, menina, por aqui! – Giovanna ouviu a voz da menininha e a seguiu, pelos quadros era claro e iluminado, já pelo túnel era escuro.
- As pessoas que passarem do lado de fora podem ver os quadros?
- Não! Eles são protegidos por um feitiço invisível.
Elas continuaram andando até chegar numa grande moldura que representava as estrelas.
- Curiosamente aqui flutuamos, não é legal? – disse a menina toda feliz
Giovanna estranhou, mas foi flutuando até um outro quadro que estava muito acima de suas cabeças. Quando alcançaram o quadro e entraram nele elas viram pela moldura uma grande quantidade de pessoas reunidas em mesas de madeira simples e com copos nas mãos.
- Esse é o Três Vassouras, assim como o túnel, é uma aquisição recente, por isso ele não tinha muita criatividade, já os outros não serão a mesma coisa!
Giovanna estava de boca aberta. Estou em Hogsmeade! Estou dentro de um quadro! Não serei pega por nenhum professor!
- Agora vamos temos muitos lugares para ir!
- Quê, então quer dizer que enquanto agente estava ocupada, você foi revirar Hogwarts sem nós? – perguntou Gabrielle
Giovanna fez que sim com a cabeça. Gabrielle bufou. Já Brenda disse:
- Eu já sabia, quando ela disse que ia “dar uma volta” – ela fez as aspas com as mãos – foi fácil de deduzir, como ela ainda não é interessada em garotos seu principal interesse era mesmo descobrir todos os segredos de Hogwarts!
- E você ainda dá cobertura?
- Você vão querer saber o que eu descobri, ou não? – perguntou Giovanna
- Claro que sim! – disse Brenda se esticando em seu sofá
- Fala logo Gio! – disse Gabrielle afofando um travesseiro
- Eu descobri todas as passagens para fora do colégio, que existem, tudo isso dentro dos quadros.
As duas meninas se sentaram e arregalaram os olhos, se alguém estava com sono ele foi embora bem rápido.
- Tem uma passagem nas masmorras atrás de um caldeirão de pedra, outra no terceiro andar atrás de uma parede falsa atrás de um quadro, outra no sétimo andar atrás de uma estátua de uma bruxa corcunda, outra pela cozinha atrás de um armário, outra aos pés da torre de astronomia, e mais duas que só se tem acesso pelos quadros, um pelo quadro da mulher Gorda na Grifinória e outra na sala do Professor Bonventure. Alem das passagens para outros lugares além de Hogsmeade nos quadros do Diretor, só que eu não pude ir lá.
- Caramba Gio! – gritou Brenda, que levou um olhar repreensivo de Gabrielle – Desculpe! – e sussurrou – Eu estava crente que você tinha achado uma sala especial, mas você me diz que achou a coisa mais legal de todos os tempos e sozinha!
- Sinto dizer-lhes que vocês duas, e principalmente você – ela apontou com o dedo desdenhosamente – Brenda, estava muito ocu
padas!
Brenda se calou e se sentou novamente no sofá.
- Mas olha, eu achava que só tinha uma passagem secreta para Hogsmeade, nunca imaginei que teria sete!
- Mas se nós quiséssemos entrar nos quadros como nós faríamos? – perguntou Gabrielle
- Só uma pessoa tem poder para tal coisa, e eu dei muita a sorte de falar justo com a filha dela, o seu nome é Dama Verde, e ela tem vários filhos espalhados por Hogwarts, só tem que ter sorte e acha-los que eles o levarão até ela, mas eu tenho uma grande vantagem, eu sei onde ela está, e a filha menor dela gosta de mim!
- Senhorita Augusta, senhorita Augusta, acorde, por favor.
Giovanna abriu um olho e viu uma elfa, com um cabeção e olhos vermelhos. Giovanna levou um susto ao vê-la e se sentou na cama.
- Rafewick, o que foi?
- Senhorita Augusta, alguém quer machucar a senhorita Giovanna e as amigas! – a elfa disse em um tom desesperado
- Acalme-se e espere um pouco. – Giovanna levantou e acordou Gabrielle e Brenda com alguma relutância.
As meninas se sentaram nas camas e coçaram os olhos, todas se sentaram na cama de Gabrielle de frente para Rafewick.
- Agora diga o que você sabe!
- Rafewick estava indo limpar o salão comunal da Lufa-lufa senhoritas, ao chegar lá eu e os outros elfos levamos um grande susto, na parede em cima da lareira estava escrito com alguma coisa que nós não sabemos ainda o que é.
- O que estava escrito?
- Não posso dizer. O Diretor não deixa, mas ele está lá, esperando por vocês.
As meninas se entreolharam, o que o diretor queria com elas de novo?
- Diretor o que deseja de... – Giovanna começou a dizer, mas ao olhar a parede em cima da alegre lareira da Lufa-lufa suas palavras foram embora.
Todos terão uma morte sem dor depois que seu sangue se esvair por suas veias abertas.
- Sentem-se, por favor! – o Diretor Foterscue disse, ele estava sentado numa poltrona negra, seu rosto também estava sombrio.
As meninas se sentaram uma do lado da outra num sofá na frente do diretor.
