Cap 8 - Decisões

Cap 8 - Decisões



Harry estava na cozinha, lavando a louça do café-da-manha, e Hermione lhe ajudava, enxugando-as.

- Então o Sr. Weasley já sabe que eu retornei a Londres... E me convidou para um almoço... Isso é algum problema? – perguntou, reparando que Hermione estava preocupada.

- Depende do ponto de vista. Um almoço no domingo com os Weasley acho que não vai fazer mal algum... Teria que ter uma proteção maior por causa das crianças, só isso. Mas você gostaria de ir a esse almoço? – perguntou ansiosa. Almoço na Toca era uma atividade tipicamente familiar. Ia ser estranho ir com Harry e os filhos para lá, principalmente por que Rony sabia que ela era apaixonada por Harry. Sem esquecer que Julie não gostava nem um pouco dela, o que causaria um enorme desconforto.

- Sinceramente Mione, eu não sei. – disse, pensando como seria estranho reencontrá-los, depois de todos esses anos. - Mas acho que seria uma boa idéia. As crianças podiam conhecer logo os Weasley não é?! Seria legal... – disse, terminando de lavar a louça.

Hermione começou a observá-lo. Como era lindo vê-lo lavando louça. E melhor de tudo isso era que de alguma forma ela estava participando disso, o ajudando. Quanto mais ela convivia com ele nesses últimos dias, mais ela se questionava como um dia pode achar que conseguiria esquecê-lo. Parecia que ele não tinha mudado nada desde a última vez em que eles conversaram, em Londres, há dez anos atrás. Mudara sim, ganhara responsabilidade, e isso que a deixava mais fascinada em relação a ele, e a estar mais apaixonada a cada dia que passava.

- Você é um homem muito prendado não é Sr. Potter? – disse, brincando. Desde os tempos de Hogwarts brincava com ele, dizendo que a mulher que se casasse com ele teria muita sorte de estar junto com um homem “prendado” como Harry.

- Acho que sim Srta. Granger... – logo após, lhe olhando de esgueira. Reparou que Hermione tinha um ar maroto, mas ao mesmo tempo preocupado. – Aconteceu algo mais hoje de manhã?! – perguntou preocupado.

- Nada! Por que a pergunta? – disse, tentando desviar o olhar. Harry, reparando que ela tentava inutilmente fugir, virou seu rosto para ele, segurando gentilmente o seu queixo.

- Tem certeza? Aconteceu algo mais sim. - comentou, olhando em seus olhos.

- Como você sabe? – perguntou nervosa.

- Está escrito nos seus olhos Mione. O que aconteceu? – perguntou Harry, tentando se conter para não beija-la.

- Mesmo depois de anos você ainda me conhece, não é?!

- Não fuja do assunto: o que aconteceu?

- Ai Harry – disse, desviando dele e indo sentar-se na cadeira. – As coisas não estão acontecendo como deviam.

- Como assim?

- Vou te contar algo não como sua amiga, mas sim como auror. Tudo bem?

Harry reparou que Hermione estava com uma mais séria, e com um ar preocupado. Isso o assustou.

- Tudo bem.

- O ministério da magia recebeu uma carta hoje de manhã, relatando que ontem a noite houve uma invasão na sua casa na América. – Harry, que estava sentado em frente a Hermione, levantou e começou a andar pela cozinha, nervoso. – E também enviaram fotos com os quartos destruídos e com uma pichação na parede, com ameaças a sua família. Pelo o que a mensagem dizia, foram eles que mataram Sophie.

- Descobriram quem fez isso? – perguntou nervoso. Como alguém tinha coragem de atacar aquela casa?

- Harry, por favor, fique calmo!

- Hermione, por favor, só me responda: você sabe quem fez isso? – perguntou, parando e olhando diretamente para os olhos de Hermione. Ela sentiu, naquele momento que Harry poderia fazer qualquer coisa, até matar.

- Ainda não. Mas o ministério americano pediu para aumentar a proteção, e disseram que eles vão investigar seriamente quem fez isso!

Harry ficou calado por um tempo, assustando Hermione. Por fim, decidira fazer a pergunta que tanto lhe assustava.

- Qual era a ameaça que estava na parede? – perguntou, a olhando pela primeira vez após saber de tudo que acontecera.

- Como? – essa era a pergunta que ela evitara tanto responder.

- Qual era a ameaça que estava na parede?

Hermione não queria responder. Como dizer que as pessoas que matara a esposa dele estavam agora ameaçando a filha?

