Madrugada infernal
18º capítulo – Madrugada infernal
No dia seguinte estávamos cruzando o país. Saindo da cidade de Luxemburgo e passando por cidades como Schuttrange, Grevenmacher, Wasserbillig, Graulinster, Mersch e Saeul, onde nos hospedamos e arrumamos empregos temporários. Ficamos lá seis dias, contando o dia em que chegamos. No sextagésimo sétimo dia de viagem lá estávamos nós, viajando de novo.
De lá então para Redange, Bettborn, Grosbous, Feulen, Hiederscheld, Wiltz e Clervaux, nossa última cidade de Luxemburgo. A fronteira foi cruzado no sexagésimo oitavo dia, o comecinho dele para ser mais exata, já que eram mais de três da manhã quando arrumamos um lugar para ficar em Bastogne. Isso aí, foi o que pensei quando me deitei naquele momento, lá estávamos nós na Bélgica.
Draco acordou mais cedo que todos naquele dia. Sem ter mais o que fazer, continuou deitado na cama. Deixando o pensamento vagar por todos os lados, acabou indo parar em Londres. Sabia que não deveria ter terminado com Pansy tão bruscamente, mas tinha sido o único jeito de finalmente ser independente. Ele não queria dar satisfações a ninguém, ou se preocupar com coisa alguma.
Em Bastogne Gina tinha reservado dois quartos, um para ele e Blaise e outro para ela e Star. Ela tinha dirigido por uma meia hora, percorrendo a distância entre Grosbous e Feulen. Pouco tempo depois ele dormiu de novo, acordando quando o sol já estava alto. Blaise acordou no mesmo instante, entrando no banheiro antes mesmo que ele pudesse reclamar. Draco levantou e mexeu em sua mochila. Hoje ele e Gina iam usar a lavanderia do hotel, por causa da maldita aposta que perderam em Luxemburgo.
-Quero ver tudo bem limpinho Malfoy – Blaise disse, saindo do banheiro.
-Como é? – Draco perguntou lentamente, soando indignado.
-Isso aí – Blaise confirmou, atirando uma pilha de roupas em cima de Draco.
***
Gina abriu os olhos assustada. Star também estava acordada. As duas meninas se olharam em silêncio. Um segundo depois corriam desesperadas pelo corredor na direção do quarto de Blaise e Draco. Star abriu a porta com tanta violência que quase caiu dentro do quarto.
-O que houve? – ela perguntou aflita, correndo até Blaise e fiscalizando-o – Porque o grito? O que houve? Fala!
-Draco – Blaise disse baixinho, Gina olhou curiosa para ele, vendo que Blaise tinha falado daquele jeito porque estava tendo um acesso de risadas – Olhem!
As duas meninas olharam Draco, com montes de roupa em volta dele. Ele olhou emburrado para elas.
-Eu só gritei “Blaise” – ele ergueu as mãos irritado, chutando as roupas para o lado – Não precisava arrombar o quarto Star.
-A porta estava aberta – ela disse séria – Vocês não têm juízo?
-A porta estava trancada, Little – Blaise falou para ela com um sorrisinho – A maçaneta caiu quando você entrou.
-Nossa – Gina riu, vendo a maçaneta perto de seu pé – É verdade. Cara, olha a qualidade das portas daqui.
-Gina! – Star gritou de repente. Gina viu Star cobrindo os olhos de Blaise e apontando freneticamente para ela.
-Weasley – Draco zombou dela, balançando a cabeça enquanto apontava para algo na cintura dela – Não sabia que você dormia tão a vontade.
Em choque Gina olhou para baixo, vendo apenas sua blusa de frio e sua...Calcinha? Com um grito desesperado ela voltou correndo para o quarto. Blaise e Draco começaram a rir alto, Star foi atrás dela.
***
-Você derramou água – Gina acusou Draco enquanto descia da bancada e andava até ele – Assim acaba a água daqui.
-Nossa, falou a drama queen – ele disse irritado – Foi só um pouco.
-Não discuta – ela ergueu a mão solenemente – Observe quem sabe fazer – ela colocou as roupas nas três máquinas do hotel e olhou de um jeito superior para ele.
