O Templo de Zeus
Ela soltou um suspiro e apoiou seu rosto nas mãos sentindo-se estranhamente cansada, já estavam na mesma há horas e a informação que queríamos ainda não havia saído, Diego falou que era pra deixar tudo com ele, que ele conseguiria a informação rapidamente, mas ela viu a manhã virar tarde e a tarde virar noite e nada da tão preciosa informação, suspirou novamente e levantou-se do chão, onde estivera sentada até aquele momento, olhou para a porta trancada a sua porta e soltou outro suspiro, desde cedo gritos aterrorizantes saiam de lá dentro, gritos que gelaram sua espinha e a fez se arrepiar, agora não ligava mais, talvez tenha se acostumado depois de horas ouvindo a mesma coisa, ainda assim tinha curiosidade de entrar naquela sala e descobrir o que Diego estava fazendo para provocar tal dor no prisioneiro, mas não tinha coragem suficiente para entrar.
Tinham passado por apuros para capturar aquele homem, já fazia semanas que ela vinha investigando lugares e pessoas atrás de uma pista que levasse-os até o mapa que Harry queria e essas investigações o levaram aquele homem, ele era um comensal de Voldemort e tudo levava a crer que ele podia ter alguma dica sobre o mapa, desde então perseguiam esse homem, esperando o momento certo para atacar e captura-lo e quando esse hora chegou Diego mostrou porque Harry confiou a ele a tarefa de protege-la, ele era eficiente, movia-se com uma estranha graciosidade, mas ao mesmo tempo violentamente, o homem nem teve chance, e os poucos golpes que ele conseguiu dar foram estranhamente imitados por Diego, praticamente o homem havia sido derrotado pelos próprios ataques, se ela admirasse lutas acharia aquilo uma coisa linda de ser ver. Depois de nocauteado o homem havia sido levado para aquele lugar e estava sendo torturado ate agora.
De repente os gritos pararam e Diego saiu totalmente frustado da sala, sua mão pingava sangue e sua camisa estava suja de pedaços de sangue e outras coisas que ela preferia não saber exatamente o que era, ele passou direto por ela e parou em frente a pia que tinha naquele lugar infernal, depois de limpas, ele pegou um pano ali perto e enxugou as mãos soltando um suspiro cansado, aquela cena lhe fez lembrar de uma dona de casa cansada depois de terminar seus serviços domésticos. Prendeu o riso ao imaginar Diego num avental e com os cabelos presos num coque, depois se repreendeu, como poderia ela rir numa situações dessa?
- E então? – ela perguntou, embora no seu intimo soubesse a reposta.
- Nada – ele respondeu jogando o pano longe – parece que ele foi enfeitiçado
pra não falar nada relacionado ao mapa, ou simplesmente jogaram um obliviate nele, não sei dizer, o caso é, eu descobri toda sua vida, até a sua cor favoritas de meia e onde foi sua primeira vez, mas sobre o mapa que é bom...nada.
- Droga – ela caiu na cadeira em que eu estava sentada agora a pouco e escondi meu rosto nas mãos, até que uma idéia me veio a mente, ela realmente não queria revelar isso tão cedo, mas ela sabia que ao se juntar com o Diego nessa jornada seu segredo seria revelado mais cedo ou mais tarde, nessa caso o cedo era a melhor escolha, se levantou num salto e seguiu a trilha dos respingos de sangue que tinham caído da mão de Diego a pouco tempo atrás até a sala onde o prisioneiro sangrava. Diego a seguiu.
- O que você pensa que esta fazendo? – ele perguntou quando ela abriu a porta e abriu na sala, com uma rápida olhada pelo local percebeu que era uma sala simples, sem moveis, nada alem de paredes e duas correntes onde os braços do homem estavam presos naquele exato momento, olhando para o prisioneiro mais atentamente percebeu que ele estava em melhor estado do que imaginava, talvez houvessem modos de tortura que não recorresse exatamente ao uso da violência precisamente dita, é claro que na barriga do homem estava uma imensa poça de sangue e uma cicatriz enorme, recentemente adquirida e ela apostava que aquilo tinha sido obra de Diego, teria ele curado o homem só para faze-lo sofrer mais depois? Ela não duvidada.
