"Fale entao"
Primeiro de setembro, volta as aulas, o que explicava o nível de pessoas que ali haviam, aquilo poderia ser uma estação normal, se o trem vermelho que ali havia não levasse para uma escola de magia e bruxaria e inúmeras pessoas não parassem de atravessar uma barreira que deveria ser sólida.
A estação 9½ estava apinhada de alunos como já era normal, por todo lugar era visto amontoados se alunos se despedindo de suas famílias como a que acabara de passar pela barreira meia esbaforida, os Weasley como sempre chegaram atrasados na estação com um enorme peso em bagagem e muitas pessoas há quem deviam se despedir, mas para Hermione essa cena já era normal e até engraçada, o rosto vermelho da sra. Weasley, os risos do patriarca, as caretas de Rony e os revirar de olho de Gina.
- Vamos meninos, não se atrasem, não se atrasem – a Sra. Weasley mandava movimentando suas mãos próximas de mais a seus traseiros o que os faziam pular eventualmente, colocaram seus malões no corredor do expresso e voltaram para uma rápida despedida onde teve abraços apertados e recomendações vindas da Sra. weasley, idéias de brincadeiras vindo dos gêmeos e um breve “cuidem-se” vindo do Sr. Weasley.
Voltaram ao expresso e se penduraram na janela para acenar quando o trem entrou em movimento, somente recolheram seus corpos quando a estação sumiu de vista.
- Agora a parte difícil... – Rony começou.
- Achar uma cabine vazia – uma voz veio de trás deles fazendo-os se virarem e depararem-se com três pessoas, um menino de cabelos castanhos e olhos claros da mesma cor dos cabelos, ume menina loira e olhos azuis com um gato preto muito apertado em seus braços e quando o mesmo gato pulou pra braços do ultimo do grupo eles também repararam nele, tinha os cabelos pretos e compridos, estavam molhados por isso não sabiam como ele ficava quando seco, os olhos estavam cobertos por óculos e usava vestes pretas cheia de charme que fez Gina prender o olhar nele.
- Nós arranja uma – Vinicius respondeu pra Stella.
- Você realmente não sabe conjugar verbo – o menino dos óculos disse com a voz fria e passou por Rony, Gina e Mione como se não os enxergasse. Stella e Vinicius os seguiu conversando alegremente, o gato olhou para trás e miou no que Rony jurou ser um deboche.
- Meio rude ele não? – perguntou Hermione olhando as costas de Harry com o típico olhar de repreensão.
- Rude, mas gato – Gina disse se abanando, Hermione revirou os olhos e olhou as costas do garoto desaparecerem sem notar que uma das costas daquele estranho trio havia desaparecido.
- Opinião feminina: morena: rude, ruiva: gato – aparecendo novamente ao lado dos amigos Vinicius falou como se citasse os dados de uma pesquisa.
- Não me importa com opinião alheia, eu sou apenas eu – o moreno pos fim na discussão com aquela frase curta e direta, entrando numa cabine que por milagre estava vazia, assim o assunto foi Hogwarts a viagem inteira enquanto o moreno apenas se limitava a revirar os olhos e olhar a paisagem, até que uma interrupção matinal o fez desviar as vistas da janela.
- Vocês são os alunos novos é? – uma familiar voz arrastada perguntou depois que entrou na cabine.
- Perfeito, agora eu vou ter pesadelos com essa visão do inferno – Harry disse sem tirar a mão do queixo e muito menos sem parar de olhar a paisagem.
- Ora seu –Malfoy fez menção de avançar em Harry, mas o moreno não demonstrou reação nenhuma, continuava o que fazia antes como se nem tivesse sido interrupido.
- Tem certeza disso? – ele disse olhando o reflexo do menino pelo vidro do espelho – pode acabar se arrependendo.
- Tá achando que eu não sou homem pra você? – Malfoy perguntou vermelho de raiva, os gorilas atrás dele levantando as mangas numa ameaça silenciosa, Vinicius precisou de controlar pra não rir e Stella escondia o rosto num livro que estava de cabeça pra baixo.
