“Kinnon Imprestável&#822



Capitulo 1

Operação “Kinnon Imprestável”



New York, 7:45AM; saturday – McKinnon’s house

Será que alguém pode me explicar quem em sã consciência bate na porta do quarto de uma adolescente num sábado às SETE E QUARENTA E CINCO? Eu realmente não sei o que eu fiz pra merecer isso, eu não sou uma menina má. Ok, não sou TÃO má, será que é por que eu virei a noite ontem no meu computador ao som de Fall Out Boy? Será que é por que ontem eu não arrumei a cama?

Ó deus, ó vida, eu realmente não mereço isso. MAS QUEM SERÁ QUE CONTINUA BATENDO ENQUANTO EU DIVAGO COM A CARA NO TRAVESSEIRO? Eu até já sei quem é, e realmente NÃO quero falar com essa pessoa tão cedo. Se tiver mais UMA batida nessa porta eu juro que levanto.

Ah, eu nem me apresentei né? Bom, me chamo Marlene McKinnon, cabelos pretos e olhos azuis esverdeados muito claros, eu sou tão branca que chego a servir de refletor, filha única, moro em NY. Cara, eu amo essa cidade, só de pensar em todos os locais daqui meus olhos brilham. Bom, no momento eu tô com a maior cara de sono do cosmos, de pijama e o cabelo tão bagunçado que chega a dar medo. Meu quarto tá uma bagunça completa, eu nunca arrumo ele, computador num canto, com todos os CDs que eu tenho empilhados na mesinha, por que eu tava pensando em arrumar eles por ordem alfabética, mas eu vou desistir dessa idéia, meu closet pelo menos tá fechado, por que assim da pra disfarçar um pouco a falta de organização, a cama ta parecendo um ninho perfeito. Ah vamos resumir, meu quarto é um típico quarto de adolescente.

Agora eu realmente vou atender essa miserável dessa porta e dar uns belos tapas em quem tá me acordando menos de três horas depois que eu fui dormir.

- O QUE TU QUER? – eu falei delicadamente, entenda por: gritei na cara da pobre alma que batia a minha porta.

- Credo, você não atende a porta assim todo sábado, atende? Se não eu nem volto mais aqui. – era a Naomi, hehe. Sabe, nessas horas que eu noto o quanto eu sou impulsiva, eu praticamente deixei minha amiga surda, mas ela supera isso.

- Ah, japa, dá um tempo, ok. Eu tava dormindo. – a Naomi é japa, como deu pra notar pelo apelido, só que ela tem olhos azuis, não que nem os meus, mas azuis, e o cabelo é mutável que nem o meu, nesse mês ele ta super curto e quase branco, eu pessoalmente gostei. A marca dela é uma pintinha marrom que ela tem bem no canto do rosto, um pouco abaixo do olho esquerdo, e eu acho um charme.

- Isso eu notei, já que eu bati vinte vezes e tu só atendeu agora né, mas me diz, por que tu ta dormindo ATÉ agora? – a Naomi sempre foi de dormir tarde e acordar cedo sem nem ficar de mau humor, não sei como ela consegue. Deve ser alguma dessas técnicas orientais que o pai dela ensinou pra ela.

- Computador. – ela já tinha entendido tudo, afinal, essa palavra já da uma traduzida legal no que eu tava fazendo. Internet, amigos virtuais, música, blog, tudo que uma garota faz hoje em dia.

- Ah sim, e vai me dizer que você saiu do computador às três da matina e foi dormir, nada de palavras cruzadas ou uma daquelas revistas de criptogramas? – ih, ela me pegou, do computador eu sai cedo, mas fiquei até tarde resolvendo palavras cruzadas, um dos meus maiores vícios. Até hoje eu já completei vinte revistas desse passatempo, que eu tenho guardadas. Ontem à noite eu completei a vigésima, foi bem legal.

- Ok, ok eu fiquei respondendo palavras cruzadas. – falei jogando a revistinha pra ela antes de entrar no banheiro pra lavar o rosto. Cara, eu tô realmente feia, cara amassada, cabelo bagunçado, piercing torto.

- Eu tinha certeza disso. Mas então, trata de se arrumar logo que eu vou te tirar desse buraco, vamos dar uma volta. – falou ela de lá do quarto, eu só coloquei a cabeça pra fora do banheiro e perguntei.