- Preciso de um objeto do homem, não uma roupa ou algo do tipo, mas um objeto que ande sempre com ele, que estivesse come ele em todo momento, um relógio ou algo assim – ela esclareceu.
- Ele não usa relógio, mas acho que o homem é casado, por que não tenta a aliança? – Diego não sabia muito bem porque estava respondendo isso a ela, mas por algum motivo o tom que a mulher usou fez parecer que aquilo era importante.
- Eu tenho uma espécie de poder – ela disse contornando as enormes correntes que prendiam o pé do homem – eu consigo ver o passado de tudo que eu toco, desde suas origens até o momento atual, consigo ver sua historia, por assim dizer, se eu tocar numa roupa por exemplo eu veria ela desde a extração do algodão, a confecção da peça, o tempo que passou na loja, o momento que foi comprada e tudo que passou na mão do dono ate tal dia, não é um dom muito interessante, mas eu uso ele em meu favor como detetive, eu tive muito problemas na infância por causa disso, eu não conseguia controlar esse poder e via o passado de tudo que eu tocava, sem exceção, por isso vivia falando coisas estranhas, eu percebia os olhares das pessoas sobre mim, hoje eu consigo controlar isso – ela se agachou perto do homem ferido – hoje eu só vejo a historia de objetos que escolho, mas não foi assim no passado, a cada mês que passava esse poder era intensificado e meus problemas foram se intensificando, eu comecei a conseguir ver a historia do objeto apenas olhando pra uma foto do mesmo e pior, eu passei a ver o passado de humanos também – ela retirou cuidosamente a aliança do dedo quebrado do dedo, ela relutou para sair, mas depois de certo esforço ela conseguiu – na verdade não só o passado da pessoa, eu conseguia ver seu futuro também, não todo o futuro, somente um ponto especifico, eu conseguia ver seu fim, eu conseguia ver o momento de sua morte – ela virou-se para ele – toda a vez que eu esbarrava numa pessoa sem querer eu conseguia ver o momento em que ela morreria e aquilo era muito doloroso, ela quase como se eu morresse a cada vez que eu fizesse isso, então eu me isolei e sozinha eu aprendi a controlar isso, usei isso para investigar na minha profissão e hoje eu estou aqui com você – ela levantou-se e olhou para o homem – se ela aliança tiver com ele sempre, eu vou poder ver cada pedaçinho de sua historia com esse homem, e se ele souber mesmo do mapa, obliviate nenhum vai me impedir de obter nossa preciosa informação – Diego sorriu para ela, entendendo o que ela pretendia.
Cassia se concentrou e apertou o anel em sua mão num ato involuntário, se concentrou num ponto especifico, algo que ligasse aquele homem ao mapa, se passasse por todo seu passado aquilo poderia demorar demais, alem disso, ela não desejava ver tudo o que aquele homem já havia feito em sua vida depois que botou aquela aliança no dedo, todas as atrocidades que aquele monstro cometeu, fechou os olhos e quando reabriu eles estavam brancos e sem focos, jogou a cabeça para trás quando um mutirão de imagens surgiu em sua mente, mas somente uma lhe chamou a atenção.
A paisagem a sua frente não lhe era estranha, as pessoas, as casas, tudo lhe lembrava um local familiar, de repente a paisagem mudou quando o homem virou-se de costas e ela se deparou com o mar, era uma visão estupenda, as gaivotas voando por sobre os rochedos enquanto as ondas batiam no mesmos, podia ficar admirando aquilo para sempre, mas a placa que tinha ali do lado lhe alertou e ela finalmente reconheceu o local, aquilo ali era a Grécia, mas precisamente uma pequena ilha mais ao norte, a população era minúscula, poucos mais de cem pessoa ali viviam e recebia poucos turistas, ela já tivera ali uma vez a trabalho e sabia o quanto aquela ilha era maravilhosa, os turistas perdiam de visitar um belo local, mas os poucos que ali iam era atraídos por um lugar em especial, uma enorme caverna com águas cristalinas que ali existia e parecia a ela que era para aquele lugar que o homem estava se dirigindo.