- Não, acho, eu tenho certeza – Harry sorriu desdenhoso e pela primeira vez encarou Malfoy abaixando os óculos fazendo com que assim ele pudesse ver seus olhos amarelos, o loiro engoliu em seco com aquela visão. – Você nunca foi homem pra mim, agora sai daqui Malfoy antes que eu perca a paciência – o moreno recolocou os óculos escuros e acompanhou Draco gesticular para seus gorilas antes de sair da cabine quase tropeçando nos próprios pés – idiota – Harry revirou os olhos novamente e voltou a olhar pela janela num gesto que fez Stella abaixar o livro e Vinicius rir, ele nunca iria mudar.
Hogsmeade, a única cidade totalmente bruxa da Grã – Bretanha, onde as luzes da casa davam um brilho especial aquela cidade que estava em paz, os risos das crianças, o riso dos adultos e o barulho gerados pelas tarefas domesticas era a musica que animava aquela vila, mas no meio daquela sinfonia uma novas notas fizeram se ouvir, o barulho de um grande e belo expresso vermelho e as vozes animadas de adolescentes de todas as idades que seguiam entusiasmados pra o mais belo lugar daquela região, o lugar onde a monotonia era barrada na entrada, a mesma Hogwarts que receberia naquela ano três visitas inesperadas.
Quatro mesas, quatro divisões e quatro grupos de diferentes de pessoas que eram dominadas pelo preconceito de ultrapassar aquelas divisões e se deparar com um mundo pelo qual eles não estão acostumados e era pra entrar naquele mundo de preconceito e aparências que pelas grandes portas do salão principal entravam dezenas de pequenos alunos se preparando para serem separados e para entrarem no mundo que a seleção os iria mostrar, mas dentre esses pequenos alunos estavam outros três, maiores e melhores, predestinados a seguir um rumo que nem mesmo a escolha das casas iria mudar, mas quando um desses alunos deixou a “excursão” com destino ao banquinho de três pernas e rumou para a mesa da grifinoria os murmúrios sempre presentes naquele lugar apenas aumentaram.
- O que exatamente ele está fazendo? – perguntou Hermione quando notou o movimento daquele rapaz que julgará ser um rude.
- Não sei – respondeu Gina e voltou a prestar atenção na sua frente onde um a um os novos alunos foram sendo enviados para sua respectiva casa, faltando por tanto depois de certo tempo apenas aqueles adolescentes maiores que com certeza não tinham onze anos.
- Como vocês já devem ter percebido entre o grupo de novos alunos à dois que se destacam – Dumbledore falou após de levantar – por isso vos explico que eles são alunos de intercâmbio transferidos da Escócia, peço que a casa que os receber o tratem respeitosamente como creio que eles vos trataram, Sr.Britto a frente – Dumbledore mandou e Vinicius como ordenado avançou parando ao lado do banquinho que com certeza não o agüentaria onde colocou o chapéu seletor na sua cabeça que não tardou a anunciar a casa para onde ia.
- GRIFINORIA – o chapéu anunciou, Vinicius tirou o mesmo sorridente o rodopiou até a barriga numa espécie de reverencia a mesa vermelha que o aplaudia.
- Srta. Scott – Dumbledore chamou, Stella andou graciosamente até Vinicius que lhe deu o chapéu e seguiu para a mesa da grifinoria sentando-se ao lado de Harry, Stella colocou o chapéu que depois de um certo tempo também a mandou para...
- GRIFINORIA – Stella sorriu tirou o chapéu e correu até os amigos jogando-se sobre Harry que a segurou por puro instinto.
- Stella... – ele falou normalmente o nome dela, a garota como se percebesse algo mais profundo na frase se separou dele e corou antes que sentasse e comesse o jantar que havia aparecido do nada depois que Dumbledore desejou bom apetite.
