O direito de escolha.
Ale continuava com os braços cruzados olhando fixamente seus irmãos.
_Acho que você esta curiosa com o que aconteceu com a gente? – perguntou Marcos.
_Pra ser sincera sim. – respondeu Ale
_Bom é melhor todos se sentarem... – disse Cristhofer. _A historia é longa.
Harry, Rony e Draco conjuraram várias cadeiras pra todos, Dumbledore preferiu conjurar sua poltrona de chintz e outra para Mcgonagall, e os pequenos Marcos e Cristhofer fizeram o mesmo.
_ “Pequena”, - começou Marcos, Ale sorriu ao se lembrar que seus irmãos a chamavam assim. _Tudo o que aconteceu conosco é porque somos bruxos vitais.
Mariana e Joy deram gritinhos, e Agatha olhava os dois meio entediada.
_Não precisam se assustar. – disse Marcos gentilmente.
_Bruxos vitais? – perguntou Ale.
_São bruxos raros, - disse Joy. _Só se tiveram noticias deles a...
_Mil anos. – completou Cristhofer.
_Esses bruxos perceberam o perigo que os rondavam e desde então vivemos no anonimato, procuramos nos manter afastados do mundo bruxo, portanto não se há noticias deles realmente.
_Bruxos? - perguntou Ale. _Então eu sou uma bruxa?
_Sim e não. – disse Marcos _O bruxo vital tem o direito de escolher se quer ser bruxo ou não.
_E o que esses bruxos têm de tão especial?
_São bruxos. –disse Dumbledore. _Quem tem o dom de devolver a vida a outro bruxo.
Ale arregalou os olhos surpresa.
_O que?
Marcos e Cristhofer riram.
_Somos descendentes de Salazar Sonserina, Helga Lufa Lufa, Godrico Grifinória e Rowena Corvinal e Merlim. – disse Marcos, Ale fizera uma cara de quem não entendeu nada.
_São os maiores bruxos de todos os tempos. – explicou Marcos. _São os fundadores de Hogwarths e Merlim bom já ouviu falar dele não é?
_Descobrimos a um tempo quem éramos através de Dumbledore.
_Marcos se são bruxos com poder de devolver a vida a alguém, por que foi que morreram?
_Interessante sua pergunta, fique bem claro a você pequena que também não é imortal, ter o poder da vida não significa que você é imortal.
_Eu pensei...
_Pensou errado... – disse Cristhofer sorrindo. _Você tem o poder de devolver a vida a um outro bruxo, na primeira vez fará isso e não sentira nada... – disse Marcos. _Na segunda se sentira muita fraca podendo até desmaiar, e na terceira vez...
_Na terceira?
_Terá que morrer pra devolver a vida a um outro bruxo. – disse Marcos.
_Eu terei... Que... Morrer?
_Não necessariamente. – disse Gina. _Não é? – perguntou as figuras de Marcos e Cristhofer.
_Sim, você ainda nem o manifestou, não sabemos se há esse poder em você.
_Então a Ale pode ser só uma trouxa comum? – perguntou Vivi, Marcos a olhou. _Desculpe. – murmurou vermelha.
_Não há porque se desculpar, - disse Marcos gentilmente. _Qual o seu nome?
_Vivi... – disse ela o encarando. _Vivi Black.
_Vivi, sim a possibilidade da nossa pequena não ter esse poder.
_Mas não quero voltar para o nosso mundo, aqui... – Ale engoliu em seco, Tiago e Luigi a encararam.
_Aqui o que? – perguntaram os dois.
_Aqui foi o único lugar que encontrei amigos... – disse ela tristemente e sem encará-los.
_Gostamos de conhecer você! – exclamou Tiago.
_Você é muito legal. – disse Luigi.
_É e não ralha comigo por que sou atrapalhada. – disse Agatha.
_Nem por que eu sou chata. – disse Vivi.