Ele entrou sozinho na caverna e foi seguindo por entre as paredes de rocha, ela nem podia parar para admirar o lugar, seu poder lhe permitia ver a historia do objeto e ele estava indo sempre em frente, ela já estava quase desistindo de continuar ali e ia seguir em frente em outras ‘lembranças’ quando o homem fez um movimento inusitado, ele entrou numa passagem estreita, que ela nunca tinha notado quando tinha estado ali, ele seguiu em frente e continuou andando por um interminável caminho de pedra, ele virava e virava e ela já estaria totalmente perdida se não tivesse segundo aquele homem, ela tinha impressão que se achar entres os túneis de Gringotes era mais fácil do que sair dali, a cada passo o corredor ia ficando cada vez mais estreito, ela já começava a sentir um pequeno desconforto, uma sensação de claustrofobia quando o homem fez um movimento em forma de meia lua com a varinha e a parede de pedra que ela julgava ser o fim do túnel de abriu e ela se deparou com uma espécie se saguão enorme, repleto de brilhantes pedras que pediam ameaçadoras do teto, mas não foi isso que lhe chamou a atenção, mas sim o enorme templo de colunas de puro mármore branco e piso branco com detalhes em outro e prata a sua frente, o templo era imponente, majestoso e ela não evitou prender a respiração rente aquela visão, era quase como se tivesse em frente a moradia dos deuses, se aquela templo tivesse sido descoberto com certeza viraria uma das sete maravilhas do mundo. O templo era tão grande que era simplesmente impossível de existir naquele lugar, ele era maior que a própria ilha e ela entendeu a ilha era só um ‘portao’ para o templo que não poderia ser achado sem aquela passagem, o templo devia ser muito importante pra ser defendido por todo um mecanismo de portão interdimensional.
Ela seguiu o homem quando ele entrou no enorme templo e se por dentro aquilo já era magnífico por dentro era simplesmente incrível, as enormes colunas em estilo grego, as estatuas, o brilho do ouro que quase cegava seus olhos, a beleza daquele estranho templo era incomparável, mas o homem seguia sem nem olhar pro lado e ela se perguntou o que tanto ele procurava, sua pergunta foi respondida quando o homem parou em frente a uma estatua tão majestosa quando o templo todo.
Sentado em um trona de pura prata estava uma estatua gigante de Zeus, suas vestes de mármore pareciam tão suaves quanto a mais macia das sedas e seus olhos de pedra parecia lhe atravessar a alma, por um momento ela perguntou se não estava em frente ao Deus, de todo o conjunto da estatua somente um elemento não era feito de mármore, a aguia vermelha que repousava no ombro do Deus grego parecia ser feita de rubis e lhe encarava com a mesma intensidade que a estatua do Deus e então um flash lhe ocorreu e ela finalmente lhe percebeu onde estava, ficando maravilhosa com a descoberta, ela, Cassia Jones estava dentro do tão famoso Templo de Zeus, perdido a séculos e que era fonte de inúmeras lendas e procurados pelos mais brilhantes historiadores, no bico da águia estava preso alguma coisa, um pergaminho, ela percebeu, o homem tentou se aproximar, mas foi repelido por uma barreira invisível, ele tentou mais uma vez, mas Cassia não quis mais ver nada, ele sabia que o homem não conseguiria passar por aquela barreira e alem disso, ela já tinha visto o que queria ver, ela já sabia onde estava uma parte do tão procurado mapa.
Diego viu quando os olhos de Cassia voltaram ao normal, e virando-se para ele ela esboçou um sorriso malandro enquanto jogava o anel para cima e pegava-o no ar.
- Viu como eu sou muito mais eficiente que você? – ela lhe perguntou e mesmo sem querer ele sorriu, tinham conseguido.
Hermione suspirou ao se lembrar da noite anterior, tantas revelações, sombras, sombras dos sombras e sombras do céus, era tudo muito confuso, muito diferente de tudo que já tinha ouvido, bruxos surgindo de um único homem, magia sendo algo especial, mas que com o passar do tempo se tornou algo comum entre os próprios bruxos, ela estava confusa, mas estava estranhamente esclarecida, ela se lembrou do que Harry falou depois que lhe disse que ela era uma Sombra do Céu...
Flash Back
- Irei treiná-los – Harry falou depois do longo silencio que havia se instalado depois de tantas revelações.
- O que? – Rony perguntou confuso pela frase pouco esperada.