- Ah, eu não lembro! – disse Hermione, desviando o olhar. Não queria contar, parecia que quando falava a ameaça se tornava concreta!

- Tudo bem! – disse Harry, reparando que Hermione desviava o olhar. – Vamos então procurar uma penseira por essa casa. Assim é até melhor, que teremos certeza do que foi dito! – disse, saindo da cozinha.

- O que? – perguntou Hermione, assustada, seguindo Harry pelo corredor. – Harry, aqui não tem penseira!

- Sério? – perguntou Harry, sarcástico. Ele sabia que a Hermione lembrava muito bem da ameaça na parede, mas ela não queria conta, o que fazia a ameaça se tornar mais concreta. – Então podíamos ir ao ministério, perguntar ao seu chefe! – logo após dizer isso, ele agarrou a mão da mulher e foi andando em direção a porta.

- Harry, você não pode deixar os seus filhos sozinhos! – disse, tentando convencer Harry a não sair de casa.

- Não tem problema. – disse, enquanto pegava um casaco. – Tem um monte de aurores pra cuidar deles. – disse oferecendo o casaco para ela. – Há menos é claro que você queira me contar a verdade! Ou você acha que eu não percebi que você está me escondendo algo? – disse, logo após reparar na cara de espanto dela.

- Tenho escolha? – perguntou nervosa.

- Tem! Se não me contar, vamos nós dois ao ministério. – disse, ainda oferecendo o casaco. Hermione, sem escolha, suspirou, pegando o casaco.

- Tudo bem, eu conto a verdade! – disse, guardando o casaco no armário e indo se sentar no sofá. Ele a seguiu, se sentando em frente a ela, os dois de lado no sofá, como na primeira noite dele na casa. “Calma Harry, o assunto é sério, eu não posso querer beijá-la“ – Na parede, escrito em vermelho estavam ameaçando vocês, principalmente a Julie.

- O quê? – perguntou, levantando do sofá. – Como assim estão ameaçando a Julie? Eles querem a mim e não a minha filha! – disse nervoso. Isso não podia está acontecendo, de novo vivendo em um pesadelo?

- Harry, calma ok?! – disse, levantando e ficando em frente ao homem. – O ministério já está tentando resolver isso e...

- Calma é o caramba! – disse, perdendo a paciência. – Eu quero saber quem são esses comensais! Eu quero saber e é agora!

- Harry, por favor. – disse, tentando acalma-lo, pois reparara que ele estava elevando o tom de voz. Em vão.

- POR FAVOR, O QUE HERMIONE? VOCÊ ACHA QUE EU VOU ME ACALMAR SABENDO QUE OS MEUS FILHOS CORREM PERIGO? RESPONDA-ME! – disse, olhando nervoso para ela. Sabia que não devia gritar com ela, afinal, Hermione não tinha culpa do que estava acontecendo, mas ele tinha que gritar, extrair a sua raiva. Seus gritos e pensamentos foram interrompidos por um menino de cinco anos.

- Papai? O que aconteceu? – perguntou Matt, com medo. Julie estava logo atrás, com os olhos inchados, apenas observando a cena.

- Crianças, eu... – começou Harry, tentando encontrar palavras para descrever os seus gritos, porém fora interrompido com batidas no vidro da janela.

- Papai, olha uma coruja! – disse Matt, maravilhado com a ave, esquecendo-se completamente dos gritos do pai.

Harry fora correndo abrir a janela para deixar a ave entrar. Agradecia aos céus pela coruja ter interrompido o que seria o inicio de uma longa e terrível explicação. Quando abriu a janela, a ave entrou rapidamente entregando a carta para Hermione. A mulher pegara, nervosa ainda pelos gritos de Harry. A coruja, na mesma velocidade que entrara na casa, saia do local, deixando todos ao redor mudos, esperando a morena terminar de ler o conteúdo da carta.

Após terminar de ler a carta, Hermione a entregara para Harry. O moreno então começara a ler.


