"Pós-Apocalipse"
"Pós-Apocalipse"
O tempo fechado e com nuvens pesadas bloqueava a luz das estrelas, os trovões ecoavam pelos campos sangrentos, o castelo que uma vez fora Hogwarts estava no chão. Naquela terra onde um dia houvera alegria, hoje só existia a morte, os campos verdejantes que eram os terrenos, agora não existiam, a grama fora destruída com a última e derradeira batalha. Na escuridão do lago de Hogwarts, boiava o enorme corpo da Lula Gigante junto com corpos de sereianos, as águas antes cristalinas agora estavam podres e negras.
Milhares de corpos estendidos cobriam grande parte daquele lugar onde a alegria um dia vivera, poças de sangue estavam em cada canto, centauros estavam mortos, corpos de gigantes também tombavam para todos os lados. Até mesmo o céu que testemunhou tudo parecia duvidar que ali não houvesse mais nada além de morte e desolação, então um raio clareou melhor o lugar, o cheiro de carne queimada se espalhou com uma golfada de vento e então algo se mexeu em meio a tanta morte, parecia que algo sobrevivera aquela desolação.
O corpo que se mexia parecia tentar se levantar, mais uma brisa passou pelo campo de batalha como se o encorajasse, então ele conseguiu, ainda vacilante, ficar em pé. Mais um raio iluminou o local e se pôde ver os cabelos negros e desalinhados, a pele branca coberta de ferimentos e sangue, grande parte não era dele, as roupas quase totalmente destruídas, o deixando apenas com farrapos do que um dia fora uma calça. Harry Potter olhou a sua volta e não encontrou nada vivo, nada que um dia ele conhecera.
De pé, olhou para frente, a uns dez passos estava Tom Riddle com uma expressão de choque e terror em sua face, olhou para trás e encontrou o enorme corpo de Hagrid, que pulara em frente de uma maldição imperdoável para protegê-lo, mas não morrera sem levar o maldito Lucio Malfoy junto consigo. O corpo de Malfoy estava ao lado de Hagrid, mas estava sem cabeça, o meio gigante a esmagara como último esforço.
Sentiu um vazio imenso se formar dentro de seu peito, era um vazio desolador e frio que o arremessava para o desespero, mas se segurou. Imaginou que choraria, mas parecia que suas lágrimas haviam secado. Com mais um raio o sangue em seu rosto brilhou parecendo lágrimas vermelhas, ele começou a caminhar com dificuldade por entre os corpos vendo amigos e companheiros mortos por todo o lado. Viu os corpos de quase toda família Weasley, mas não encontrara o de Rony. Criou esperança, algo que lhe deu mais força, caminhou mais e viu centenas de alunos mortos e com a lama que se formara com o sangue não se dava para ver de que casas eles eram, melhor assim, pelo menos na hora da morte as rivalidades eram esquecidas. Olhou para a direita e viu o corpo de Alvo Dumbledore, ele morrera com um herói, enfrentara vinte comensais de uma só vez, nunca vira alguém duelar como ele, que antes de morrer levara os vinte comensais simplesmente para proteger seus queridos alunos, mas tudo fora em vão. Todo treinamento que ele recebera naquele sexto ano fora em vão, ele agora era poderoso, tão poderoso que conseguiu matar o lorde das trevas e mais algumas dezenas de comensais, mas não sabia se aquilo havia valido a pena.
Uma fina garoa começou a cair lhe molhando os cabelos negros e os fazendo cair sobre os olhos verdes opacos e sem brilho, logo a garoa virou o chuvisco de uma grande chuva. Continuou a procura de seus melhores amigos, quando viu os cabelos ruivos de Rony, ele estava caído e sem vida, a mão esquerda esticada como se tentasse alcançar algo, tinha um enorme buraco nas costas, as pernas de Harry fraquejaram, mas ele conseguiu se agüentar de pé, a última esperança já tinha ido, sabia que se Rony não estava ali, Hermione também não estaria. Caminhou até o corpo do amigo e viu o que ele estava tentando alcançar, seus joelhos fraquejaram e ele caíra de joelhos entre Rony e Hermione, observou o corpo dos amigos, os rostos pálidos e sem vida, Hermione tinha os olhos abertos, encarou aqueles olhos castanhos sem brilho. A chuva aumentara, com as mãos trêmulas tocou os cabelos da morena, sentiu a frieza de sua pele, seu coração pulsara com mais força, então um frio se espalhou pelo seu corpo, os olhos verdes brilharam em fúria por entre a franja que lhe caía sobre eles, então o choro veio, as lágrimas caíram se misturando com o sangue, ara assim que ele se sentia, era como se chorasse lágrimas de sangue. Perdera sua família, seus amigos, perdera tudo em um pequeno intervalo de tempo e tudo por causa dos malditos bruxos das trevas.
_NÃOOOOOO. -Urrou em desespero, uma onda maciça de energia se desprendeu de seu corpo, a chuva parou de cair por alguns segundos, pelo menos perto dele, e logo depois voltou a cair.