- treiná-los –repetiu Harry – irei treiná-los para que possam controlar seus poderes facilmente, não estou pedindo que venham para meu lado na guerra que com certeza esta por vir, apenas que controle seus poderes, é o melhor a se fazer, já houve muitos casos de Sombras que se auto destruíram ou destruíram pessoas próximas por não saber controlar seus poderes corretamente, eu não quero que isso venha a acontecer com vocês! – ele exclamou decidido, Hermione arfou, há muito tempo não via essa intensidade no rosto de Harry, essa determinação, ela sabia que estava bastante mudado, mas naquele momento ela viu novamente aquele Harry disposto a enfrente Quirrel, ou Snape, como pensavam que fosse porque não permitiria que a pedra filosofal caísse em mãos erradas.
- Guerra Harry? – ela perguntou depois de um tempo.
- Sim, guerra, Voldemort voltou – ela arfou e sentiu Rony estremecer ao seu lado – sim, ele voltou, Stella sonhou com isso – Hermione olhou para ela sem entender.
- O meu poder...eu consigo ver o futuro – Stella explicou – não digo que sou infalível, varias de minhas visões são pequenas e sem importância, coisas que na maioria das vezes muda no final, entendam...o futuro é decidido através da decisão das pessoas, se uma pessoa ta indecisa eu não serei capaz de ver o futuro dela, alem disso uma decisão pode mudar, voce pode decidir usar vermelho para uma festa, mas de repente optar pela azul, então minha visão terá sido falha, o futuro é um quadro inacado, uma arte incompleta, ninguém pode prevê-lo, nem eu...mas eu sonhei com Voldemort e sei que aquilo se realizou, posso ver o inicio da guerra, mas não consigo ver o seu final... – ela terminou quase como se pedisse desculpas.
- Voldemort voltou ainda mais poderoso, mas seu
poder não parece lhe ser suficiente... – então Harry explicou tudo, como estava disposto a lutar, a informação que recebera dizendo que Voldemort estava atrás da Caixa de Pandora e como ele mesmo havia colocado profissionais atrás de pistas da mesma, falou também do exercito de sombras e pessoas habilidosas que quisessem lutar contra aquele que só trazia mal. – É por isso que quero que vocês aprendam a se controlar, não quero que entrem nessa guerra, mas não quero estar dentro dela sabendo que meus amigos podem ser atacados há qualquer momento, não posso deixar vocês sem saber como se defender...vocês serão alvos, simplesmente por andarem comigo, não quero que sejam guerreiros, mas não posso entrar nessa guerra com consciência limpa sabendo que serão alvo fácil!
- Lutaremos ao seu lado Harry! – Rony exclamou, surpreendendo a todos. – Quando você se foi sofremos muito, passamos a maioria desses três anos pensando em você, no que estaria fazendo...teve a fuga de Sirius, o torneio tribruxo, os N.O.M’s e tudo que pensávamos era ‘como o Harry reagiria se estivesse aqui?’, nossa, queríamos tanto que você pudesse ter visto todas tarefas incríveis do torneio e ter torcido conosco pelo Cedrico e comemorado com a gente quando ele ganhou, queríamos que você estivesse conosco estudando pros terríveis N.O.M’s, queri estar ao seu lado Harry, exatamente como antes e depois de um tempo, nao sabiamos mais se queríamos você aqui em Hogwarts com a gente ou nós lá com você, a única coisa que importava era que queríamos estar ao seu lado, e continuar como éramos antes, inseparáveis, amigos...queríamos ser mais uma vez o Trio Maravilha – Hermione olhava para Rony chocada, ele estava ponto em palavras tudo que ela mesmo sentia – então agora que você voltou, não nos peça para ficar longe de você, não nos peça ficarmos parados enquanto nosso melhor amigo se envolve em lutas e batalhas perigosas, não nos peça para termos consciência de incríveis poderes e nem mesmo poder usa-los para defender aquele que amamos, lutaremos ao seu lado Harry, quer você queira ou não.
Hermione olhou para Harry com o mesmo olhar decidido que Rony ostentava, Harry parecia perplexo, confuso, de alguma maneira ele parecia simplesmente o que ele era, um adolescente de 16 anos, mas logo aquele olhar de confusão sumiu e Harry estava de volta ao normal.