- Senhorita De La Fere, a senhorita poderia me informar o que a senhorita fazia ontem a noite por volta das 23h até às 01h do dia seguinte?
- Eu estava com Vince Alpens, quarto ano da minha casa, na sala comunal da Sonserina, e eu não saí de lá, depois de conversar com as minhas amigas até a 01h30min fomos dormir nas nossas camas.
- E a senhorita? – se virou para Brenda
- Eu estava com Ashton Mayers, terceiro ano desta casa, mas nós estávamos nos jardins, ficamos lá até às 00h e depois cada um foi para sua casa, e aí é o que Gabrielle falou, ficamos conversando e depois fomos dormir.
- E você senhorita Augusta?
As meninas ficaram temerosas.
- Não conseguirei mentir, - Giovanna disse com um sorriso – não com o senhor tão em cima de minha mente! Como ainda não sou uma boa oclumente eu vou dizer a verdade, e como o senhor vai poder ver, eu não estarei mentindo.
O Diretor assentiu com a cabeça, as duas meninas estavam assustadas, Giovanna tinha muitos segredos.
Giovanna contou tudo o que fez para o diretor.
- Desculpe por incomodar vocês meninas, eu tenho que descobrir o culpado, como eu sei que vocês sempre saem de noite eu tinha que perguntar pra vocês primeiro. Por acaso alguma de vocês viu alguém suspeito andando pelo castelo?
- Mas suspeito do que nós, diretor? – brincou Giovanna
- Impossível! – completou Gabrielle
- Ainda assim, me perdoem, eu tinha que perguntar.
- Não tem nada não, Diretor! – disse Brenda condescendente
- Mas da próxima vez nos chame na hora de alguma aula, e não na hora do sono. – disse Gabrielle.
- Podem ir meninas!
- Com licença. – disseram as meninas e saíram.
- Alguém realmente quer pega-las, tenho que fazer alguma coisa! – disse o Diretor para si mesmo
Do lado de fora as meninas conversavam enquanto iam para seus dormitórios
- Alguém quer nos pegar – disse Gabrielle
- Por que você acha isso? – perguntou Brenda
- Porque só nós ficamos perambulando por aí a noite, e esse maluco também, se nós dermos mole ele vai nos pegar, tivemos muita sorte de estarmos sempre em lugares bem longe dos lugares aonde ele ataca.
- Eu não acho, - disse Giovanna subitamente – tivemos foi é azar. Teríamos sorte se o pegássemos antes que ele torne nossa vida pública, antes que ele nos queime para todo o colégio.
- Você tem alguma idéia? – perguntou Gabrielle
- Eu não – Giovanna disse cinicamente – E você Brenda? – ela virou para a amiga com um olhar significativo – Você tem alguma idéia de quem seja?
Brenda abriu um sorriso maroto.
- Tenho algumas idéias.
- Você viu alguém saindo do seu dormitório de madrugada Ashton? – Brenda perguntou para o menino moreno ao seu lado, enquanto ele lhe dava um beijo no pescoço.
- Não, não vi não!
Depois dessa resposta animada eles continuaram o que estava fazendo.
Gabrielle virou para trás e chamou a amiga Marlene Maxs da Corvinal:
- Marlene, você ficou até tarde no salão comunal da sua casa né?
- Até as duas da manhã! – Marlene também estava namorando um menino de sua casa
- Você viu alguém saindo de lá de madrugada?
- Não vi não Gabby!
- Gabby! – Vince tinha acabado de chegar
- Depois eu falo com você amiga!
- Tchau Lene!
E Gabrielle foi recebida com um grande beijo por Vince.
Giovanna levantou e foi falar com sua informante na Grifinória, que coincidentemente também estava namorando.
- Ângela!
- Giovanna! Quanto tempo!
- Realmente, você poderia vir aqui comigo?
- Claro - ela deu um beijo no namorado e saiu do salão com a morena.
- Ângela, onde você estava ontem de madrugada?
- Na minha sala comunal, com o Leo.
- E enquanto você estava lá você viu alguém saindo de lá?
- Olha, saindo não, mas entrando.
- Quem?
- Michael Ianov.
- Mas você não o viu saindo?
- Não, é que ele saiu no meio da janta e só voltou uma hora da manhã.
Giovanna pensou e sorriu internamente.
- Obrigado Ângela, pode voltar pro Leo!
- Tchau Gio!
Ângela entrou novamente no Salão Principal, mas Giovanna continuou do lado de fora pensando. Depois entrou. Andou até as suas amigas, pegou-as pelo braço e as levou para fora do salão em meio de protestos.
- O que foi Gio?
- Nós estávamos certas Brenda!
- Como assim?
- Michael Ianov foi pego saindo mais cedo do jantar e voltando incrivelmente tarde e sozinho.
- Mas ele não estava namorando?
- Exato!
Uma confusão de sons e gritos enchia aquele lugar, e parecia que ela iria perdurar até que Giovanna tomou uma atitude. Ela fechou os olhos e se concentrou, segundos depois Brenda e Gabrielle se contorceram de dor nas têmporas.
- Sabia que um dia eu iria usar isso pra alguma coisa!