“Mione,
Como você está? Parece que faz anos que não nos vemos não é?! Como está no trabalho? A missão está muito complicada dessa vez? Nossa faço muitas perguntas não!? Amy pergunta o tempo todo pela madrinha... Ela anda tão esperta Mione, só você vendo... Vai ao almoço que a mamãe está organizando para o Carlinhos? Draco prometeu que íamos, então podíamos nos encontrar por lá para colocarmos o papo em dia... Suspeito de estar grávida de novo. Estou nervosa com isso. Ando te procurando feito uma louca, mas você sumiu... Conversei com a Luna, mas você sabe como ela é. Ela deve ir ao almoço, mamãe pediu para convidá-la. Voltou da Alemanha há uma semana. Está doida para nos conta como foi à viagem. E a missão? Anda muito complicada? Papai comentou que Harry esta de volta e com os filhos? É esta a sua missão, protegê-lo? Draco disse que ocorreu um ataque de comensais na América. Isso tem alguma relação com o retorno dele? Como ele está? E as crianças, como são? Eles vão ao almoço na Toca? Espero que sim, estou doida para que ele conheça Amy. E quero conhecer as crianças. E como você está se sentindo estando ao lado dele? Está conseguindo se controlar? Mande uma resposta pelo menos declarando que está viva. Desculpe a coruja ter ido embora, mas a resposta que eu espero não é em formato de carta, mas sim com a sua presença no almoço!
Com saudades,
Gina Weasley Malfoy”.



Quando terminara de ler, estava se sentindo confuso com tudo o que lera. Parecia que as coisas estavam indo muito bem para cada um deles. Sabia que Gina tinha uma filha, e sabia que ela e o Malfoy estavam casados há cinco anos. Lembrava-se de não ter comparecido ao casamento por ter sido na mesma semana do nascimento de Matt. Mas mandara lembranças. Mas o que o deixava mais confuso era como ela sabia do ataque que ocorreu na América. Será que isso poderia prejudicar na segurança dos seus filhos? E, principalmente, por que Hermione tinha eu se controlar perto dele? Será que ela não estava feliz com o seu retorno? Ele não sabia o que pensar...

- Harry? – chamou Hermione, despertando-o. – Tudo bem? – perguntou preocupada. Harry simplesmente movimentou a cabeça, concordando que estava tudo bem. – Você vai querer ir ao almoço?

Harry finalmente a olhou, sem saber o que responder. Por que ela tinha que se controlar na frente dele? Será que ela escondia algo dele? Por que não podia lhe conta as coisas como quando eles eram amigos? Sentia-se mal em pensar que Hermione se sentia nervosa perto dele. Gostaria que ela se sentisse a vontade ao seu lado, que gostasse de sua companhia, que estivesse ao seu lado em todos os momentos de sua vida, sempre. Ou será que havia outro motivo para ela se sentir nervosa ao seu lado? Ele tinha que descobrir que motivo era esse. Mas o que resolve primeiro: a segurança da sua família ou o seu coração, descobrindo por que a mulher que ele amava ficava nervosa ao seu lado? Ele sabia o que resolve primeiro.

- O que diz na carta papai? – perguntou Matt, interessado.

- Os Weasley estão nos convidando para um almoço na casa deles, que chamamos de Toca.

- E quem são os Weasley papai? – perguntou Julie, com uma voz embargada.

- É uma antiga família que eu conheço desde os meus onze anos. Estão com saudades, e um dos filhos deles está de volta, então vai ter um almoço, e como eles souberam que estou de volta, me convidaram para ir.

- E nós vamos? – perguntou Matt.

- Vocês gostariam de ir? – perguntou Harry. Matt somente sacudiu a cabeça, concordando em ir. Julie, porém, permanecia quieta. – E você filha? Quer ir a esse almoço?

Julie somente o olhou, olhando depois para Hermione. Os dois estavam um ao lado do outro. Pareciam até casados. Não sabia como se sentir em relação à Hermione, mas sabia que estava devendo desculpas ao pai e que ele crescera naquele lugar, junto com aquelas pessoas, devia sentir saudades deles. Talvez, devesse dar uma chance aquele lugar.

- Claro, por que não?! – respondeu, olhando para o pai, e logo após voltando ao quarto. Estava curiosa do motivo do pai estar gritando, mas no momento, o melhor era se comportar como uma criança, fingindo que tinha esquecido dos gritos. – Vamos Matt desenhar? – perguntou ao irmão. Naquele momento, os olhinhos do menino brilharam.

- Serio? – perguntou ansioso pela resposta.

- Sim, é sério! – logo apos, os irmãos foram em direção ao quarto do menino, deixando os adultos sozinhos. Julie sabia que deixando os dois sozinhos seria mais fácil descobrir algo do que se perguntasse pelo motivo dos gritos. Ficaria cinco minutos com o irmão no quarto, e depois, voltaria para a escada, ouvir a conversa dos adultos.


- Então nós vamos? – perguntou Hermione quando as crianças saíram da escada.

