Seqüestro de Sangues-Ruins.
Segundo dia de pesquisa sobre a missão Olho de Merlim.
Pela manhã Gina e Harry trabalharam arduamente em um relatório para entregar ao Ministro, pois esse achava que haveria um atentado contra ele na sua magnífica festa a fantasia. Na opinião de Harry e Gina pura mentira, pois não existia nada que os levasse a pensar em tal hipótese.
Depois de praticamente engolir a comida e sem trocar palavra eles foram até casa dos familiares das vitimas de seqüestro. Dois trouxas que trabalhavam para o Mistério da Magia como recepcionistas no balcão de atendimento central e eram irmãos.
- Sim? Quem é? – diz uma voz feminina por trás da porta logo após Harry ter tocado a campainha.
- Somos do Ministério minha senhora. Viemos conversar com os pais dos rapazes seqüestrados. – diz Harry e a porta se abre.
- Desculpe pela desconfiança, mas é que os donos da casa estão muito chocados e temerosos. – diz uma senhora meigamente se afastando da porta para que Harry e Gina pudessem entrar.
- Não tem que se desculpar, faz bem em agir assim! – tranqüiliza Gina com uma doçura que da arrepios na nuca de Harry. – a senhora pode chamar os donos da casa?
- Claro minha querida! Sentem-se e em alguns minutos eles estarão aqui. – diz os levando a uma confortável sala de estar com as cortinas entreabertas em tom vermelho assim como a cor dos estofados.
- Como é mesmo o nome deles Potter? – pergunta Gina seca.
- Sr e Sra Smiley minha flor! – diz Harry sendo sarcástico.
Gina nem teve tempo de ralhar com ele porque os donos da casa já vinham recebê-los. Eles se levantaram.
- Sr Smiley, Sra Smiley, eu sou Harry Potter do departamento de DCAT e essa é minha adorável parceira Ginevra Weasley. – diz Harry apertando a mão de ambos. Enquanto Gina lhe lançava olhares cruéis.
- Então caro Sr Potter, é uma grande honra receber o Senhor e a Senhorita Weasley, porque diga-se de passagem acompanhei toda a sua luta e me lembro da senhorita nessa confusão toda. – diz o Sr Smiley dando uma olhada furtiva para Gina, enquanto sua mulher apenas sorria. – É bom saber que temos aurores de intensa competência trabalhando para resgatar meus filhos. Como posso ajudá-los nas buscas?
- O Sr poderia começar nos contando o que aconteceu no dia em que eles desapareceram. – diz Gina tirando de sua bolsa um caderno de anotações e uma pena de repetição rápida roxa.
- Claro minha querida. Nada mudou desde que descobrimos que eles não eram dotados de magia...
- Abortos, simplesmente abortos minha linda. – diz a Sra Smiley interrompendo o seu marido.
- Nós havíamos entendido Sra. – diz Gina assustada com a falta de jeito da mãe ao falar no problema dos filhos. E reparou também que o Sr Smiley desaprovou a reação da mulher que voltou a esboçar o mesmo sorriso automático e estranho.
- Como eu ia dizendo... eles são gêmeos. Tenho fotos, espere um pouco. Felipa, Felipa... por favor traga uma foto dos garotos para os agentes. – junto com as fotos Felipa, a empregada, trouxe uma bandeja com chá e biscoitos para todos. Gina aceitou educadamente, mas estava muito desconfiada e decidiu apenas fingir que tomava o chá, mas ao olhar para o lado viu que Harry se preparava para um grande gole quando viu que ela olhava de uma jeito que queria dizer “Nem sonhe em beber essa coisa!”. Ele entendeu o recado e apenas fingiu bebericar o chá. O Sr Smiley entregou para Gina a foto de dois rapazes idênticos com sorrisos forçados e olhos tristes, seus cabelos eram pretos, bem parecidos com os do pai, assim como o nariz meio achatado, pescoço curto, e não demonstravam ter qualquer traço vindo da mãe. – Lindos não são? – disse o Sr Smiley. E Gina afirmou sem muita certeza da beleza. – O da direita é o Franck e o da esquerda o Marck, são ótimos rapazes. Filhos do meu primeiro casamento com Eivy McDom, ela era trouxa e faleceu quando eles tinham 6 anos, três anos mais tarde eu conheci e me casei com a Brieta. Todos nos entendemos muito bem até que chegou a idade deles entrarem para a escola e eles não demonstravam qualquer traço de magia, fiquei triste sim, mas não muito afinal nada iria mudar no meu amor por eles, mas minha querida esposa Brieta – e olhou com desgosto para o lado. – que vem de uma família de puro sangue assim como a minha, só que bem mais conservadora, encarou tudo de forma diferente. Os garotos cursaram escolas trouxas mais sofriam de constantes maus tratos por parte dela. E não me olhe assim, eu vou contar tudo até o fim, eu quero meus filhos de volta. – disse ele com a voz embargada.