- Ai, - disse Gabby com as mãos na cabeça – como você fez isso?
- Se-gre-do!
- Bruxa! – exclamou Brenda
- Obrigada!
- Sim, mu namour! – disse Gabrielle – Você, pelo visto, decidiu alguma coisa!
- Claro que sim!
- Desembuche – reclamou Brenda
Giovanna olhou bem para as amigas.
- O único jeito, pelo que vimos é pegando eles.
- Sim...
- Então – Giovanna pegou uma lista com o nome das casas – temos que alcançar um padrão
- Você acha que eles têm um padrão?
- Acho sim!
- Mas Gio, são os Ian’s, eles são muito incompetentes!
- E vocês achar realmente que foram os Ian’s que planejaram tudo isso?
- Como assim? – pergunta Gabrielle
- Eles são muito burros pra tanto! Alguém os está comandando!
- Que? – disseram as duas em uníssono
- Vocês verão! – Giovanna pegou uma pena – Agora vamos achar um padrão!
Segundos depois e anotações mais tarde...
- É isso!
- Mon Die! – exclamou Gabby
- Tem um padrão absurdo nisso aqui! – disse Brenda
- Se contar o início do período com as férias... – disse Giovanna
- Até Novembro faz quatro meses... – completou Gabby
- E de Novembro até o segundo ataque faz três meses – completou Brenda
- E se continuarmos diminuindo para dois meses...
- O próximo ataque deve ser em Abril!
- E se continuarmos diminuindo...
- O último ataque será em Maio!
- E tem mais! – exclamou Brenda
- Como assim? – perguntou Giovanna
- Prestem atenção nos números! O primeiro ataque ocorreu na terceira sexta-feira de Novembro.
- E? – disse Gabby
- A partir de novembro quantos meses demoram até o próximo ataque?
- Três!
- Então, Terceira, o tempo até o próximo ataque, e seis, o dobro do tempo!
- É verdade! – exclamou Giovanna
- O dia dos namorados foi na segunda terça-feira de Fevereiro, o dia do ataque foi na segunda quarta-feira de fevereiro!
- Então está diminuindo gradativamente!
- Então o próximo ataque será na primeira segunda feira de Abril.
- E o ultimo será... – começou Gabby
- Não tem dia zero! – entristeceu Brenda
- Mas tem a madrugada de um dia ao outro!
- Que?
- Agora peguem os horários! – ordenou Giovanna
- No primeiro ataque, não se sabe! – informou Brenda
- Já no segundo foi achado às 02h
- Igual aos dias! – exclamou Gabby
- Então, o próximo deve ser às 01h! – concluiu Giovanna
- Por isso que o último não tem dia!
- Porque é às 00h
- Que plano brilhante! – exclamou Gabrielle
- Por isso que eu acho cada vez mais improvável de ter sido os Ian’s! – disse Brenda
- Por que não foram!
- Como assim Giovanna?
- Eu acho que... É só uma idéia... Na hora veremos!
- Que? – exclamou Brenda
- Vamos esperar dois meses, se houver mais um ataque, com certeza vai ser na Grifinória!
- Aqui estamos nós.
As três estavam paradas na frente do quadro da Mulher Gorda, elas estavam com capas com capuz e estavam com seus semblantes mais sombrios.
- A senha, por favor. – disse a gorda mulher.
- Gabrielle – Giovanna murmurou
- Terrifius.
- Com toda certeza! – a mulher assentiu e o quadro se moveu para frente dando passagem ao magnífico salão comunal da Grifinória, ele era todo adornado de vermelho, laranja e dourado, com belíssimos móveis e uma viva lareira crepitante, ao contrário da lareira da Sonserina, que detinha chamas verdes e parecia fria.
Mas sobre a lareira havia uma pessoa, ela era pequena e estava toda vestida de preto, com capuz e tudo, ela estava de pé, flutuando sobre a lareira, e estava escrevendo algo com a varinha na cor verde.
Terminaremos com tod...
A pessoa ainda estava escrevendo quando as três entraram, elas eram tão silenciosas que ela não pareceu ouvi-la.
- Olá. – disse Gabrielle
A pessoa abaixou a varinha e debilmente olhou para trás, parecia um menino, mas não tinha como ter certeza, tudo nele estava coberto, com exceção dos olhos, estes estavam totalmente pretos sem nenhuma parte branca e não pareciam humanos.
A coisa grunhiu.
- Não vai dizer oi? Quem quer que você seja? – perguntou Brenda
A coisa tombou a cabeça para o lado.
Gabrielle que estava no meio das duas as segurou pelos ombros e as abaixou a tempo de desviarem da coisa que pulava em cima delas. Elas se viraram e a coisa agora já não mais flutuava, e sim estava pendurado numa poltrona vermelha.
Elas jogaram as capas fora. Elas estavam usando calças compridas pretas e usavam blusas de manga comprida e botão. A de Giovanna era preta com detalhes em vermelho, a de Gabby era de um roxo bem escuro, e a de Brenda era rosa choque.
Devido ao movimente brusco o garoto atacou, Giovanna a deteve com uma barreira invisível formada com o pensamento. O garoto foi repelido para longe, mas a barreira se dissolveu.
