Vingança Pueril
Nota da Autora: Para apressar alguns acontecimentos, neste capítulo temos um pulo no tempo. Samantha, Guilherme & Cia estão no quarto ano, Samara e Carlos estão no terceiro. Chad, no sexto ano da Corvinal! Esse tornou-se o maior capítulo já escrito. Quero pedir desculpas sobre isso, mas estou tentando terminar a fic em torno do capítulo 20... Espero que compreendam...
- Desculpe-me, menina Warren! Desculpe-me! Eu sou um desastrado! – Hagrid pedia desculpas enquanto tentava levantar Samantha. Ela corria para não chegar atrasada à aula de Aritmancia, mas encontrou o gigante no meio do caminho. Foi como se uma mosca estivesse esbarrado numa parede, a mosca caiu tonta no chão enquanto a parede permanecia lá intacta...
- Tudo bem, Hagrid... Eu não deveria ter corrido... – massageou o braço... “Ah... que ótimo, vai ficar roxo!”
O gigante ajudou a reorganizar suas coisas, e cada um prosseguiu o seu caminho. Samantha estava visivelmente atrasada para a aula de Aritmancia. E a culpa de tudo isso era de Chad. Desde o baile do ano passado eles estavam namorando. Agora ela estava no quarto ano e ele no sexto. Ele tinha a mania de ir vê-la entre os intervalos das aulas. O que sempre a atrasava. Respirou fundo e entrou na sala de Aritmancia. Já esperando perder uns dez pontos para a Grifinória, já que a megera da professora detestava qualquer ser que não pertencesse à Sonserina.
Jucelyn Parker, nascida em Salem, Estados Unidos e criada na Inglaterra por tias solteiras, poderia ser muito bem descrita como uma uva passa mofada. Era muito velha, Guilherme dizia que ela deveria está em Hogwarts desde sua fundação... Bom, ela era a diretora da Sonserina, uma pessoa muito reclusa – vivia em seus aposentos de professora e só saía de lá para ensinar – e uma professora muito severa, do tipo que não precisava pedir silêncio.
Mas a esperada bronca não veio. Samantha olhou para a turma, esta conversava descansadamente, olhou para o quadro-negro onde a professora deveria estar... Mas este estava vazio.
Gemeu de desaprovação quando notou que o único local vago perto da professora era próximo a Guilherme. Desde o baile do ano passado eles só se falavam o essencial, nada a mais. Sentou-se e esperou...
Cinco minutos, dez minutos... Até que Electra King, aluna da Corvinal, falou para Guilherme:
- Gui, você não acha melhor chamarmos algum professor?! Desde quando a Uva-Passa se atrasa? – “Gui? Uva-Passa? Desde quando Guilherme tem tanta intimidade com a King?”, Samantha pensou tão contrariada, que não ouviu a resposta de Guilherme.
A conversa entre os dois ao lado dela se prolongou, o assunto lhe dava náuseas, o quanto Guilherme era inteligente, não, Electra é que era inteligente... Até que deve uma idéia. Os aposentos da professora ficavam atrás da sala de Aritmancia. Tinha uma pequena escada, em forma de caracol, e uma portinha de madeira. Samantha levantou-se e foi até a escada. A turma que até a pouco conversava tranqüila, fez silêncio, prestando atenção no que a menina fazia. Subiu degrau por degrau. A porta de carvalho estava entre aberta, decidiu que entraria, mas uma mão a segurou antes da porta ranger.
-Ah!! – a turma rompeu numa gargalhada. – Você me deu um susto, Weasley.
Doía muito toda vez que escutava a garota a sua frente chamá-lo de Weasley. Mas ele sabia que de certa forma ele era culpado... “Não, ela é a culpada! Não mandei ela namorar aquele imbecil!”
- Nervosa?! – uma risadinha – O que pensa que está fazendo?
- Vou ver onde a professora está!
- E quem te pediu para fazer isso? Estamos muito bem sem aula, Warren. – o sangue de Samantha começou a esquentar, mas se lembrou das aulas que estava tendo com Dumbledore, sobre Oclumência e Legi....(bão... sem betagem... e sem livro de hp5, então vcs sabem do que eu to falando!!) Respirou fundo, mas ainda não conseguiu controlar tudo e sua mente empurrou a porta pesada de carvalho. “Nossa! Como eu estou mais forte!” Pensou orgulhosa de si mesma. Um cheiro engraçado vinha dos aposentos da professora. Samantha entrou apesar dos protestos de Guilherme, mas ele foi junto! Estavam numa sala confortável, um sofá e um centro para chá, um bureau a parede era recoberta de estantes com livros, fichários e papéis.
Havia mais duas portas de carvalho... Os dois entraram nos aposentos enquanto alguns alunos, das quatro casas, estavam encarapitados na porta esperando algum resultado. Os dois engoliram em seco e cada um foi para uma porta. Samantha abriu primeiro, era um banheiro. Limpo e organizado. Olhou para Guilherme e este abriu a sua porta. Samantha foi até o seu lado. Guilherme não se moveu. Samantha deu três batidinhas na porta.