- Muito bem, não conseguirei persuadi-los do contrario, mas sabendo que tenho poder suficiente para isso, mas saibam que se quiseres lutar mesmo ao meu lado só determinação não basta, o treinamento de você será muito mais puxado que antes, agora vocês não estaram treinando para aprender a se defender, mas para aprender a matar, entenderam? Quero o Maximo de esforço e dedicação possível nesse treinamento, por eu não admitirei fracos lutando ao meu lado! – Rony e Hermione balançaram a cabeça afirmando posivitamente, porque de uma coisa eles tinham certeza, eles não seriam fracos.
Fim do Flash Back.
Eu batia meus pés ansiosa, Harry estava demorando a chegar e eu queria começar logo meu treinamento, eu queria estar pronta para lutar ao lado do meu melhor amigo, eu queria estar a altura dele, eu olhei pro lado e Stella me encarava com um olhar curioso, será que ela tinha visto algo relacionado a meu futuro?
- Harry esta chegando – ela disse por fim, eu me arrepiei de excitação, Vinicius apareceu de repente ao meu lado, quase como se tivesse saído da minha sombra.
- Nervosa? – ele perguntou brincalhão.
- C-como você faz isso? – eu perguntei, ainda tremula devido ao susto.
- Faz parte do meu poder – ele explicou, rindo.
- Que seria? – mas ele não chegou a responder, por naquele momento Harry entrou na sala.
- Desculpem o atraso, mas a garota não queria me largar – ele deu um sorrisinho malicioso, Rony e Vinicius corresponderam, eu senti um estranho baque no peito ao ouvir aquilo, eu não sabia o que era, mas me doeu.
- Bem, que o treinamento comece...
Rony olhou para aquelas paredes assustadoramente brancas de novo, a dias estava fazendo isso e ainda não tivera nenhum resultado, não sabia o que Harry queria com aquilo, bom, sabia sim, ele queria que ele parece a parede com as mãos, mas pra ele isso só parecia uma maneira rápida de morrer, ele simplesmente não sabia como fazer aquela super força aflorar de novo.
Então um já conhecido barulho o despertou e ele olhou com horror o teto começar a se abaixar lentamente, ele já estava fazendo aquilo há uma semana, mas a sensação de horror e medo de ser esmagado não mudava, ele sabia que Harry pararia o teto no final, mas ele não conseguia se desvencilhar daquele medo tolo, olhou pros lados quase desesperado, o teto continuava abaixar, devagar, ameaçador, como uma predador se aproximando de sua presa devagar, antes de finalmente dar o bote. Uma agora conhecida sensação de claustrofobia tomou conta dele quando o teto já tinha percorrido metade do seu caminho e ele respirou fundo tentando se acalmar, como esperado, não conseguiu.
Estendeu os braços para o alto e suas mãos tocaram o teto, colocou toda sua força nos braços e tentou empurra o teto de volta pra cima, não conseguiu, continuou tentando, até a exaustão e nada, o teto não voltava a subir nem sequer um centímetro, depois de um tempo precisou se ajoelhar, já que não tinha mais espaço para permanecer de pé e depois se deitar, era naquela horas que Harry parava o progresso do teto e ele voltava lentamente até seu lugar inicial, mas dessa vez Harry não fez isso e o teto continuou descendo, sufocando-o, esmagando-o.
- HARRY! – ele gritou desesperado, mas não houve resposta.
Ele iria morrer, uma morte dolorosa e esmagadora, literalmente, mas não queria morrer, não ali, não agora, ele não queria morrer como um fraco, se ele morresse ali não poderia lutar ao lado de Harry e então como ficaria toda aquelas palavras bonitas que tinha dito outro dia, ele não queria morrer!
Tentou empurrar o teto mais uma vez e qual não foi sua surpresa quando o teto subiu vários centímetros antes de novamente começar a descer? Tentou empurrá-lo de novo, mas não conseguiu, sorriu, não importava, ele agora sabia como seu poder reagia e ao que reagia. Sua super força reagia ao seu instinto de sobrevivência com uma pequena pitada de adrenalina, aquela sensação que ele tinha sentido agora era quase igual a que tinha sentido naquele dias nos jardins, olhou pro teto mais uma vez, e finalmente percebeu que vinham correndo perigo durante todo aquele tempo, antes não se dava conta disso, porque achava que na hora final Harry ia parar aquele teto assassino, exatamente como fizera todas as outras vezes, o teto estava descendo novamente, mas ele não tinha mais medo, ele não ia ficar em perigo novamente antes de tomar uma atitude, se quisesse vencer ele teria que atacar antes de ser atacado, olhou para suas mãos novamente e sorriu, pos as mãos no teto e o empurrou com mais força do que nunca, o teto subiu velozmente e bateu com força no lugar onde não deveria ter saigo, uma pequena chuva de poeira branco caiu sobre ele, conseqüência do choque bruto do teto com o outro teto, a parte que não descia, mas ele não se importou com isso, estava sorrindo satisfeito, tinha conseguido.