- Sim, vamos! – disse, sentando-se no sofá, sem deixar de encará-la. Hermione, porém evitava olhar diretamente para Harry. Quando entregara a carta era na intenção dele saber do convite dos Weasley ao almoço e não para que ele lesse a parte do “Está conseguindo se controlar?”. Agora a besteira já fora feita. Só restava pedir a Merlin que ele não perguntasse sobre essa parte, não tinha a mínima idéia do que poderia responder caso ele levantasse esse assunto.

- Então eu vou enviar a carta para os Weasley dizendo que nos vamos e... - disse, tentando sair da sala e escapar dele. Harry, porém fora mais rápido. Segurou em sem braço, impedindo-a de fugir do assunto.

- Espere. – disse, levantando do sofá e lhe segurando. – O que Gina quis dizer com “está conseguindo se controlar?”? Você não está sendo sincera comigo, por que Hermione? – disse olhando diretamente em seus olhos.

- Harry, por favor, me solta. Eu vou enviar a carta para Gina e depois eu tenho que...

- O que? Achar uma forma de fugir de mim? – perguntou, com uma voz calma e doce, que fazia Hermione questionar se podia dizer a verdade sobre tudo que estava escrito na carta. – Por que não me conta o que está acontecendo Mione? Não confia mais em mim é isso? – perguntou, preocupado com a resposta ser um sim. – talvez seja isso mesmo, quero dizer, não conversamos há dez anos e...

- Eu jamais deixaria de confiar em você Harry. Pode passar mais dez anos que eu ainda confiaria em você, como eu confiei em todos os momentos da minha vida. – disse Hermione, com total sinceridade. - É só que eu não acho esse o momento certo para conta tudo o que está acontecendo comigo, mas pode ter certeza que eu vou contar.

- Promete?

Hermione lhe encarou. Ela podia simplesmente prometer e não cumprir, mas não era certo. Deixara-o escapar uma vez, não poderia deixar escapar agora. E se ele ainda fosse apaixonado por ela? Talvez tivessem uma chance de ser feliz, ter uma família, ajudar a criar Julie e Matt... Julie lhe odiava, talvez nunca gostasse dela de verdade... Mesmo assim contaria a verdade para Harry, não agora, mas contaria.

- Prometo.

Então, Harry lhe soltou, indo em direção ao escritório, deixando Hermione sozinha na sala. Esta aproveitou para escrever a resposta para Gina.

Quando Harry entrara no escritório, fora direto para a mesa e começou a escrever uma carta para o ministério. Ao terminar, releu a carta umas duas vezes, antes de decidir enviá-la. Decidira descobrir quem era o responsável pela morte de sua esposa e estaria ameaçando a vida dos seus filhos. E para descobrir isso, deveria ir ao local onde tudo ocorrera: voltar para a América e descobrir o responsável por tudo isso. Deixaria as crianças aos cuidados de Hermione, confiava nela. E quando resolvesse tudo, iria resolver o assunto do seu coração: revelaria seus sentimentos a Hermione.

Quando Julie fora para a escada ouvir a conversa, vira Hermione sozinha na sala, escrevendo.

- Que droga, agora não vou saber o que aconteceu. – disse para ela mesma, chamando a atenção de Hermione.

- Julie? – perguntou, estranhando a presença da menina na escada. Esta descia as escadas. – Aconteceu alguma coisa?

- Não, nada. – disse, lhe encarando.

- Ta tudo bem? – perguntou depois de algum tempo para a menina.

Julie não soube o que responder. Na verdade, não soube como trata-la. Será que deveria pedir desculpas pela forma que a tratara desde que chegara a Londres? Não... Ainda não tinha coragem para fazer isso.

- Matt pediu para eu perguntar se você não vai desenhar com ele.

- Ah... Eu já ia subir agora mesmo. E você, não quer desenhar? – perguntou esperançosa.

- Não, obrigada. – respondeu logo após indo em direção a varanda da casa. Parecia que estava tudo muito estranho ainda com elas duas. Mas algo de bom acontecera: não ocorrera discussões nem gritos nessa pequena conversa. Isso já era um avanço...


Gente.. voltei.. rsrsrrs
Agradeço a tds os comentarios, principalmente a Telmie e a Robert's..
Amei o cinco com louvor.. rsrsrs
Naum sei se o cap 8 esta taum bom qnto o sete.. sinceramente axo q nunk + vou escrever como eu escrevi akele cap... rsrsrs
fic nova... faço parte do grupo fantastic four... e começamos a escrevr a fic
"Desencalhando Harry Potter" http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=26395 eh comedia.. passem la.. eh mto hilario.. rsrrss
Hj naum estou inspirada para escrever N/A, mas prometo q no prox eu faço um bem grandão..
prox att: The faith in love
Bjoks e ate +
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