-Sabe Weasley, vermelho é a sua cor – ele disse só para provocá-la – E não digo isso só porque sua calcinha era dessa cor mas...
-Idiota – ela murmurou, ficando vermelha na mesma hora. Jamais, em toda a sua vida, se perdoaria por aquela distração – Eu achei que um de vocês tinha morrido.
-Ah Weasley – ele cantarolou – Mas que vergonha hein?
-Vou quebrar sua cara – ela disse, dando um passo na direção dele. Draco riu mais e derrubou sabão no chão.
Gina escorregou e caiu em cima dele, levando os dois direto para o chão. Um tombo sensacional diga-se de passagem.
-Ah que horror! – ela reclamou, tentando levantar – Olha o que você fez.
-Mas você caiu em cima de mim! – ele disse indignado, sentando-se no chão e ajudando Gina a fazer o mesmo – Ótimo, estamos molhados.
-É só sabão e água – ela deu de ombros, tentando ignorar o segundo momento mais ridículo de sua vida, depois da cena da calcinha, é claro – Você me trás azar – ela constatou.
-Foguinho...Porque você não aceita que é estabanada?
-Eu não sou FDB – ela disse, e ele riu divertido
-É sério, você é um desastre.
-Sou nada – ela disse, tentando levantar mais uma vez. E caindo mais uma vez. Draco riu alto, vendo-a sentar-se no chão – Droga! – Gina reclamou – Minhas costas estão doendo. E para de rir!
-O que é isso? – os dois ouviram alguém perguntar e olharam para cima.
Blaise e Star olhavam curiosos para eles.
-O que vocês fazem aí no chão? – Blaise perguntou, ainda parado na entrada da lavanderia – Quer saber? Não respondam. Vamos amor – ele pegou a mão de Star.
-Eu disse que eles estavam se dando bem – Gina e Draco puderam ouvir Star dizer para Blaise enquanto eles saiam de lá. Os dois se olharam e riram.
***
Antes que a tarde caísse eles decidiram que seria melhor continuar a viagem, dessa vez em direção a Bruxelas, onde se hospedariam por um ou dois dias. Quando passaram por Rochefort, Blaise e Draco estavam no banco da frente. Draco dirigiu de lá até Marche-em-Famenne, Dinant e Charleroi. A partir de lá Blaise assumiu a direção, passando por Namur, Soignies e Nivelles, onde passaram o resto da noite e boa parte do dia. No começo da tarde saíram de lá, dessa vez Star foi dirigindo e Blaise foi na frente com ela, ajudando-a. Bruxelas estava cada vez mais perto.
-Não acho nenhuma estação boa – Blaise reclamou com um suspiro inconformado – Cara, isso está acabando comigo.
-Deixa de drama – Gina disse rindo – Coloca um cd qualquer aí...
-Desde que não seja Hilary Duff – Draco a cortou. Gina fechou a cara para ele, e voltou a encarar a paisagem.
-Tem chips? – Blaise perguntou, virando-se para Gina – Estou morrendo de fome.
-É, já é mais de onze da noite – Gina disse sensibilizada, puxando a sacola de compras e jogando um saquinho de chips para Blaise – Nós bem que podíamos ter jantado. Sabe, em pouco menos de uma hora estaremos, oficialmente, viajando a setenta dias.
-Tudo isso? – Star perguntou surpresa, roubando um chips de Blaise – Nossa, faz mesmo muito tempo.
-Incrível – Draco murmurou – Você cronometra tudo Weasley. Aposto que sabe tudo sobre o carro e...
-Eu não sei nada do carro – Gina riu – Sério. Só sei da gasolina, e olha lá.
Star bocejou e leu rapidamente uma placa.
-Duas horas e meia de viagem – ela disse aos três – Talvez três, se eu for com cuidado. Acho que em pouco tempo estaremos passando por Waterloo.
-Não vejo a hora de conhecer Bruxelas – Blaise disse com um sorriso animado – Porque sabe? No fim das contas...Estrada é estrada. Na Suíça ou Itália. Agora as cidades...Bem, lá tudo muda – e como.