- Droga! – reclamou Giovanna
O garoto ao ser repelido foi de encontro à parede, ele usou os pés para pegar impulso e se atirar de volta em Giovanna, a garota se a baixou, ele caiu por cima dela ela usou os pés para dar impulso e jogar o garoto por detrás dela. Ele caiu de pé.
Brenda aproveitou a situação e deu um chute nas costas dele. Ele ficou foi jogado de quatro aos pés de Gabrielle que finalizou dando um soco no seu rosto, o garoto apagou.
Gabrielle o pegou pela cabeça e puxou o capuz. Chad estava desacordado e com um grande vermelho no olho.
- Como eu esperava! – exclamou baixinho Gabrielle Apesar de tudo a luta foi silenciosa e nada se quebrou.
- Mas logo eles? Pensei que eles não tinham capacidade mental para isso! – disse Brenda
- E não têm! Ele estava sendo controlado.
- Você também achou não é Gio? – concordou Gabby
- Seus olhos estavam pretos e ele não usou a varinha, - Giovanna foi até a lareira e pegou a varinha no chão – pelo contrário, a largou!
- Ele agiu como um bicho!
- Tem alguém aqui controlando-os – Gabrielle concluiu decidida – Devemos para-lo o quanto antes!
- Eu acho que ele não vai se lembrar do que aconteceu! – disse Giovanna – é melhor agente dar um jeito nesse olho roxo.
- Deixa comigo! – Gabrielle disse, ela murmurou alguma coisa e beijou o olho do menino. Imediatamente o olho desinchou e voltou ao normal.
- Como você fez isso? – se espantou Brenda
- Eu aprendi com uns anciãos lá de casa!
- Quero aprender! – Brenda disse como uma criancinha
- Quem sabe um dia desses!
Giovanna enquanto isso estava apagando o que estava escrito na parede.
- Vamos embora – disse Giovanna ao acabar – já terminamos por aqui!
Brenda e Gabrielle deitaram Chad num sofá. Elas pegaram suas capas caídas e saíram.
Mesmo perdendo o primeiro jogo, a Grifinória conseguiu ir pra final ganhando da Corvinal e da Lufa-lufa. Pois A Lufa-lufa e a Corvinal empataram o jogo em 160x160 sendo que a Lufa-lufa pegou a bola. Devido a esse vergonhoso empate e a competitividade de Brenda, ela e Ashton terminaram depois do jogo.
Brenda, Gabrielle e Giovanna estava se arrumando no vestiário da Sonserina.
- De olho vivo neles meninas, eles devem estar mudados hoje também.
- Estou com medo de eles tentarem nos atacar durante o jogo. – disse Gabrielle
- Eles é que deveriam estar com medo da gente – disse Brenda – eu tenho um bastão e vou usa-lo!
Elas riram. Mas ainda estavam preocupadas.
- Também fiquem de olho vivo na platéia!
- Na torcida, você quer dizer! – concertou Gabby
- Não, platéia, sempre que jogamos damos um show!
- Haha! A-D-O-R-O! – exclamou Brenda chamativamente
- Se alguém agir meio suspeito, tratem de gravar o rosto e a casa!
- Certo! – disseram as outras duas
- Agora time, vamos nessa! Não tem como a Grifinória ganhar da gente! – disse Robson Chamerd
O time da Sonserina, infelizmente segundo Brenda, não era bem provido de jogadores bonitos.
O time gritou alegre confirmando o que disse Alberto. Eles saíram do vestiário. Lá fora a multidão era imensa e um mar verde e prata encheu os olhos dos jogadores. As três meninas ouviram seus nomes sendo gritados e começaram a distribuir tchauzinhos.
Do outro lado elas viram o time da Grifinória. E lá estavam os três, de longe não conseguiram ver de que cores estavam seus olhos, deixariam pra ver antes do apito inicial.
Os times se reuniram em volta do professor. O professor olhou feio para os dois times, ele era alto, queimado de sol e muito forte, o que fez com que alguns tivessem pequenos arrepios.
- Vocês são muito desleais, quero um jogo limpo dessa vez!
Giovanna, Brenda e Gabrielle olharam bem para os meninos, como elas temiam, eles estavam com os olhos negros.
Ele liberou os balaços, o pomo e jogou a goles para o ar enquanto soava o apito. Começou o jogo.
Os artilheiros voaram um de encontro ao outro para pegar a goles e a Grifinória começa com a posse da goles.
E a goles está com a Grifinória! Berra Max Fercondi, ele era, assim como as meninas, do segundo ano da Sonserina e passou no teste para locutor.
Minha gente esse jogo promete, não vou falar o sobrenome por que ninguém merece o deles! Chad, Ross, de volta para Chad, Que linda tabela, deu um baile nos outros atacantes mas será que eles vão conseguir passar por ela?Mas o que ele está fazendo?
Chad avançou em cheio na direção de Gabby com a goles na mão, ele não desviou e seus olhos negros a encaravam com fúria, ela se assustou. Ele iria acerta-la, mas ela não desviou, ele parou na gente dela, com o rosto contorcido de raiva, ela continuou parada e com os olhos nos dele, ele jogou a goles no aro da esquerda. Não houve tempo para Gabrielle recupera-la.