- Professora? Professora Parker?! – bateu mais uma vez e a porta abriu rangendo alto.
Entraram juntos, alguém perguntou se eles viam algo... Mas o quarto estava bem escuro, as cortinas estavam cerradas... Pararam ao lado da cama. Estava claro que tinha alguém deitado ali. Mas não conseguiam ver muita coisa.
- Abre a janela, Weasley...
- Abra você, Warren! – depois de um tempo sem nenhum dos dois tomarem uma decisão, Samantha se impacientou e abriu uma cortina com a mente mesmo...
Um raio de luz devassou a penumbra em que o quarto se encontrava... Samantha deu um grito e escondeu o rosto no ombro de Guilherme, este automaticamente abraçou e deu dois passos para trás, se afastando do leito da professora.
- É melhor alguém ir chamar a professora McGonagall! – disse ele em resposta às perguntas dos alunos que tinham ficado do lado de fora dos aposentos da professora... – Você está bem? – perguntou num tom mais baixo para a garota em seus braços. Ela não respondeu, apenas o abraçou mais forte. Isso o fez sentir o perfume que vinha de seus cabelos. Mais dois passos para trás, e ele se encostou em algum móvel com ela ainda em seus braços.
- Será que ela está mesmo morta? – Samantha quebrou o silêncio, enxugando as lágrimas nas próprias mangas. Tentou se afastar de Guilherme, mas este não permitiu, segurando-a levemente.
- Não sei... Shelbs foi chamar a professora... Não prefere sair do quarto? – perguntou ao notar que ela chorava silenciosamente. Ela apenas se aninhou novamente em seus braços de uma forma que ficaram se olhando. Os outros alunos não tiveram coragem de entrar e faziam silêncio... Guilherme notou que ela estava mais pálida do que nunca... Sussurrou que nunca tinha visto alguém morto antes, ele disse que também não... Notou que, passado alguns anos desde a última briga deles sobre esse assunto, ela continuava bem mais baixa do que ele. O rosto mais pálido do que nunca, os lábios vermelhos estavam agora quase sem cor.
- Samantha?! – era a voz de Minerva McGonagall chamando por ela da sala ao lado. Aquilo fez com que Samantha pulasse para o lado e se afastasse de Guilherme... Começou a tremer muito, principalmente quando fora obrigada a olhar para o rosto da professora... Estava visivelmente morta! Tinha os olhos fechados e uma expressão áspera no rosto. O leito estava normal, como se a professora tivesse adormecido e simplesmente morrido... Só voltou a si e notou que não estava mais no quarto da professora quando se viu sentada no sofá da saleta, com Morgan Warren sacudindo-lhe...
- Eu estou bem, tia... Professora... – Um copo com água foi enfiado em sua mão, mas ela o rejeitou... Todos os alunos já tinham sido mandados para suas respectivas salas comunais. Havia vários professores entrando e saindo dos aposentos... O burburinho parou quando Dumbledore entrou no aposento... Depois que visitou o quarto voltou para a sala e pediu que Guilherme lhe dissesse o que aconteceu... Disse que a professora se atrasara e Samantha bateu na porta... Eles entraram e encontraram-na na cama, naquele estado.
Depois disso, Morgan acompanhou os dois até a sala da Grifinória. Guilherme disse maquinalmente a senha e eles entraram... Estava um verdadeiro rebuliço lá dentro. Todos queriam saber o que tinha acontecido. Guilherme foi acudido com perguntas e mais perguntas, Samantha consegui escapar pelo lado e subiu sozinha para o dormitório feminino. Ayasha, Holly e Samara tentaram falar com ela, mas achou melhor fingir que estava dormindo. As três sabiam que Samantha tinha crises de insônia terríveis, e com um acontecimento daquelas ela não dormiria durante um bom tempo, mas preferiram respeitar a solidão da menina. Que contra todas as possibilidades dormiu muito bem. Tinha um perfume em seu nariz que a acalmava... Estava calma como não se sentia há muito tempo...
- Você está mesmo bem?! – Chad perguntou caminhando ao lado da menina. Samantha tinha os cabelos presos. Caminhava em direção da Estufa número 6, teria aula de Herbologia junto com o quarto ano da Lufa-lufa. Ela respondeu que sim. Não conseguia olhar para o namorado. Não parava de se martirizar ao lembrar que se os professores tivessem demorado mais um segundo ela e Guilherme teriam se beijado no quarto da morta. – Então por que você está tão calada? Já faz duas semanas, Samantha... – respondeu mais uma vez que estava bem e que não ficaria bem para o monitor do sexto ano da Corvinal chegar atrasado para a aula – Você tem formas categóricas de me despachar, sabia? - Ele parou e puxou a menina. Abaixou-se para que seus rostos ficassem na mesma linha. – Só vou quando você me der um beijo.
Samantha suspirou resignada... Aprendera a gostar do beijo de Chad... Ou teria finalmente aprendido a beijar?
