A vodka e a Ucrânia
28º capítulo – A vodka e a Ucrânia
Chegar em Kiev, a capital da Ucrânia, foi mais demorado que o planejado. A metade de janeiro é crítica no quesito neve em alta estrada, por isso dirigimos com cuidado, parando bastante. Kiev é uma das cidades mais verdes do mundo, o que a torna infinitamente especial. Sessenta por cento de verde em uma capital não é para qualquer país. E foi por isso mesmo que ficamos tão agradavelmente surpresos.
Gina sorriu para a janela do carro, vendo todas aquelas árvores e praças. Claro que, tudo estava consideravelmente branco, por causa da neve. Mas não havia como tirar a beleza daquilo. Nunca.
-Grande aqui – Star comentou, se inclinando do banco de trás e mexendo no rádio, procurando uma estação – Está na hora de comprarmos CDs novos.
-Com certeza – Draco falou – A Foguinho nos obrigou a ouvir os dois CDs da Hilary Duff um bilhão de vezes.
-Você é tão dramático – Gina riu – Só não te dou um tapa porque você está dirigindo.
-Falando em direção – Blaise começou – Porque não achamos um hotel e depois começamos o tour da Gina? Aposto que ela tem um zilhão de lugares.
-Você tem Gi? – Star perguntou para Gina, do banco de trás – Não gostei dessa estação, acha outra.
-Quem tá atrás não escolhe – Gina respondeu – E vocês, casal hormônio, porque não sossegam e me deixam achar um hotel?
-Vejam só – Draco falou só para implicar – A Foguinho tá botando ordem.
-Cuida da direção Draco – Gina se virou, impaciente – Da direção.
Blaise e Star explodiram em risadinhas. Draco se controlou para não parar o carro e jogá-los na calçada. Ah, qual é! Nem estava duro o chão, porque tinha quase um metro de neve.
***
A primeira parada foi na Catedral de Santa Sofia situada na Praça de Bogdam Hmel'nickij, visitamos o museu que fica no interior da catedral. Na mesma praça da catedral visitamos também o Monastério de Santa Sofia e um pouco mais além o Edifício dos Irmãos. Tiramos fotos na Porta de Ouro, que antes era a entrada principal da cidade. E então vimos a Igreja da Anunciação, sede de um museu. E depois o Teatro Acadêmico Estadual de Ópera e Ballet Taras Svencenko.
Uma maratona. Quando paramos era mais de três horas da tarde, e estávamos exaustos. A neve não perdoava, e nem o frio. A solução foi achar um bom restaurante fechado.
***
-É uma pena que os melhores restaurantes estejam tão lotados – Star suspirou enquanto os quatro se espremiam em um pequeno restaurante no centro de Kiev. Lá, se você queria um bom lugar para jantar, precisa de uma reserva.
-Eu também acho – Draco resmungou, olhando o cardápio – Só consigo ler o que é carne e peixe. Acho que isso é frango...Não tenho certeza.
-Me falaram que as sopas daqui são boas – Gina comentou, tirando o cachecol e colocando-o no colo. O calor lá dentro era terrível – Vou comer isso mesmo. Não quero me arriscar.
-Frescos – Blaise revirou os olhos – Vou querer uma cerveja.
-E eu vinho – Star e Gina falaram ao mesmo tempo.
-Cerveja também – Draco fechou seu cardápio – Acho melhor deixar o que é bom para a balada noturna.
-Vodka – os olhos de Blaise brilharam – Estamos no país da vodka.
-Mas não é a Rússia? – Star os encarou confuso.
-Então esse é o segundo melhor – Draco sorriu com bom humor – Foguinho é bom você ver uma empresa da táxi, porque a noite vai ser muito longa.
-Eu sei – Gina sorriu – Mal posso esperar.
***
Do restaurante fomos para a Sala de Conferências da Academia das Ciências, a Casa do Docente, coroada por uma linda cúpula de cristal, que acolhe o Museu Pedagógico de Ucrânia, o Presídio da Academia de Ciências da Ucrânia e a Catedral de São Vladimiro. Em frente da Catedral encontra-se o Jardim botânico da Academia Fomim, com mais de 200 espécies de plantas de todos os lugares do mundo. Foi lá que paramos, no fim da tarde. De lá fomos para o Museu Estadual de Kiev de Arte Russa, onde era possível encontrar quadros de Ajvazovskij, Siskim, Nikolaevic, Vrubel, Vasili Vasilevic, Korovin, Stepanov, Koncalovskij e Sarjam. E por último, o Museu Estadual de Arte Ocidental e Oriental de Kiev.