E ponto para a Grifinória! Berrou Max, incrédulo.10x0 para Girfinória.
- O que deu em você Gabby? – berrou Brenda
- Os olhos dele...
Brenda assentiu. Ela viu um balaço se aproximando, e mirou em Chad. Ela o acertou em cheio e o balaço acertou bem na cabeça do loiro.
- É triste acertar gente da minha espécie, – ele se refere aos loiros – mas fazer o que?
E Chad leva um balaço na cabeça! Ele cai da vassoura! A goles com Grood, Robson, ponto para a Sonserina!
A multidão fica em polvorosa.
Não pode ser! Chad voltou ao jogo, mesmo depois daquele balaço!
Enquanto a jogada era realizada, Chad cai no chão agachado e dá um salto enorme agarrando a vassoura que estava caindo e voltou ao jogo. O rosto do garoto estava ainda mais raivoso e os olhos ainda pretos.
Ross, Emmet, Chad, Ross.
Ross tenta fazer o mesmo que Chad, seus olhos tão pretos quanto os do primo, mas Gabrielle dessa vez não iria deixar a bola passar tão fácil. Ele avançou nela ela em vez de parar avançou nele. Antes que se chocassem Gabrielle inclinou de lado e passou arrancando a goles das mãos do garoto.
- É isso aí Gabby! – exclama Giovanna a uns 15 metros de distância.
A morena travava uma guerra silenciosa com Michael. Do nada, o garoto se aproximou e esbarrou nela, ela se afastou evitando uma briga, mas ele soltou as pernas da vassoura e deu um chute em Giovanna, a garota escapou por pouco se abaixando, ela deu uma cotovelada no estomago do garoto, deixando-o sem ar. Ele puxou sua blusa.
Onde estarão nossos apanhadores?Comentou Max. Olhe! Parece que há uma briga lá!
Giovanna ao ouvir isso só pensou em uma coisa, ela sabia que o professor paralisaria o jogo, então decidiu fugir. Ela fugiu, mas Michael ainda estava segurando a sua blusa. Então Giovanna desequilibrou-se da vassoura e se segurou com apenas uma mão.
O apito soou, pênalti pra Sonserina e Giovanna aproveitou a distração de Michael e saiu em disparada.
- Ela ta fugindo? – perguntou-se Brenda.
Mas Brenda tinha mais com o que se preocupar.
E lá vai Chad, com certeza ele vai marcar! Gabrielle foi impedida por Ross.
Brenda não viu outra solução disparou atrás de um balaço e, com toda a força, rebateu-o em Chad.
De quem foi aquele balaço? A goles com Herb, Chamerd...
Brenda viu o batedor da Grifinória prestes a rebater um balaço em Chamerd. Ela foi atrás do outro balaço e o rebateu, fazendo assim com que os dois balaços se chocassem no ar e que mudassem de direção.
O outro batedor da Sonserina, Eduard Reistins, estava parado de modo a defender os atacantes, mas ele estava meio dopado.
- Ai cara! Eu falei pra ele parar de tomar aquele remédio!
Ele estava gripado e tomou um remédio pra gripe que dava muito sono. Devido a isso, Brenda voava de um lado a outro de acordo com a goles, para poder atacar e defender os jogadores. Ela ainda tinha que se preocupar com Evandro Rout, o batedor da Grifinória, que a todo o momento destinava balaços na sua direção.
Gabrielle estava atordoada, estava tendo espasmos e se lembrou que tinha que ter tomado seu remédio antes de ter vindo para o jogo. Mas espasmos não é o suficiente para fazer Gabrielle de La Fere deixar de defender três míseros aros!
Depois daquele primeiro ponto de Chad, mais nenhum veio para o time da Grifinória, o mesmo não se podia dizer do da Sonserina, o Goleiro da Grifinória era muito devagar e não conseguia defender os aros.
Estamos 100x10 para a Sonserina! A goles está com Grood. Simon cuidado com o balaço!
Brenda já tinha visto o balaço ela segurou o bastão com as duas mãos e cruzou as pernas na vassoura ela inclinou para o lado e deu um giro completo para acertar o balaço e manda-lo de volta para quem o mandou. Rout não esperava por isso, ficou confuso e o balaço o acertou em cheio no estômago. O garoto foi descendo com a vassoura até terra firme e depois de lá chegar se atirou ao chão se contorcendo de dor. Grood marcou um ponto.
Esse não volta senhoras e senhores! 110x10 para a Sonserina!
Giovanna estava travando uma guerra com Michael, ele já não se importava mais com o pomo, ele queria era derruba-la.
- Tenho que fazer esse garoto parar! – Giovanna disse em voz alta – Alguém faz ele parar!
E como se ouvisse suas preces, um brilho dourado refulgiu ao longe.
- Achei você! – e disparou na direção do pomo.
Michael emparelhou com ela e esbarrou em sua vassoura.
- Sai daqui! – ela estendeu a mão, seus dedos encostaram na superfície lisa do pomo – Só mais um pouquinho!