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Três meses se passaram desde a última batalha que ecoou por todo o mundo. A fama de Harry Potter somente cresceu depois disso, o jovem que nem ao menos completou dezessete anos e sobrevivera a maior destruição que já houve no mundo mágico e trouxa. O mundo ainda se recuperava muito lentamente do abalo em que a Guerra causara, Londres fora quase que devastada assim como outras cidades não só da Europa, mas de todo o mundo. Milhares de pessoas morreram e centenas ainda morriam, com a queda de Voldemort bruxos das trevas começaram a aparecer de todos os lados tentando ocupar o trono do Lorde das Trevas.
Era aí que a fama de Harry Potter crescia mais ainda, algumas pessoas diziam que ele havia se tornado um demônio, outras simplesmente diziam que ele buscava por uma vingança que não mais poderia ser realizada, mas de fato nenhum bruxo das trevas resistia mais do que três minutos com o jovem bruxo que percorria o mundo em seu encalço. O jovem não se tornara auror, muito menos aceitara o cargo de Ministro da Magia, que praticamente jogaram em seu colo, o qual ignorou. O Menino que Sobreviveu, o bruxo mais poderoso do último século, aquele que derrotara o bruxo das trevas mais poderoso de todos os tempos, se tornara um caçador de recompensas, o mais temido de todos.
Qualquer partidário das trevas de todo mundo temia a presença do rapaz, fugiam da cidade em que ele aparecia e, os poucos que queriam fazer fama a custa dele, tentavam lutar, mas tudo que sobrava destes, eram rastros de sangue e dor. Bruxos não mais eram um mistério para os trouxas, depois que Voldemort começou a agir livremente por todo lado, alguns temiam e odiavam os bruxos, outros conviviam pacificamente com eles, grupos de caça e erradicação de bruxos eram formados pela população, mas os países estavam tentando reconstruir tudo com a ajuda de bruxos, forças especiais eram formadas em parceria com bruxos e trouxas, mas mesmo assim o mundo estava caído no caos.
E Harry Potter observava isso de cima de um dos prédios do novo ministério, o qual era um conjunto de Ministério Trouxa e Mágico. Harry estava em pé no parapeito do telhado, viu o Big Bang sendo reconstruído, ele fora quase totalmente destruído na guerra, o parlamento já não existia, o lar da família real trouxa, tudo que restava era os campos verdejantes, da construção só ficou entulho, mas ali estava previsto um novo palácio do governo.
_Sua recompensa. -Falou alguém as costas de Harry. Este se vira e vê um rapaz, devia ser somente dois anos mais velho que ele, o rosto tinha algumas cicatrizes, o moreno simplesmente pegou a pesada bolsa que tilintou com ouro e voltou a olhar para a cidade destruída. _Foi uma pena mesmo. -Falou o rapaz olhando a paisagem junto ao moreno. _Sou mestiço e cresci em Londres, eu gostava de subir nos prédios altos só para poder ver toda a cidade.
_Uma cidade que agora não passa de ruínas. -Falou Harry em tom seco.
_Todos perdemos coisas importantes. -Falou o rapaz, conhecera Harry há algum tempo, desde o começo do sexto ano de Hogwarts, quando ele era apenas um aprendiz de auror na época que protegia a escola.
_Não. -Falou o moreno em tom vago. _Você perdeu coisas importantes, eu perdi a minha vida. -Falou o rapaz, ele abriu os braços logo depois de colocar a bolsa de ouro, bem presa no cinto e em seguida respirou fundo. _Então por perder a minha vida eu não tenho medo de pular aqui. -Falou o moreno deixando seu corpo cair no vazio, o rapaz gritou e tentou alcançá-lo, mas o moreno simplesmente desaparecera com um estalo seco, ele aparatara.
_Ele já foi? -Perguntou um homem mais velho, entrando no terraço, ele tinha cabelos castanhos com vários fios grisalhos e olhos amarelados.
_Sim senhor. -Falou o rapaz com respeito.
_Era para ele estar terminando o sexto ano hoje. -Falou o homem olhando a paisagem da cidade que estava sendo reconstruída.
_Senhor como vai a construção da nova escola? -Perguntou o rapaz.
_Está indo bem. -Falou o homem em tom cansado. _Apesar de ainda não concordar em construí-la no mesmo lugar que um dia fora Hogwarts.
_Concordo. -Falou o rapaz.
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Harry aparatou na Rua dos Alfeneiros, bem no meio da rua, em frente ao número quatro. Olhou em volta, casas destruídas, pessoas que um dia foram esnobes agora sem dinheiro e pobres não lançavam mais olhares de reprimenda em sua direção, para falar a verdade agora algumas até gostavam dele. Um grupo de crianças apareceu na rua brincando e correndo, as roupas simples e rostos sujos, mas mesmo assim com sorrisos em seus lábios, o moreno tentou sorrir, mas não conseguira, parecia que se esquecera de como se fazia aquilo. Uma das crianças vira Harry e simplesmente correra até ele, as outras crianças fizeram o mesmo.