- Espero que saiba bem o que esta fazendo Ralf, vocês não sabem, ou melhor sabem com o que estão lidando. – disse Brieta rindo e saindo acompanhada de Felipa.
- Pode nos explicar que diabos esta acontecendo? – disse Harry
- Claro meu rapaz! – disse Ralf. – Ela batia neles e os torturava com o Crucius, eu nunca desconfiei, achava que ela gostava deles, pelo menos era isso que parecia no começo, ela os tratava como os folhos que ela não pode ter, mas a partir do dia em que descobrimos a falta de magia neles ela mudou. Me envergonho de não ter me separado dela, só que apesar de tudo eu a amo muito e a perdoei com a condição de que nunca mais ela tocaria a mão nos meus filhos. Assim que eles se formaram eu arrumei o emprego de atendente para eles. Seria apenas temporário mas eles gostaram de lá e ficaram. – parou um pouco para enxugar sua testa.
- Ela não os incomodou mais Senhor? – pergunta Harry.
- Não por um bom tempo. – Ralf deu um muxoxo. – O irmão dela era comessal meu caro Eleito e ela achou que com isso teria novamente seus bonecos de tortura. Na época em que o Vol... Vol...
- Voldemort? – diz Gina impaciente.
- Sim! Desculpe ainda é difícil falar o nome dele. – suspira. – Na época que ele estava tentando retomar o seu antigo poder ela deu meu filhos em sacrifício.
- Desculpe?! Acho que não entendi! – diz Gina.
- Ela pediu que matassem meus filhos, retirassem a vergonha de sua vida e eles tentaram levar meus filhos. – limpa mais uma lagrima – Eu lutei como nunca havia lutado por nada na vida. Espírito da Grifinoria nunca morre meus caros e eu venci. Machucado mas venci. Não tive coragem de entrega-la e apenas mantive ela fora do alcance de meus filhos. Um feitiço antigo chamado Repulsse que impedia que ela os tocasse os fizesse qualquer mau a eles. Durou muitos anos mais eu reparei que recentemente o feitiço estava enfraquecendo, mas não me preocupei em refaze-lo porque meus filhos estavam para se mudar daqui. Eles mudariam no fim da semana.
- E então ela mandou alguém aqui para pega-los antes da mudança, certo? – pergunta Gina olhando para a pena que se agitava freneticamente sobre o papel.
- Não sei dizer! - diz Ralf.
- Como assim? – pergunta Harry com a sobrancelha levantada.
- Ela diz que não tem nada a ver com isso, mas anda o tempo todo com um sorriso estranho nos lábios que me da calafrios, não é típico dela. E sabe o que me deixa mais encafifado?
- O que? – perguntam Harry e Gina juntos.
- Ela foi visitar um primo em quinto grau três dias antes dos meus meninos sumirem. Foi a partir desse dia que ela ficou tão estranha. – novo suspiro.
- Que primo é esse? – pergunta Gina.
- Um rapaz meio estranho sabe! Só fala em vassouras de corrida e em como pode melhora-las. Na ultima vez que veio aqui me disse que fez uma grande descoberta que iria fazer suas vassouras irem ate a lua. Um tal de... – um clarão vermelho invade a sala e passa raspando na orelha de Ralf.
- Você não vai estragar os planos dele! Ele precisa dos seus malditos filhos e do sangue ruim deles. – Brieta estava de volta a sala empunhando a varinha e com os olhos meio virados e uma voz que não parecia a sua, como se ela estivesse possuída ou enfeitiçada. – O poder do olho me domina agora e nem o Eleito irá me deter. – Gina tinha os reflexos mais rápidos que Harry registrou em alguém, nem mesmo Marry era assim tão rápida.
Brieta havia lançado um feitiço na direção de Ralf e Gina contra atacou com um Protego enquanto Harry imobilizava Brieta com um Impedimenta. Ralf estava desmaiado de susto no chão e a empregada vinha desabalada para o meio de toda aquela confusão.
Mas para espanto de Harry Felipa apontou para ele sua varinha e começou a dizer o feitiço.
- Avada... – e nesta hora Gina gritou:
- Expeliarmus. – e a varinha de Felipa saiu voando. – Harry você esta bem? – sim ele estava bem, Sua amada tinha acabado de salvar sua vida.