O que importa é que ela realmente gostava de estar com ele, apesar dela sempre sentir-se deslocada ao lado dos amigos dele. Mas, desde o acontecimento de duas semanas atrás tudo ficara mais complicado. Ver Guilherme de mãos dadas para cima e para baixo com Electra parecia que era o mesmo que cravar-lhe um punhal no peito. E para piorar as coisas Chad estava ali. Um dos garotos mais bonitos do colégio, mais velho, irmão de sua amiga e completamente apaixonado por ela esta ali, pedindo-lhe um beijo... Respirou fundo e beijou-lhe os lábios rapidamente, mas ele já tinha as mãos segurando a cintura da menina e não permitiu que ela interrompesse o beijo. Samantha permitiu que ele a beijasse. Os lábios do garoto davam beijos macios, enquanto às vezes sua língua procurava pela dela... Quando escutaram o toque viram que ambos estavam atrasados se despediram, Samantha foi para às estufas e Chad foi para a sua aula de Aritmancia, com a nova professora...
Estavam divididos em grupo de quatro. Samantha, Holly, Ayasha e Nimphadora Tonks ficaram juntas. Um garota de olhos e cabelos muito pretos da Lufa-lufa. Ela e Samantha ficaram amigas no final do ano passado, ela também tinha aulas especiais com Dumbledore e Morgan... Samantha precisava controlar a sua mente, Samara, a sua magia – ficar resfriada tornara-se um risco, ela sempre espirrava labaredas pequeninas e perigosas de fogo – e Tonks, como prefere ser chamada, precisava controlar o próprio corpo em vários sentidos.
- Ai! – Holly exclamou quando Tonks bateu sem-querer numa colher de jardineiro e esta caiu no pé da menina.
- Desculpa! – tentou consertar o estrago, mas Ayasha e Samantha viram que ela ia deixar cair estrume nos preciosos cachinhos de Holly e foram acudir as duas.
- Eu gosto da Tonks, mas ela é muito desastrada... – Ayasha riu. Ela e Samantha foram pegar mais esterco do outro lado da estufa. Holly ficou podando a planta que trabalhavam enquanto Tonks ficara separando os galinhos... Pois estes eram de grande valor, pois serviam de fortificante tanto para plantas como para animais...
- Olha, só quem fala! Que eu me lembre foi você que derrubou a jarra de suco de abóbora ontem na mesa do jantar... – Samantha riu da menina. Mas ao lado estavam mais alguns grupos trabalhando em suas plantas, entre eles estava o de seus amigos da Grifinória. Guilherme ria gostosamente, contando algo para Troy, Sigfreud e Gustavo... Troy ficara vermelho enquanto os outros riam... Samantha não escutou Ayasha se defender, dizendo que fora acidente! Quando a amiga notou para onde ela olhava, deu uma risadinha de satisfação e disse:
- Ele e a Electra acabaram.
- Como? .... Hãn... Desde quando isso me importa? – perguntou mais notou que o coração batia mais forte.
- Não importa? Ainda bem... Meu irmão não ia gostar muito, sabe? – Ayasha deu uma piscadela marota para a amiga. A própria Ayasha disse que ela deveria ter deixado de ser burra e ter beijado Guilherme ali mesmo, no quarto da morta. Samantha perguntou por que ela odiava tanto o irmão. Ayasha apenas respondeu que não odiava o irmão, amava-o muito. E queria ele apaixonado por alguém que correspondesse, e queria o mesmo para Samantha. – Que bom que você não se importa. Pois parece, que já tem outra no lugar...
- Como?! – Samantha perguntou novamente espantada, deixou cair o balde que carregava e alguns alunos pararam para olhá-las.
- Mais trabalho e menos conversa, meninas! – A risonha profa. Sprout disse de sua barricada ensinando a alguns alunos o jeito certo de dar o corte.
- Ah... Bom, a fila tem que andar, né? Parece que é uma garota da Lufa-lufa... Samara a conhece... Mas como você não se importa...
Aquele foi um jantar realmente muito difícil para Samantha. Teria ido comer com Chad, mas este não estava lá, por conta de problemas da monitoria... Ela não tinha coragem de sentar-se sem a presença do namorado na mesa da Corvinal. E comer nunca esteve tão difícil para a garota...
- Ah, Merlin, sabe o quanto as aulas de Adivinhação me fazem bem! – ia dizendo uma menina loira de olhos verdes. Alyssa Halliwell estava sentada ao lado de Guilherme, que a exibia como a um troféu. Era muito bonita, e apesar de só está no terceiro ano da Lufa-lufa passava muito bem por uma quartanista. – Mamã é astróloga. Eu consulto os astros antes de por os pés fora da cama desde que aprendi a ler... E como papa foi um monge antes de casar... Ele viajou muito... Me ensinou a meditar... Mantras tão lindos... Eu posso te ensinar Guilherme...