_Oi tio Harry. -Falou uma menininha com cabelos longos e, apesar de sujos, se via claramente que eram loiros e que limpos deveriam brilhar.
_Oi pequena. -Falou o moreno, apesar de não sorrir, o seu tom de voz carregava uma única centelha de humanidade, algo que chegava o mais perto de um tom amistoso. A menina abriu mais ainda o sorriso.
_Crianças. -Gritou uma mulher de meia idade. Ela saiu de uma casa ligeiramente maior que as demais, tinha cabelos negros com poucos fios brancos, os olhos castanhos demonstravam cansaço e preocupação. Matilda se mudara para lá logo depois que Harry fora para o sexto ano da escola. Harry afastou esses pensamentos de sua cabeça e viu a mulher se aproximar. _Ah, Senhor Potter. -Falou abrindo um sorriso, ela ouvira histórias do rapaz, mas nunca ligara e agora que era sabido que ele era bruxo, ligava menos ainda, afinal ele era bondoso apesar de seu jeito frio.
_Boa tarde dona Matilda. -Falou Harry em tom neutro de voz. _O que a está preocupando? -Perguntou o rapaz notando o cansaço da mulher. Ela montara um orfanato na rua e aquelas crianças, todas órfãs, estavam sob os cuidados dela.
_Problemas com o governo meu caro rapaz. -Falou Matilda feliz por ele começar uma conversa, o rapaz era muito calado e distante, pouco falava com os outros. _Atrasaram as verbas e bem... Ela parou de falar, constrangida, mas viu o olhar do rapaz sobre si. _Estamos precisando de algumas coisas e o pobre Filipe esta de cama e não temos como comprar os remédios.
_Pequenos estendam as mãos. -Pediu Harry interrompendo a senhora, esta não se importou, esse era o jeito dele, meio sombrio, mas um bom rapaz. As crianças estenderam as mãozinhas, o rapaz mexeu em uma bolsa, o tilintar de moedas foi ouvido. Harry tirou várias moedas de ouro e deu uma para cada criança e em seguida tirou mais uma moeda e com a outra mão tirou a bolsa inteira, estendeu a bolsa de ouro para a mulher bondosa que ficou surpresa e aceitou hesitante. _Essa aqui é para Filipe. -Falou entregando a última moeda para a mulher.
_Senhor Potter não precisa. -Falou a mulher tentando empurrar a bolsa de ouro de novo para o rapaz, este fez um sinal com as mãos recusando. _É muito dinheiro.
_O Suficiente para não faltar a você e essas crianças por um tempo. -Disse o moreno em tom neutro. Ele sabia que o dinheiro bruxo agora era aceito normalmente no mundo trouxa, claro que o dinheiro bruxo valia mais que o trouxa e as tabelas estavam em cada mercado de todo país. _Eu não preciso dele, já tenho mais que o suficiente. -Disse o rapaz se desviando das crianças, não antes de bagunçar os cabelos da loirinha com olhos cor de mel. _Comportem-se. -Ele olhou para a mulher seriamente. _Pague as contas e compre comida, qualquer coisa que você precisar fale comigo, não confie no governo, pois eles preferem pagar reformas de monumentos e recompensas, a cuidar de seu povo.
_Muito obrigado senhor Potter. -Disse a mulher emocionada.
_O saco tem um feitiço anti-roubo, mas guarde-o bem mesmo assim. -Falou o rapaz já nos jardins do número quatro.
_Crianças agradeçam. -Mandou a mulher para as crianças.
_Brigado tio Harry. -Falaram todas ao mesmo tempo, a maioria já guardara sua moeda dentro do bolso pensando em comprar doces. O moreno acenara já de costas e entrara na casa dos falecidos Dursley’s.
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Harry fechou a porta atrás de si e observou a casa escura, mas limpa. A única fonte de luz eram as chamas azuladas da lareira, que davam um ar fantasmagórico ao local. Andou até a cozinha, que apesar de estar com as janelas fechadas, ainda sim brilhava com a pouca luminosidade que vinha da sala, estava tão limpa quanto na época do Dursley’s graças ao feitiço de limpeza que usara. Seus tios e primo morreram vítimas de comensais há quase um ano, logo depois de Harry ser levado para a ex-sede da ordem, foram torturados até a morte.
Abriu a geladeira e pegou uma garrafa de Whisky, serviu uma dose sem gelo e bebeu de um só gole. Aquele era um hábito que ele adquirira com o tempo, não bebia sempre nem tinha problemas com bebida só fazia aquilo para ter certeza que ainda estava vivo. Serviu mais uma dose e foi para a sala, com o copo em sua mão, sentou em um sofá e ligou a TV. Percorreu os canais e tudo o que passava eram notícias de reconstrução de monumentos, um ou outro sobre revoltas de grupos anti-bruxos e muitos falando da colaboração de ambas as partes em tudo isso.