Giovanna chegou um pouco mais a frente da vassoura e pegou o pomo. Imediatamente parou e Michael continuou seguindo por alguns segundos, depois ele percebeu sua ausência e parou de frente para a garota. Giovanna estendeu a mão pra cima.
E Giovanna pegou o pomo! Berrou Max. 260x10 para a Sonserina. Sonserina ganha!
Giovanna e Michael continuaram se encarando. Michael avançou na sua direção, Giovanna se soltou da vassoura e pulou para escapar, assim que Michael passou Giovanna voltou a vassoura.
- Ai! – ela disse ao cair na vassoura – Acho que é melhor eu sumir daqui!
E desceu em disparada em direção a saída. As suas amigas também estavam tendo problemas, uma multidão se aglomerava no centro do campo para a entrega da Taça de Quadribol, e no meio dela, estavam Gabrielle e Brenda enfrentando silenciosamente Chad e Ross.
Chad puxou a capa de Brenda. A garota tentou dar uma cotovelada no loiro mas ele agarrou seu cotovelo, ele a puxou para si e passou o outro braço pelo pescoço da garota. Ela ouviu a respiração animalesca de Chad.
- Me solta.
Ele apertou a gravata ainda mais forte e deu uma risada maléfica. Brenda estava sufocando. E ninguém estava vendo. Gabrielle estava próxima de Brenda e por isso tentou ajuda-la, mas Ross logo cortou suas esperanças. Ele parou na frente dela e a segurou pelo pescoço. A sua força era sobrenatural e não importava o quanto Gabby o arranhasse ele não parecia nem cogitar na idéia de solta-la. Gabrielle olhou por trás de Ross e viu o olhar de Brenda.
Giovanna tinha chegado na saída e lá encontrou seu companheiros de time.
- Giovanna! – exclamou Reinstins
- O que você está fazendo aqui? – perguntou Chamerd
- Vamos pegar a nossa taça! – comemorou Grood
Giovanna tinha ficado sem reação, quando deu por si se viu sendo arrastada pelos ombros de volta para o campo, quando olhou para trás viu Michael pousando e abandonando sua vassoura de lado.
- Ah! – Giovanna gritou – Meninos me soltem!
- Por que? – perguntou Chamerd – Você não quer receber a taça?
- Eu-quero-sim-eu-já-estou-indo-me-soltaaaa! – Giovanna disse atropelando as palavras.
Os meninos a puseram de volta ao chão e dali mesmo ela começou a correr. Michael que estava andando em sua direção começou a correr atrás dela.
Odeio correr de pé, odeio correr de pé! Giovanna pensou freneticamente enquanto corria o máximo que ela podia até a saída. Michael estava quase a alcançando, quando chegou à saída ele pulou nela e a agarrou pela cintura.
Brenda olhou para Gabrielle e depois olhou para o chão, Gabrielle imediatamente entendeu. “Adoro as soluções de Brenda!” Brenda piscou uma vez, Gabrielle piscou outra vez. As duas piscaram juntas e desceram os pés nos calcanhares de Chad e Ross. Os garotos não esperavam por isso e as largaram.
Giovanna caiu de bruços com Michael ainda agarrado em sua cintura. Ela virou para cima e o empurrou com força.
- Sai daqui!
Ele lhe deu um soco.
- Você gosta de olhos pretos? Dá uma olhada nos meus!
Os olhos de Giovanna ficaram amarelos como os de um gato. Ela deu um soco no rosto de Michael e ele saiu de cima dela.
Ele se levantou rapidamente. Giovanna levantou a sobrancelha.
Depois de se livrarem das mãos de Chad e Ross, Brenda deu um chute no ouvido de Chad e Gabrielle deu um soco no rosto de Ross. Os meninos ficaram atordoados com as pancadas, sacudiram as cabeças e contraíram os rostos. Brenda e Gabrielle fecharam os punhos esperando ver os olhos negros e raivosos novamente, mas tudo o que viram foi um olho verde, um olho cinza e um par de olhos roxos. As duas garotas respiraram pesadamente.
- O que diabos aconteceu aqui? – perguntou com raiva Chad
- O jogo... – murmurou Ross
- Já acabou! – respondeu Brenda animadamente
- O QUE? – perguntaram os dois em uníssono
Giovanna defendeu vários chutes de Michael, e pouco atacou, quando o garoto já estava ofegante ela o segurou pelo pescoço e deu-lhe um soco na testa. O garoto desmaiou. Ela abaixou e o sacudiu.
- Ian, Ianov! Acorda!
Michael abiu um olho.
- Han?´O que aconteceu?
- Como assim “O que aconteceu”? – Giovanna respondeu, ela era uma ótima mentirosa – Eu venho guardar minha vassoura e acho você desacordado, eu é que devia perguntar o que foi que aconteceu com você!
- Eu, eu não sei! – ele disse se sentando e esfregando a testa, depois ele percebeu com que estava falando – Mesmo se eu soubesse não é da sua conta Augusta!
- Grosso como sempre! – Giovanna disse se levantando – Vamos! Está na hora da premiação!
Ela voltou para a quadra e foi na direção de Brenda e Gabrielle ela ainda ouviu os dois meninos confusos gritando.