- Imobilus! – disse Harry.
- Harry! Tem certeza de que esta bem? Aquela mulher ia... ela... ela ia! – e abraçou Harry como se sua vida dependesse disso.
- Meu amor! Eu estou bem, juro! – e deu um sorriso ao sentir o perfume floral nos cabelos dela.
Um murmúrio fez Gina acordar de seus sonhos. Saiu do abraço sem jeito e não fez nenhum comentário sobre isso e se sentia uma idiota quando olhava para Harry que não tirava dos lábios um lindo sorriso. Ralf estava acordando. E se sentou em uma poltrona com a ajuda de Harry.
- Ó Merlim! – disse Ralf ao ver sua mulher e empregada completamente amarradas no chão.- Brieta o que você fez?
No entanto ao invés de Brieta foi Felipa que respondeu:
- O meu Senhor precisa de sangue sujo para transformar o mundo. Mas nosso sangue puro também terá de ser derramado.
Foi a cena mais grotesca que Gina viu em toda sua vida. O pescoço de Felipa estava sendo cortado por uma faca invisível e ela sorria com o olhos vidrados e saltados. Brieta se contorcia tentado escapar das cordas.
- Não! Ele não pode fazer isso comigo! Ele disse que queria apenas sangue sujo. – Brieta chorava e esperneava até que ela parou e seu pescoço também começou a ser cortado.
- Solte ela! – gritou Ralf e Harry a soltou, mas nada poderia ser feito.
Felipa jazia inerte no chão e Brieta só teve tempod e dizer:
- Sinto muito meu amor! – e num engasgo ela se foi.
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Ralf dava depoimento na sala de Tonks enquanto Harry e Gina comentavam sobre o ocorrido.
- No fim ela se arrependeu por amor! – diz Harry comovido.
- É verdade! E eu espero que o Ralf fale o nome do tal primo de quinto grau, ele é peça...
- Gina, Harry! – era Tonks na porta de sua sala que os chamava. E assim que eles entraram, encontraram um Ralf tristonho, com as faces muitos coradas e olhos vermelhos. Provavelmente ele chorou durante todo depoimento. – O nosso amigo Ralf disse o nome do tal primo e eu não tenho boa noticias para vocês, principalmente você Gina.
- É! Eu já imaginava! – disse Harry serio, tão serio que Gina ficava cada vez mais assustada.
- Que? Imagina o que? – ela estava exasperada. – Senhor Ralf, me diga o nome, por favor! – no fundo ela já sabia.
- Ben Darvin. Aquele das vassouras. Eu nuca imaginei que aquele garoto, sabe? Ele era um sonserino bem chatinho com essa história de sangue puro, mas fazer isso tudo... eu não imaginaria. – disse Ralf com um suspiro no final.
- Bem? – disse Gina. – Não pode ser! Ele é meu namorado! Ele seria incapaz e ele é Corvinal e... e... não pode ser! – e saiu da sala.
- Namorado dela? – disse Ralf. – Não deixe ele encostar nela meu rapaz. – e segurou firme nos ombros de Harry. – O Bem não era contra apenas dos sangues ruins, como também dos traidores do sangue. Sei que você me entende. E sei que você ama! Não perca esse amor! Vá... Vá atrás dela!
- Tonks? – disse Harry.
- Pode ir! – disse.
Quando a encontrou ela o abraçou com mais intensidade que na hora em que salvou sua vida. Ficaram em silencio. Os únicos ruídos eram os soluços de Gina.
Depois de algum tempo Harry olho em seu relógio e viu que era fim de expediente.
- Vamos pra casa ta?
- Que casa? – pergunta Gina na defensiva.
- Minha casa! – e passou a mão no rosto dela para limpar mais uma lagrima quente que escorria no rosto de Gina. – Não aceito não como resposta, e não quero deixar você desprotegida.
- E minhas coisas na casa na Mione? – ela ainda estava meio relutante.
- Eu mando buscar. Vamos? – e da um beijo da testa dela.
- Então eu vou! – diz com um sorriso meigo. – Mais com uma condição.
- Qual? – pergunta ele de sobrancelha em pé.
- Vamos dormir em quartos separados e você vai ter que usar alguma coisa durante a noite. Certo? – diz ela enquanto Harry aprecia o perfume floral de que gosta tanto.
- Você é que manda. – quando Harry disse isso eles entraram em uma das lareiras no Saguão do Ministério e Harry disse. – Residência de Harry Potter. – e um rodopio ele e Gina sumiram dali abraçados.
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Aló especial para: Ana Eulina
Obrigada querida, seu comentario me deu coragem de escrever!
BeijO
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