Deu um gole no Whisky e sentiu ele descer queimando pela garganta, fechou os olhos por um segundo, mas logo os abriu de novo, pois imagens daquela última batalha cismavam em voltar. Bebeu o resto e colocou o copo em uma mesinha, olhou o copo por alguns segundos e este começou a levitar sozinho, mais uma das habilidades de Harry Potter. Lembrara-se o quão precisou treinar no ano passado para conseguir fazer isso, um treinamento árduo que muitos aurores nem ao menos sonhara. Foi ensinado pelos maiores da Ordem da Fênix: Os combates foram com Alastor Moody auror honrado que mereceu todas as glorias que recebeu depois de morrer meses antes da última batalha, morrera como um guerreiro em campo de batalha, maior honra não haveria.
Remo Lupin lhe ensinou tudo que sabia de DCAT, cada feitiço, cada criatura e suas fraquezas, do que eles gostavam e como agiam. Morreu protegendo sua mulher ferida, a auror Ninfadora Tonks, levou dezenas de comensais consigo.
Também tinha o grande Alvo Dumbledore, o rapaz nunca vira nada tão extraordinário quanto aquele bruxo sábio e preocupado com seus alunos, ele cometera erros, mas era apenas humano e erros fazem parte da vida. Ele se lembrava de cada feitiço e cada conselho que o mago um dia lhe dera.
Por fim aprendera as artes das trevas com o melhor comensal da morte ou ex-comensal, o seu antigo e odiado professor de Poções, Severo Snape.
Passara grande parte de seu sexto ano aprendendo com os melhores, lutando ao lado dos melhores, ao lado de seus amigos que se esforçaram para acompanhá-lo em cada passo, em cada treinamento, a cada vacilo seu, lá estava Rony ou Hermione para ajudá-lo a se levantar. O copo caiu e se estilhaçou, o moreno fechara os olhos, não queria pensar naquilo, queria esquecer tudo, queria que nunca tivesse conhecido o mundo bruxo, queria que seus amigos estivessem vivos, queria se vingar, mas o Maldito que lhe fez aquilo já estava morto e, por isso, ele saía atrás de bruxos das trevas. Seguia invadindo covis, entrando no território inimigo, se lançava a própria morte, mas parecia que a maldita se recusava a levá-lo.
Levantou-se, jogou a capa no chão e subiu as escadas a passos lentos, aquela casa um dia lhe fora um lugar de tormento, hoje era um refúgio do mundo. Passou por seu antigo quarto, não o abria há meses, aquilo lhe trazia lembranças demais. Passou pelo antigo quarto de Duda, não se importou com isso, nunca gostara do primo, mas nunca lhe desejou a morte. Por fim chegou ao maior quarto da casa, o que era dos seus tios, mas estava totalmente diferente daquela época. As cortinas eram vermelhas e negras, a cama mais espaçosa, não tinha a cômoda que tinha na época dos tios, só havia uma poltrona e uma mesinha de cabeceira onde tinha um relógio, a cama tinha lençóis azuis marinho. O moreno se deixou cair e tentou limpar a mente, não queria sonhar com nada, nem ninguém, por fim caiu em um sono cansado, o primeiro em três dias.
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Um som alto fizera Harry acordar, vinha do andar de baixo. Há meses ele tinha sono leve, olhou para o relógio, dormira cerca de cinco horas, mais do que de costume. Levantou-se e tentou pensar em quem seria o louco que estaria invadindo sua casa, não que ele trancasse a porta, ele a deixava destrancada, pois ninguém ali ousaria invadir a casa de Harry Potter, o maior caçador de recompensas do mundo. Achou aquele título inútil quando o ouviu pela primeira vez, não se importava com as recompensas, pois tinha dinheiro para viver por muitos anos. Saiu do quarto com passos lentos, notara que dormira de sapato, não fazia nenhum ruído enquanto andava. Desceu a escada evitando o último degrau, pois rangia, viu que alguém acendera a luz da cozinha, não perdeu tempo tentando lembrar a quanto tempo não fazia aquilo.
Foi a passos lentos até a cozinha, não tinha pressa, quem quer que fosse não escaparia, provavelmente era alguém tentando envenenar sua comida ou bebida, já haviam tentado isso antes, mas falharam miseravelmente. Chegou à porta da cozinha de modo tão silencioso que as duas figuras que se encontravam ali não o perceberam. O moreno demorou apenas três segundos para analisar aqueles dois estranhos e ver seus detalhes, eram duas garotas. Uma devia ter dezesseis anos, cabelos longos de um castanho escuro e embaraçado, o rosto sujo e as roupas maiores que ela demonstrou que era mais uma sem teto por causa da guerra, a outra era uma menina devia ter no máximo dez anos, cabelos negros e rosto sujo, os olhos azuis escuros.
_Quem são vocês e o que querem aqui? -Perguntou Harry em tom alto e neutro. As duas garotas pularam de susto, a mais velha rapidamente colocara a mais nova atrás de si como se a fosse proteger de alguém perigoso, pela análise que o moreno fizera aquelas duas já deviam ter passado por maus bocados, provavelmente por isso pareciam extremamente assustadas. Notou que elas pareciam magras, provavelmente estavam com fome, havia muitos como elas em Londres, só que o governo fazia questão de esconder.
