A entrevista.
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PROFETA DIÀRIO
Após uma conturbada época de guerra, desespero e medo, onde as notícias eram meticulosamente moldadas para satisfazer as conveniências do governo e publicadas com o único objetivo de manipular o povo de acordo com suas vontades e necessidades, o Profeta Diário pode, enfim, retomar sua verdadeira função: Informar e notificar a população dos acontecimentos do mundo bruxo de forma real e imparcial.
Durante o domínio de Você-sabe-quem, os jornais e revistas bruxos da Inglaterra foram barbaramente pressionados das mais cruéis formas a se curvar as suas vontades e obrigados a publicar as noticias de acordo as suas ordens. Mas a guerra acabou e levou com ela a resistência e atrocidades sofridas, não só pelos meios de comunicação bruxos, mas por toda sua população.
No início dessa nova era, e com um Profeta Diário com sua estrutura completamente reformulada e melhorada, esperamos cumprir o nosso papel para com a população bruxa e trabalhar de maneira objetiva, atendendo às suas necessidades e principalmente, informando os acontecimentos reais do mundo bruxo Inglês.
E para comemorar essa conquista, não poderíamos deixar de brindar o povo com verdadeiras noticias sobre a guerra e com as respostas que todos aguardam, e é por esse motivo que nossa primeira manchete não poderia deixar de ser sobre ele, aquele a quem devemos as vitórias conquistadas, aquele quem nos permitiu voltar a respirar e sorrir sem ter medo que, ao menor movimento em falso, alguém de nossas famílias acabasse ameaçada, aquele a quem nos permitiu encostar a cabeça no travesseiro e dormir profundamente, aquele a quem nos fez ver os nossos mais profundos erros, aquele que nos trouxe a paz. Claro que estamos nos referindo à Harry Potter, o herói do mundo mágico.
A edição de hoje é dedicada a uma reveladora entrevista que foi realizada com Harry Potter, onde buscamos esclarecer alguns pontos obscuros e extremamente misteriosos sobre o sumiço do rapaz, juntamente com seus inseparáveis amigos e sua reaparição repentina para a tão devastadora batalha final. Aqui, esperamos esclarecer algumas dúvidas e, por que não, conhecer um pouco mais sobre o mais jovem herói de todos os tempos.
A repórter incumbida de realizar a entrevista foi cuidadosamente escolhida, pessoalmente, pelo próprio Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt, que se diz grande admirador de Harry Potter.
Por Rachel Williams:
“Chego aos portões d’A Toca, que é onde, sem surpresa nenhuma, Harry Potter está residindo no momento, bem no início da noite. Quase no exato momento em que aparatei no local fui educadamente recepcionada pela dona da casa, a Sra. Molly Prewett Weasley, que me conduziu gentilmente até a sala de estar, onde ocorreria a entrevista.
Durante os poucos minutos que estive aguardando, enquanto bebericava uma deliciosa xícara de chá, pude reparar um pouco na casa que, apesar de modesta e humilde, transmitia uma aura de receptividade, aconchego e bem-estar. Apesar disso, ainda eram visíveis em alguns pontos do local alguns vestígios da violência que se abateu ali, deixados pelo ataque inesperado sofrido no dia 01 de agosto do ano anterior por comensais da morte e agentes, na época, do recém-dominado Ministério da Magia, logo após a morte de Rufo Scrimgeour, o até então Ministro.
O ataque se deu no momento em que se celebrava o casamento entre o filho primogênito da família Weasley, Guilherme Arthur Weasley, e da bela francesa Fleur Isabelle Delacour (a moça, para quem não recorda, foi a campeã selecionada para representar a escola de magia francesa Beauxbatons, no polêmico Torneio Tribruxo que se realizou a três anos na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e que terminou na trágica morte de um aluno, Cedrico Diggory, e marcou o temido e contestado retorno de Você-sabe-quem.). A explicação atribuída ao ataque não poderia ser outra senão a busca e captura de Harry Potter que, pelo que se sabe, não esteve presente na cerimônia; mas, dizem as más línguas que Potter não só esteve presente no local (provavelmente disfarçado), como foi logo após esse triste ocorrido que, o menino-que-sobreviveu, simplesmente evaporou, sumindo de cena, provavelmente, segundo minhas fontes seguras, para dar início a uma missão fundamental para o êxito da tão comentada derrota D’aquele-que-não-deve-ser-nomeado. A partir daí, então, deu-se início à caçada frenética (e inútil, diga-se de passagem) ao então intitulado pelo Ministério de “Indesejável nº. 1”.