***
-O que você acha? – Gina perguntou para Star enquanto saia do banheiro – Esse vestido não ficou indecente?
-Claro que não Gina – Star revirou os olhos, depois voltou a passar maquiagem – Você fica ótima de vermelho. Esse vestido é realmente bonito, onde você comprou?
-Beco – Gina explicou, passando perfume – Vamos lá. O táxi chegou.
-Como sabe? – Star perguntou surpresa.
-O Draco está berrando lá do saguão do hotel. Esse garoto precisa se aliviar, urgentemente – Star deu uma risadinha e fechou o estojo de maquiagem.
***
Os quatro riram e se inclinaram no balcão. O barman colocou quatro copos com vodka de pimenta, uma iguaria ucraniana. Animados, viraram a segunda rodada.
-Uau! – Gina sentou-se de novo no banco – Essa me jogou longe.
-Que coisa boa – Draco arfou – Acho que nunca bebi nada tão bom na vida.
-Gelada como deve ser – Blaise sorriu. Na Ucrânia, a vodka era servida geladíssima – Isso sim é viver a vida.
-Baunilha – Star escolheu por todos. Esse era o combinado. Gina escolheu a de morango, Draco a de pimenta e agora ela estava escolhendo.
O barman riu enquanto via os quatro gargalhando sem parar. Blaise escolheu a de ervas finas, e ele serviu outra rodada. O pub estava animado, e uma música pesada tocava. Levemente bêbados, os quatro começaram a peregrinação.
Aquele pub tinha sido apenas o primeiro. Foram para outros dois pubs depois, visitaram o bar de um dos cassinos de Kiev e então, três e meia da manhã, finalmente chegaram em uma boate. O som ensurdecedor e a vodka alteraram a cabeça de Gina de tal forma, que ela fechou os olhos e dançou. Draco foi atrás dela, sem conseguir resistir. Dessa vez ele não ia deixar um cara qualquer aparecer e se aproveitar. Ele seria o aproveitador.
Mas o caçador virou caça no instante em que Gina abriu os olhos e percebeu a proximidade deles. Ela estava de saco cheio de se policiar, controlar suas ações com ele. Star e Blaise estavam se agarrando em algum lugar, e tudo estava tão escuro que, no meio das luzes coloridas, era difícil ver qualquer coisa.
Ela o puxou pelo braço, sem jeito. Draco a beijou avidamente, quase alucinando com aquilo tudo. A música, a vodka e Ginevra. Ele sabia que não precisava de mais nada.
-Eu amo a Ucrânia! – ela gritou, soltando-se dele e voltando a dançar – Você acredita nesse país?
-Eu acredito em muita coisa – ele sorriu, irresistível. Os dois se beijaram com força. Mais uma vez, e outra, e outra.
-Vamos para o bar – ele a puxou pela mão. Os dois foram empurrando a multidão, tentando chegar o mais rápido possível – Vodka de pimenta – ele pediu.
Eles sorriram e beberam mais um tanto. Gina estava se divertindo como nunca. Despenteada e quase surtando. Eles beberam duas doses cada um, e depois voltaram a se beijar. Ali no bar, no sofá de couro que ficava em um canto escuro. Na porta do banheiro feminino...Dentro do banheiro feminino. Caminharam às cegas pelo banheiro, até entrarem em um reservado. Draco fechou a porta da cabine com um pé. E eles continuaram.
Não foram até o fim, claro que não. Mas chegaram muitíssimo perto. E o dia amanheceu. Eles estava um pouco mais sóbrios depois de cinco horas de beijos intensos. Draco e Gina acharam Blaise e Star.
-Estou podre – Star bocejou. O sinal fechou e os quatro atravessaram a rua – Que horas são?
-Oito e quarenta – Gina riu, sentindo a cabeça pesar – Acho que vi um café aberto.
Os cafés também era famosos na Ucrânia. Serviam um café da manhã imenso, com chá de framboesa e vários tipos de tortas e bolos. Eles comeram lá mesmo. Uma espécie de jantar-café da manhã. As nove e meia finalmente chegaram no hotel. Para duas relaxantes horas de sono.