Durante todo o jantar Hermione não parou de olhar para Harry, ela sentia como se o conhecesse de algum lugar e foi quando ele sorriu pela primeira vez – desdenhoso, mas sorriu – que ela o reconheceu como o menino do Beco Diagonal, embora não tenha percebido que esse mesmo menino era seu melhor amigo a três anos atrás.
- Antes que vocês comecem a dormir em cima dos pratos – Dumbledore começou – eu gostaria de lhes citar um ultimo comunicado, como muitos de vocês devem ter percebido junto a Srtª. Scott e o Sr. Britto chegou mais um aluno, porem esse não foi selecionado – murmúrios de concordância de toda Hogwarts começaram a surgir – explicarei isso muito facilmente, o aluno não passou pela seleção porque o chapéu seletor o havia enviado a casa pertencente, a grifinória, a seis anos atrás, só que por motivos muito importantes ele saiu de nosso convívio a três anos – Hermione arregalou os olhos, não poderia ser... – e por motivos ainda mais importantes ele agora voltou regressando ao ano que estaria se tivesse seguido os estudos normalmente, lhe apresento, Harry Potter – todas as cabeças viraram-se para Harry que se levantou e sorriu desdenhoso, os óculos removidos mostrando pela primeira vez aqueles olhos verdes que tanto havia mudado.
- Ahhh que fome. – Reclamou Vinicius enquanto eles desciam pra tomar café.
- Você vive com fome Vini. – Alfinetou Stella.
- Não comecem a brigar tão cedo. – Reprimiu Harry, eles seguram ate a mesa da grifinoria, muitos olhares os acompanhavam.
- Somos o centro das atenções. – Brincou Stella enquanto os três sentavam-se a mesa da grifinoria.
- Eu sempre detestei isso sabia? Todo mundo te olhando como se você fosse algo anormal no lugar. – Disse Harry em sua frieza normal.
- Como se você fosse normal – brincou Vinicius, quando Harry abria a boca pra revidar outra voz falou mais alto.
- Nunca mais faça isso Potter. – Disse uma voz acompanhada de um tapa em Harry. – Como pode fugir assim? –Mione bufava de raiva. Ao que muitos imaginavam que ele ia reagir agressivamente o rapaz apenas sorriu desdenhosamente divertido.
- Senti sua falta também Mione. – Ele disse ainda sorrindo desdenhoso. A menina bufou mais uma vez e ergueu a mão para um segundo tapa, Harry sorriu e assim que o braço de Hermione veio com força total ele o segurou, a garota o olhou surpresa e ele sorriu.
- Não vai escapar de mim – uma voz raivosa veio acompanhada de um pulso diferente, o de Rony, ainda sem soltar o braço de Hermione Harry curvou o corpo pra trás escapando do soco que iria receber, ele sorriu e voltou a posição normal.
- Agora eu tomo meu café com mais disposição – ele sorriu sarcástico e soltou Hermione indo sentar-se a mesa como se nada houvesse acontecido e ignorando os olhares de surpresa e admiração de todos. – Quem é o próximo?
- Que tal eu? – uma voz masculina fez se ouvir e tudo mundo prendeu a respiração, com a certeza de Sirius Black o menino não escaparia.
- SIRIUS – Stella gritou e pulou em cima do homem que fez um cafuné em sua cabeça.
- Isso é moda agora? Pular em cima dos outros? – Harry perguntou revirando os olhos.
- Continua o mesmo Potter – disse Sirius.
- Continua o mesmo Black – Harry o imitou tentando conseguir o mesmo tom de voz dos outros, novamente os outros prenderam o fôlego, mas para espanto de todos os morenos sorriram e se abraçaram fortemente, embora sem que deixassem transparecer aquilo que verdadeiramente sentiam.
- Então, o que você andou fazendo na minha ausência garotão? – Sirius perguntou curioso.
- O mesmo tédio de sempre – ele revirou os olhos por baixo dos óculos escuros que usavam.
- Aham, sei, tédio – abanando as mãos Vinicius disse.
- Com certeza, totalmente tedioso – Stella implicou do mesmo modo de Vinicius, Harry abaixou os óculos numa pergunta silenciosa.