Confesso que, apesar de meus vários anos de estrada na carreira jornalística, essa foi uma das que me deixou mais ansiosa e nervosa. A última vez que recordo ter me visto em estado semelhante foi há alguns anos atrás, enquanto entrevistava o tão recentemente comentado Alvo Dumblerore. Mas é compreensível, afinal, não é todo dia que se entrevista o homem que derrotou o maior bruxo das trevas de todos os tempos.
No entanto, quando Harry Potter entrou na sala e me cumprimentou, realmente não soube mais o que pensar. Deparei-me com um belo e tímido jovem findando a adolescência e aparentemente inofensivo. Mas aprendi por experiência própria, nos meus ainda poucos, mas produtivos anos de carreira, que não se deve julgar a periculosidade de um explosivin pelo tamanho do ferrão; e esse caso foi uma prova real disso. As respostas diretas e sem hesitação, a segurança, a convicção e a desenvoltura do rapaz, foram fatores que chegaram realmente a intimidar toda a minha determinação profissional. Tive poucas oportunidades de contestar ou insistir em alguns assuntos. Durante toda a entrevista, a postura de Harry Potter foi extremamente madura e segura, fato que me surpreendeu apenas pela pouca idade do rapaz, mas não se levarmos em consideração a difícil e sofrida vida que teve. Talvez as duras perdas e inúmeras provações pela qual foi obrigado a passar é que se deva a sua maturidade precoce; mas nem mesmo todos esses horrores sofridos levaram a sua pureza e nobreza, que é perceptível a qualquer pessoa que se disponha (e consiga) examinar aqueles intensos olhos verdes. Uma coisa, porém, não dá para contestar: a simpatia, educação e modéstia do rapaz; posso dizer que a entrevista foi extremamente agradável e prazerosa, como se estivesse conversando com um velho amigo, pois o Sr. Potter, mesmo quando se esquivava de alguma pergunta “mais indiscreta”, o fazia de forma sutil, o que me deixou bastante à vontade.
Uma coisa, porém, me intrigou logo que o Sr. potter entrou na sala para a entrevista: a presença de uma pessoa completamente inesperada. A jovem ruiva se chama Ginevra Molly Weasley e é a filha caçula do casal Arthur e Molly Weasley, portanto, irmã de Ronald Weasley, melhor amigo de Harry Potter. E descobri naquele momento o motivo da presença dela. A moça não é nada mais nada menos que namorada do nosso jovem herói; e disso, não tive a menor dúvida, pois a bela Srta. Weasley acompanhou toda a entrevista sem soltar um segundo sequer a mão do rapaz e, inclusive, participou da mesma em alguns momentos. Mas, como sou repórter do Profeta Diário e não do Semanário das Bruxas, acho que não vem ao caso entrar em detalhes sobre a vida amorosa de Harry Potter.
Vocês devem estar se perguntando: “Mas e Ronald Weasley e Hermione Granger?”. Era de se esperar que, como companheiros inseparáveis o trio estivesse junto durante a entrevista, não? Eu também esperava isso; e foi justamente a ausência deles que gerou a primeira pergunta da entrevista”.
Vamos ao que interessa então:
RW: Boa noite Sr. Potter... Srta. Weasley! (os dois cumprimentaram-me com um breve aceno de cabeça). Acho que diferentemente do que eu havia imaginado, minha primeira pergunta não será sobre o senhor, e sim sobre seus dois amigos ausentes, o Sr. Ronald Weasley e a Srta. Hermione Granger (Ele apenas sorri). Por que seus amigos não o estão acompanhando nessa entrevista?
HP: Eu sabia que essa pergunta viria logo, mas não posso deixar de afirmar que veio mais cedo que o esperado (Ele suspira e me encara). Eu realmente lamento não poder responder a sua primeira pergunta!
RW: Já começamos bem, hein? (risos) Mas, se não for inconveniente saber, isso se deve a algum desentendimento entre vocês?
HP: De forma alguma! Na verdade eles estão viajando para resolverem um problema pessoal, e justamente por não dizer respeito a mim, não me acho no direito de dar demais informações sobre isso.
RW: Certamente! E pelo que vejo, mesmo assim, o senhor se encontra muito bem acompanhado. (Ele e a Srta. Weasley parecem um pouco constrangidos, mas ainda assim sorriem).
HP: É, acho que estou!
GW: Ah, pode ter certeza que ele está! (mais risos)
RW: Senhorita weasley, como sua família lidou com essa situação toda de missão?Como vocês se comunicavam com seu irmão, visto que sua família estava fortemente vigiada?