***
-Blaise isso é normal? – Star perguntou para o namorado, cutucando-o rapidinho – O que é essa luz vermelha piscando?
-Que? – ele se inclinou para o painel – Para o carro! – gritou de repente. Star assustou e jogou o carro no acostamento.
Draco e Gina, que dormiam sossegados no banco de trás, foram arremessados com violência para a frente. Nada sério, além do susto.
-Aí! – Gina gemeu e massageou a testa – Que foi Star?
-Ah Deus! – Draco disse alarmado, vendo a luzinha vermelha piscando – Sabe, acho que estamos com o carro quebrado.
-Olha gente – Star desligou o carro e encarou o namorado, olhando para Draco rapidamente também – Eu já vi muito filme americano, e não vou dançar nem cantar em lugar nenhum para arrumar dinheiro.
Gina deu uma risada incrédula. Draco e Blaise olharam para ela, imaginando o que fariam naquela estrada deserta a uma hora da manhã. Waterloo, infelizmente, tinha ficado para trás há meia hora e eles ainda tinham pelo menos meia hora até Bruxelas.
-O que vamos fazer? – Blaise perguntou – Gina esse carro tem seguro?
-Claro – ela mexeu na mochila, pegando o contrato – Mas acontece que...Nós não temos telefone Blaise – Gina deu uma olhada na janela, um único carro passando por eles a toda velocidade – E os carros não vão parar.
-Ah Blaisinho – Star se atirou nos braços dele, começando a chorar – Vamos morrer todos aqui. Sozinhos e...
Gina e Draco, sem nem mesmo se olharem, abriram ao mesmo tempo as portas do carro e saíram para a noite fria. Ainda puderam ouvir Blaise dizer que vampiros não andavam por ali. Gina fechou o zíper da enorme blusa de frio que adorava tanto usar e contornou o carro, encostando no porta-malas. Draco fez o mesmo, ficando exatamente do lado dela.
-Star é tão dramática – Gina disse com um suspiro.
-Mas que madrugada infernal – Draco murmurou, encostando a cabeça no vidro traseiro do carro – Será que fica caro?
-O seguro cobre – Gina disse tranqüila – Chato mesmo vai ser ficar aqui até amanhecer. Você sabe, deve ser pouco mais de uma da manhã agora.
-Dá para dormir no carro – Draco disse, fechando os botões do casaco que usava – Pelo menos não está um frio de matar.
-Maldita Bélgica – ela disse, encarando o céu coberto de estrelas – E nós só temos aquelas comidas ruins porque o Blaise fez questão de comer os lanches.
-Estou com fome – Draco se pegou dizendo – Porque não andamos um pouco pelo acostamento Weasley? Acho que vi um posto não longe daqui.
-Eu só ando por meia hora e se não achar nada voltamos – ela disse para ele – Espera que vou avisar os dois.
Draco esperou Gina dar o recado e os dois foram andando em silêncio. O caminho iluminado pelo brilho da lua e nada mais. Gina lembrou de todos os encontros que tinha tido pelos jardins de Hogwarts, lembrou de como gostava de andar na escuridão total. Animada e ansiosa para ver quem quer que fosse o seu garoto da vez.
Quando ela e Daniel namoravam ele não era muito de fugir com ela para os cantos. Daniel era seguro demais para sair da linha e por várias vezes isso a irritou.
-Não sei se é pior você ficar quieta ou falando sem parar sobre todos os lugares – Draco disse divertido, quase chamando-a de Gina no final. Bem, eles estavam no mesmo carro há mais de um mês. Setenta dias de viagem para ser mais exato.
-Você odeia o silêncio – ela disse, olhando divertida para ele.
Draco ignorou o jeitinho petulante dela. A forma como Gina ergueu a cabeça para que seus olhos ficassem na altura dos de Draco. Ou o brilho dos lábios dela e...
-Weasley... – ele disse lentamente, quase se odiando por tocar naquele assunto – Quando estávamos na Alemanha eu...
-Você... – ela murmurou, incentivando-o a continuar.
-Eu beijei? – ele perguntou por fim. Draco sabia que se aquilo fosse só um sonho estúpido Gina o atormentaria por anos e anos.
