O3 – Hogwarts, uma história de
O3 – Hogwarts, uma história de (quase) amor.
Gina e Max estavam na Plataforma 9 ¾, esperando o Expresso dar partida. Tinham assumido o namoro uma semana antes e todos estavam felizes.
Os Weasleys, por terem alguém que cuide bem da ‘princesinha’ da casa (como se ela não soubesse se cuidar muito bem sozinha). Max, por conquistar o coração daquela garota tão especial. E Gina, por finalmente ter alguém que realmente gostasse dela.[N/A: notem que ela está feliz por ‘ter alguém que goste dela’ e não, por ‘gostar de alguem’...]
Quando o Expresso começou a funcionar, indicando que já iriam partir, Gina e Max entraram, juntamente com Mathew, Harry, Rony e Hermione. Foram diretamente para a ultima cabine, onde ficaram até o trem chegar à Hogwarts. Conversaram sobre tudo, desde quadribol até o namoro de Gina e Max (o que fez Rony ficar um pouco... nervoso); jogaram umas partidas de Snap-Explosivo e comeram algumas tortinhas de abóboras, sapos de chocolate e feijõezinhos de todos os sabores (que Mathew teve a infelicidade de pegar um com gosto de areia com maracujá).
~*~
Draco viajou pensando em como botar seu plano em ação. Tinha que ser logo afinal, não queria ficar pensando naquela fedelha, enquanto um monte de garotas dava em cima dele.
‘Vai ser amanhã,assim que eu a encontrar. Ela com certeza não vai resistir a MIM’
~*~
Gina estava ansiosa pelas aulas, já que Max iria estudar com ela. Mas antes ela tinha que fazer uma coisinha: terminar os deveres, que não havia conseguido terminar nas férias.
- Fala serio! Primeiro: é quase um crime digno de Askaban dar deveres em plenas férias. – Gina murmurava consigo, para quebrar o silencio que se instalou na biblioteca, já que ela era a única a estar lá tão cedo. – Agora, eu tenho que fazer essa porcaria de redação sobre... o que que é mesmo?
- Virginia... – uma voz arrastada disse atrás dela. Ela, instintivamente, virou-se para ver quem a chamava. Ainda mais pelo primeiro nome, completo.
- Ah, é você, Malfoy? – disse Gina com desdém, ao ver o loiro.
- Aff, Gina! – ‘Gina Oo’ – Eu tento ser legal, e você só me trata com patadas!
- Queria o que Malfoy? Depois de seis anos ouvindo seus ‘elogios’, queria que eu te tratasse como?
- É verdade, te tratei muito mal nesses últimos anos. – Malfoy deu a volta na mesa e ficou frente a frente com a Gina, e fez aquela cara que cachorro faz quando cai do caminhão de mudanças e fica perdido por aí. Mas Gina (por pouco) não se deixou levar e respondeu à altura.
- Não faça essa cara, porque não combina com você. E alem disso, me faça o favor de cair fora daqui, porque ar de biblioteca já é bem poluído, com esse monte de livro velho, sem você por perto.
- Weasley, Weasley, Weasley... Eu não vou sair daqui, sem você me ouvir.
- Ah, voltei a ser Weasley? Que bom! – Gina disse, com uma cara tão feliz, que chagou a assustar Draco, mas nada iria impedi-lo de dizer o que veio dizer.
- Weasley, Virginia, Gina... Qualquer coisa serve. Só quero que você saiba de uma coisa... – Gina olhou com cara de quem estava à beira de um colapso. Draco pensou que ela estava esperando que ele dissesse que a ama e toda aquela frescura... – Eu não vou dizer que te amo, não. Mas vou dizer a você o sonho que tive...