***
-Quem roubou o chão? – Blaise reclamou – Gina, se você me obrigar a ver mais um museu juro que vou cair aqui no chão. Completamente sem vida.
-Seu dramático – Gina riu, mas isso fez sua cabeça doer, e ela ficou séria de novo – Meu, foi a balada da minha vida.
-Vodka de pimenta – Draco suspirou baixinho.
Star estava em silêncio, tentando não dormir em pé. Duas horas de sono era pouco demais. Ela queria dormir mais um dia inteiro.
-Vamos ver a porra do lugar que você quer – Draco olhou Gina – E depois vamos para o hotel dormir como pedras. Entendeu?
-Sim senhor – Gina bateu continência, zombando dele.
***
Mesmo com as reclamações de Blaise, nada mudaria meu itinerário. Por isso fomos ver o Museu Taras Sevcenko, o Teatro Acadêmico de Prosa Lesja Ukrainka, o Museu de Arqueologia, o Teatro de Arte Dramática Ivam Franko, Palácio da Cultura de Outubro e, dali à Praça da Juventude Comunista, onde ficava o Museu de Lenim e a Filarmônica de Kiev. Depois seguimos pela costa de São Andrés, na Praça Cervonaja, que ficava em um bairro chamado Podol.
Foi nesse bairro que encontramos os artesões e comerciantes. Compramos duas garrafas de vodka e matrioska. Matrioska é o nome dos famosos talhados de madeira da Ucrânia. Você vai encaixando uma dentro da outra, e elas vêm nas mais variadas cores. Dedicamos uma hora às compras, e voltamos para meu itinerário. Ainda vimos, na Costa de São Andrés, a Casa dos Comerciantes. Na Praça Vermelha vimos o Palácio de Contratação, a Academia Mogilian e a Fonte de Sansão.
***
A Estação Fluvial de Passageiros foi o passeio mais esperado por Gina. Kiev ficava na margem do rio Dniéper, então por um preço bom você podia entrar em uma embarcação e fazer um cruzeiro pelo rio Dniéper.
-Vem – Draco esticou a mão para ajudar Gina a entrar no barco lotado de turistas.
-Obrigada – Gina sorriu agradecida e procurou um banco vazio. Ela e Draco se sentaram no último banco do barco. Star e Blaise tiveram que ficar na frente.
-Feliz por esse passeio? – Draco perguntou suavemente. Ele estava usando óculos de sol, e Gina o achou mais lindo que de costume.
-Claro que sim – ela começou a tirar fotos enquanto o barco andava calmamente pelas águas geladas do Dniéper – Kiev é cheia de praças, parques – Gina foi explicando – E todas são interligadas. Aqui do rio podemos ver todos os parques. Ali é o Parque Central da Cidade de Cultura e Descanso – os dois riram – É, o nome é imenso.
-Sabe o tamanho?
-Duzentos e sessenta hectares de extensão – Gina sorriu de novo – Não tente saber como descobri isso.
-Está com fome? – ele perguntou.
-Ainda não – Gina esticou a câmera e se aproximou dele – Sorria!
Draco sorriu, Gina também. A foto saiu linda. Assim como todas as outras que ela tirou. Por vinte minutos eles conversaram, riram e tiraram dezenas de fotos. Na mistura de nacionalidades, ninguém ouvia ninguém. Eram muitos parques, Gina diferenciou todos.
-Vê aquele? – ela apontava ás vezes – É o parque...
Draco só sorria, sem saber o que dizer. Ele queria tirar os óculos de sol que Gina usava e ver os olhos dela. Sua cabeça já não doía mais, ele só absorvia as palavras dela. Já devia ser quase duas horas da tarde, mas ele não estava ligando para isso.
Eles não estava falando sério, nem besteiras. Só se divertiam, como grandes amigos. Pela primeira vez.
-Mais uma foto – ele pegou a câmera da mão dela – Sorria Foguinho.
-Sorria FDB – os dois gargalharam enquanto a foto era tirada.
Quando menos esperaram o barco parou. O passeio tinha acabado. Mais uma vez Draco esticou sua mão, e colocou Gina segura em terra firme. Star e Blaise já tinham descido. Ninguém estava com fome, a ressaca ainda era terrível.
-Que passeio lindo – Star suspirou.
-É, preciso dar o braço a torcer – Blaise confessou – Valeu a pena.