- Como vocês não sabem – Giovanna ouviu Gabrielle perguntar
- Vocês jogaram! – disse Brenda
Giovanna e Michael se aproximaram.
- E perderam! – Giovanna disse sorrindo
- O QUE? – Gritaram os três primos. Eles se entreolharam.
- O que aconteceu com vocês? – perguntou Michael
- Eu ia perguntar o mesmo! – respondeu Chad. O três meninos olharam para as três amigas
- Não olhem para agente!
- Não sabemos de nada!
- Nós é que resgatamos vocês do chão.
Elas se fingiram de indignadas e deram meia-volta indo em direção do palco armado bem no centro do campo. A multidão em volta lhes dava tapinhas nas costas e uns meninos do sétimo ano as ergueram do chão e as levaram até o palco. O povo gritava seus nomes e ela sorriam exultantes.
A taça foi entregue a Giovanna e os outros jogadores do time as ergueram nos ombros.
As meninas estavam em seus malões procurando roupas para usar. Elas estavam em silêncio, nervosas.
- Será que a pessoa que está armando isso tudo vai vir hoje? – perguntou Brenda
- E que outro dia ela teria pra vir? De acordo com o padrão, hoje é o fim! – respondeu Giovanna enquanto puxava uma camisa branca – Vocês acham que eu deveria usar branco hoje?
- Não, use vermelho! – respondeu Gabrielle – Mas e se o nosso padrão estiver errado?
Giovanna olhou enquanto colocava o espartilho vermelho sobre a camisa preta.
- Não acho que tenha falhado. – respondeu Brenda. Ela estava usando branco: uma camisa branca e calças brancas – Eu fui procurar razões astrológicas, mitológicas, o diabo! Até sobre ele mesmo eu procurei!
- E o que achou? – perguntou Gabrielle enquanto colocava umas calças jeans de Brenda e uma blusa branca.
- Eu estava esperando ansiosamente para que vocês me perguntassem isso! – ela vasculhou seu malão com a mão esquerda enquanto abotoava o espartilho rosa com a direita – Eu descobri que os dias dos ataques estavam completamente interligados. Não entre si, mas por várias culturas. Pela posição astrológica, pelos dias de santos, deuses, divindades. E descobri que hoje, dia primeiro de maio, é o ia de maior encontro mitológico e astrológico. Dêem uma olhada em quais são as divindades!
Ela tirou da pasta um papel com vários nomes e datas. Todas as datas combinavam.
- No Egito, Amon Rah, no Afeganistão, o dia da chegada da pedra negra, na igreja católica dia de São Pedro. Astrologicamente falando – ela trocou os papéis – é lua cheia, dia de alinhamento de cinco planetas de uma vez e a passagem de um cometa que só aparece de cem em cem anos.
- Uau! – disse Giovanna estupefata.
- Seja quem for eu não acho que tenha escolhido esse dia por acaso. – ela disse olhando sério para as amigas – Esse dia é o mais poderoso dia do mundo! E ele só acontece de cem em cem anos!
- Ou seja, estamos ferradas! – exclamou Gabrielle soltando o papel.
- Eu não acho! – disse Giovanna – Se hoje os poderes da pessoa estão elevados, significa que os nossos também estarão!
- Exato! – exclamou Brenda – Então temos eu usar nossos poderes ao máximo! Porque a pessoa que fez isso não é fraca!
- Com certeza! Ela conseguiu possuir três corpos de uma vez!
- Que horas são? – perguntou Giovanna
Gabrielle olha o relógio, faltavam cinco minutos para meia-noite.
- Onze e cinqüenta e cinco!
- Vamos descer!
Elas colocaram os sapatos, Giovanna preferiu ir descalça, e saíram do dormitório, elas cruzaram o corredor que levava até á sala comunal. Em frente à fria lareira com fogo verde crepitante estava uma poltrona. Ah! que abuso! Minha poltrona! Pensou Giovanna. Ao lado da poltrona estavam os três Ian’s. Seus olhos estavam pretos.
- Então é você que está causando tantos problemas para nós? – perguntou Giovanna
- Não – disse uma voz feminina – são vocês que estão causando problemas pra mim!
A pessoa na poltrona se levantou e elas viram quem menos elas poderiam imaginar. Uma aluna! E não era nem uma aluna mais velha, ela era do segundo ano.
Seu nome era Alexandra Patrice.
- Surpresas em me ver?
- Bastante - disse Brenda
- Isso tudo foi o que? Vingança? – perguntou Giovana
- Só porque brincamos com você algumas vezes?
- ALGUMAS VEZES? – ela se estressou – Vocês sabem quantas vezes vocês me humilharam ano passado? Noventa e cinco vezes! Só ano passado!
As meninas ficaram com os olhos arregalados. (O.O")
- Mas observe Patrice, - Brenda tentou argumentar – nós nunca tivemos a intenção de acertar você!
- É verdade, nós só queríamos mesmo era atingir esses garotos – disse Gabrielle apontando para os Ian’s.
- Eu sei... – Patrice estalou os dedos e Michael virou a poltrona de frente para as meninas, Patrice se sentou – Tanto eu sei que foi exatamente por isso que eu os possui.