Ele deu uma pausa para ver o que Gina iria dizer, ou a cara que ela iria fazer. Mas ela estava na mesma posição, sentada com diversos livros à sua frente, olhando o loiro com uma cara parecida com ‘Oo’. Sendo assim, Malfoy continuou:
- No meu sonho você vinha correndo, me abraçava, me beijava, eu correspondia a esse beijo e te beijava de olhos fechados. O Zabini sempre me disse que beijar alguém de olho fechado é amor e tal... Mas o fato é que: durante todas as férias eu não consegui tirar você da cabeça e pode ter certeza de que não foi o melhor pensamento que eu já tive...
A cara de Gina mudara, com certeza. Agora sim, realmente pode se dizer que ela ficara realmente assustada.
‘Ok, vamos analisar a situação: eu estou sentada na biblioteca às sete da manhã e Draco Malfoy chega dizendo que não me ama, mas sonhou comigo e ficou pensando em mim as férias todas? Realmente muito cômico... se eu não estivesse no meio’
- Anda logo, Malfoy. O que quer? – Gina começava a ficar nervosa. Malfoy poderia pedir qualquer coisa pra ela. Qualquer coisa.
Malfoy foi se aproximando... Deu a volta na mesa, o que fez Gina se levantar. Draco andou mais um pouco em direção à garota ficando frente a frente, fazendo ela recuar tanto que esbarrou em uma prateleira e por pouco não caiu.
- Fala, Malfoy! O que você quer? O que pretende? – Gina estava começando a ficar nervosa, com aquele... aquele... aquele verme tão perto dela.
- O que eu quero, Virginia? – Ele estava começando a irritá-la, chamando-a de Virginia toda hora. – Eu quero você!
Não deu tempo de Gina responder nada. Draco a encostou na estante e segurou-a pela cintura; olhou-a nos olhos e, pelo contrário do que pensava, ela não apresentava resistência alguma. Após um momento se encarando foram aproximando os rostos; ninguém saberia dizer se foi Draco ou Gina quem se aproximou primeiro, mas em um instante, ambos estavam com os lábios quase colados. Gina entreabriu os lábios, em um convite, que foi muito tentador a ponto de Draco não resistir. Encostaram os lábios e, de repente, como se tivessem levado um choque se separam e ficam se encarando por mais algum tempo.
Tudo estava realmente muito estranho aquela manhã, mas esse ‘choque’ foi o acontecimento mais estranho de todo o dia. Ao contemplar um os olhos do outro, ambos tinham pensamentos tão semelhantes e tão diferentes...
‘O que há comigo? Por que esses olhinhos verdes me encantam tanto...? Pára Draco! É só um beijo, só isso. Você só está fazendo isso pra se livrar dela...’ – Draco pensava, enquanto se afundava naquele verde nem claro nem escuro, nem sereno nem exaltado, mas não inexpressivo (talvez todas as emoções em um olhar só) – ‘Mas os olhos dela são... Pára de besteira e beija ela, é só isso que você quer, não é?’
‘O que há comigo? Por que os olhos cinzas... não, azuis... tudo bem, os olhos dele são de um cinza-azulado maravilhoso! Mas por que? Por que eles me intrigam tanto?’ – pensava Gina, que quase se perdia naqueles olhos azulados que poderiam revelar a frieza com que ele tratava a situação, mas para ela, era o espelho da alma – ‘O que é isso, Gina? Espelho da alma... o Malfoy não tem isso. Ou tem? Por que ele não acaba com isso logo? Por que eu não acabo com isso logo? Por que...’
Os pensamentos de Gina foram interrompidos por uma boca colando na sua. Lábios gélidos em contato com seus lábios quentes. Draco pressionava os lábios, assim como pressionava o corpo de Gina na estante; era como se ele quisesse eliminar todo e qualquer espaço existente entre eles.
Aos poucos o beijo se aprofundou. As línguas traçavam um duelo exigente, querendo mais e mais. As mãos de Draco percorriam toda a extensão das costas da ruiva, enquanto as de Gina arranhava a nuca de Draco, o fazendo arrepiar involuntariamente.