_E nem porque somos devoradoras de livros.
_E também não se incomoda comigo voando por ai. – disse Pipoca dando uma cambalhota no ar.
Ale sorriu enquanto começavam varios motivos pra que ela ficasse e eles fossem amigos.
_Nunca fiz isso com vocês por que cada um tem seu jeito, Agatha você só é distraída, Vivi você não é chata, você sabe o quer o que é diferente, e vocês, - disse ela olhando pra Mariana e Joy, _Espero que continuem assim pelo menos alguém me ajuda se eu ficar.
_No mundo dos trouxas a Ale não se relacionava bem com as crianças trouxas.
_Elas eram chatas.
_Elas não eram chatas só que você as achava diferente de você e tinha uma certa razão. – disse Cristhofer.
_Posso perguntar uma coisa? – disse Mariana.
_Acho que já perguntou, mas deixaremos você nos perguntar outra. – disse Cristhofer sorrindo.
Mariana sorriu.
_A quem vocês devolveram a vida, porque se vocês morreram é por que alguém matou vocês não é? Alguém do sangue dessa pessoa, ou um marido e uma mulher que quando se unem...
_O sangue dos bruxos se tornam um só. –completou Cristhofer.
_Quais foram às vezes em que usaram esse poder? – perguntou Ale.
_A primeira vez que eu o usei foi por sua causa pequena...
_Minha?
_Quando você nasceu, estava muito fraca e os médicos não acreditavam que você sobreviveria, nossa mãe sabia o que fazer, colocou você nos meus braços e ai você parou de respirar, então quando menos esperei eu te devolvi a vida... Podemos fazer isso com nossos irmãos mesmo que eles não tenham o poder e mesmo que eles sejam trouxas comuns porque tem o nosso sangue.
_Nossos pais por que eles morreram? -perguntou Ale.
_Nossos pais morreram de morte normal, apesar de mamãe ser a herdeira do poder nunca o manifestou como eu e o Cristhofer. Lembra-se disse que não éramos imortais então numa noite com uma nevasca muito forte, viajamos para o sul, quando papai perdeu o controle do carro.
_Foi horrível. – disse Cristhofer. _Me atirei por cima de você pra te proteger, quando o carro parou eu e o Marcos estávamos acordados, ouvimos mamãe nos chamar, dissemos a ela que poderíamos devolver a vida a ela e ao papai, mesmo ficando muito fracos, e ela perguntou de você. – Ale chorava, junto com as outras meninas. _Então foi quando te olhei por mais que tenha tentado te proteger não havia conseguido pela segunda vez você estava morta, e mamãe deu ordens firmes pra que você sobrevivesse nunca entendemos bem isso, mas precisou do meu poder e do Marcos pra te trazer de volta.
_É a primeira vez que me dizem como nossos pais morreram.
_Desculpe. Mas não podíamos te contar antes de estar pronta... – disse Marcos visivelmente envergonhado.
_A sua foi a primeira e a do Marcos a segunda, então por que você morreu Cris? Você podia ter trazido o Marcos de volta. – disse Ale.
_Podia. Mas infelizmente não estávamos preparados para o que aconteceu.
_E o que foi que aconteceu? Vocês me trancaram no sótão me disseram para estar no dia primeiro de setembro na estação King’s Cross, e depois de fecharem a porta murmuraram um monte de coisas sem sentido.
_Murmuramos feitiços para que quem nos atacou não encontrasse você, e pra que Dumbledore a encontrasse quando fosse necessário.
_Eu trabalhei a toa esse tempo todo? – perguntou Rony.
_Shh Rony. – disse Hermione.
_Quem foi que atacou vocês? – perguntou Ale.