Os garotos a olhavam com fascinação... Hormônios... Samantha pensou frustrada. Olhava a cada instantes para ver se Chad chegara, mas ele não apareceu. Quando a menina começou a cantar um mantra da paz e da felicidade interior, Samantha levantou-se. Seria impossível continuar ali daquele jeito.
- Cansaram das musiquinhas da Libélula Mística? – Samantha já estava de pijama, deitada de barriga para baixo tentando sem muito êxito ler um livro, quando as amigas voltaram, ainda não era tarde... Mas as duas disseram que estava com sono...
- Dá o que, Sam? – Holly perguntou, rindo muito...
- Daquela coisa falante e cantante... Por Merlin o que é aquilo? – Samantha perguntou sentando-se na cama.
- Libélula Mística?! - Ayasha riu muito – Quando ela ameaçou a começar uma coreografia lá, a gente levantou. Não tinha como...
O inverno chegou e com isso as visitas à Hogsmead diminuíram o que foi um alívio para Samantha. Porque na última, antes da neve encobrir a paisagem ela e Chad brigaram.
- Bom, Professora... A gente não brigou. Eu é que briguei com ele – a garota dizia sentada na cama da tia Morgan. Ela ia relatando o que a tinha deixado tão contrariada enquanto a tia arrumava as malas. No dia seguinte ela ia com as sobrinhas e a irmã passar o Natal fora de Hogwarts. Passariam o Natal em Paris – mas ele nem sabe.
- Você está evitando-o, Samantha? – perguntou enquanto fechava uma mala e abria outra.
- Quando nós estamos sós é: meu amor para cá, minha branquinha para lá... Mas quando estamos com aqueles amigos inconvenientes dele, ele nem liga para mim. Parece que eu nem estou ali...
- Você está evitando-o, Samantha? – a tia tornou a pergunta, mais um casaco foi colocado na mala.
- Estou! E estou com muita raiva... Muita raiva, mesmo! – Ao dizer isso um vaso ao lado da cama ameaçou espatifar-se no chão. Samantha o impediu de cair. E com a mente o colocou de volta ao seu lugar. Ela progrediu bastante em controlar objetos... Mas ainda invadia a mente das pessoas sem querer... Oclumência era relativamente difícil para quem não conseguia dormir depois das práticas...
- Algo me diz que não é só o Chad... – a tia comentou.
- É só o Chad, professora... – a menina bufou de raiva. Pegou alguns colares da tia que estavam espalhados sobre a cama e começou a colocá-los um a um no pescoço.
- Você é muito nova, Samantha. Acredite... Nem mesmo adultos conseguem manter um relacionamento normal, imagine duas crianças...
- Eu não sou uma criança! Tenho catorze anos e Chad, dezesseis...
- Eu sei, bruxinha... Mas eu acho que essa diferença é que tanto atrapalha... Ele tem os amigos dele, e lembre-se de que eles se conheceram antes de você chegar à escola...
- Você quer dizer que eu sou a intrusa?
- De certo modo... Sim! Concordo que Chad tem que aprender a conciliar as duas coisas... Mas como é que ele vai saber que você está incomodada se você não disser? – Vendo que a sobrinha estava mais calma terminaram de fechar as malas e desceram para o jantar.
Guilherme não trouxe nenhuma convidada para o jantar... O que foi um alívio, já que Samantha estava naquele estado. O jantar seguiu tranqüilo. A maioria dos alunos ia para suas casas. No final do jantar, Samantha que esteve esse tempo todo evitando olhar para a mesa do namorado, não pode evitar passar por ele enquanto se encaminhava para a torre da Grifinória. Chad que conversava com um grupo de monitores a puxou pela mão e pediu para que esperasse... Samantha viu sua turma seguir o caminho enquanto ela esperava Chad terminar de conversar.
- Pensou que ia para Paris sem se despedir de mim? – perguntou abraçando-a.
- Eu só viajo amanhã e você vai comigo no tr... – Ele capturou os lábios dela. Ficaram um bom tempo se beijando. Até que Samantha notou que o corredor estava muito silencioso. – Chad está tarde.
- Quem se importa?! – perguntou puxando sua cintura e dando muitos beijos em toda a sua face e pescoço.
- Chad! Podemos pegar detenção por isso! – exclamou tentando se desvencilhar dos braços dele, mas Samantha nunca era feliz nisso porque Chad era muito mais forte do que ela.
- Samantha, você tem idéia do quanto eu vou ficar sem te beijar? – Ele perguntou no ouvido dela, com a voz rouca, o que a incomodou muito. Ele voltou a beijar seu pescoço. Samantha sentiu cócegas e acabou rindo. – O que foi?!
- Nada, Chad... Se nós formos pegos aqui estamos perdidos... Você sendo monitor ou não! – ele olhou para ela analisando a situação...
- E se nós formos para outro lugar? – perguntou novamente próximo a ela.
- Chad... Não! – Samantha ficou muito vermelha com o convite. Tudo bem que namorar um garoto mais velho tinha suas vantagens, mas ela se cansava muito ao manter as mãos de Chad nos locais adequados... – Ai, sim... Se nós formos pegos é que vamos está perdidos... Você esquece que tenho duas tias que ensinam aqui? E que meu avô é o diretor? Eu não receberia só uma detenção...