- Anne? – Anne é minha outra melhor amiga, ela é muito animada, logo eu apresento ela.

- Ela preferiu esperar lá embaixo, disse que você podia mutilar quem te acordasse. – eu só resmunguei um ‘ela tava certa’ e entrei pro banho, banho rápido ok, nada de uma hora. Saí enrolada na toalha e fui pegar roupas no armário. Uma calça jeans super folgada, que eu uso com um cinto, uma blusa preta com um monte de morceguinhos vermelhos desenhados e uma boina bem legal, cheia de bottons pequenos. Sai do banheiro e fui colocar o sapato, meu all star branco que de tão sujo ta quase bege, mas ok. Coloquei todas as minhas quinquilharias, pulseira, colar, e tal. Aí que começou o drama.

- Cadê minha bolsa? Odeio perder ela no meio do quarto. – reclamar. Eu assumo que sou ótima nisso.

- Será que é aquela do lado dos porta-CDs? – perguntou a Nao, e eu a vi. Minha linda e maravilhosa bolsa com escritos de jornal *-* eu amo ela. Sai do quarto arrastando a japa pra ir encontrar a Anne-cabeça-de-ameixa na sala. A Anne tem o cabelo roxo, mas do tipo ameixa mesmo sabe, ela é menos branca que eu e tem olhos castanhos. A marca dela a mancha azul no olho direito, é tão legal. Eu queria ter um olho de duas cores.

- JAPA! Tu sobreviveu! – Anne e seus chiliques, vai se acostumando, leitor. Ela é a animada, mas não pense que é sempre assim, ela é uma pessoa de extremos, extremo da alegria, tristeza, raiva, portanto não pise no pé dela. A Anne sabe tocar piano, mesmo com todo esse jeito maluco dela, ela tem disciplina suficiente pra tocar PIANO, ela é demais.

- Mas foi por pouco. – comentou a Nao, eu até me assusto de ver o quanto elas são meigas comigo o_o. Acho melhor pularmos o dialogo nada construtivo na sala, e irmos logo pra parte do shopping.


9:00AM – Time Warner Complex, Columbus Circle Shopping¹

- Sabe, eu realmente gosto daqui, é melhor que a minha casa! – estamos no novíssimo Columbus, é ENORME, e tem de tudo aqui, além de uma praça de alimentação enorme. Eu passo mais tempo aqui do que na minha casa, aqui tem tudo, tudo mesmo. Se um dia você vier a NY, venha ao Columbus.

- Sim, nós já sabemos, Lene, mas agora me diz, e a história do psicólogo? – perguntou Anne. Ah, a história do psicólogo. Minha mãe inventou que eu preciso de um psicólogo por que eu sou relativamente rebelde, anti-social, teimosa e problemática, além de que ela odeia minhas roupas, cabelo e coisas assim. Em resumo, ela acha que eu tenho ‘problemas’.

- Segunda de manhã nós vamos, eu realmente quero só ver o que o tio vai pensar de mim. – comentei enquanto nós nos sentávamos para eu tomar meu café da manhã na Bouchon Bakery², que mesmo não sendo melhor que o Café Gray³, é muito boa mesmo assim. Enquanto nos sentávamos nas cadeirinhas estilo francês e Anne chamava o garçom, que já é até nosso amigo.

- Ted, traz pra mim o de sempre, só que eu quero café preto mesmo. – o de sempre são croissants e umas outras tortinhas que eu não lembro o nome agora, e café com leite, mas como eu to dormindo em pé, é melhor um café comum mesmo. O Ted é um cara legal, tem seus vinte e poucos anos, moreno, todo alegre; eu acho ele bonito, sabe, cabelo castanho e olhos verdes, só que ele já tem namorada, pra mim ele é só um amigo. Ele já teve um caso com a Naomi, que tem um catarata por ele, eu aposto que eles ainda tem algum caso, só de ver como eles se olham.

- Aqui, Lene, coloco na conta? – perguntou ele colocando o prato quadrado branco com dois croissants e duas tortinhas, e uma caneca de café. Eu só acenei com a cabeça e já de cara tomei três goles de café beem grandes. Os três me olharam estranhos enquanto eu fazia careta por causa do gosto forte do café. Antes que Ted perguntasse, eu já tinha respondido.