- É só impressão minha ou vocês estão me ignorando? – se enraivecendo mais ainda Hermione perguntou vermelha.
- Imagina, só impressão...- Harry gozou virando-se para ela, mas no momento que seus olhos agora livres encontraram a garota que estava ao lado de Rony aconteceu algo que ninguém previa, Harry prendeu o ar como se seus pulmões não estivessem mais funcionando e empalicedeu numa questão de segundos, seus joelhos tremeram mais não cederam e ele precisou se apoiar da mesa.
- Harry, o que aconteceu? – Stella perguntou preocupada, o menino pos os óculos rápido e se levantou arfante. Apontou o dedo para os antigos amigos e rapidamente Stella entendeu a situação.
- Tudo bem? Não foi demais pra você? – ela perguntou preocupada, Vinicius olhou com os olhos brilhando em preocupação assim como Sirius e os outros olharam confusos toda aquela conversa, Harry balançou a cabeça negativamente e pegou ar de uma só vez.
- Tudo bem, já foi pior, muito pior – ele sorriu tranqüilizando os amigos – e então? Vamos comer, pensei que estavam com fome.
- Não entendo como ele pode agir dessa maneira como se nada tivesse acontecido – resmungou Sirius andando em direção a mesa dos professores onde pretendia passar o café.
- Sirius ta ficando velho. – Riu Harry.
- Não Harry ele só se preocupa muito com você. – Ralhou Stella. – Assim como eu e o Vini. – Stella estava seria. Hermione olhou para aquilo com um nó na garganta, há três anos atrás seria ela que estaria nesse lugar.
- Pois não deveriam, eu sei muito bem me cuidar sozinho, mas ajudaria muito mais de vocês parassem de me tratar como criança, porque vocês mais do que ninguém sabem que eu não sou uma – Harry disse indiferente, mas mesmo assim sentou-se na mesa longe dos amigos.
- HARRY! – Exclamou Stella tentando argumentar.
- Deixa, não vai funcionar – Hermione pôs as mãos no ombro de Stella impedindo qualquer movimento – ele é a teimosia em pessoa.
- Eu sei, mas às vezes eu tenho a esperança de que ele aceite. – Stella disse olhando para o amigo. – Eu não trato ele como criança, só não quero que nada de mal aconteça a ele. – Completou Stella triste.
- Ele sabe, mas finge que não. – Confortou Mione.
- Você o conhece bem. – Stella olhou nos olhos de Mione. – Acho que melhor que qualquer um aqui, por favor, me ajude a cuidar desse teimoso cabeça dura. – Pediu Stella gentilmente.
- Claro, afinal ele ainda e meu amigo. – Mione sorriu doce. Stella fez uma quase imperceptível careta, agora entendia porque Harry gostava dela.
A falta de janelas abafava ainda mais o recinto e parecia ampliar o incomodo cheiro de mofo, as grandes e numerosas prateleiras dificultava ainda mais a caminhada no local que reinava em penumbra quase total, os locais mais curiosos sendo iluminados apenas pelas luzes das pontas das varinhas dos comensais ali presentes. Um espirro longo e prolongado foi ouvido e em seguida o barulho oco de material pesado entrando bruscamente em contado com o chão foi ouvido, o comensal que agora tinha o capuz caído fungou.
- Bravo Nakamura, assim você acorda o vaticano inteiro – um segundo comensal apareceu olhando raivosamente a face oriental do companheiro.
- Sinto muito não poder ter o dom de privar-me de espirrar – o homem chamado Nakamura disse irritado – afinal é totalmente normal fazer isso num lugar onde tem mais pó que livros.
- O mestre nos confiou uma missão do ultimo grau, deveria estar orgulhoso – o segundo homem parecia estar da exata maneira que falara e parecia achar vital que o conselheiro também assim estivesse.
- Vasculhar um monte de livro velho, realmente, uma ótima missão – o japonês resmungou e voltou a procurar no meio dos arquivos aquilo que procurava.