- Eu não pretendo fazer nada demais, Samantha... Você é que fica pensando nessas coisas indecentes! – disse com uma cara muito lavada e cínica, Samantha deu um tapa em seu braço – Só quero me despedir à altura... Vai, por favor!
- Não. – disse se afastando dele. – Eu estou com sono, Chad – mentiu a garota – E eu acho melhor a gente só conversar depois que eu voltar... – ele fez uma cara de surpreso. Samantha estava estranha, mas estranha ela sempre fora...
- Tem alguma coisa errada, Samantha? – ele perguntou cruzando os braços.
- Tem alguma coisa errada, Chad? – Samantha fez o mesmo movimento. – Faz o seguinte... Eu vou para Paris e você para casa... A gente conversa quando voltarmos... – A menina caminhou até o fim do corredor, Chad que não tinha entendido nada ficou ali parado olhando-a se distanciar.
Stockard Warren mantinha uma grande maison em Paris. Localizado um pouco afastado da cidade e com um enorme jardim que circulava toda a grande maison. Era a antiga casa que Stockard morou com o primeiro marido.
Passavam épocas muito agradáveis ali. Lá elas não eram as Malditas Warren, eram apenas a Dame Picard, sua irmã, a dame Silver, e suas jolies sobrinhas. Nada de xingamentos, e olhares enojados quando elas passeavam pela rua.
Mais uma vez sua estada na Rue des Hérons foi muito tranqüila... Depois do ano novo voltaram para Inglaterra, Morgan e as garotas voltaram para Hogwarts e Stockard seguiu para Ottery St. Catchpole com Sally.
Com a morte de Jucelyn Parker, Hogwarts ficara sem professora de Aritmancia e a Sonserina, sem um diretor. Como o único ex-aluno da Sonserina, que lecionava no colégio, Severo Snape foi convidado a ser o diretor dessa casa. E Natalie Vector, ex-aluna da Corvinal, que tinha se formado há cinco anos foi convidada a ocupar a cadeira vaga. Ela tinha acabado de se formar na Universidade de Artes Ocultas, que se localizava no litoral da França, em Bordeaux.
Era uma mulher jovem, mas não teve dificuldade para manter a sala silenciosa e seus alunos em seus devidos lugares. Porque, geralmente, quem optava por Aritmancia era muito estudioso... Geralmente, não havia graves problemas com as turmas...
A turma do quarto ano prestava bastante atenção à professora, os alunos de todas as casas estavam lá, pois todos juntos davam um número de quinze alunos, não havia necessidade de mais de uma turma para casa ano escolar.
Samantha prestava atenção à explicação da professora. Tinham começado a estudar Cálculos Analíticos, que era o início do assunto dos N.O.M.s, pois todo o terceiro ano era introduzindo os alunos na matéria. A professora passara para eles uma tabela... teriam que copiá-la, mas mudando conforme os exercícios pediam...
Risinhos, interromperam a concentração da menina que sentava-se na terceira fila. Virou-se e viu de onde vinham. Guilherme e Electra estavam sentados atrás dela. Riam por algum motivo... o menino dizia algo no ouvido da corvinal e esta ria.
- Vocês querem prestar atenção na aula! – Samantha falou baixo. Electra pousou os olhos castanhos claros na menina à frente dela como se ali estivesse um inseto. Samantha prontamente respondeu o olhar.
- Warren, meta-se com a sua vida, sim! – era Guilherme ao lado da menina.
- Eu estou me metendo nela, Weasley! Vocês estão atrapalhando a aula com seus risinhos...
- Ao menos alguém tem que sorrir por aqui. – Guilherme rebateu venenoso. – A professora só está corrigindo...
- Por favor, vocês dois! Silêncio! Como pretendem entender a matéria! – A professora falou olhando para Samantha e Guilherme. Samantha com raiva voltou sua atenção para o seu material. Mas minutos depois os risinhos voltaram.
- Ah, assim já é palhaçada... – Samantha se virou. Guilherme olhava vermelho para ela. Não conversavam direito desde o que aconteceu com a falecida professora.
- Por que você tem que se meter em tudo o que não é chamada? – Bom, a briga se prolongou um pouco mais do que isso. Electra escutava calada enquanto os dois iam aumentando o volume de voz. Quando estavam em pé, se xingando mutuamente. A professora pediu silêncio e que os dois se retirassem da sala. Foram com um bilhete até a sala da profa. McGonagall. Ela não estava. Ficaram esperando em silêncio. Samantha com raiva, pois receberia a sua segunda detenção, e Stockard não deixaria aquilo passar em branco. “E nem é minha culpa!” Guilherme com vontade de continuar a discussão... “Porque ela tinha que ser metida? Não foi ela mesmo que disse que ‘eu não sou nada dela’?”
A professora só chegou quando as aulas terminaram, acompanhada da profa. Vector.