- Pergunta pra Naomi. – eu sei que parece um pouco anti-social, mas é que eu tô com sono e fome, então é melhor me concentrar na comida. Ted se virou pra japa e perguntou. Da até pra ver a cara de safada da Naomi, eu não sei como o Ted não manda a aguada da namorada dele pastar e fica com a japa logo, mas tudo bem.

- Eu acordei ela. Parece que ela ficou até três da manhã fazendo palavras cruzadas. – comentou a Naomi, Ted só riu de mim, ele é o que mais conhece o por que da minha obsessão por enigmas, quebra-cabeças e desafios lógicos, na realidade, ele que me ensinou a gostar disso, quando eu vim aqui pela primeira vez e ele nem trabalhava aqui, ela era só o filho do Mr. Tressure, o dono do restaurante. Enquanto nossos pais conversavam, ele me levou numa lojinha que tem no terceiro corredor do piso do Bouchon, e me mostrou as revistinhas, a gente passou o resto da manhã resolvendo palavras cruzadas.

- Lene, nem eu sou tão viciado assim. Quantas revistinhas você já completou? – perguntou ele pra mim. Ele me disse uma vez que tinha abandonado o vicio, mas eu DUVIDO, ok.

- Vinte. – eu respondi antes de virar mais café. Até mais acordada eu estou com todo esse café, eu acho que essa caneca tem pelo menos meio litro.

- Nossa! Em menos de um ano você atinge meu recorde, vinte e sete revistas completas. – comentou ele mais para as meninas do que para mim. Eu realmente não me importei, terminei o café e peguei a ultima tortinha, junto com a forminha dela, na mão e levantei.

- Ted, estamos indo. Outra hora eu passo aqui pra resolver quebra-cabeças com você. – falei dando um beijinho nele e piscando. Ele só riu pra mim e ficou assistindo eu e as meninas sairmos, ele pareceu meio decepcionado por que a Naomi nem pensou em dar um tchau carinhoso que nem o meu.

- Naomi sua besta, por que tu não foi lá e deu um beijinho nele? – perguntei quando nós virávamos a ‘esquina’ indo pra loja de revistinhas. Ela só me olhou e deu AQUELE sorriso de ‘sua-anta-eu-pensei-em-tudo’.

- Por causa daquilo. – falou ela apontando pra entrada do Bouchon onde uma loira meio alta meio baixa entrava. A namorada do Ted. Eu tenho que admitir que a japa é bem inteligente, imagina o barraco que ia dar? A Sam, nome da namorada, não tem problemas comigo por que sabe que eu não tenho segundas intenções com o Ted, mas ela era bem capaz de arrancar a cabeça da Naomi se ela chegasse perto do “Teddyzinho” dela.

- Cara, tu pensa em tudo, né? – falei entrando no meu paraíso em revistinha de lógica. Catei logo os últimos volumes e fui pro caixa, no total deu umas dez revistinhas, e mais um almanaque de códigos que tinha em edição especial. Enquanto a tia do caixa passava tudo a Anne, que estava quieta demais até agora perguntou.

- Marlene, tu vai fazer o que com todas essas revistinhas? – eu SABIA que ela ia observar, comentar ou coisa do tipo.

- Resolver umas durante a consulta com o psicólogo amanhã. – comentei com meu modo sarcástica ON. As duas só riram, elas já tinham entendido que minha missão era pirar o tio, e eu sou ótima nisso.

- Cara, eu aposto cinco pratas que a Lene pira o cara na primeira consulta. – disparou Anne, pra Naomi.

- Eu aposto dez que vai ser na segunda consulta. – respondeu ela, as duas apertaram as mãos e estava selado. Eu ia apostar na segunda também, todo bom estrategista sabe que primeiro você reconhece terreno, depois você ataca.


16:00PM – McKinnon’s House

O dia foi realmente ótimo, eu passei o dia inteiro fora, com minhas amigas. Perfeito. Até conheci um cara bem gatinho, só que ele não fazia muito bem meu estilo. Quando nós chegamos na minha casa, nos despedimos, mas antes que eu subisse as escadas minha mãe me chamou, no escritório. O escritório, esse é o cômodo mais ‘temido’ por mim nessa casa, nunca rola nada bom lá.

- Marlene vem aqui. – ouvi a voz dela chamando lááá do fim do corredor, sério, é aterrorizante, se não só a perspectiva de conversar com Elen no ESCRITÓRIO não fosse assustadora o bastante.

