Encontro
Obrigado a thayna nazareno de almeida, Leo_Lobo_Loko e Cristiane Erlacher por comentarem. Esse capítulo é dedicado a vocês!
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O Mundo Sem Mim
Capítulo 4: Encontro
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As próximas duas semanas passaram tranqüilamente. Seus dias passavam na mesma rotina: trabalhar, dormir, andar por aí, e ir ao Beco Diagonal para fazer algumas compras para Rosmerta.
Cada fez que foi ao Beco Diagonal, ele não deixou de ir para a Sorveteria de Florean Fortescue mesmo que estivesse frio lá fora: era o melhor sorvete da região. Ele ficava longe das pessoas e as pessoas ficavam longe dele.
Ele havia ganhado a reputação de ser misterioso e um provável Comensal da Morte em Hogsmeade, um imenso insulto para Harry, mas pelo menos ninguém havia tentado prendê-lo pois eles não tinha provas e ele não havia nada de errado.
Ele também tinha a confiança de Rosmerta do seu lado: a mulher era muito popular no mundo mágico.
Ele ainda não havia encontrado nenhum dos servos de Voldemort, incluindo Comensais da Morte e Dementadores, mas ele continuava se mantendo informado dos seus paradeiros por meio do Oráculo Diário. Mas Hogsmeade tinha estado silenciosa por tempo demais e Harry sentia que não iria demorar para Tom atacar a pequena vila.
Os estudantes sempre ficavam afastados dele durante os fins-de-semana em Hogsmeade. Uma vez, Harry pensou ter avistado Simas andando na rua mas isso havia sido durante um dos seus turnos de trabalho então ele não pode sair para confirmar se realmente era o sétimo ano grifinório.
Malfoy também estava evitando o Três Vassouras, para o prazer de Harry. Xiomara Hooch mantinha o hábito de vir pelo menos uma vez por semana, pelo menos para conversar com ele sobre Quadribol. Os primeiranistas havia se tornados mais habilidosos sob as vassouras então suas aulas eram menos agitadas, graças a Deus.
Mas essa vida pacífica não podia durar para sempre.
O dia começou como um qüieto domingo de outro fim-de-semana em Hogsmeade. Colin Creevey e seus amigos tinham decidido ir na Dedosdemel pois seus estoques de doces estavam acabando.
Ele estava acompanhado do seu irmão mais novo, como sempre, e de outros membros da Corvinal e da Lufa-Lufa. Eles sempre passeavam em grupos, e como todos quiseram ir para Hogsmeade decidiram ir juntos.
Surpreendentemente, eles não foram ao Três Vassouras - talvez por medo do garoto estanho que trabalhava lá - mas passaram o dia inteiro andando por aí e se divertindo, indo nos Correios, na loja de penas Scrivenshft, na loja de logros e brincadeiras da Zonko, na Dedosdemel, enfim, em tudo!
O tempo passou rápido, e logo eles tinham que voltar para Hogwarts antes do sol se pôr completamente.O grupo decidiu que era hora de ir, mas Colin os ignorou. Ele andava pela cidade e estava se divertindo muito para ouvi-los e continuou a caminhar pelos arredores.
Luna Lovegood, que estava com eles naquela hora, olhou para o céu e tremeu. “Ei gente, é melhor voltarmos para o castelo. Está começando a escurecer! Colin terá que acabar sua pequena viagem uma hora ou outra; nós só tiraremos sarro dele quando ele voltar para Hogwarts gritando para esperá-lo.
Os outros riram e assentiram, todos ansiosos para sairem do lugar. E então eles voltaram para Hogwars, junto com todos os outros alunos que estavam na vila.
Enquanto isso, Harry estava na oficina bruxa pelas ordens de Rosmerta. Uma das máquinas mágicas de café havia ficado louca e molhado todos que passavam por ela, portanto a mulher tinha tido que lançar um Petrificus Totalus na máquina para pará-la.
Então agora Harry estava indo para a oficina bruxa para consertá-la. O velho bruxo que trabalhava lá grunhiu para o garoto moreno como um sinal de boas-vindas e disse pra ele colocar a máquina no balcão.