-Beijou – ela disse séria e para a surpresa dele, Draco ficou levemente feliz com aquilo. Pelo menos a sensação era real, mesmo a pessoa não sendo certa.
-E... – ele parou de andar, virando-se para ela. Gina ergueu o rosto e parou de frente para ele. Gina sentiu o peito afundar. Ele ia fazer o que? Beijá-la bem ali?
Uma luz repentina e ofuscante passou por eles. Só um carro seguindo longe. Mas o momento, ou o que quer que existisse, já tinha partido. Os dois voltaram a andar, mais uma vez em silêncio.
-Acho que já deu meia hora – Gina disse por fim, consultando seu relógio – Uma e quarenta da manhã e nada de posto a vista.
-Eu realmente estou com fome – Draco disse para ela enquanto os dois davam meia volta e seguiam o caminho para o carro – Espero não ter que passar a maldita madrugada inteira aqui.
-Ah FDB – Gina sorriu para ele – Vamos ver o que tem para você comer no carro.
-Claro Foguinho – ele zombou, mas era uma brincadeira sem maldade – Eu me esqueço que você sempre dá um jeito em tudo.
-Não em tudo – ela deu de ombros, fingindo modéstia – Só no principal.
-Se você fosse um pouco mais modesta ia acabar a graça, não é?
-Você quase acertou Malfoy – ela disse, os olhos brilhando enquanto paravam nele – Você quase acertou.
A viagem de volta também foi silenciosa, mas havia algo de novo no ar. Algo que nenhum dos dois realmente soube explicar e que no momento pouco importava. Mas veja bem...No momento.
***
-Hei! – Draco bateu no vidro de carro.
Blaise e Star deram um pulo, assustados com o barulho. Um segundo depois os dois saiam do carro e para o alívio de Gina, Star já estava bem mais calma.
-Vamos ter que dormir aqui – Draco disse sensatamente – Ninguém vai parar para ajudar porque nós realmente parecemos assassinos assim...Parados no meio do nada.
-Bem, eu e Star vamos lá para trás – Blaise disse rápido, abrindo a porta e entrando. Star logo atrás dele.
-Boa noite! – ela cantarolou para Gina e Draco – Durmam bem.
Gina viu, irritada demais, Blaise e Star se ajeitarem, pegando blusas de frio e se abraçando. Ela olhou de relance para Draco e suspirou irritada.
-Vou dormir – disse para ele, dando a volta para entrar no lado do passageiro – E você devia fazer o mesmo – ela abriu a porta e lançou um sorrisinho esperto para ele – Você ficou com a direção Malfoy.
-Foguinho – Draco balançou a cabeça incrédulo. Ia dormir no pior lugar possível, mas estava tão cansado que nem ia reclamar.
Abrindo a porta com cuidado, Draco se ajeitou e fechou os olhos. Tentando, de alguma forma, dormir. O carro era confortável e até que não estava tão frio. O relógio dele apitou naquele instante. Eram duas e quinze da manhã.
***
Gina se mexeu pela milionésima vez nos últimos dez minutos. Não, não era nada bom dormir ali. Abriu os olhos e ajeitou rapidamente o cabelo. Alguma coisa estava errada, ela sabia. Quando olhou para o lado não viu Draco. No banco de trás Blaise e Star dormiam abraçados. Sem fazer barulho, abriu a porta do carro e saiu.
A madrugada estava incrivelmente fria.
-O que está fazendo? – ela perguntou de repente, olhando curiosa para Draco.
Ele tinha aberto o capo do carro e estava debruçado, encarando o motor no mais absoluto silêncio. Sua blusa de frio estava pendurada no retrovisor.
-Aí menina do inferno! – ele gritou, levantando a cabeça de repente e batendo-a contra o capo. Gina riu baixinho enquanto ele a olhava feio – Você é uma peste Weasley, andando desse jeito silencioso. O que ia fazer? Me matar?
-Nossa que drama – ela zombou – Você é pior que Romilda Vane.
-Madrugada infernal – ele murmurou, passando a mão na cabeça dolorida.
-Malfoy – Gina se inclinou na direção do motor do carro – O que você estava olhando aqui afinal?