- Tá, ta, eu tô indo. – resmunguei e fui, digamos que como se eu estivesse me arrastando pra forca. É, forca. Entrei no escritório e lá estava ela, ela e meu pai. Meu pai é um quarentão todo gato, sabe, que nem os de filmes americanos, mas minha mãe, Elen, tem os cabelos castanhos claros, e os meus olhos, ou melhor, eu tenho os olhos dela. Ela é... bem, vou guardar minha opinião sobre ela.

- Senta. – mandou ela, eu já ia me empertigando, mas meu pai deu uma amenizada.

- Lene, senta, por favor. – eu sorri pra ele e sentei, toda largada no sofá como boa a toa que eu sou. Elen me olhou feio, meu pai, riu.

- Senta direito, Marlene. – resmungou ela, antes que o circo pegasse fogo, e só com uma olhadinha básica do meu pai a baranga ficou quieta.

- Lene, você só ta aqui hoje por que eu quero te pedir para, por favor, segunda feira, não causar danos mentais ao psicólogo, certo? Seja sincera. – eu já até sabia o que responder, afinal, nem adianta mentir pro meu pai né.

- Meu objetivo segunda feira é só analisar terreno, se for para surtar o velho vai ser na segunda consulta. – cara, eu me assusto com a minha sinceridade.

- Ótimo, pode ir. – nisso a baranguelem não agüentou mais e pulou da cadeira com a maior cara de irritada que eu já vi, fora a minha e do meu pai.

- Você vai deixar ela ir assim?! – sabe, as vezes eu acho que quem eu surtei foi ela, e não os outros psicólogos.

- Tem razão, Elen. Filha vem aqui. – eu já me borrei de medo... mentira, eu sabia qual era o ‘lance’. Me aproximei dele, ele beijou minha testa e disse boa noite. – Agora pode ir.

A cara da Elen foi I M P A G A V É L, ela parecia querer morrer, mas me matar primeiro, foi muito divertido. Sai do escritório, passei pela sala e peguei minha bolsa e a sacola com as revistinhas novas, acho que consigo resolver meia revista essa noite.


8:00AM – McKinnon’s House, Monday

Olha, eu realmente tô me irritando com essa história de todo mundo resolver me acordar cedo. CARAMBA, são oito da manhã! Será que não dá pra dar uma folga? Mas não, todos têm que acordar a Kinnon aqui. Sério, eu devo ter ingerido uma substancia alcoólica utilizando o Santo Graal no passado.

- QUE PORCARIA! DÁ PRA PARAR DE BATER? – Lene com cara de sono, irritada, e com o cabelo virado num black power, linda visão, né? Isso foi sarcasmo, caso você não tenha, ahn, captado.

- Vai se arrumar. – era minha mãe, batendo na porta do meu quarto às oito da manhã de segunda-feira por que eu tenho psicólogo, e eu tava bem mais interessada em babar no meu travesseiro do que me levantar e sofrer de hipotermia num banho gelado pra tentar acordar para a fase numero um da operação “Kinnon Imprestável”

Ok, eu sei que você tá meio que se perguntando por que raios eu me chamei de imprestável, mas eu REALMENTE sou imprestável, e a melhor maneira de pirar um psicólogo é provando que você realmente não quer nada com nada.

Sendo imprestável, é.

Bom, eu tive que me arrumar, de um jeito ou de outro, pode até ser legal, sabe, dar uma surtada no tio, depois eu almoçar no Fred’s¹¹, só pra ver aquele garçom mega lindo que eu babo toda vez que eu vou lá. Sim, agora você se pergunta “Fred quem?”, Fred’s é um restaurante na Madison Avenue e fica bem longe do meu psicólogo, mas eu gosto de ir lá, sabe é um ambiente bem legal, além de ter os garçons mais gentis (e gatos) de NY. Além de ter uma comida boa.

Ok, eu me taquei num banho gelado para tentar acordar, afinal, minha rotina é dormir tarde nas férias, e acordar mais tarde ainda, mas hoje eu tolero, afinal, tenho um tio de meia idade, todo acabado pra pirar. Tomei meu banho, e saí pra trocar de roupa, afinal não dá pra ir de pijama, muito menos nua, né. É, não dá mesmo, seu mente poluída.