_Desculpe senhor. -Falou a mais velha, baixando a cabeça e com voz vacilante. _Nos disseram que a casa estava vazia, então entramos para procurar abrigo da chuva. Só então o moreno percebera o som da chuva lá fora e os cabelos molhados das duas.
_Quem disse isso para vocês? -Perguntou o moreno com cautela.
_Uma senhora na rua das magnólias, ela disse que conseguiríamos abrigo aqui. -Harry entendera, era uma velha senhora que ele ajudara certa vez, pois estava acuada por um bruxo das trevas, para falar a verdade salvá-la fora apenas uma conseqüência, pois ele estava atrás do bruxo.
_Tem comida nos armários, peguem o que quiserem na geladeira menos o Whisky. -Falou o moreno em tom seco, dando as costas e voltando para a sala, onde se sentou na mesma poltrona de mais cedo e mais uma vez ligara a TV, as duas garotas ficaram chocadas, mas logo trataram de pegar algo para comer.
“Harry”
O moreno ficou alerta quando ouviu seu nome, olhou para os lados, mas as duas garotas ainda estavam na cozinha. Levantou-se e começou a ouvir tudo ao seu redor, a TV desligou, o som da chuva se tornou mais forte, então sentiu algo passando pela janela da sala. Foi ate lá lentamente e observou a chuva, então dois olhos amarelados apareceram, olhou para trás, mas não tinha ninguém ali e quando voltou a olhar para a janela os olhos apareceram, em seguida o telefone tocou, o que tirou sua concentração.
_Alô. -Falou o moreno atendendo ao telefone.
“Potter consegui as informações que você procurava.” -Falou alguém do outro lado da linha.
_Estarei aí em cinco minutos. -Disse o moreno desligando o telefone, em seguida olhou para a cozinha e viu as duas garotas paradas na porta, o olhando.
_Irei sair por algum tempo, fiquem se quiserem. -Falou o moreno em tom neutro. _Tranquem a porta. Tem dinheiro na terceira gaveta da cozinha. Voltarei em breve. -Disse dando as costas, não se importava em deixá-las sozinhas afinal não tinha nada de importante naquela casa, tudo que ele tinha de importante carregava encolhido em um bolso do sobretudo, que ele colocava agora, era negro com linhas como tribais em vermelho sangue na parte da frente. Pegou outro par de óculos, esses eram escuros, guardou os que estavam usando dentro das vestes e colocou os óculos escuros. _Não entrem no quarto no final do corredor, os outros dois podem ficar. -Em seguida ele caminhou até a porta, mas desapareceu antes de alcançá-la.
_Bruxo. -Sussurrou a menina mais nova.
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Harry apareceu em um beco escuro de Londres, ali não estava chovendo, mas nuvens negras cobriam o céu. Não importava se era dia ou noite, apenas caminhou para fora do beco, onde uma luz de néon clareava parte da rua. Embaixo da luz estava um grupinho de três pessoas, uma encostada no poste as outras duas sentadas no meio fio fumando algo, provavelmente maconha. Foi até eles em movimentos silenciosos, os dois homens sentados no chão se levantaram rapidamente e apontaram pistolas para ele, mas não se importou, continuou andando, os olhos verdes sem brilho. Encarou-os sob a franja longa e desalinhada e um arrepio passou pelos homens.
_Minhas informações. -Falou o moreno olhando para o homem encostado no poste.
_Oi pra você também. -Falou o homem, era alto e negro com olhos castanhos claros. Ele tirou um cigarro normal de dentro do bolso, juntamente com um isqueiro e acendeu o cigarro, dando uma tragada longa e depois soltando à fumaça. _O grupo que você procura está em Liverpool, na antiga periferia norte. Aqueles lados são perigosos, bruxos e traficantes trouxas mandam. -Parou para dar mais uma tragada no cigarro e olhou para o rapaz a sua frente, era dez anos mais novo que ele e muito mais baixo que seus dois metros e cinco, mas mesmo assim aqueles olhos verdes o faziam se arrepiar e temer por alguma coisa.
_Tem certeza que são eles? -Perguntou Harry em tom neutro. Fez um movimento com as mãos e as pistolas, que ainda estavam apontadas para sua cabeça, voaram para o outro lado da rua.
_Ex-Comensais da morte que pregam a pureza bruxa. -Falou o homem jogando o cigarro no chão com descaso. _Fanáticos que ainda buscam os ideais de Voldemort, mesmo nesse mundo destruído.
_Qual o endereço? -Perguntou o moreno.
_O Pessoal chama de Over Street. -Falou o homem desencostando do poste. _Nem mesmo os aurores e as forças especiais entram lá, pois têm certeza de que não sairiam vivos.
_Seu pagamento será depositado como sempre. -Fala o moreno. Ele já liberara o pagamento antes de aparecer, então deu meia volta e ia atravessando a rua com calma.
_Você não tem medo de morrer? -Perguntou o homem em tom alto, os dois homens, que ainda estavam chocados com o rapaz, ficaram interessados.