Tecnicamente o homem tinha a razão ao seu lado, infiltra-se ali não fora difícil do jeito esperado, os feitiços que guardavam o local foram rapidamente enfraquecidos pelo grupo certo de pessoas que agiam por ordens do seu mestre, com os feitiços protetores fracos a passagem de duas pessoas desconhecidas seria permitida, e as duas pessoas escolhidas ali estavam presentes, mas não só ele como o outro que o reprimira começavam a achar que duas pessoas somente não seria capaz de achar naquele mar de livros e pergaminhos sem uso o que o mestre queria em mãos.
- afinal? Porque ele quer achar essa tal caixa? – o japonês voltou a reclamar depois de mais um espirro.
- Não sei e não insistirei em saber se o mestre não me julgar merecedor de tal informação – o outro respondeu com a voz sobrecarregada de devoção – mas se ele a quer levarei a ele o que procuras para que possa chegar ao que procuras.
E em silencio mutuo voltaram então a procurar aquilo que deixaria o Lorde Voldemort tão satisfeito.
Abriu a porta da sala de aula e olhou em volta procurando um lugar agradável e ao mesmo tempo escondido achou um lugar no fundo e se dirigiu a ele junto com os outros, sentou-se e ficou esperando Sirius chegar, pedindo pra que o padrinho não se atrasasse pelo menos no compromisso de professor. Mal havia pensado nisso e Sirius irrompeu pela sala, o costumeiro sorriso brincalhão no rosto, as vestes negras esvoaçando preguiçosamente as suas costas, ele olhou pro moreno e seu sorriso aumentou levando Harry a crer que coisa boa não viria a seguir.
- Boa dia pessoinhas – Harry ergueu uma sobrancelha com o cumprimento – bom, a aula de hoje vai ser pra lá de baguidá, digo, será bem interessante – ele sorriu amarelo – o assunto da aula de hoje será necromancia, que é como todos sabem a magia que consegue utilizar os mortos em beneficio próprio, podendo ate mesmo traze-los a uma semi vida de servidão – os alunos se empinaram na cadeira pra ouvir melhor o que o professor tinha a dizer. – Alguém mais sabe o que pode vir ou surgir da necromancia? – ele perguntou e imediatamente Hermione ergueu a mão, mas Black dirigiu a sua atenção a outro aluno, que ate agora esta quieto tentando somente ouvir – Harry?
- No ver trouxa – ele começou depois de um suspiro desanimado - Pode ser interpretada como a prática de despertar alguém da morte para obter informações do futuro, tendo a sua origem na crença de uma viagem para outro mundo após a morte, supondo que os recém-mortos, cujos corpos ainda estejam intactos, mantêm ainda relações com a vida, estando mais sensíveis à prática de contatá-los e questioná-los.
“Alguns relatos situam o começo dessa prática na América. Uma tribo indígena teria furtado o corpo de um chefe de outra tribo algumas horas depois de morto. Colocaram o corpo em um círculo desenhado na terra e começaram a fazer perguntas sobre o futuro e as possibilidades de caça. Essas práticas foram muito comuns na costa leste da América do Norte. São, entretanto, muito mais antigas, registrando-se, por exemplo, na Bíblia, no Antigo Testamento, a proibição da comunicação com os mortos.”
“Claro, que na maneira bruxa a necromancia é usada de outra maneira, a maneira da vida de servidão, a inúmeros relatos de bruxos das trevas que usavam as pessoas que matavam ou morriam por suas ordens pra transforma-las em um exercito de inferis, o que poucos sabem no entanto, é que os inferis é a arte mais baixa e inferior da necromancia já que normalmente as pessoas trazidas a vida tem certa consciência, podendo ate mesmo falar, embora façam pouco, alem de poderem comer, tendo um gosto especial pela carne humana, não que eles realmente precisem de alimento lógico, e o não menos importante é que as pessoas, se assim podemos chamá-las, trazidas de ‘volta’ pela necromancia não temem o fogo, como é o caso dos inferis, mas de certo modo a necromancia é uma arte pouco conhecida, já que os bruxos ou mesmo trouxas não procuram saber mais sobre ela, achando que o pouco que sabem é o suficiente, já que ate então as informações vem sendo úteis”.