Coloquei uma blusa preta cheia de estrelas brancas, uma calça jeans, meu all star vermelho, e como tava o maior gelo, mesmo sendo verão, eu vesti meu sobretudo que tem botões de DADOS. YEAH, eu que desenhei ele, sabe eu sonho em ser estilista ;D. Arrumei o cabelo, ou melhor, tentei, passei o básico de maquiagem pra não parecer um zumbi e sai, colocando minha cartola no meio da escada. Sim, cartola, eu amo cartolas, eu me sinto a própria Sra. Urie, sabe, o Brendon, vocalista do Panic! At the disco... Pois é, ele é meu segundo vocalista predileto, primeiro vem o fodone Patrick \o

PATRICK, I LOVE YOU!

Ok, já parei de surtar. Quando eu desci, meu pai riu pra mim, Elen só fez careta, sabe, ela é bonita, mas uma careta acaba com ela.

- Vamos? – perguntou meu pai me oferecendo o braço, eu fiz sinal de ‘só um momento’, peguei minha bolsa onde eu levava as canetas, e as revistinhas, sem ninguém saber, é claro (6), e logo eu saí de braços dados com ele. Entramos no carro e saímos, eu tinha certeza que ia demorar, no trânsito de NY levou mais ou menos uma hora pra chegar lá, mas tudo bem, eu tenho meu iPod laranja-chamativo.

Nem deu cinco minutos de ‘chão’ e eu já tinha enfiado os fones nos ouvidos, já anatomicamente corretos para os fones, resumindo, orelha já adaptada a passar horas com o fone amigo. Aí começou a batalha pra escolher uma musica que se adaptasse ao momento como... como.... como o fone ao meu ouvido! É, eu tenho a péssima mania de não ouvir as músicas na seqüência, e normalmente eu vou VOLTANDO as musicas, e não passando elas pra frente. É eu sou estranha.

Eu ia murmurando o nome das musicas e passando elas, ruim era quando eu chegava numa música como “There's A Good Reason These Tables Are Numbered Honey, You Just Haven't Thought Of It Yet” ou “I'm Like A Lawyer With The Way I'm Always Trying To Get You Off”. Demorou um pouco, não pra dizer esses nomes de musicas, mas sim pra encontrar a música perfeita, sabe, eu sou exigente. Acabei escolhendo por algo menos sad que de costume, então fui ouvir The White Stripes, YEAH White Stripes é bom demais, sabe, é o AUGE da animação pra uma manhã de segunda, ai lá fui eu bem boa cantar “Icky Thump” tentando imitar a voz perfeita do Jack.

- Yah-hee, icky thump. Who'd-a thunk? Sittin' drunk on a wagon to Mexico. Her hair, what a chump and my head got a bump when I hit it on the radio. (Icky Thump. Quem teria imaginado? Sentado bêbado em um vagão para o México Ahh, bem, que baque, minha cabeça deu um pulo quando eu ouvi no rádio) - sabe, nem CANTAR normalmente eu canto, eu fico fazendo umas caretas e ‘interpretando’ a música, sabe. Cara, eu amo essa música, os solos dela *_* são um sonho. Minha mãe já me olhou meio estranho, ela odeia minhas músicas, meu pai só deu uma espiada pelo retrovisor, e eu nem ligando pra shit nenhuma continuei na maior alegria, por que agora vem a parte que eu amo, quando ele fala ‘señorita’ *_* e quando ele fala ‘microphone’.

- Red-head señorita lookin' dead came to said, "I need a bed" en español, so I gave a drink of water I'm gonna sing around the collar well, I don't need a microphone (A señorita ruiva parecendo morta veio e disse "Precisa de uma cama?" em espanhol. Eu disse “Me dê um copo de água”, Eu vou cantar por aí' e eu não preciso de um microfone") - CARA WHITE STRIPES ALEGRA MEU DIA \o\. Ok, isso foi um momento fã, mas vocês nem imaginam a alegria que é realmente acordar ouvindo a voz linda do Jack 8D~~. Bom, depois dessa parte vem dois solos, um de guitarra que eu PAGO PAU, e outro de teclado que eu igualmente PAGO PAU, quem já ouviu essa música sabe que é fodão, ahhh, quem já ouviu WS sabe disso. Eu fico meio que imitando, tocando uma guitarra imaginaria sabe, toda alegre, até que vem a megera e corta meu barato.