Gina, com dificuldade, reuniu o pouco de bom senso que lhe restava e se soltou de Draco. Olhou aqueles olhos azulados e percebeu um tom de estranheza... ele com certeza não queria ter parado o beijo ali...(ela também não) Fechou os olhos, numa busca silenciosa pelo o que fazer. Resolveu fazer a primeira coisa que lhe veio à mente...
Pois é, um tapa. Muito bem dado por sinal. Ela reuniu toda a raiva por se sentir usada por Malfoy ali, na palma da mão. Os dedos tão logo se soltaram da pele começaram a surgir marcas vermelhas, marcas de cinco dedos, marca da ruiva.
- Aih! Aih, sua louca! O que você fez? – Malfoy esfregava a bochecha marcada; aquilo doía e ardia pra caramba. ‘A baixinha sabe bater...’
- Te dei um tapa, não sabe o que é não? – Gina ignorou a cara sarcástica que Malfoy fez e continuou – Por que me beijou?
- Porque me deu vontade! – Malfoy percebeu a raiva nos olhos dela. Ele achou melhor terminar com isso logo, antes que ela resolvesse dar outro tapa, mas não resistiu e acabou dizendo mais – Mas que você gostou, você gostou!
Malfoy sentiu a face arder novamente. A ruiva havia lhe batido na outra bochecha com mais força do que na primeira. Ele deveria sair dali naquele instante, mas sua língua afiada demais, não permitiu.
- Fala que eu não beijo bem! Fala que não gostou!
- VOCÊ NÃO BEIJA BEM! EU NÃO GOSTEI, NÃO! O MAX BEIJA MUITO MELHOR QUE VOCE, SEU MERDA!!! – Gina berrou para Draco, mas querendo convencer muito mais a si mesma.
- Quem é esse... ‘ser’ chamado Max? – perguntou Malfoy, com uma cara meio desconfiada.
- Ele é o meu... o meu... o meu namorado! – Gina engasgou na hora de dizer que Max era namorado dela, e ela não sabia o porquê.
- Seu... o que? – Draco não podia acreditar no que ele acabara de ouvir ‘A Virginia ta namorando? Quem é o louco?’
- É... meu namorado. – Gina voltou para a cadeira de antes e pegou a pena, para começar a escrever. – Agora desenfeta daqui, vai Malfoy! Xô!
- Quem disse que EU quero sair? – disse Malfoy, sarcástico.
- SAI DAQUI, A-G-O-R-A MALFOY!!! – Gina gritou a plenos pulmões, sendo ouvido um ‘Shiiii’ que Madame Prince dirigia a ambos. – Sai!
- Eu vou. Mas fique sabendo que não é por que VOCÊ pediu, é porque eu quero.
Ele saiu andando, deixando Gina quieta. Ambos pensavam no que havia acontecido...
‘O que me deu, pra eu fazer aquilo? E ela tem namorado! NAMORADO! Bom, pelo menos ela o chifrou comigo... Mas ela parece gostar realmente dele... Dane-se! Eu não gosto mesmo dela!’ – Draco pensava, enquanto saia da biblioteca. ‘Quero mais é que ela vá se danar. Já beijei. Já era!’ – Draco disse isso baixinho, acreditando que isso o faria acreditar em suas palavras. Mas não podia negar uma coisa... ‘A tampinha mexe comigo... ’
‘Credo! Eca, eca, eca! Odeio esse loirinho! E ele beija muito mal! Eca!’ – Gina pensava, sabendo que era mentira... Ele beijava MUITO bem. ‘Eu nem devia estar pensando nele. Deveria estar fazendo a redação! E além disso tenho namorado, não tenho?’
Mais coisas mudaram depois das férias. A descoberta de um novo sentimento, por exemplo...
N/A: *Dedicado especialmente à Giu*
Desculpa por não ter postado antes...
Tava sem inspiração N.E.N.H.U.M.A!
Espero ter ficado bom
Proxima atualização... talvez em breve.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!