- Não quero explicações! – Minerva interrompeu Samantha que tencionava dizer algo. – Que absurdo! Discutirem em plena sala de aula! Que falta de respeito com a professora! Não esperava isso de você, Samantha! Sua tia será avisada... As duas! – Guilherme gozou um momento de felicidade ao vê-la baixar a cabeça triste – E sua mãe também, Senhor Weasley! – Guilherme sentiu um solavanco no estômago. Seria umas férias muito difícil... E o berrador, mais ainda. - Detenção! Os dois. Natalie, você decide qual será o castigo dos dois. – Sentou ao bureau. E ficou olhando os dois garotos, muito contrariada. Eram os melhores alunos de seu ano. Prováveis monitores, e ficavam de querelas e birras!
- Minerva, acho que foi apenas um desentendimento. Mas, eu acho que tenho a detenção correta. Bom, eu estou muito ocupada, e não tive tempo de arrumar todo o material de estudo e pesquisa da professora Parker...
- Ah, sim... Já falamos sobre isso... Você disse que tinha dois alunos em mente para ajudá-la.
- Sim. Os alunos do terceiro ano, mal sabem a diferença entre números ocultos e números invisíveis. Os do quinto ano estão muito ocupados com os NOM’s e os do sexto e sétimo estressadíssimos com os NIEM’s. Só me resta os do quarto ano! E, apesar do péssimo comportamento agora há pouco, srta. Warren e o sr. Weasley tiveram as melhores notas do ano passado... Eles poderiam me ajudar a separar o material, os livros e os fichários. Ali tem quase sessenta nos de estudo...
Samantha e Guilherme sentaram-se nas poltronas e professora explicou o que eles tinham que fazer. Bom, não era exatamente um castigo, mas toda a catalogação duraria meses. Guilherme afundou na poltrona ao se lembrar da quantidade de estantes que tem a sala. Samantha fez o mesmo, mas ao lembrar que perderia boa parte da noite trabalhando ao lado de Guilherme.
Já fazia dois meses que toda sexta-feira a noite, e quando tinham tempo ao final das semanas, eles trabalhavam no antigo escritório de Jucelyn Parker. O inverno já tinha ido embora definitivamente e era uma noite insuportavelmente quente.
As brigas entre os dois já tinham diminuído e concordaram em fazer o trabalho juntos o mais rápido possível. A professora sempre ficava lá, mas esta noite teve uma reunião entre todos os funcionários e o diretor da escola. Gui analisaria as tabelas numéricas sozinho, já que agora Samantha encontrara um estudo a parte de Runas Antigas. Célticas, arábicas, umas que provavelmente eram africanas... Ela tinha que analisar tudo só, já que Guilherme não estudava Runas, para isso sempre pedia ajuda a Chad, já que ele estava bem mais avançado do que ela. Com isso o casal fez as pazes, antes mesmo de brigarem.
Sam levantou-se do bureau com três livros grossos e os levou até a estande, subiu os três degraus da escadinha de madeira. Nessas horas, Guilherme sempre aproveitava para ver as pernas da garota.
Ela era sua vizinha e se conheciam desde sempre, mas também estava se transformando numa das garotas mais bonitas de Hogwarts. “Qual o problema em olhar?”
As meias dela iam até a metade da perna, pois estava muito quente para meias grossas e compridas. Nesses míseros segundos, ele olhava a silhueta da menina. Os cabelos negros, presos por uma fivela apenas para não atrapalharem a sua visão. O uniforme era impecável pois as tias compravam um novo todo ano. A saia, não muito curta, mas que dava para ver o suficiente, para tirar a concentração do garoto que já se interessava pela beleza das garotas. Um pouco precoce, como ouvira o pai dizer numa conversa séria, mas agradável que fizera ela se sentir mais à vontade e responsável sobre esse assunto.
No entanto, seus pensamentos em relação a “amiga” oscilavam entre o “irresponsável” e o esforço enorme que fazia para se impedir de trucidá-la, quando ela o provocava, ou beijá-la, quando ela ficava daquele jeito. Serena, concentrada e mordendo levemente o lábio inferior. Assim como tinha acontecido no ano passado no escritório da professora. Tivera vontade de protegê-la, nunca a tinha visto assustada.
Lá, ficara mais do que claro para o garoto que ele não pensava em Samantha como antes. Ela decididamente não era mais a sua vizinha rica que ficava importunando-o, e estava muito longe da garotinha infeliz que ele vira se despedir da família em King’s Cross há quatro anos.
Ela desceu e caminhou até a janela e a escancarou. Tirou o colete do uniforme e jogou-o em cima da mesinha onde Gui colocava os pergaminhos e os pés e se sentou ao lado dele.
- Já terminou? – perguntou ele fixando o olhar no milésimo pergaminho.
- Já. O resto eu olho amanhã. Minhas costas estão doendo – disse se espreguiçando feito uma gata manhosa ao lado de Gui, que não pode deixar de notar que não era só as pernas da garota, e sim todo o resto que o traía. Ela chegou mais perto e exclamou:
- Ah não, essas malditas tabelas ainda não acabaram!?