- Da pra tentar ser normal? Obrigada. – eu só fiz uma careta pra ela e continuei na minha.

- What, nothin' better to do? Why don't you kick yourself out? YEAH!(Não tem nada melhor para fazer? Porque você não dá um ponta pé em você mesma) - eu fiz QUESTÃO de cantar isso bem na cara da megera, acho que ela descobriu que eu to pouco me lixando sobre o que ela pensa de mim. HELL YEAH!


9:15AM – Psychologist, waiting room

- McKinnon, Marlene. – falou a tia entrando na sala de espera toda requintada do consultório, eu levantei, peguei a bolsa e ajeitei a cartola, a mulher me olhou com uma cara estranha, mas logo me levou pra salinha, eu já toda animada pra deitar no divã e responder palavras cruzadas.

- Espere ali, o doutor já vem lhe atender. – falou ela, cara eu APOSTO que ela tem um caso com o ‘doutor’, olha a cara dela de secretária bitch! Ok, mas ela tem cara de bitch. Eu sentei no divã, dei uma ajeitada na cartola, coloquei a bolsa do meu lado e fiquei esperando, logo um cara entrou, e YUC ele tem cara de convencido, ele tem o cabelo meio grisalho sabe, mas parece ser naturalmente negro, tem uns olhos verdes bem legais, e vem de TERNO e trazendo uma prancheta. Ele sentou na poltrona do meu lado e eu fiquei olhando para ele e ele para mim, nós nos olhamos, mutuamente, um para o outro... Ah você entendeu, ai ele deu um ‘click’ na caneta e olhou bem pra mim.

- Nome? Idade? – perguntou ele, e eu só levantei uma sobrancelha, ele não sabe o nome da própria paciente?! Ah deus, mas como eu sou bem tolerante, vou responder educadamente.

- Marlene McKinnon, 16 anos, e o senhor? – perguntei sorrindo.

- Michel Lorry. – respondeu ele fazendo umas anotações na prancheta, ai ele começou a fazer uma pá de perguntas, e eu só respondia com monossílabos. Logo eu enjoei do falatório e peguei uma revistinha pra responder, e ele nem notou.

- Você já ficou doente alguma vez Senhorita? Digo, doenças que a levassem a internação? – perguntou ele, e eu calculei bem e rebati.

- Referente á dicionário, com sete letras sendo a última “E”. – ele me olhou meio desentendido, eu já sabia que a resposta era “verbete”, mas foi legal ver ele entendendo que eu tava pouco me lixando pra essa consulta.

- Perdão? – ele perguntou. Para esses médicos ‘perdão’ é a mesma coisa que ‘WHF?”

- Cruzadas, um vício meu. – eu rebati pra ele, e ele já sabia o que perguntar.

- Vício? Explique. – eu revirei os olhos, e baixei a revistinha.

- Sabe, eu já resolvi vinte revistinhas de cruzadas e mais umas de criptos, normalmente passo a noite em claro me divertindo. – agora é definitivo, ele acha que eu sou louca, tá até me olhando como se olha para uma louca.

- Vinte?! Interessante, bom. Mas você disse que passa a noite em claro, você tem insônia? – perguntou ele, eu revirei os olhos de novo.

- Não... – sorri BEM cínica pra ele – eu só não tenho sono.

Ficamos mais uns minutos, eu respondendo cruzadas e cortando ele, e ele provando que realmente se achava convencido. Quando marcou dez e meia, ele deu o diagnóstico final.

- Então senhorita McKinnon, pelo que notei até agora a senhorita tem alguns distúrbios de personalidade, e falta de autocontrole... – STOP! O que esse cara tá dizendo? Ele tá dizendo que eu sou um problema ambulante com cabelo e maquiagem?

- Não senhor, eu não tenho distúrbios de personalidade nem falta de autocontrole, veja bem, eu poderia estar em cima do senhor arrancando seus olhos com sua caneta, mas meu autocontrole me impede, além do meu bom senso, é claro. – acho que o tio ficou com medo, por que ele largou a caneta, nem sei por quem, eu sou um anjo.

- Além de ser relativamente agressiva. – completou ele, eu que estava girando a cartola na mão, só coloquei ela na cabeça e levantei e..... saí. Legal né?