GW: Foi complicado para todos nós, e não só por Rony, mas Harry e Hermione são como da família, então estivemos preocupados com os três. Mas o que mais afligia a família era a falta de notícias, pois eles realmente se mantiveram ocultos de tudo e todos. Tivemos tantas notícias deles quantos qualquer outro bruxo do país.
RW: Então vocês realmente não sabiam do paradeiro deles?
GW: Não! Não sabíamos por onde andavam, como estavam, e nem o que andavam fazendo. Era um verdadeiro mistério! Só sabíamos que estavam fazendo algo muito importante, e só nos restava confiar neles e pedir de toda alma que estivessem bem.
RW: Acho que já podemos tratar de assuntos um pouco mais intrigantes, então. E acho que a pergunta que não quer calar é: Realmente existiu uma profecia? (Ele ficou assustadoramente sério, me olhando como se estivesse se decidindo sobre algo).
HP: Sim, existiu! (Eu quase caí da poltrona)
RW: Então você realmente é o escolhido, o menino-que-sobreviveu?
HP: Eu realmente sobrevivi, mas não acho que os méritos devam ser meus! Eu nunca tive nenhum poder especial nem nada disso. Só sobrevivi à maldição da morte devido o sacrifício da minha mãe! Ela se colocou entre mim e Voldemort (ele não teme o nome, então tive que transcrevê-lo) para me proteger, doando sua vida pela minha. Então ele a matou, mas quando tentou me matar, o feitiço se voltou contra ele.
RW: (Alguns segundos de silencio para eu me recuperar da informação) Quer dizer então que você só sobreviveu devido o sacrifício de sua mãe?
HP: Sim, é uma magia muito antiga, mas que funciona! Bom, pelo menos comigo... (risos).
RW: Jamais teria imaginado! E você saberia explicar o fato de Você-sabe-quem também não ter morrido, mesmo depois de ter recebido de volta a própria maldição? (Ele dá um olhar cúmplice a namorada).
HP: Sim, eu sei! Mas realmente não vou poder explicar. Acredite que é melhor assim.
RW: E a conexão que todos diziam existir entre vocês, tem relação com algo acontecido nesse dia?
HP: Com certeza absoluta. Creio que algumas habilidades dele foram repassadas pra mim naquele dia de alguma forma.
RW: E agora que ele está morto, essas habilidades que você adquiriu cessaram?
HP: Eu ainda não parei para verificar isso, mas espero realmente que sim.
RW: Mas a cicatriz continua intacta!
HP: Sim, e acho que vai continuar dessa forma!
GW: Eu a acho bem charmosa! Não me incomodo! (risos)
RW: Como você conseguiu escapar ileso tantas vezes de Você-sabe-quem?
HP: Eu realmente não acho que tenha saído ileso, mas sim, de fato escapei várias vezes. Posso dizer que foram algumas gotas de sorte, grandes doses de ajuda e o auxílio da minha amiguinha aqui! (Ele me mostrou a varinha).
RW: O que você poderia nos dizer sobre Sirius Black? (Percebi na hora que essa foi uma pergunta difícil)
HP: O mesmo que digo sobre meus pais. Que sua morte foi uma grande injustiça! Que assim como milhares de outros, ele foi condenado por um crime que não cometeu, e pagou caro por tentar proteger as pessoas que amava!
RW: Alvo Dumbledore! (Outro assunto difícil) Como era a relação de vocês?
HP: Um pouco mais do que apenas diretor-aluno! Dumbledore realmente me ensinou tudo que eu precisava para acabar com essa guerra!
RW: Então o seu sumiço durante todos esses meses tem algo a ver com alguma missão deixada por Dumbledore?
HP: Sim. Tinham coisas que apenas uma mente como a dele era capaz de entender. Ele apenas me mostrou algumas delas antes de morrer e o restante eu fui descobrindo aos poucos com a ajuda dos meus amigos. Mesmo depois de morto, Dumbledore foi muito importante pra mim. Sem ele eu jamais teria entendido o que precisava entender e feito o que precisava fazer!
RW: E todas essas noticias que foram divulgadas sobre ele? Você acreditou? Qual efeito elas tiveram em você?
HP: Foi um choque no primeiro momento! Mesmo que tenha tido bastante contato com ele, nunca fomos realmente íntimos. Muitas coisas eu realmente não sabia. Sei que parte delas são verdades, mas uma outra são grande baboseiras. Nem uma nem outra mudou na realidade meu conceito sobre Dumbledore. Pra mim, ele sempre será o maior bruxo que já existiu, e um ser humano ímpar!