_Eu já morri uma vez. -Falou o moreno ainda andando. _Agora a morte foge de mim. -Ele saiu da luz e desaparatou.
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Ruas imundas com carros destruídos, prédios e casas velhas redutos de traficantes ou de seitas bruxas, pessoas passando ali para comprar drogas ou já drogados, prostitutas nas calçadas acenando para qualquer carro que passava, algumas entrando em algum carro ou acompanhadas dentro dos prédios ou becos vazios. Era assim que se podia descrever a Over Street, sem contar as pessoas armadas com armas de fogo dignas de exércitos, algumas enfeitiçadas por bruxos para torná-las mais fortes contra feitiços escudos.
Harry Potter percebia isso em quanto caminhava pelo local, em apenas quinze minutos viu rostos de várias pessoas que estavam com a cabeça a prêmio, mas ele não estava ali para peixe pequeno, ele iria atrás dos últimos remanescentes dos comensais, que aproveitavam aquela era “pós-apocalíptica” para fazerem vítimas, mas não tinham mais todo o poder e fama que tiveram na época de guerra. Agora eles só eram mais um grupo das trevas em meio a outras centenas. Uma prostituta se pôs a frente de Harry, o olhando atentamente, ele também a analisou, devia ter uns vinte e seis anos, os cabelos loiros e a pele branca, quase pálida e os olhos castanhos.
_Vai um show aí? -Perguntou à prostituta. O moreno levantou uma sobrancelha e a olhou os olhos, a mulher simplesmente se arrepiou com aquilo. Ele a pegou pelo braço e a levou para perto de um beco escuro, onde ninguém a veria. _Calam aí, não pode ser assim...
_Onde estão os comensais da morte? -Perguntou o moreno cortando a prostituta, esta congelou com aquilo e por um instante tentou sair dali, mas ainda era segurada pelo rapaz. _Eu pago muito bem pela informação. -Disse tirando uma sacolinha de dentro do sobretudo, a mulher pareceu reconsiderar, mas os perigos eram muitos naquele lugar, delatores eram mortos pelos próprios amigos, mas com aquele dinheiro ela poderia sair dali, deixar aquela vida, afinal eram galeões bruxos e pelo visto eram centenas.
_O Prédio preto na esquina, bata na porta, eles pedirão uma senha, se desconfiarem você morre. -Falou e pegou a bolsa de ouro que o rapaz jogava para ela, em seguida ela se esgueirou pelas sombras e nem ao menos pegou suas coisas no hotel vagabundo em que fazia programa e morava, apenas saiu daquele lugar maldito.
Enquanto isso o moreno saiu das sombras e voltou a caminhar no meio da rua, a pouca luz o fazia parecer uma sombra com aquelas vestes negras, os cabelos um pouco maiores davam um ar bem perigoso e sombrio, esses tipos andavam muito por lá e não era bom se meter no caminho deles. As pessoas que estavam na rua, soldados de traficantes, algumas prostitutas e drogados, viram o rapaz bater na porta da sede dos comensais, o silêncio se fez e todos pararam para ouvir o que o rapaz faria.
_A senha. -Ordenou alguém do lado de dentro do prédio negro, o som ecoou pela rua silenciosa, mas o que veio a seguir foi uma forte explosão. As prostitutas correram para se esconder, assim como os drogados, os soldados não sabiam o que fazer, por fim resolveram ficar quietos, afinal aquilo era problemas dos detestáveis comensais.
Harry entrou pelo que sobrou da porta, viu o corpo sem vida do comensal que o atendera, nem desviou dele, simplesmente passou por cima pisando no corpo. Olhou em volta, estava escuro e com poucos archotes, com certeza os comensais ouviram o barulho e isso se confirmou quando três vieram descendo as escadas.
_Avada... -Começaram a dizer todos ao mesmo tempo, mas pararam quando estilhaços da porta voaram em suas direções e perfuraram suas gargantas, os fazendo cair se afogando com o próprio sangue. Harry subiu as escadas pulando os corpos, não queria sujar seus sapatos com sangue.
Chegou ao segundo andar, que possuía várias portas, demoraria muito se tivesse que procurar em todos os locais, entrou em uma porta e encontrou um comensal na cama com uma prostituta, a mulher gritou quando o viu, o comensal tentou alcançar a varinha, mas teve seu braço cortado por um feitiço cortante. Ele gritou, a mulher saiu da cama e se espremeu contra a parede.
_Onde está Blaise Zabine? -Perguntou Harry em tom seco, o comensal pareceu que ia falar algo grosseiro ou fazer algo pra fugir. _Você quer que eu corte o resto dos seus membros?
_Terceiro andar, última sala a direita, estão em reunião. -Falou o homem apavorado, reconhecera aquele rapaz, era Harry Potter e soube que aquilo não acabaria bem.