Ela gemeu quando mais uma daquelas balas de tinta infernais a acertou, ela já estava exausta, tanto física quanto emocionalmente e mesmo sim aquelas balas continuavam vindo de todos os lugares, a acertando em lugares já por demais doloridos, ela sabia que depois dali ela teria mais hematomas do que Gina tinha sardas, o que era realmente uma quantidade arrasadora.
Aquele era o ‘treinamento’ dela, segundo Harry, a missão dela naquela sala era simplesmente não deixar ser atingida usando seus poderes para parar as balinhas de tinta, mas ela não via como, ela estava exausta, ferida e totalmente colorida, quase riu daquele ultimo pensamento, olhou para a sala, ela era incrivelmente branca, tão branca que quase brilhava, aqui e ali suja de tinta onde as balas atingiam e de trás dos azulejos saiam pequenas ‘pistolas’ de onde saiam as balas, as pistolas nunca apareciam no mesmo lugar, então ela nunca saberia de onde as balas viriam.
Na verdade aquilo era um bom treinamento, mesmo sem querer Harry tinha conseguido aprimorar seus reflexos, no seu desespero para se afastar daquelas balas ela ia aprendendo a se desviar delas, ela via as balinhas e fugia delas, cada vez mais facilmente, porem ela não conseguia fugir de todas, quando ela pulava para um lado para fugir de uma bala de tinta marrom por exemplo, uma de tinta verde a atingia, não ser atingida ali era impossível, a não ser que através de seu poder, e ela não conseguia usa-lo.
Harry gritava e esperneava com ela, dizendo-lhe que não era para fugir das balas e sim para-las, e ela gritava de volta que não conseguia e isso só deixava Harry mais possesso, ela já tinha chegado a ameaçar que mudaria as balas de tinta por balas reais, colocando Hermione em real perigo, para que ela precisasse parar as balas, e Hermione não duvidava que ela fosse capaz de cumprir sua promessa, por isso tamanho desespero para controlar logo seu poder.
Perdida em seus pensamentos, ela não viu uma balinha de tinta vermelha vindo em sua direção, e quando a percebeu já era tarde demais, ela estava prestes a bater em sua testa e ela se contraiu imaginando a dor que aquilo ia gerar, a bolinha continuava a vir em sua direção e ela já estava nervosa querendo logo que ela batesse em em sua pele e machucando-a, para acabar logo com isso quando ela perdesse os sentidos, ali, era só a bolinha e ela, ela e bolinha e quando a bolinha estava a centímetros de alcançá-la, ela parou, fazendo Hermione ficar zarolha ao encara-la, ela sorriu e foi baixando os olhos, a bolinha acompanhando aquele movimento, mas quando uma nova balinha de tinta a atingiu no braço ela perdeu a concentração e a bala de tinta vermelha caiu, sujando o chão, mas ainda sim Hermione sorriu, ela tinha entendido finalmente o que era necessário para exercer e usar seu poder.
Concentração, aquela era a palavra, Hermione era acostumada a pensar em varias coisas ao mesmo tempo, se concentrar em todas as coisas ao seu redor, como fazia a pouco, por causa disso ela não conseguia se focar em um único objeto e estuda-lo, como ela tinha feito com aquela bolinha, o que ela tinha de fazer era se concentrar em uma única coisa de cada vez, se focar naquela coisa em especial, mas sem deixar de abranger tudo, sem deixar de perceber as outras coisas também, se ela aprendesse a fazer isso então controlar seu poder ia ser moleza.
E se tinha uma coisa por qual Hermione era conhecida era sua vontade de aprender, ela não ia deixar de aprender aquilo também.
- Eu realmente odeio cobras – eu sussurrei nervosa, esfregando os dedos, como num gesto para afastar maus espíritos.