RW: Mesmo que ele tenha sido melhor amigo de um dos maiores bruxos das trevas e...
HP: Ele nunca tomou o partido das trevas, e tampouco foi perfeito. Era um ser humano e passivo de erros como tal! Quem nunca errou? Quem nunca precisou cometer erros para aprender o certo? Quantas bobagens não fazemos antes de amadurecer? Quantos de nós não tivemos de machucar, torturar ou até matar nessa guerra para proteger os que amamos e lutar pela paz? Mas mesmo isso não nos faz pessoas piores e eu realmente espero que nos tornem melhores. Todos cometem erros! Precisamos dos erros para valorizar o que é certo!
RW: Foi esse pensamento que o fez perdoar Severo Snape? (Ele dá um longo suspiro)
HP: Eu odiei Severo Snape desde o primeiro dia que ele me dirigiu a palavra até o momento em que o vi morrer! (Prendi a respiração) Acho que só esse pensamento não teria feito mudar minha opinião sobre ele. Porém eu não sabia e nem entendia nada sobre ele. Mas a forma que morreu, e o motivo pela qual morreu, eu realmente achei terrível. E infelizmente, foi apenas após a morte dele que descobri o verdadeiro Severo Snape; aquele que ele mesmo fez questão que ninguém soubesse que existia. Apenas uma pessoa, além dele, o conhecia de verdade até então, e esse alguém era Alvo Dumbledore.
RW: Mas, ele o matou! Segundo você mesmo, Snape matou Dumbledore! (Eu estava verdadeiramente surpresa!)
HP: É, ele o matou! Eu vi! Mas a história é muito longa e complicada! O que posso afirmar é que Snape sempre foi um homem de Dumbledore.
RW: Mas ele era um comensal da morte, não? Era de se esperar que trabalhasse para Você-sabe-quem.
HP: Era esse o objetivo, que todos achassem que ele trabalhava para Voldemort. Isso era essencial para que Voldemort não suspeitasse da sua lealdade. Ele tinha a marca negra, era amargo e infernizou minha vida o quanto pode, e eu não entendia, até pouco tempo, de onde vinha toda aquela antipatia por mim, só sei que esse sentimento foi mútuo! Hoje, eu o admiro, e posso afirmar que ele foi uma das pessoas mais corajosas que já conheci!
RW: Okay, eu realmente estou tentando entender! (Ele ri) Vamos fazer assim, eu faço perguntas concretas e você me da respostas diretas. Pode ser? (Ele concorda ainda sorrindo) Vamos lá: Como Snape morreu?
HP: Voldemort o matou!
RW: E você disse que o viu morrer?
HP: Sim. Rony, Hermione e eu estávamos presentes e vimos. Claro que escondidos!
RW: E como você pode afirmar com tanta convicção que Snape era uma pessoa boa?
HP: Voldemort mandou sua cobra o atacar, e em seguida saiu do local, provavelmente pra me procurar. Quando me aproximei de Snape, ele ainda estava vivo e só teve tempo de me entregar algumas de suas lembranças e depois morreu envenenado. Naquela mesma noite eu examinei as lembranças, e descobri muita coisa que nem em meus mais loucos sonhos poderia imaginar, dentre elas que ele era verdadeiramente leal a Dumbledore e que a morte do diretor estava planejada por eles (Dessa vez fiquei chocada!). Dumbledore já tinha pouco tempo de vida quando Snape o matou, e isso era sabido por ambos. Outra coisa que descobri aquela noite foi que Snape amou muito uma pessoa que foi morta pessoalmente por Voldemort. Ele pediu ajuda a Dumbledore e, desde então, por lealdade ao amor que tinha por essa pessoa, ele se arriscava como espião para a Ordem da Fênix. Não acho que ele tenha sido uma pessoa boa, e sim um bom homem. Você entende a diferença? Ele cometeu muitos erros, foi muito cruel quase sempre, mas ele nunca chegou a ser um verdadeiro comensal da morte! Ele amou profundamente e foi extremamente corajoso; e provavelmente era o único comensal capaz de gerar um patrono completo. Ele tinha sentimentos bons dentro dele, mas, por alguma razão, não queria que ninguém soubesse disso. Mas me permitiu descobrir, e eu não podia deixar que ele morresse com a imagem ruim que se criou sobre ele. Ele, de certa forma foi um herói, mas talvez muito falho. Assim como Sirius, meus pais e tantos outros, Snape foi mais um que amou demais e pagou com a própria vida.