“De um jeito ou outro é o que se sabem da necromancia, então será que da pra eu voltar ao meu lugar em vez de ficar aqui falando bobagens?”
- Claro, claro Harry – disse Sirius depois de conter um pequeno riso, foi assim que continuou a aula, enquanto os alunos olhavam Harry com certo ar de espanto Sirius explicava o que podiam fazer caso encontrassem um inferi no caminho de casa, podendo então ter condições de uma breve luta.
Bufou em desagrado quando mais um aluno passou por ele lançando-lhe um olhar assustado.
A historia sobre a aula de DCAT se espalhou tão rápido como o odor desagradável de uma bomba de bosta num ambiente fechado. O tempo que levara para chegar ao Grande Salão foi o tempo preciso para que a noticia assim como o odor se espalhasse. As pessoas sem medo de ser indiscretas comentavam em alto e bom som sobre o assunto, alguns chegavam a comentar que ele próprio era um necromante experiente.
E quando o sinal avisando que a próxima aula começaria em minutos bateu ele rumou satisfeito para os jardins para a aula de Trato de Criaturas Mágicas, não que estivesse incomodado com os comentários, saira apenas porque estava de saco cheio de conter a vontade de matar alguém.
Estava satisfatoriamente alegre que fosse Hagrid o professor da matéria levando em conta que o amigo sabia tudo que precisava para ser um bom professor, resumindo, o velho amigo merecia o emprego.
- Ainda aqui? Pensei que já estivesse no cercado! – uma voz divertida fez-se ouvir, zombando claramente dele e das pessoas que o acompanhavam, Stella, Hermione e Rony.
O autor da voz era Vinicius, o menino que ainda não estava saciado quando os outros resolveram sair ficara de os encontrar ‘mais tarde’ dizendo que ficaria pra comer mais um pouco e agora os encontrara em frente a Cabana de Hagrid, próximo ao lugar onde a aula de iniciaria.
- Como conseguiu chegar tão rápido? – perguntou Hermione assombrada, olhando Vinicius como se não acreditasse que era ele que estava ali.
- Teletransporte – ele piscou brincalhão.
- Não existe teletransporte – Hermione afirmou.
- Então eu não sei – ele sorriu dando de ombros.
Harry sorriu discretamente ao pensar na cara de Hermione ao saber a real resposta. Diante do que julgava sendo uma “divertida cena” nem havia percebido que chegara ao cerrado.
- Por aqui, por aqui – a cabeça do meio-gigante apareceu levemente escondida por entre as arvores, se referia obviamente aos alunos – a aula não será ai hoje, por aqui, por favor.
Lentamente, um por um os alunos foram indo na direção indicada, embrelhando-se um pouca mais na Floresta Proibida, quase correndo para acompanhar os passos largos do professor. Depois de aproximadamente cinco minutos de caminhada na qual os barulhos dominantes era o som do pisar em folhas secas que tinham no chão e sussurros curiosos trocados entre si perguntando-se qual seria o animal que Hagrid os apresentaria eles finalmente pararam diante de outro cerrado que ate o maior dos ignorantes perceberia que era magicamente reforçado.
A razão para aquela segurança extra estava dentro do cerrado, que mais parecia uma jaula, sentada sob suas patas traseiras, mostrando todo glamour de seu corpo musculoso estava uma enorme quimera, o assustador corpo formado pela “junção” de três animais, a cabeça de leão, o dorso de cabra, e o rabo de dragão brilhando sobre a pouca luz que entrava pelos espaços das arvores.