-Eu sei – Gina piscou para Draco com cumplicidade. Os dois sorriram – Agora falta um último lugar do meu itinerário. É o Parque da Colina de Vladimiro. Com a vista mais bonita de Kiev, o que é perfeito para fotos.
E eles foram. Caminhar por Kiev era imensamente agradável, por causa das amplas avenidas e praças. Tudo parecia tão perfeito quanto em um globo de brinquedo. Eles andaram pelas avenidas, tiraram fotos em parques. Quando chegaram no último lugar já era quatro da tarde. Eles voltaram para o hotel andando. Prontos para dormir por muito tempo.
***
-Foguinho – Draco sussurrou no ouvido dela – Acorda.
-Vai se ferrar Malfoy – Gina virou de lado, ainda com os olhos fechados.
-Acorda – ele insistiu, ajoelhado do lado da cama dela – Já é sete e meia da noite. Levanta Weasley Foguinho.
Gina abriu os olhos e o olhou, mal humorada. Ela sabia que não devia ter dividido o quarto com ele e Blaise. Talvez no próximo hotel reservasse dois quartos. Por mais caro que isso fosse ficar.
-Eu estou morrendo – ela reclamou – O que é?
-Eu e Blaise temos uma surpresa, sua ingrata – ele riu, divertido. Gina olhou com curiosidade para o bem humorado Draco Malfoy. Desde quando ele era tão sorridente assim – Acorda. Blaise já está chamando a Star.
-Onde vamos? – ela bocejou, sentando-se na cama. Já tinha anoitecido, então a única luz no quarto era a luz que vinha do banheiro. Gina bocejou de novo e encarou Draco – Para de me olhar, eu vou gastar.
Rindo, Draco se levantou e foi mexer em sua mochila.
***
O táxi parou na frente do restaurante mais concorrido de Kiev, o Mlyn. Gina e Star, devidamente arrumadas de acordo com as coordenadas de Blaise e Draco, olharam de boca aberta para aquilo tudo. Kiev era famosa pela noite, pelos cassinos, pelas boates. E pelo Mlyn. Era preciso ligar com semanas de antecedência.
-Como você conseguiu isso? – Gina sorriu, agradavelmente surpresa, enquanto descia do táxi.
-Eu e Blaise ligamos da Polônia – Draco riu – Não foi tão difícil assim. Você cronometra tudo, então sabíamos quando é que íamos estar aqui.
-Isso é... – ela tentou recuperar o fôlego – Incrível.
-Nós não podíamos ir embora de Kiev sem um jantar descente – Draco falou como se fosse a coisa mais natural do mundo. Star e Blaise vinham logo atrás, tendo uma conversa parecida – Por isso te acordei hoje.
-Eu queria te bater – ela riu – Mesmo.
-Eu sei – ele fez uma falsa expressão trágica – Você é terrivelmente agressiva.
Eles foram devidamente acomodados em uma mesa reservada, longe da barulheira do restaurante, e pediram mais vodka. Sabiam que, depois na última noite, vodka teria um significado completamente diferente em suas vidas.
-Vamos fazer o pedido – Blaise abriu o cardápio – O que você quer Little?
-Pode escolher – ela suspirou, encantada demais com o namorado para falar qualquer coisa – Confio no seu gosto.
Gina e Draco se olharam e reviraram os olhos. Ao mesmo tempo. Eles beberam suas doses de vodka de pimenta e começaram a conversar. Uma música em inglês tocava suavemente, o que era um alívio. Ninguém mais agüentava música local.
Say I’m tired or throw a party
These cucumber eyes are lying the more that I smile about it.
And all of my clothes feel like somebody's old throwaways
I don't like it.
-Hei, eu conheço essa música – Gina falou – É Frou Frou. Caramba, que saudade de ouvir as músicas do Frou Frou.
-Que nome feio – Blaise zombou.
-Mas a música é linda – Gina suspirou – Todas as músicas. Ai, eu quero esse cd.
-Parece que você tem cinco anos – Draco falou, só para implicar – Sério.
-Não enche FDB – ela sorriu mais ainda. A música, a bebida e Draco.
It really does suit you
Just like everything.
I'm happy you're in love,
'Cause every colour goes where you do.
It´s good to be in love, Frou Frou
-Será que tem peixe? – Blaise começou a divagar – Porque eu não quero mais carne não, acho que estou comendo carne demais.