- Podemos ir. – falei pro meu pai e pra Elen que deviam estar mofando lá na salinha de espera, levantamos e saímos, no carro meu pai perguntou o que ele tinha dito.

- Quando ele me chamou de maluca eu dei as costas e sai da sala. – respondi, olhando pra fora. Minha mãe me olhou muuuuito feio, mas eu realmente não me importo. Paramos do Fred’s, almoçamos, e depois fomos pra casa, ai a Elen armo o barraco.

- ESCUTA AQUI, POR QUE VOCÊ SAIU DAQUELE JEITO DO CONSULTÓRIO? – gritou ela, meu deus, será que ela não conhece REGULAGEM DE VOLUME?

- Por que eu quis? – rebati, e dava até pra ver as brasinhas queimando nos olhos dela.

- NÓS PAGAMOS UM MÉDICO PRA VOCÊ.... – ai EU explodi né, oras, e eu pedi um médico? NÃO.

- POR ALGUM ACASO EU PEDI AQUELA PORCARIA DE MÉDICO? EU NÃO PRECISO DE PSICÓLOGO, MEU ÚNICO PROBLEMA É VOCÊ! VOCÊ QUE PRECISA DE TRATAMENTO. – meu pai não sabia o que fazer, ele estava realmente perdido.

– Quarto, AGORA! – gritou a senhora dona minha mãe, ela podia instalar uma regulagem de volume, e me dar um controle remoto.

- Pro quarto? Melhor do que ficar vendo a sua cara Elen. – falei subindo as escadas. Tudo bem que pouca gente entende, mas minha vida aqui é um inferno. ÉÉÉÉ um inferninho sim, tá.

10:00PM – Monday, Marlene’s Bedroom

- Sosseguem vocês duas certo? – gritei do banheiro para os dois seres que iam dormir no meu quarto comigo hoje: Japa e Purple-head

- Larga mão de ser mala, Lene, sua cama é uma delicia pra ficar pulando. – O QUE?

- O QUE? – gritei colocando a cabeça pra fora. Sim, elas estavam pulando na minha cama ¬_¬

- O-que-tem-de-mal? – perguntou a japa alternando um pulo e uma palavra, uma cena linda, aquela cabeleira branca voando.

- Nada não. – acho que eu to sendo boazinha demais. Saí do banheiro de pijama já. Meu pijama de hoje é roxo e tem umas bagaceiras bem legais.

- Lene, seu pijama combina com meu cabelo. – falou a Anne, e pior que é verdade, meldels.

- Pior que é verdade. – eu falei rindo feito uma besta, ai eu fui pro meu som colocar um cd.

- Vocês querem The Wombats? – perguntei pra elas. Cara, eu AMO The Wombats *-*

- NÃO! Coloca Hellogoodbye 8D – falaram elas. Outra banda bem boa, Hellogoodbye, eles tem umas músicas com pegadas eletrônicas que são perfeitas. A capa do CD deles “Zombies! Aliens! Vampires! Dinossaurs!” é tão legal *-* que nem o nome do disco. Eu procurei o CD e coloquei pra tocar no meu sonzinho todo meigo.

- Girl, You are a if you shut it all off and make a run for the door. – eu cantei fazendo a minha MEGA coreografia pra música.

- But your hard to make, a for every inch your going to need a mile more. – cantou Anne, e assim se seguiu a noite, com um bando de loucas cantando e dançando no meio de um quarto, em NY. Eu amo minhas amigas.

HEY! TALES OF GIRLS, BOYS AND MARSUPIALS \o/

¹: O Complexo Time Warner REALMENTE existe, e realmente tem um shopping chamado The Columbus Circle, e eu sonho com a praça de alimentação desse shopping.
²: Bouchon Bakery é um restaurante que realmente existe na praça de alimentação do Columbus, e todas as descrições do Bouchon são verdadeiras.
³: Café Gray realmente existe, e também fica na praça de alimentação do Columbus.
¹¹: Fred’s, esse é outro restaurante que existe de verdade, e realmente fica na Madison’s.