- Está vendo essa pilha aí na no centro? – apontou para uma pilha de pergaminhos grandes de quase um palmo de altura – faltam esses para depois a gente começar os fichários.
Ela suspirou, cansada, e se encostou totalmente no sofá. O sofá era branco e pequeno, dois lugares apenas. Gui notou que ela agora estava bem próxima ao seu ombro.
- Só vamos terminar na noite de formatura! Daqui há três anos!
Gui soltou uma gargalhada e colocou o antigo pergaminho numa pasta e se encostou também virado para ela, se apoiava num braço.
- Péssima idéia, não quero passar esse tempo todo aqui com você! – disse divertido.
Samantha fixou o olhar nele. Intrigada com aquele sorriso que ela sempre via ele distribuir para suas “amiguinhas”... Será que Guilherme estava jogando o seu charme para ela? ”E por que não entrar na brincadeira?”
- Até parece que você não gosta da minha companhia, Weasley! – finfiu estar chocada.
- Ah, srta. Warren, pensei que você já tivesse notado que não! – disse pegando uma mecha de seus cabelos negros e enrolou nos dedos – Pensei que já tivesse se conformado... tsc, tsc...
- Isso é verdade – disse repousado uma mão na gravata dele. O contato com a mão pequena da garota o fez levar um choque. – Mas da companhia das minhas pernas você gosta, não gosta?
Um pimentão era mais pálido que Guilherme naquele momento. Abriu a boca duas ou três vezes tentando responder. Ficou tão embaraçado que largou os cabelos dela de qualquer jeito. A menina fitou-o por longos segundos. Depois deu uma gargalhada alta e descontrolada. Ele se afastou. Ainda olhando-a de boca aberta.
- Gui, você é inacreditável. Você acha que eu não percebo os seus olhares... – tentou se controlar para continuar a falar – Até que você fica bonitinho, todo corado... Não dá para distinguir seus cabelos do rosto! – Olhava para ela sério, ainda vermelho, mas o coração tinha voltado a bater no local certo.
- Então você gosta de me provocar, srta. Warren?
- Não! Só de infernizá-lo! Como você disse uma vez, eu tenho feito isso desde sempre! – depois de uma pausa completou – O que você pretendia jogando o seu charme barato para cima de mim? Não sou idiota feito a Alissa e muito menos uma... Humf... Você sabe muito bem o que acho da King! – disse voltando a repousar ao lado dele. Estava satisfeita em ter dito tudo aquilo. Mas Guilherme não gostou nem um pouco de escutar. Seu sangue estava fervendo nas veias. Ela podia muito bem andar para cima e para baixo com o Chad. Quantas vezes ele não vira-os indo para a sala da monitoria, quando não tinha ninguém lá? E ele não podia ter suas namoradas? Se bem que ele praticamente tinha as duas ao mesmo tempo. Uma semana estava com Alyssa, mas depois ele acabava ficando com a Electra, e Alyssa brigava com ele. Mas ela sempre voltava depois... “Não importa! Ela não pode se meter na minha vida! Foi ela que me tirou da vida dela!” Enquanto ela falava, ele teve vontade de trucidá-la ali mesmo. Raiva, muita raiva. Esganá-la seria a melhor maneira. Mas de repente seu olhar caiu nos lábios de Samantha, que se moviam sem parar e depois pararam, descansadamente. A boca perfeitamente desenhada, com o lábio inferior levemente mais carnudo que o outro. Estava na hora de dar uma lição nela.
- Sabe, Samantha? Ultimamente, você anda muito mal-comportada. Acho que detenções e trabalhos extras ao estão surtindo efeito algum!
- O que é que você tem a ver com isso?
- Acho que terei que castigá-la eu mesmo... – Samantha ia responder algo sobre Guilherme não ser seu pai, ou algo parecido. Mas não teve tempo para isso. Pois o garoto, rapidamente, beijou-a. Ele simplesmente segurou seu rosto e encostou seus lábios nos dela. Sua intenção não era apenas beijá-la, queria irritá-la e muito!
O cérebro de Samantha gritava: Ele está me beijando! Tentou empurrá-lo, mas ao sentir o movimento ele segurou suas mãos e a pressionou contra o sofá. Manteve os lábios dela presos entre os seus, os braços ainda se debatiam. Guilherme a soltou depois de um tempo. Ficaram se olhando por segundos decisivos. Samantha não pôde acreditar quando se viu sentada no colo dele. Ele a puxou pela cintura e a fez passar as pernas sobre as dele. O beijo foi mais intenso dessa vez. Samantha passou os braços em volta do seu pescoço, enquanto ele explorava sua boca. As línguas se encontravam para logo depois se separarem. Agora, o cérebro dela esperneava: Não! Eu é que estou beijando!
