Premonições



As aulas seguiram normalmente nos outros dias, mas os garotos continuavam preocupados com Hagrid. O acidente com Malfoy poderia custar o cargo do gigante. Rebecca tinha realmente tentado averiguar se o acontecido aquele dia com os dementadores foi somente uma coincidência ou não. Ela constatou que não era. Ela passava de vez em quando perto deles e toda vez que fazia isso eles se afastavam. Ela resolveu que não comentaria para ninguém. Além disso ainda haviam os pesadelos. Ela os tinha quase todo dia agora, mas o que mais a preocupava era que em todos eles Harry corria perigo no final e ela nunca conseguia salvá-lo, pelo contrário, sempre que ela tentava ajudá-lo algo acontecia e ele acabava morrendo. Ela havia pedido as meninas do dormitório que não comentassem com ninguém sobre os pesadelos. Ela também não havias contado o conteúdo deles para Hermione e pediu que ela não comentasse com Rony e Harry também.
Numa tarde, durante o almoço, um aluno que lia o Profeta Diário anunciou para quem quisesse ouvir que Sírius Black, o assassino que havia fugido de Azkaban havia sido visto em Londres. Harry sabia que o assassino estava atrás dele, e isso o preocupava, ele apenas tentava não demonstrar aos amigos, mas todos percebiam sua preocupação. Rebecca começou a imaginar se seus sonhos não seriam a premonição de que o assassino estava perto, mas ao mesmo tempo ficou na dúvida se deveria se manter perto ou não de Harry, já que em seus sonhos ela mais atrapalhava que ajudava.
A primeira aula da tarde seria Adivinhação. Durante essa aula ela obteve uma dica para suas dúvidas.
_Hoje aprenderemos a ler o futuro na bola de cristal! – dizia a professora muito empolgada. – Cada um se posicione em frente da sua e tente decifrar o que aparece nela. Vou escolher um de vocês para que me diga o que vê. Vejamos... Você senhorita...?
_Rebecca.
_Só Rebecca, querida? Aposto que não!- disse sorridente.
Rebecca respirou fundo: _Riddle. Rebecca Riddle...
_Aaah! – a professora gritou assustando os alunos. – Riddle! Eu estava certa em te chamar então! Bem que eu percebi uma aura negra em volta de você!- a professora ia se afastando da garota.
Algumas alunas que estavam próximas se afastaram também, fazendo cara de assustadas. Nem todos entendiam o porque do susto da professora, somente os quatro amigos e alguns alunos da Sonserina. Rebecca ficou muito incomodada com a reação da professora. Rony e Harry olhavam para a mulher como se quisessem trucidá-la.
Se aproximando novamente a professora continuou:
_Então, querida? O que você vê na sua orbe?
_Nada... – disse a garota de mau humor.
_Como nada?! Olhe direito!
A menina fez uma cara feia e olhou novamente, mas continuava não vendo nada. A professora ficou nervosa com a demora e resolveu:
_Deixe-me ver, querida. – e se aproximou.
_Ah meu Deus!- exclamou dando novo susto nos alunos.- Querida você tem tido pesadelos ultimamente?
Rebecca olhou para os lados como que procurando quem tinha contado aquilo para a professora. Ela olhou para Hermione a seu lado e a garota fez que não com a cabeça. Rebecca percebeu que as outras meninas do dormitório a olhavam meio assustadas.
_Não, professora. – respondeu.
Lilá fez menção de falar alguma coisa, mas Rebecca a olhou tão firmemente que ela desistiu da idéia.
_Tem certeza, querida?
_Claro que tenho! – ela estava ficando mais nervosa ainda.
_Pois tome cuidado se os tiver qualquer dia desses. Procure se afastar da pessoa que mais aparece neles ou algo de ruim acontecerá a ela.
Rebecca sentiu sua espinha gelar. Hermione olhava apreensiva para ela, mas ela fingia que não estava vendo. As meninas do dormitório também a olhavam assustadas. Então ela tinha razão. Harry corria perigo. Ela precisava contar para alguém, mas para quem? Harry já tinha preocupações demais com a história do fugitivo, Rony ficaria mais apavorado que ela e isso não ajudaria muito, Hermione não daria crédito à professora, diria que certamente uma daquelas puxa saco havia contado para a mulher. Não, ela não tinha para quem contar. Pelo menos por enquanto.
_Vamos continuar com outra pessoa! – a professora continuou como se não tivesse dito nada de mais. – Você agora! Harry não é?
Rebecca levou um susto ao perceber que ela falara com Harry. O que será que viria agora?
_O que você vê, querido?
_Nada professora. – respondeu desanimado.
_Impossível! Deixe-me ver!- e tomou a orbe nas mãos. – Aah, meu querido! Que pena! Tão novo ainda! Sinto muito querido. – disse a professora tristemente e se virando para escolher outro aluno.
Rebecca ficou com os olhos cheios de lágrimas. Não agüentou mais e saiu correndo da sala. Os alunos se assustaram. Hermione se levantou para ir atrás da amiga. Harry e Rony iam se levantar também, mas ela fez sinal para que eles ficassem.
Hermione encontrou a amiga chorando dentro do banheiro da Murta que Geme. Ela tentava conversar com a garota, mas Rebecca estava muito nervosa. Hermione viu que não adiantaria forçar nada. Envolveu a amiga num abraço e resolveu esperar até que esta se acalmasse. Ela já imaginava o que estava acontecendo.

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