-*-

N/B.: Falando aqui a beta temporária (talvez permanente) da BTE! õ/ Gente, to TÃO feliz de betar de novo uma fic da Cah *-* Principalmente porque ela escreve MUITO e porque eu ADÓÓÓRO as idéias dela, além de que eu me mijei com a Lene no capítulo, CÊS TAMBÉM? Pobre do psicólogo. IMAGINEM AQUI COM A LÚ, a próxima consulta. Dá medo, não dá? IUHEEUIEUIE. E nós queremos mais, Cahzita! ENTÃO, ESCREVE, BESHA! Beeijo :*

N/A.: OIEEEEEEE MEUS MARSUPIAIS!

Como vão vocês? Bom, ta ai o cap 1 pessoal, e eu fico BEM feliz de dizer que fluiu melhor que algumacoisaai, já tenho mais dois capítulos estruturados, e tomara que vocês gostem, do um, do dois e de todos que virão.

Se vocês acharem algo ruim, avisem, eu gosto de criticas \o\

AGORAAAAAA vamos dar as boas vindas a nova beta temporária (talvez permanente) da BTE \o\

A LU! Ex Lu McAngel, e atual Lu Wells \o\, ela é uma das pessoas a quem eu dediquei a fic , e eu amo muito ela, minha parceira de loucuras no msn \o\

VIVA A LU

Bom, CAAAARA EU AMEY OS COMENTÁRIOS *-* Sério mesmo, vocês são demais demais demais mesmo *-* amo vocês pessoas. Vou responder todos eles \o

Paulaa (: : LÉTI *-* Cara, que bom que tu curtiu o trailer \o\ agora o cap 1 ta ai e nem demorou tanto, pode falar *-* Continua lendo viu, e comentando. Brigadão pelos coments *___* eu te amo cara (L)

Frann =]: A Marlene arrasa de qualquer jeito *-* eu só fãzona dela \o\. Só o trailer? Então lê agora o cap 1 e me diz o que tu achou \o\ beijos x***

Cissy Evans: CISSY MINHA BETA NUMBER ONE, ONDE VOCÊ ESTA?! Cara, tu sömel e eu aqui abandonada ao relento ç_ç. Cara, quando tu voltar do reino das sobrar lê o cap 1 e diz o que tu achou \o/ VOLTA LOGO CISSY. Te amo x***

Mary Padfoot ™: Não precisa esperar, a postagem ta aqui \o\ YEAH THEY RULES! Tomara que você curta ^^

Miss Laura Padfoot: Eu AMO as suas S/M *-* São tão perfeitas cara, eu sou tua fã anônima, sério. Eu já arrumei a descrição, a FeB tinha comido um pedaço o.o, mas já ta tudo em ordem. HEY o cap 1 ta ai, pode ler mais \o e comenta *-* beijos x***

- Julie Vance: UHUUL LEITORA FIEL *-* YEAH Six&Lene FOREVÁ! Eles são tão fofs juntos *-*. Cara, continua lendo e comentando, é o maior apoio que uma autora pode ter ^^

Lú Wells: LUZOCAAAAAAAA... UHUUUL a fic já ganhou o Título de Eufemismo do Ano aopskapokspoakspoakspo. Bah cara, que bom que tu riu com a fic, se bem que até eu fico rindo enquanto eu escrevo aopskapkspakop. Te amo também minha beesha \o\ beesha-beta-amigenha-do-core e aimeldelsquecoisagayeufalei. Okok. Beijosmeligamarsupial

É isso pessoal, eu realmente AMEI os comentários, continuem comentando, lendo, e eu adoro vocês \o\

Beijos

Carol Beeblebrox

P.S.: tenta pronunciar Beeblebrox o.o

N/Marlene.:

Oi?

Hehe, ah, vou usar meu espaço só pra dizer OI mesmo, mas tipo, uma MEGA oi saca.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI

Gostou?

Ah cara, cadê meu suco? Bom pessoal, valeu por lerem a história bocó da minha vida \o\, que a cáh-minha-amiga-desde-feto ta mostrando pra vocês.

Sim, desde feto....

Que nada, desde feto nada, eu nem conhecia ela até meses antes, e ela é chata.

Marlene, SAI agora ta

Noffa cah, como tu ta estressada :O

Lene, eu nem vou dizer o que parece esse bonequinho

Pervertida

VOCÊ que pensou merda ta, eu nem disse o que pensava

Ta ta tchau

TCHAU PESSOAL E NÃO SE ESQUEÇAM

TALES OF GIRLS, BOYS AND MARSUPIALS \o/

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