- São só monumentos de pedra Kah – Diego revidou.
- Mas parecem vivos, e não me chama de Kah! – ela exclamou.
- É claro Kah! – ele disse sorrindo, eu bufei irritada, aquele homem tinha um dom pra me tirar do serio. Andamos mais um pouco e paramos ao ouvir algumas palmas, eu me virei procurando a origem do som e vimos Harry sentado no que parecia um trono batendo palmas, atrás dele quatro pessoas, duas delas parecia nos olhar meio receosos meio curioso.
- Como sempre conseguiram se infiltrar em Hogwarts magnificamente – ele elogiou, ou achei que aquilo foi um elogio.
- Nada muito difícil, uma gata petrificada e mais nada! – Diego falou quase entediado.
- Eu deveria te pagar mais por isso Diego, eu sempre quis enfeitiçar aquela gata nojenta – Harry falou com repulsa, o menino ruivo atars dele acenou afirmativamente, a menina de cabelos castanhos bufou em repreensão, os outros dois amigos de Harry que tinha estado ali na ultima vez que viemos apenas riram.
- Quem são seus novos companheiros Harry? – eu perguntei olhando pro menino ruiva e a menina de cabelos cheios.
- Observadora, como uma detetive deve ser – Harry elogiou de novo – esses são meus novos aliados, porem velhos amigos – a menina pareceu se encher de orgulho ao ouvir isso – Hermione Granger e Rony Weasley, Mione, Ron esses são Diego Santos e Cassia Jones.
- Cassia Jones, a detetive?
- Diego Santos, o maior assasino de aluguel da Europa? – eles perguntaram ao mesmo tempo, a menina sobre mim, o garoto sobre Diego.
- Me senti orgulhoso, vejo que você não é a única com fama Kah! – Diego disse sorrindo.
- Não me chama de Kah! – eu quase berrei, Harry riu baixinho.
- O que os trazem aqui meus camaradas?
- Bom...é uma longa historia...
Então devagar eu fui narrando a maneira como havíamos descoberto a localização de um comensal que parecia ter pistas sobre um dos pedaços do mapa, como seguimos ele e como conseguimos captura-lo, mas quando estava falando de como todos os meios de Diego falharam em fazer o comensal falar, Harry me interrompeu.
- Então você usou? – ele perguntou quase eufórico.
- Usei o que? – eu perguntei confusa.
- Seu poder, seu dom, você o usou? – ele perguntou com os olhos brilhando.
- Como você sabe do meu...? – eu parei no meio da frase, mas já era tarde demais, eu havia caído na armadilha. Harry deu um sorriso sarcástico.
- Querida, antes de contratar empregados ou me aliar há alguém eu procuro saber tudo dele, e quando eu digo tudo, eu quero dizer tudo, é obvio que eu saberia que você tem um poder, assim como o Sr. Santos também! – Diego arregalou os olhos e eu olhei pra ele curiosa.
- Voce tem um poder? És um sombra? Porque não me disse? – eu lancei uma pergunta atrás da outra sem parar pra respirar.
- Esse não é o momento certo pra isso sim? Mas então, você o usou não é? E o que descobriu?
Então eu lhe falei sobre minha visão, narrando com detalhes o tempo, procurando não esquecer de nada, e por fim disse que eu tinha suspeitas que aquele era o antigo Templo de Zeus.
- Mas o templo esta perdido há milhares de anos! – exclamou Hermione.
- Bom, não esta mais! – Rony disse sarcástico. Harry sorriu desdenhoso:
- Acho que esta na hora de eu botar minhas orações em dia!
N/A:: BOM DIA MEU POVO!!! cap saido do forno pra vcs, tah curtinho mas tah ai! espero que curtam!!! nao demorei tanto dessa vez demorei??? vo tentar postar cap 6 logo, mas nao prometo nd!
Anderson Potter: nada de hiatus neh meu cara Anderson? q bom! os poderes do Dageron sao muitos Andy, mais do que minha imaginaçao pode criar naaquela hora, mas se vc voltar no cap anterior e ler novamente a parte que o velho morre vc lera alguns dos poderes do Dageron, o Dario-ojiisama cita alguns antes de morrer.
Brenda Moreira: seja bem vinda a minha fic Brenda, iai gostando da fic??? espero q sim, novo cap postado, espero que tenha gostado
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