“Eu realmente fiquei sem palavras depois dessa declaração e pedi que fizéssemos uma pequena pausa. Na retomada da entrevista, meu foco voltou para a guerra. Com um porém: ele me pediu que parasse de chamá-lo de Sr. Potter, se diz muito jovem para isso”.
RW: Você realmente esteve presente na cerimônia de casamento que houve no dia 01 de agosto aqui na residência dos Weasley?
HP: Ah, sim... estive. E logo após o inicio dos ataques meus amigos e eu partimos.
RW: Quer dizer que seu amigo Ronald Weasley esteve com você desde o inicio?
HP: Esteve, só que ele tomou providencias para proteger sua família, assim como Hermione.
RW: E você poderia nos dizer qual o motivo da viagem?
HP: Realizar a missão deixada por Dumbledore, como eu já havia informado.
RW: Sim, mas a missão consistia em que especificamente?
HP: Consistia em algo extremamente perigoso, delicado e importante. Era essencial que realizássemos essa missão para poder enfrentar Voldemort, mas eu não estou disposto a compartilhar o conteúdo. Acho que é suficiente dizer que se tratava de, digamos, conhecer melhor o inimigo e destruí-lo aos poucos. É um assunto muito sombrio para ser compartilhado. Muita coisa horrível já foi vista nessa guerra; o que realmente importa é que ela acabou, deixando rastros dolorosos o suficiente.
RW: Houve um momento, durante a batalha, que todos achavam que você estivesse morto, e que Você-sabe-quem anunciou que você havia sido capturado e morto durante uma tentativa de fuga. Como explica esse fato, já que, inclusive, as pessoas afirmam que viram seu corpo ser carregado pelo guarda-caças e professor de Trato das Criaturas Mágicas, Rúbeo Hagrid?
HP: Ele realmente achou que eu estava morto. Eu recebi um prazo para me entregar, e fui fazer isso. Não estava fugindo. Ele me atacou, porém não morri. Não me pergunte como! Mas nesse caso eu obtive uma ajuda inesperada. Narcisa Malfoy me ajudou a escapar. Ela confirmou para Voldemort que eu estava morto; eu só precisei fingir. De outra forma eu jamais teria conseguido escapar.
RW: Mas, Narcisa Malfoy não é esposa de Lúcio Malfoy? E ambos não eram comensais da morte?
HP: Não sei se ela era comensal da morte, mas o marido sim. Eu acho que ela me ajudou apenas para poder rever o filho que estava no castelo, mas ainda assim me ajudou em um momento que minhas chances eram quase nulas.
RW: Logo após houve o confronto, certo? (Ele confirma) E após uma troca de informações bastante significativas entre você e Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, os feitiços foram lançados. Você-sabe-quem lançou a maldição da morte e você um feitiço de desarmamento, porém, quem caiu morto foi Você-sabe-quem! Curioso, não? Como você conseguiu esse feito?
HP: Digamos que a proteção que minha mãe me deu quando eu ainda tinha um ano continuou tendo um bom efeito!
RW: (Com essa nota enigmática, resolvi mudar mais uma vez de assunto) Já que você considerava tão perigosa a missão deixada por Dumbledore, por que permitiu que seus amigos fossem junto?
HP: (Ele e a namorada se entreolharam e riram) Eu bem que tentei, mas se continuasse insistindo, provavelmente levaria umas dolorosas azarações! É sério, você não conhece os ataques de fúria de Hermione. E também não era muito agradável ficar ouvindo o Rony me mandar calar a boca e me chamando de idiota! (risos) Acho que eles não tem idéia do quanto foram essenciais pra mim. E creio que nem eu sabia até um tempo atrás. Só posso dizer que foi muito bom eles terem me ameaçado, me chamado de burro e me deixado sem outra saída senão aceitar a companhia deles, por que senão, provavelmente não estaríamos aqui. Rony e Hermione são meus melhores amigos e sei que não conseguiria ir longe sem eles. Nas horas mais sombrias e difíceis, Rony estava ali para nos fazer rir, e nos momentos difíceis e de dúvidas, Hermione sempre se fazia presente, buscando respostas ou salvando nossas vidas guiada pela mente brilhante que ela tem. O apoio deles foi mais que essencial. Nós três nos ajudamos a sobreviver e sei que, hoje, somos bem mais que grandes amigos.
“E com essa bela homenagem de Harry Potter aos seus inseparáveis amigos, dou por encerrada essa entrevista. Espero que tenhamos respondido algumas perguntas e...
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Hermione baixou o jornal e se voltou a Rony com os olhos marejados.