Draco ignorou o amigo e voltou seus olhos para Gina, que cantarolava a música baixinho. O cabelo dela estava preso em um coque complicado. Ela parecia uma francesa adorável. Ele quase a beijou por isso. Mas conseguiu se controlar, porque era bom controlar seus hormônios.
***
Depois do jantar, os quatro foram para uma boate. Não a mesma da noite anterior. Essa era um pouco maior e mais lotada, mas a música era tão boa quanto a da última noite. E tinha vodka de pimenta. Então eles não precisavam de mais nada.
-Vamos dançar – Blaise avisou, sumindo com Star para o meio do povo.
Gina olhou Draco, um pouco incerta. Na última noite eles tinham surtado completamente, e ela ainda estava decidindo se queria surtar hoje também.
-Vodka? – ele ofereceu, apontando o bar.
-Claro – ela falou, sem hesitar.
Draco foi abrindo espaço no meio das pessoas, puxando Gina pela mão. Ela sorriu, porque ele sempre se virava para ver se ela estava bem ou coisa assim. A luz branca, piscando sem parar, dava a sensação de que eles se moviam em câmera lenta. Os dois pediram quatro doses de vodka, e beberam em minutos.
Em pouco tempo estavam flutuando, sorrindo. Sem medo. Foi Draco quem a beijou primeiro, prensando-a contra o balcão de madeira do comprido bar. Gina subia a mão para a nuca dele, sentindo-o arrepiar-se. Naquele momento não parecia que eles estavam indo rápido demais. Nada parecia errado.
Eles só sentiam a perfeição, e a certeza de que não parariam nada.
***
Saíram da boate cinco da manhã. Nove e meia acordaram, fizeram as malas e fecharam a conta no hotel. Star achou melhor pararem em um café, ainda em Kiev, antes de começarem a viagem mesmo. Mas Draco não os acompanhou, disse que ia fazer outra coisa e que os encontrava.
-Finalmente – Gina falou quando Draco abriu a porta de vidro do café e entrou – É quase dez e meia da manhã. Aonde você se enfiou?
-Em lugar nenhum – ele falou, segurando uma sacolinha amarela – Vou querer um café – pediu para a garçonete – O que estão comendo?
-Bolo – Star bocejou ruidosamente – Gente, a balada da Ucrânia me detonou.
-Nos detonou – Blaise bocejou também – Draco você dirige.
-Tudo bem – ele deu de ombros. Depois das doses no começo da noite, não bebeu mais nada. E isso porque estava ocupado demais beijando Gina Weasley.
Gina ajeitou o óculos de sol no rosto e olhou pelas paredes de vidro do café. A neve estava alta, tinha nevado a noite, mas várias pessoas caminhavam pra lá e pra cá. Ela viu que Draco a observava, mas estava sem coragem de olhar para ele.
Envergonhada demais. Eles tinham se agarrado como dois namorados em início de relacionamento. A noite toda.
-Essa cidade foi melhor do que eu pensei que fosse – Blaise falou.
-Eu concordo – Draco deu uma golada em seu café. Ele não estava com fome, então só ia beber aquilo mesmo – Acho que gostei de tudo o que vimos até agora.
-Será que estão surtando atrás de nós? – Star perguntou animada – Somos famosos.
-Muito famosos – Gina riu – Mas eu não queria fama assim. Imagine as perguntas que vão fazer, as mentiras que vão contar.
-Para você – Draco colocou a sacolinha nas mãos de Gina.
-Não acredito – ela o encarou – Você achou o cd do Frou Frou?
-Isso mesmo – ele sorriu orgulhoso – Me deu o maior trabalho, mas achei seu cd.
-Inacreditável – Gina abriu um imenso sorriso – Obrigada Draco. De verdade.
-Não foi nada demais – ele sorriu de volta para ela. Bem, era um bom começo.
N/A - Postadíssimo girls. Próximo cap tá todo mundo na Eslováquia e um personagem aparece, no finalzinho. Alguém novo. Eu ando tão enrolada que nao saí do cap 30 até agora. Então vou acelerar para postar mais e mais rápido. Muitos países ainda pela frente, Sete oi oito se não me engano. Por isso a fic vai pelo menos até o cap 40, talvez 41. Depende, claro, de vcs. Então muito obrigada por comentarem e gostarem tanto da fic.
beijinhussssssssssssssssssssssssssssss e não esqueçam de comentar hein?
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