_Bem quando cheguei à sala ele tinha atacado o Marcos entende, e como não vi nenhum deles fiz o que achei que deveria fazer, devolvi a vida a ele e me enfraqueci muito. – disse Cristhofer amargurado. _Hoje vejo que foi um erro, ter me descuidado, dois gritos foi ouvido por nós um chamado Sectusempra, - automaticamente Harry, Rony olharam para Draco. _Esse feitiço produziu cortes profundos no Marcos que começaram a sangrar sem parar.
_E você como morreu Cristhofer?
_Com um Avada Kedrava.
_Com o que? – perguntou Ale, vendo que todas as meninas até mesmo Pipoca colocara a mão nas bocas horrorizadas, e Agatha olhar assustada para Cristhofer.
_É uma das maldiçoes imperdoáveis dos bruxos você aprendera isso outra hora. – disse Cristhofer.
_Cris, - disse Ale pensativa. _Se queriam matar vocês queriam trazer alguém de volta não é?
_Sim.
_E quem foi que eles trouxeram de volta.
_Sinto muito mesmo por isso. – disse ele.
_Você não deve se culpar filho. – disse Dumbledore.
_As pessoas que voltaram foram Bellatriz Lestrange e Lucio Malfoy.
Houve gritos a pronuncia dos nomes dos comensais da morte. Draco e Luna se olharam preocupados, Rony e Hermione também.
_Nós iremos pegá-los. – disse Harry.
_Bom talvez lhes de uma vantagem saber que eles voltaram.
_Como eles voltaram?
_Rodolfo Lestrange trouxe a mulher de volta, como toda família bruxa, ou seja, sangue puro, - Igor e Amanda se mexeram incomodados na cadeira._Tem parentescos entende?
_Acho que sim. Rodolfo trouxe a mulher usando Marcos, e depois ela usou você para trazer esse tal de Lucio.
_Exato.
_Foi um bruxo que matou vocês então? – disse Ale a expressão endurecendo.
_Não queira uma vingança sendo tão nova, só traria ódio para o seu coração.
_Eles tiraram a única família que eu tinha! – exclamou Ale.
_Não fale nesse tom conosco mocinha! – disse Cristhofer duramente. Ale voltara a encará-lo sabendo que não adiantaria uma explosão.
_Eu quero ser bruxa. – disse ela entre as lagrimas.
_Disse o que? – perguntou Marcos.
_Quero ser bruxa. – repetiu ela encarando os irmãos.
_Não pra se vingar espero.
_Não, meus amigos estão aqui, quero aprender magia, parece ser muito legal, mas não garanto que mais pra frente não procure esse Lestran... sei lá das contas, para acertar o que ele fez uma vez.
Marcos sorriu.
_Por enquanto apenas cresça como criança esta bem?
_Sim.
_Bom já que disse que quer ser bruxa você tem o direito de escolher em qual escola estudar.
_Quero esta! – respondeu Ale rápido.
_Sabia. – disse Cristhofer sorrindo. _E diferente dos outros alunos você não passa pelo chapéu seletor é você que escolhe a casa a qual quer pertencer.
Ale olhou meio triste.
_O que foi? – perguntou Marcos.
_Gostaria de viver como os trouxas também seria bom ficar lá e cá. – disse ela.
_Talvez eu possa ajudar depois. – disse Dumbledore sorrindo.
_Essa casa... – perguntou ela. _De qual casa vocês eram?
_Eu, - respondeu Marcos. _Era da Sonserina. – Vivi não pode deixar de dar um gritinho.
_E eu da Lufa-Lufa. – dessa vez foi Amanda quem gritou.
_São casas diferentes... Por quê?
_Escolhemos assim porque temos nossa diferença. - disse Marcos assim como você.
_E as varinhas? Também somos nós que escolhemos? - eles confirmaram com um gesto de cabeça.
_Do que é feita a de vocês?
_Na minha tem um pêlo da crina de um unicórnio. – disse Cristhofer.
_E na minha a pena da cauda de uma fênix. – Harry sorriu ao ouvir isso. _Então esta pronta?
_Sim. – disse ela.
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