- Ah, Rony! Ele foi tão doce! Se saiu tão bem...
- É! É bom saber que ele consegue se virar sem a gente!
Hermione riu.
Já havia dois dias que estavam na Austrália, e já as véspera da viagem de volta à Londres. Estavam tomando o café da manha quando Hermione viu pela janela um ponto preto no céu que se aproximava da casa. Correu para abrir a janela e deixar entrar a coruja que Gina havia mandado com a edição do Profeta diário, contendo a entrevista de Harry. Os dois correram escada acima, rumo ao quarto que Rony estava ocupando, para ler o jornal.
- Ele fez tudo direitinho! – disse a morena esquadrinhando distraidamente o jornal - Respondeu as perguntas sem revelar muita coisa. Estou tão orgulhosa!
- Eu também! – e baixou os olhos.
Hermione não precisou perguntar nada para entender o porquê do desconforto do ruivo, apenas se aproximou dele e lhe afagou os cabelos.
- Vamos Ron, você precisa superar isso! Harry e eu já esquecemos aquela história. Lembra o que ele disse nessa entrevista? Que todos somos humanos e passivos de erros, e que eles não nos fazem pessoas piores! Precisamos deles para valorizar o certo!
Ele levantou o rosto sorrindo.
- Eu um dia vou descobrir como você consegue gravar as coisas tão rápido nessa sua cabecinha dura!
Hermione riu e o beijou.
- Filha! – gritou uma voz do andar inferior.
Ela largou Rony rapidamente e respondeu:
- Oi mamãe!
- Desçam, filha! O almoço já está servido! – ecoou a voz novamente.
- Já estamos indo!
Arrumou rápido os cabelos e saiu apressada puxando Rony pela mão.
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Era hora do almoço n’A Toca, mas apenas a Sra. Weasley, Harry, Gina, Percy e Jorge estavam sentados à mesa. O Sr. Weasley havia sido chamado para ir ao ministério e Carlinhos tinha voltado no dia anterior para a Romênia.
- É serio, Percy! Seu pai não tem a menor intenção de mudar de cargo. Ele adora o que faz! – explicava a Sra. Weasley enquanto cortava o frango em seu prato.
- Mas Kingsley tem insistido para que ele aceite um cargo superior! Não acho justo que papai volte a trabalhar no setor de Controle de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas! – retrucou inconformado.
- Eu já disse que ele gosta do que faz, e isso é o que realmente importa pra ele. Alem do mais, ele vai ganhar um aumento e uma nova sala!
- Pois é! Então por que você não nos faz um favor e ocupa esse bocão com a sua comida, hein? – disse Jorge.
- Eu não vou responder suas provocações, Jorge! Só me preocupo com a nossa família. – falou Percy sem se alterar.
- Eu pensei que você tivesse deixado de ser aquele boçal metido de antes, Perce! – comentou Gina displicentemente.
- Eu não sou como antes. Aquele Percy de antes não existe mais. O Percy atual é muito mais responsável, humilde e ...
- Então me apresenta ele, por favor! – disse Jorge com a boca cheia de frango.
- Cala a boca Jorge! – disse Percy irritado.
- Pare de implicar com seu irmão, Jorge! – ralhou a Sra. Weasley – Chega de brigas nessa família, por favor.
- Me desculpem por isso, eu só não quero ver meu pai chegando abatido e cansado do trabalho novamente e sem receber um salário justo. – disse Percy cabisbaixo.
- Nenhum de nós queremos, Perce! – falou Gina pegando na mão do irmão.
- Mas agora as coisas serão diferentes, mano! O ministério está sendo todo reformulado. As coisas vão melhorar pra todo mundo, você vai ver. – completou Jorge, recebendo um sorriso do irmão.
- Ah, meus amores! – choramingou Molly.
Todos os filhos se levantaram e foram ao encontro da mãe, a abraçando carinhosamente.
- Ora, vamos mulher! Deixe de charme. – brincou Jorge.
- Eu estou tão acostumada a ver essa mesa lotada. É tão estranho vê-la assim...
- Mas mãe, um dia todos nós vamos casar, ter filhos e encher essa casa de netinhos. - tentou consolar Percy.
- Menos a Gininha, não? Ainda vai demorar muuuito par ela lhe dar netinhos! – disse Jorge, fazendo Gina revirar os olhos.
- Estava demorando... – cantarolou Harry lá do canto dele, fazendo a Sra. Weasley enfim sorrir.
- Vocês não tem jeito mesmo! – concluiu balançando a cabeça e levantando da mesa. – Terminem logo de comer.