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Chefes do trafico e alguns bruxos que viviam na Over Street foram para a rua depois de ouvirem diversas explosões poderosas vindo do quartel dos comensais, então o velho prédio veio abaixo levantando uma nuvem de poeira e entulho, que foram varridas rapidamente por um forte vento, prelúdio de uma forte tempestade. Relâmpagos cortaram o céu escuro, então da pouca poeira que ainda estava no alto, saiu um rapaz de dezesseis ou dezessete anos, cabelos bagunçados e pele branca, a expressão não demonstrava nenhum outro sentimento. Ele vinha arrastando algo no chão e todos perceberam que era o corpo de um homem de estatura média e cabelos negros, ele parecia estar vivo, mas não por muito tempo, se continuasse a sangrar tanto. Aquele era Bleise Zabine, o último líder dos comensais e, pelo visto, eles estavam definitivamente extintos, visto que mais ninguém saíra das ruínas do prédio. O rapaz que arrastava o comensal desapareceu com um estalo e junto com o corpo, uma fina garoa começou a cair e não demorou muito para a garoa virar uma forte chuva.
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Harry já havia pegado a recompensa pela cabeça de Blaise, mas não queria voltar para casa, então lá estava ele mais uma vez no terraço do ministério, debaixo de uma forte chuva, observando a escuridão quebrada por fracas luzes que se destacavam entre a tormenta. Suspirou e fechou os olhos relembrando dos tempos de sua felicidade, querendo que tudo aquilo voltasse não importasse o preço. A chuva ao redor dele parou de cair de repente, ele abriu os olhos e notara que estava em um local diferente, apesar de muito parecido como terraço do ministério.
Era um local onde o céu era vermelho e sem nuvens, não demonstrava sol nem lua, era apenas o vazio. Tentou pensar no que havia acontecido, mas logo se ocupou em analisar a figura que aparecia a sua frente, sentada no parapeito do prédio. Era uma mulher devia ter vinte anos, os cabelos eram prateados, o que lhe dava um ar mais velho, os olhos amarelos, a pele tão alva que emanava um leve brilho, ela parecia sorrir quando olhava para ele.
_Quem é você? -Perguntou Harry calmamente, não importava o que fosse, ele não tinha medo mesmo.
_Sou Baha. -Respondeu a mulher, o tom de voz era longínquo como se ela falasse de um lugar muito distante, mas mesmo assim era bela.
_O que quer? -Perguntou o moreno.
_Lhe oferecer o que você mais deseja. -Falou Baha se levantando, Harry notou que ela era alguns centímetros mais baixa que ele.
_Só se você for a deusa da morte. -Disse Harry calmamente achando aquilo um saco, não sabia o que estava acontecendo, mas pouco importava.
_Ah, não sou, não. -Falou Baha em tom divertido, chegando mais perto do moreno. _Eu não estou aqui para lhe oferecer a morte e sim uma nova vida. -Falou Baha, tudo ao redor de Harry desapareceu ficando escuro, ele só podia ver a mulher.
_Não procuro a vida. -Falou Harry.
_Não a sua. -Disse Baha em tom sábio. _Harry Potter, eu posso lhe trazer todos seus amigos e conhecidos de volta, posso fazer a última batalha nunca ter ocorrido.
_Quem você pensa que é para brincar com uma coisa dessas? -Urrou Harry em fúria, a mulher pareceu não se importar com aquilo.
_Sou Baha, guardiã das eras, senhora do tempo! Eu sou a observadora do passado, presente e futuro. -Disse a mulher tem tom firme e forte, o brilho que tinha em sua pele aumentava mais ainda. _Eu já vi incontáveis futuros e passados, eu vi o futuro de cada escolha que os humanos fazem, vi mundos ruírem como esse e outros sendo criados. Eu posso mudar o passado dos homens, mas nunca posso mudar o meu.
_Deuses não existem. -Falou Harry. _E se existissem não passariam de seres fúteis e cruéis que têm inveja de sua própria criação e se divertem em a ver se alto destruindo.
_Você descreveu bem alguns deuses. -Falou Baha, não parecia ofendida afinal tinha deuses que eram assim mesmo, mas nem todos eram ruins. _Eu lhe proponho que todos os seus amigos e conhecidos voltem à vida, eu posso mudar a linha do tempo e criar outra.
_Como assim? -Perguntou o moreno confuso.
_Explicar o complexo do contínuo tempo e espaço para humanos é algo complicado. -Falou Baha com descaso. _Mas veja bem Harry Potter, para eu ter de trazer seus amigos de volta você terá de pagar um preço, talvez alto demais para você.
_Nenhum preço seria alto de mais. -Falou Harry, seja lá quem essa Baha fosse mesmo, ele não dispensaria a oportunidade de ter tudo de volta.
_Eu teria de apagar sua existência desse mundo. -Falou Baha calmamente. _Eu desviaria a linha do tempo onde seus pais morreram, antes de você nascer, e criaria uma nova zona temporal, algo como uma nova dimensão. Nessa dimensão você nunca nasceu e Voldemort ainda está vivo, assim como todos os seus amigos, mas lutariam mais tarde na guerra, eles também não saberiam quem você é nem de seus feitos.
_E de que adianta isso se eu não existir nesse mundo se eu não puder conversar com meus amigos? -Perguntou Harry em tom desolado.