Samantha não conseguia respirar. Toda vez que ela tentava cessar o beijo, Guilherme procurava seus lábios de novo. As mãos delas repousavam no pescoço dele e arrepiavam os cabelos ruivos. Os lábios sempre colados, enquanto as línguas se buscavam. Não havia pensamento algum, na mente de nenhum dos dois. Ficaram um bom tempo assim. Ela sentiu a mão dele deslizando sobre a sua roupa. Desceu pela cintura, seguiu o caminho da saia até a perna. Paralisou quando sentiu que ela estava na parte descoberta. Guilherme aprofundou mais ainda o beijo, enquanto sua mão percorria preguiçosamente a perna da garota.
Quando sentiu a mão percorrendo perigosamente a barra de sua saia, levantou-se e afastou-se, aterrorizada, do sofá. Ambos estavam muito vermelhos. Guilherme tinha o cabelo completamente despenteado, e o olhar grudado nela, esperando uma reação. Como essa não veio ele quebrou o silêncio.
- Desculpe-me! Não era minha intenção ir tão longe... Me descontrolei. – Se levantou do sofá também. Afastando-se dela.
Samantha olhava sem entender nada. Um minuto ele a beijava daquela forma, e agora ele pedi desculpas? Pela primeira vez na vida ela ia bater em Guilherme Weasley, mas a única vontade que sentia era que ele voltasse a beijá-la.
Depois de um silêncio constrangedor, ela abriu a boca, mas Guilherme interrompeu-a:
- Digamos que estamos quites! – disse se referindo ao fato de que ele a fez ficar vermelha, assim como ela tinha feito com ele. Ela olhou para ele incrédula. Agora, sim, ia bater nele. Mas antes que respondesse ou fizesse algo, a porta se abriu e a professora Vector disse:
-Vocês estão aí há quase três horas! Perdão... A reunião se prolongou muito e eu não tive como mandar alguém pra mandar-lhes para a Grifinória! – a professora falava sem parar, enquanto arrumava muitos papéis. Mandou os alunos recolherem seus materiais – Guilherme, feche a janela, sim? Esse calor todo só pode ser chuva... Samantha, por favor, vá mais rápido nisso! Vou acompanhá-los até a Grifinória... Céus, não vou me perdoar. Está muito tarde!
Arrumaram tudo e foram acompanhados pela professora até a torre em silêncio. Desejaram boa-noite a ela. Guilherme disse a senha: orvalho da manhã.
Entraram na sala comunal vazia. Ele se dirigiu para a escada, mas Samantha parou no meio da sala.
- Você não vai dormir? – disse sem olhar para ela.
- Você está esquecendo algo. – disse lentamente. Guilherme deu a volta parou perto dela. Colocou o material no chão e pegou um fichário com os pergaminhos daquela noite. Colocou-os de qualquer jeito em cima de uma mesa.
- Depois você me entrega.
- Não era disso que eu estava falando. – e empunhou a varinha na mão e na outra rodou a varinha de Guilherme entre os dedos. Tinha um sorriso cínico estampado nos lábios.
- Parabéns, Samantha! Você tem mãos rápidas. – disse se aproximando dela - Agora devolve!
- Sou descendente de ciganos... Eles têm estranhas habilidades. – rodou mais uma vez a varinha - Já parou para pensar no que a sua mãe faria se quebrasse acidentalmente? – Ele parou a um metro dela, estava com muita raiva.
- Se você fizer isso... Só por vingança... – respirou fundo – Tudo bem! Meus pais me matam, mas só depois que eu fizer isso com você!
- Hum... Weasley... Que violento! Não é esse tipo de vingança que eu tenho em mente. Muito pueril! – Apontou as duas varinhas para o garoto, até encostá-las no seu pescoço e outra em sua barriga.
- Posso saber qual é o tipo? – perguntou engolindo em seco, imaginando com qual feitiço ela ia azará-lo.
- Já que insiste! – Foi a vez de Samantha beijá-lo. Ele não tinha notado o quanto os lábios da menina eram tão macios. Ela o beijava de forma calma, e o fazia caminhar para trás até cair em uma poltrona. Samantha o olhou de forma fria, enquanto ele pedia mais com os olhos. Foi tudo muito rápido
Guilherme não pode acreditar no que ela estava fazendo. Samantha ficou de joelhos na poltrona com cada perna ao lado das dele. E voltou a beijá-lo, mas não com agressividade. Uma doçura foi se apoderando do corpo do garoto lentamente. Toda vez que Guilherme queria ir mais depressa, ela o acalmava com o peso de seu corpo.
Tentou abraçá-la, queria-a mais próxima, mas ela pressionou as varinhas nele, mostrando que ela estava no comando dessa vez. Guilherme sentia calafrios no estômago. Um choque percorria seu corpo toda vez que ela massageava sua língua com a dela.
Samantha interrompeu o beijo, saiu de cima dele e jogou a varinha dele em cima da mesa. Pegou o seu material e o que ele havia deixado para ela.
No segundo andar da escada, virou e disse para um abobalhado Guilherme Weasley ainda sentado na poltrona e que tinha aberto os olhos há pouco tempo:
- Agora, nós estamos quites! Boa noite, Weasley!
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