- Linda não é? – perguntou Hagrid encantado, os alunos deram varias passos atrás, visivelmente assustados com a fera que se encontrava dentro da jaula, tomando uma distancia segura pra correr caso as proteções aplicadas sobre a jaula pudessem a vir ser quebradas pelas potentes garras do animal, o único que permaneceu no lugar, com um sorriso maroto no rosto foi Harry, os olhos verdes encarando o animal com um brilho misterioso saindo por eles. – então? Alguém se candidata a entrar ai? – os alunos deram mais passos pra trás, como se somente pensar na idéia de entrar na jaula pudesse lhes ferir.
- Eu vou Hagrid – Harry falou sorrindo.
- Ah Harry, eu sabia, sabia que seria você – falou Hagrid emocionado. Harry sorriu sem graça e pulou sobre a jaula com uma facilidade incrível, entrando no ‘território inimigo’ sem medo.
A quimera instantaneamente virou-se para ele, olhando-o com uma curiosidade feroz, como se esperasse o primeiro movimento da presa antes do seu próprio ataque, Harry olhou pra ela nos olhos e se aproximou lentamente ignorando as exclamações dos amigos lá fora, pedindo, quase desesperados que ele voltasse, a quimera retribuiu o olhar desafiadora, como se esperasse ele vacilar, levantou-se e deu um passo a frente como se a proximidade que ela impôs o fizesse desistir, o menino continuava andando determinado e só parou quando estava a apenas dois passos do bicho, por um breve momento ficaram se encarando, Harry ignorava as lagrimas que começavam se formar em seus olhos com o esforço de não fecha-los, então como se soubesse de algo que ninguém mais sabia ele sorriu, e seus olhos que ate então estavam verdes ficaram amarelos felinos, o formato deles mudando levemente de forma, a quimera piscou com aquilo e antes que os outros demonstrassem uma outra reação que não o pavor a enorme fera curvou a pata esquerda num gesto de reverencia absoluta.
Harry voltou a sorrir quando ouviu as novas exclamações dos alunos lá fora, pois bem, se eles queriam comentar sobre ele porque não dar a eles uma noticia de grande porte?
O som dos seus passos eram o único som proveniente daquele corredor, não sabia porque Dumbledore o havia chamado tão repentinamente, mas tinha a leve impressão de que deveria ser algo sobre Voldemort, a frase que havia na carta que mandaram lhe
entregar era “temos um visitante, venha rápido”, hahaha, como se isso fosse de grande ajuda, nem a senha pra falar pra maldita gárgula o velho deu.
- Senha? – falando em gárgulas malditas.
- Abra – sem lhe restar outra opção ele ordenou fazendo novamente seus olhos ficarem amarelos, a gárgula pareceu tremer e pulou pra o lado deixando a entrada para a sala do diretor a mostra.
Subiu as escadas entediado, perguntando-se quem seria o visitante tão importante que ali poderia estará para fazer Dumbledore chamar ele com tanta urgência, assim que deparou-se com a porta que o separava da sala do diretor e quando estava prestes a bater ouviu uma voz que o deixou curioso, fazia certo tempo desde que ouvira aquela mesma voz, mas pra ele a voz do Ministro da Magia, Cornélio Fudge era definitivamente reconhecível.
- Não é verdade Dumbledore, não pode ser verdade, Você-sabe-quem foi destruído, DESTRUIDO, sem chance de renascimento – ele esbravejava dentro da sala, por esse motivo Harry esqueceu das formalidades e entrou na sala sem bater.
- O mentezinha limitada a sua em sr. Ministro? – ele entrou serio.
- Potter, como ousa falar comigo desse jeito?
- Ousando oras – ele riu – mas como eu ia dizendo, é muito fácil pensar numa maneira de Voldemort voltar, pense comigo, se ele tiver partes do corpo do pai, se um servo fiel e de um inimigo declarado, enfiar tudo isso numa porção, e se jogar dentro é muito fácil pra ele recuperar um corpo. Ah, não se esqueça da magia das trevas claro.
- Você fala como se ele fosse um fantasma, espectro ou algo assim – Fudge quase cuspiu aquelas palavras – você-sabe-quem ta morto Potter.
- “O medo de um medo só aumenta o medo da própria coisa” – Dumbledore disse.