_Nesse novo mundo Voldemort nunca caiu pela primeira vez, ele ainda continua o seu reino de terror, ele conquistou vários paises e está em constante guerra com o mundo que ainda é livre de sua influencia. Você pode detê-lo nesse mundo, pode impedir que ele faça o mesmo que fez no seu mundo, pode deixar seus amigos vivos, afinal você conhece melhor do que ninguém o jeito dele pensar e agir, do que ele gosta de provar. -Disse Baha calmamente como se tentasse explicar um mais um para um bebê.
_Mas se eu não existo nesse mundo como eu poderia fazer isso? -Perguntou o moreno confuso com tudo aquilo. Pela primeira vez em meses demonstrava uma emoção, algo como esperança.
_Eu ligarei sua existência a de Voldemort. -Falou Baha calmamente. _Com isso você tomaria um corpo físico nesse novo mundo, poderia lutar contra Voldemort, conseguir sua vingança, reconstruir sua amizade com seus amigos e impedir que a destruição se espalhe por todo o mundo como está ocorrendo em sua dimensão.
_E o que vai acontecer com minha dimensão? -Perguntou o moreno confuso.
_Será destruída, será apagada. Por isso eu digo que essa escolha é sem volta. Disse o Baha, agora ao lado de Harry. Sua voz doce parecia tentá-lo a aceitar.
_Eu iria para um mundo em que apesar de meus amigos estarem vivos, eles não me conhecem. -Falou Harry desolado. _Que vantagem isso pode ter?
_Você pode salvá-los, pode mudar o destino desse novo mundo, você pode construir uma amizade com eles. Eu sei que pode, a amizade de vocês é algo mais forte que os próprios deuses podem compreender. -Falou Baha em tom mais calmo e compreensível.
_E o que você ganha com tudo isso? -Perguntou Harry não entendendo nada.
_Estou cansada de ver mundos destruídos por causa de um louco, eu quero ver um final feliz, eu sei que você poderá trazer esse final, afinal você é aquele que carrega o mundo em suas costas, você sofreu e viu o lado ruim da vida, você compreende o sofrimento e a alegria, você é um líder e é isso que os humanos precisam, de alguém para guiá-los para o lado certo. Antes você não estava preparado, mas agora você está, abrace o seu destino e salve o destino de seus amigos.
_Eu aceito. -Falou Harry sem pestanejar, aquilo era o suficiente para ele. As coisas podiam não ser como eram, mas eles estariam vivos e ELE se certificaria que isso acontecesse.
_Ótimo eu farei isso, mas veja bem. -Disse a deusa. _Não se esqueça que as coisas mudaram, sem você ter nascido pessoas que morreram talvez estejam vivas, outras não. Você também nunca deve dizer nada sobre de onde você realmente veio, as pessoas tem de descobrir isso sozinhas. Você recomeçará na época em que seus amigos estão no sexto ano, poderá ir para Hogwarts se quiser, mas não se esqueça que lá a guerra ainda continua e Hogwarts é solo neutro.
_Neutro? -Perguntou Harry curioso. _Vai ter filhotes de comensais lá?
_A escola será considerada neutra, nenhuma das partes pode interferir nela. Alunos de todos os lados vão pra lá, de países conquistados por Voldemort e de países livres, que lutam contra Voldemort, use isso ao seu favor e aproveite.
Baha se afastou um pouco de Harry, este a observou bater o que parecia ser palmas, tudo ao seu redor clareou e milhares de imagens começaram a passar muito rapidamente, tão rapidamente que ele só pôde perceber poucas coisas, como a última batalha ou a época de seus pais com ele. Então, quando chegou a essa parte, tudo parou no ar, ele viu como se tivesse de fora de tudo. Os pais em uma casa aconchegante, felizes com ele pequeno no colo, então a imagem se despedaçou como vidro e todas as imagens recomeçaram uma após a outra a também serem destruídas, caindo como estrelas, lembranças foram perdidas e que só Harry Potter saberia que uma vez existiram. Por fim ele se sentiu sendo sugado por uma luz vermelho sangue, olhou em desespero para Baha, mas esta apenas observava com um sorriso em seus lábios.
_Mais uma de suas tentativas de ajudar os humanos. -Falou um homem alto, de cabelos negros e olhos dourados, aparecendo ao lado de Baha.
_Ele vai me trazer minha liberdade, eu sei que vai. -Falou Baha calmamente.
_Viu isso no futuro? -Perguntou o homem.
_Seria impossível eu ver o meu futuro, mas por alguma razão não vejo o dele. -Disse Baha.
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N/A: Uma nova fic esta no ar um aideia nao muito original mas bem divertida espero q vcs gostem e comentem alem de votar é claro.......c nao tiver comentarios nao tem atualizaçao^^..........t+ fui...
Comentários (2)
Me apaixonei já com o primeiro capítulo, estou começando a ler e não paro!
2011-11-30bem adoro viagens no tempo e dimensões paralelas pode-se mudar e brincar muito com a história,fiquei curiosa pra ssaber oq realmente Baha espera.
2011-03-22