- Patrice... – começou Giovanna
- Me chame de Alexandra!
- Alexandra... Você mudou muito...
- O que quer dizer? – ela segurou os braços da poltrona
- Quero dizer que uma pessoa com poderes mínimos não passa para uma pessoa com poderes supremos em apenas 30 dias.
- Gio...
- Ah! Saquei! – exclamou Brenda – fez acordo com quem não devia é?
- Grrr... Caladas! Peguem-nas!
Os meninos avançaram para elas. Elas não esperavam por isso. Giovanna caiu no sofá com Michael, Gabrielle caiu no chão com Chad e Brenda conseguiu se desviar pulando por cima de Ross.
- Sai! – Giovanna disse enquanto empurrava Michael pela barriga com os pés.
Gabrielle conseguiu desvencilhar a mão direita e deu um soco no rosto de Chad, fazendo-o sair de cima dela. Brenda depois de parar do outro lado de Ross lhe deu um chute, fazendo-o cair nos pufes.
Michael depois do chute avançou novamente para cima de Giovanna, mas ela esquivou-se para o lado e ele caiu de cara no sofá, ela se levantou e lhe deu um chute. Fazendo-o parar sentado no sofá.
Gabrielle depois de ter dado o soco se levantou e ficou por cima dele. Deu-lhe vários socos até ele ficar inconsciente.
Brenda foi até Ross pronta para acabar com ele, mas ele já estava desacordado.
Giovanna só precisou dar-lhe um chute no ouvido que ele caiu desacordado. Alexandra ficou desesperada e se levantou.
- Agora, - disse Giovanna erguendo a varinha – afaste-se dela espírito agourento!
Alexandra gritou e desmaiou, dela saiu um espírito, ela uma mulher linda, mas depois seu rosto se contraiu e ela pareceu o mais terrível dos monstros.
- Alguém aí além de mim sabe como espantar um espírito agourento? – perguntou Giovanna
As outras duas acenaram com a cabeça.
- Um, dois, três!
As três abriram os braços e fecharam os olhos.
- Pelos poderes do céu e do inferno eu o mando de volta para o lugar de onde veio, ó espirito malígno, agora!
O espírito gritou e sumiu. As meninas caíram no chão, exaustas.
- Cara! O que é isso? – exclamou Brenda
- Nem me fale! – disse Gabrielle
- Aff! – disse Giovanna se levantando – Vamos tirá-los daqui!
- Vamos levá-los para a ala hospitalar. – disse Gabrielle
- Agente vai ter que carrega-los até lá?
- Nem parece que você é bruxa! – disse Giovanna rindo – Mobilicorpus!
- Agora que os boletins já foram entregues está na hora mais esperada da noite, a premiação das casas! – disse o Diretor Foterscue
Todos ficaram em polvorosa por alguns instantes e depois fez-se um silêncio profundo.
- Em quarto lugar... Lufa-lufa com 350 pontos!
Todas as mesas bateram palmas exceto a mesa da Lufa-lufa.
- Em terceiro lugar... Corvinal com 400 pontos!
A tensão tomou conta de todos.
- Em segundo lugar... Grifinória com 500 pontos!
A mesa da sonserina começou a fazer festa!
- E Sonserina ganha a taça das casas! Parabéns Sonserina!
Uma grande festa começou, todos gritavam e comemoravam.
- Agora, mais uma coisa! – disse o diretor – Por favor aqui em cima, as alunas, Brenda Simon, Gabrielle de La Fere e Giovanna Augusta.
As três saíram de seus lugares e caminharam solenemente na direção da mesa dos professores.
- À essas três corajosas garotas que sozinhas salvaram a nossa escola dos sucessivos ataques e que salvaram quatro alunos de um destino incerto, eu premio-lhes com um prêmio por serviços prestados à escola!
As mesas bateram palmas entusiasticamente. Os meninos não puderam responder, pois estava ainda muito confusos e Alexandra também não pode responder, pois estava na ala hospitalar se recuperando.
- Espero você lá na minha casa! – disse Brenda
- Eu vou com certeza! – disse Gabrielle
- Você vai né Gio?
- Eu já disse que não!
- Vê se responde às cartas dessa vez! – disse Gabby
- Não posso prometer nada! – Giovanna disse encolhendo os ombros – Meu tutor não gosta que eu me comunique com ninguém!
- Então, até ano que vem!
Elas se abraçaram e deram tchau umas pras outras.
Era o fim de mais um ano em Hogwarts e o começo de uma contagem regressiva para uma nova aventura!
~*~
Oi meu povo. o/
Depois de muita demora e admito que a culpa foi inteiramente minha, saiu mais um cap. Vcs tabm não podem reclamar já que são 38 paginas, ok. a Gio se superou desta vez. ;)
Beijos.
Gabby Lupin.
Ah... eu fiz um capítulo tãããão massa! A parte que eu mais gostei foi o quadribol, também foi o dia que eu estava mais inspirada! Pois bem, a Gabby demorou MESES e não betou a fic então eu fiz isso por mim mesma! Espero que tenham gostado!
COMENTEM!
kissu,
Giovana-chan
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