- Que seja – Fudge disse irritado – a questão aqui é que ‘ele’ ta morto, e quando eu digo morto é sem espectros, você me entendeu? – ele falou pra Harry como se aquilo fosse uma forte ameaça, ou se aumentar a voz fosse fazer o moreno acreditar nas suas palavras, o garoto apenas segurou o riso.
- Então você quer dizer que aquele negocio que tava atrás da cabeça do prof. Quirrel não existiu? É isso? – ele perguntou com uma sobrancelha suspendida.
- Você só tinha 11 anos naquela época, tinha a imaginação muito fértil é normal que você imaginasse algumas coisas – ele falou tentando se explicar.
- Ah claro, e a semana que eu passei na ala hospitalar também foram imaginação minha.
- Isso não vem ao caso, o problema é que você Potter fez Dumbledore acreditar que você-sabe-quem pode ter voltado, o que é totalmente surreal, apenas uma idéia maluca que sua mente inventou, provavelmente você esta seriamente desequilibrado de tantas viagens que fez quando fugiu do ministério, viagens essas que provavelmente afetou sua cabeça, ou talvez tenha sido aqueles duas pessoas que você trouxe contigo, aquelas que você chama de amigos.
- Ora seu – mas antes que Harry pudesse avançar no ministro um som irritante tomou conta da sala e o moreno meteu a mão no bolso, para pegar seu celular que tocava. – que é? – ele atendeu grosso, tentando descontar sua raiva na pessoa que o interrompeu naquele momento tão crucial.
- Potter, potter – uma voz rouca falou – temos problemas, eu to no lugar indicado, venha rápido, é urgente – depois disso o único som que ele ouviu foi o da linha sendo desligada.
- Droga, ninguém mais se importa se eu tiver ocupado? E se eu tivesse cagando merda? – ele esbravejou guardando o celular - tenho que ir.
- Quem era? Pra onde você vai? – perguntou Fudge curioso.
- Não te interessa quem era, e pra onde eu vou é com certeza pra um lugar muito mais agradável do que o lugar onde eu iria de mandar – dito isso ele saiu bravo batendo a porta na cara no atônito ministro.
Xingou pela enésima vez quando bateu a cabeça no teto do túnel de novo, amaldiçoando todos os feitiços de proteção do castelo por não lhe deixar aparatar dentro dos territórios de Hogwarts, por isso quando viu a luz do fim do túnel, literalmente, ficou aliviado a saber que em sua cabeça ainda sobraria espaço pra outras coisas que não galos.
- Você chegou – o homem da voz rouca falou quando o viu aparecer.
- Não, isso aqui é um holograma meu, não sabia?
- Esse não é hora nem lugar pra piadinhas Potter.
- Isso são modos homem? Sua mãe ficaria horrorizada – ele disse pra irritar ainda mais o homem.
- Pare com isso Harry, o que eu tenho a lhe falar é importante.
- Então fale logo antes que eu perca a paciência – ele disse impaciente, com medo de se apoiar em qualquer coisa naquela casa e meter a cara no chão.
- Você-sabe-quem ta procurando uma coisa.
- “O medo do nome só aumenta o medo da própria coisa” – ele disse numa perfeita imitação de Dumbledore.
- Será que da pra me deixar falar caralho? – o homem perguntou irritado e Harry nem se importou se o outro estava sendo grosso ou não, já que estava muito mais divertido gozar com a cara dele.
- Fala então.
- O Lord das Trevas procura algo, algo que pode virar a guerra pro lado dele – imediatamente Harry parou de rir, a cara do homem na sua frente não era a das melhores, e isso não podia significar nada bom.
- E o que seria tão poderoso assim? – ele perguntou temendo a resposta.
- A Caixa de Pandora lhe diz alguma coisa?
N/A: e entao minha gente? gostaram do cap? o q acharam? o q achou do começo, meio e fim? toh botando um vidio junto com a apresentaçao dos personagens, quem quiser ver tamos a ordens e por Merlin...
COMENTEM!!!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!