Após o almoço, Percy recebeu um chamado do pai para comparecer urgentemente ao ministério, o que deixou a Sra. Weasley preocupada, mas o filho garantiu que não deveria ser nada sério. Jorge acabou acompanhando o irmão, alegando que iria dar uma geral na loja, que seria reaberta o mais rápido o possível. “Já estou com saudades do peso dos galeões no meu bolso!”, falou antes de aparatar com Percy. Harry e Gina ajudaram a Sra. Weasley a arrumar a cozinha, e em seguida foram para o quarto da ruiva estudar.
O casal passou a maior parte da tarde estudando transfiguração e terminando de rever poções. Somente quando o sol já estava se pondo e foram interrompidos pela Sra. Weasley, que foi levar uma bandeja de lanche para eles, é que resolveram dar uma pausa.
- Será que o Rony e a Mione já receberam o jornal? – perguntou Gina antes de abocanhar seu sanduíche.
- Acho que sim. – respondeu Harry.
Três dias já haviam se passado desde que Harry havia dado a entrevista e logo na manha seguinte à visita da repórter, o Profeta Diário a divulgou. Gina mandou imediatamente um exemplar para a amiga e o irmão, assim como havia prometido.
- Ela era bem simpática, não? – perguntou Harry assim que engoliu seu suco.
- Você já disse isso umas dez vezes! – reclamou Gina – E eu já concordei com você. Ela era simpática mesmo. Você percebeu que ela deixou de fazer muitas perguntas e não insistiu em muitos assuntos? – questionou.
- É! Ela deixou passar muita coisa. Por que será?
- Talvez por respeito a você. Talvez não quisesse ser imprudente ou inconveniente! Ou talvez Kingsley a tivesse dado alguma advertência sobre isso, já que ele fez questão de escolher pessoalmente a pessoa que viria até aqui te entrevistar! – deduziu Gina.
Harry deu de ombros, não queria se preocupar com isso. Após alguns minutos apenas mordendo, mastigando e engolindo, perguntou:
- Gi, você acha que eu realmente perdi as habilidades que adquiri de Voldemort?
Gina apenas o observou algum tempo enquanto mastigava seu sanduíche. Após engolir, tomou um gole de suco, suspirou e disse:
- Isso está te preocupando?
- Não sei, talvez não seja preocupação.
- Nós podemos descobrir. – sugeriu – Você quer?
Harry acenou com a cabeça.
- Então vamos! – disse a ruiva se levantando do chão abarrotado de livros e pergaminhos.
- Mas agora? – perguntou Harry.
- Já! – disse Gina.
Harry levantou-se e pegou na mão da ruiva, que tomou a frente e caminhou para fora do quarto. Desceram as escadas, passaram pela cozinha, onde a Sra. Weasley cantava alegremente enquanto dobrava algumas roupas limpas, e seguiram para fora da casa.
Já estava escurecendo e foi preciso Harry acender sua varinha para que pudessem enxergar melhor. Gina o conduziu até uma árvore um pouco distante da casa.
- Como vamos fazer isso? – perguntou Harry.
Gina não respondeu, apenas acenou com a varinha e do nada, fez aparecer uma cobra ali, que começou a rastejar na direção dela.
- Açule ela, Harry! – disse a ruiva, dando alguns passos para trás, buscando se afastar da cobra que avançava para ela. – Diga a ela para não me atacar!
Harry se concentrou rapidamente, buscou em sua memória, mas nada vinha.
- Vamos Harry! Rápido! – falou Gina já um pouco aflita.
Harry tentou abrir a boca e ver se vinha naturalmente, mas nada! Viu o réptil se aproximar mais ainda de Gina, que já parecia um pouco preocupada e, enfim algo saiu de sua boca.
- Evanesco! – disse com a varinha apontada para a cobra, que sumiu instantaneamente.
Gina olhou para Harry, que ainda fitava o ponto em que a cobra havia sumido. Então ele levantou a cabeça e tinha um enorme sorriso no rosto.
- Eu não consegui! Eu não consegui dizer nada em língua de cobra! – falou eufórico.
Gina sorriu igualmente eufórica e correu até ele, que a abraçou e a girou no ar.
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N/A:
Ta aê pessoal!! Gostaram?
Espero que sim...
Olhem, a partir daqui, eu pretendo dar uma corrida no tempo...digo, as coisas devem se passar um pouco mais rápido!
Mas aceito sugestões, crítcas, comentários e elogios também...hehehe.
Comenteeemmmmm....
Agora, vamos aos agradecimentos, né?