-Tentando entender o que está errado – ele falou sério, voltando os olhos para Gina – Você está com frio. Espera um minuto – ele puxou sua blusa de frio e entregou para ela.
-Bem...Obrigada – ela disse, completamente desconcertada com aquilo. Desde quando ele era gentil?
Colocou a blusa e olhou para ele de novo. Draco estava mexendo em um lugar que parecia um grande galão de água. Os dois se inclinaram lentamente em direção àquilo. Draco mexeu e mexeu, por fim, lançou um sorrisinho na direção de Gina.
-Porque está me olhando assim? – ela perguntou curiosa.
-É Weasley... – ele disse convencido – Já sei qual é o problema.
-E qual é o problema? – ela perguntou descrente, cruzando os braços.
-Água Weasley...O carro está sem água.
Dez minutos e várias garrafinhas de água depois, os dois voltaram para o carro. Draco o ligou e deixou assim por uns cinco minutos. Gina fechou os olhos por um segundo, aliviada por ver que eles estavam seguindo viagem.
-O sol está nascendo – Draco comentou, apontado os riscos cor de violeta no céu – Acho que dormi umas duas horas só.
-É tão lindo – ela bocejou, sentindo o perfume de Draco na blusa de frio. E meio que gostando muito daquilo.
-E aí, quer colocar um cd? – ele perguntou casualmente.
-É mesmo? – ela o encarou, desconfiada – Qualquer um?
-Porque não aperta o play? – ele perguntou enquanto saia com o carro pela estrada deserta.
-Você... – ela olhou chocada para ele – Você colocou meu cd da Hilary?
-Bem – ele deu de ombros – Já estava na hora de você ouvir essa porcaria.
Gina sorriu agradecida, depois voltou os olhos para sua janela. Vendo a paisagem passar tão rapidamente...Tudo sempre mudando. É, de alguma forma, ela também estava mudando. Ao som de Hilary Duff.
Só não conseguia decidir ainda se isso era bom ou ruim.
-Eles não acordaram – Draco comentou.
-É – ela riu – Sabe, porque você não para em algum posto para um café da manhã?
-Certo – Draco olhou de relance para ela – O primeiro que aparecer.
Gina cantarolou baixinho. Draco continuou dirigindo. Uma paz silenciosa e impenetrável os rondava. E ela tomou todo o carro. Uma aura impossível de ser ignorada. A viagem estava tomando um rumo surpreendente. Agradavelmente surpreendente.
***
-Vou no banheiro – Luna avisou Hermione e levantou do banco.
Rony, Harry e os outros jogavam quadribol no jardim da Toca. O sol estava alto e em pouco tempo Molly gritaria, chamando por todos para avisar que a comida estava pronta. Luna subiu as escadas rapidamente, parando, sem querer, em frente ao quarto de Gina.
Ela tinha saudades da amiga. Com um suspiro, Luna empurrou a porta de madeira e entrou. O quarto ficava estranho sem Gina, vazio. Ela olhou a escrivaninha, o guarda-roupa, a estante cheia de livros, a prateleira...As fotos. Luna sentou-se na cama, tendo lembranças das duas, ainda crianças, sonhando com uma viagem incrível. Luna esquecera-se daquele sonho, mas Gina não.
-Ah droga – Luna murmurou enquanto via seu brinco cair no chão. Ela se abaixou e tateou o tapete. Nada. Levantou a colcha e olhou embaixo da cama. Continuou tateando até suas mãos tocarem algo estranho.
Com um olhar incrédulo Luna puxou a varinha de Gina, embolada no tapete que ia até embaixo da cama. Ela se sentou no chão e riu sozinha.
-Ginevra sua peste – falou baixinho, um sorriso divertido no rosto – Você está se passando por trouxa. Mas... – ela acrescentou, encarando a enorme foto na parede de Luna, Gina e Star – Pode deixar que não vou contar isso para ninguém.
Luna guardou a varinha no mesmo lugar que achara, e um segundo depois saia do quarto. No jardim, Molly chamava os filhos e convidados para o almoço. Na Bélgica, Gina Weasley aproveitava a companhia de seus dois novos amigos e sua grande amiga.
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