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Agradecimentos:
THAIS DOMINGOS DOS SANTOS RODRIGUES: Me desculpa a demora, ok?? Mas fiquei feliz de saber que voce estava de plantão esperando a atualização. Pode puxar minha orelha sim, sempre que eu pisar na bola, ok? Mas dessa vez foi por motivo de força maior! Mas e os capítulos, gostou? Aguardo sempre seu maravilhosos comentários! Ah, a Mione e o Rony, já estão quase voltando, né? Mas a viagem ainda não acabou! * olhar maquiavélico*.
carol potter: Que bom que está gostando. Espero que continue sempre comentando, ok? Nem que seja só pra dizer o que está achando da fic... Beijos e conto com voce!
Clara: Oie garota dos comentários mais que perfeitos! Ado-ro seu coments garota! Mesmo... Espero que eles continuem assim, tamanho família Weasley! hehe.. mas quanto ao cap. Também adorei o Jorge implicando com o Ron, mas aqui entre nós...ele não disse nenhuma mentira, né?Eu acho que a Mione sabia disso! hehe. Quanto ao Teddy, não se preocupe que ele vai aparecer mais sim...ok? Espero que tenha gostados dos capitulos e que sempre comente...beijos!
Jessika: Eeeee, ganhei mais uma leitora fiel?? Seja bem-vinda à fic, espero que se sinta à vontade para criticar e dar seu comentário. Que bom que está gostando tanto da fic. Agora fique tranquila, pois a shipper principal é H/G, mas eu amo R/H tanto quanto voce, e ainda vai ter muito recheio desse casalzinho encrequeiro nessa história! Beijok.
Julinha Potter: Oh! Enfim uma alma caridosa que resolveu me explicar como por capa na fic! Valeu mesmo...assim que puder vou fazer o q voce disse, e não se preocupe que qualquer dúvida é pra voce mesma q eu vou correr! Continue acompanhando a fic e mandando seus coments, ok? Bejo.
Ana Eulina Carvalho: Nossa! Muito obrigada mesmo pelo elogio! Mas sabe, eu realmente estava muito inspirada quando escrevi a cena do funeral. Até hoje releio ela várias vezes, mal acreditando que fui em quem a escrevi! Espero que consiga escrever outro capítulo tão bom um dia. Valeu mesmo pela força e espero que continue acompanhando fic! Beijos...
Guta Weasley Potter: *sorriso 32 dentes* Oi mana!!! hehe, bom saber que voce fez plantão aqui, mas ta ai! Dois cap´pitulos de uma vez! Espero que tenha me redimido...hehe. Ah, quanto a mulher de nome esquisito (ahauhau, adorei isso!) Ela ainda vai aparecer algumas vezes sim...Acho que logo logo voces aconhecerão melhor! E ta aí a entrevista...o q achou? Mil beijos e sempre comente, ok?
Penny Lane: Você me emociona com seus coments. Sério. Valeu mesmo pela força, isso me estimula a escrever mais e mais e mais...e sim! essa é minha primeira fic, na verdade eu nunca havia escrito uma história antes, mas to adorando a experiencia, principalmente quando tenho leitores tão prestativos como voce...valeu!
leleu_mione: Hermione para Presidente!!! hehehe...só não digo para ser Misintra da magia por que o kigsley merece estar lá!hehehe...Que bom que está gostando e ficarei aguardando sempre seus coments, ok!? Bem-vinda à fic.
NATALIA REIS: Ta aí dois capítulos pra voce...espero que continue gostando e comentando...beijos!
Ana Luiza Fidelis: Ta aíiiiiii!!! hehehe... finalmente atualizei...espero que tenha gostado dos capítulos. Aguardo seus coments, claro! beijos.
jojoalonso: Eu prometi, e veio...só que um pouco mais tarde que o planejado. mas não se preocupa por que eu não costumo demorar a postar! Me esforçarei pra postar pelo menos um cap. por semana, ok? Beijos e valeu por acompanhar a fic...Comente sempre!
Hermione Jean Granger: Está com sorte! A fic tá cheia de R/H, adoro eles também. continue por aqui e sempre comente, ok? Isso é realmente importante para o futuro da fic. Beijão!
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N/A: Aê galera, antes de me despedir, queria pedir uma coisa pra voces...Aqueles de voces que forem autores, me mandem o link ou os nomes das fics de voces. adoraria acompanhar as fics dos meus leitores...em outras palavras, adoraria ser leitora de voces também, ok??
Agora sim... to indo..
Até a próxima..
FUI!!!
CRACK!
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