Harry disse para o reparador qual era o problema e o velho assentiu pensativo. “Ok. Mas vou ter que ficar com a máquina por esta noite. Eu não tenho como consertá-la agora; eu tenho que limpar a loja.”
Harry olhou em volta e indeed, ele não havia percebido que a loja estava uma zona, como se um furacão havia passado pelo lugar.
“O que aconteceu aqui?” Harry perguntou curioso.
O homem grunhiu e murmurou consigo mesmo. "São essas crianças de Hogwarts! Pequenos mensageiros do Satã, eles são! Correndo pela loja para se divertirem quando deviam ter voltado para Hogwarts! Eu vi um deles andando aqui há apenas dez minutos atrás, e já passou da hora que ele devia ter voltado para a escola. Ele estava completamente sozinho também; seus amigos foram mais inteligentes que ele."
Ele continuou a murmurar consigo mesmo mas Harry não estava mais ouvindo. Seus falsos olhos azuis semicerraram-se, e ele saiu da loja, apenas para ouvir as pessoas começarem a gritar de medo.
Uma bruxa quase correu de encontro com ele e agarrou seus ombros. “ELES ESTÃO AQUI! ELES FORAM VISTOS!!! VOLTE PARA O TRÊS VASSOURAS, GAROTO!” Ela estava completamente apavoradada e olhava ao redor freneticamente com uma expressão aterrorrizada.
Harry se soltou do forte agarro e manteve-se calmo. “Quem foi visto?” ele perguntou franzindo as sombrancelhas e um súbido sentimento de agouro.
“OS COMENSAIS DA MORTE!!! AHHH!” E com um último grito ela correu para sua casa, tentando-se proteger, deixando um preocupado garoto para trás.
Comensais da Morte foram vistos, mas eles não estavam em Hogsmeade, pelo jeito. Então isso só podia significar uma coisa: eles estavam indo para Hogwarts.
E aquele aluno que estava viajando sozinho há pouco tempo atrás? Ele também estava voltando para Hogwarts?
Esse simples pensamento fez Harry parar de refletir e correr na direção do caminho que levava ao castelo... a trilha situada ao lado da Floresta Proibida.
“Merlin, espero que não seja tarde demais!” ele suplicou, e atou sua capa e seu capuz apertados. Ele sentiu o súbido ar congelante atacar os seus sentidos quando corria através da barreira da vila e desapareceu pela escuridão da noite… esquecendo de Hedwig e Nagini, que estavam esperando por ele no Três Vassouras.
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Colin tremeu pela décima vez e se atreveu a dar um olhar nervoso para trás, batendo-se mentalmente por não ter escutado os outros. Ele desesperadamente queria andar mais rápido mas a espessa neve e o frio faziam isso impossível.
Sua coragem grifinória havia o abandonado a algum tempo, e ele exclamava de medo de qualquer som suspeito que viesse da sinistra floresta. Um galho se partiu e ele congelou, seu corpo tenso, e sua mão trêmula lentamente desceu para pegar a sua varinha.
Mas logo que havia obtido o pedaço de madeira e trazido-o para o nível dos olhos, ele foi atingido por um 'Expelliarmus' e gritou enquando era jogado de encontro com uma árvore com tanta força que perdeu os sentidos.
Por causa disso, ele não ouviu as risadas sombrias que ecoaram na gélida atmosfera.
Harry ouviu claramente o grito, o que confirmou o seu medo. Ele tentou correr mais rápido mas xingou alto quando a neve o desacelerou. "Ah, foda-se!" ele murmurou sombriamente e se transformou na sua forma animaga, prontamente voando pelo ar até o garoto em perigo com uma determinção renovada.
Os dois Comensais da Morte avançaram até o garoto inconsciente com uma avidez doentia. “Que garoto idiota que ós pegamos! E um grifinório, também! O que nós devemos fazer com ele? Matá-lo agora ou trazê-lo para o nosso Lord?" o primeiro perguntou enquanto brincava impacientemente com sua varinha.
Seu cúmplice riu sombiamente. “Que tal torturarmos ele primeiro? É um boa solução.”
O primeiro assentiu entusiasmado e ambos empunharam suas varinhas. Mas a próxima coisa que souberam é que ambos foram jogados para trás por uma violenta rajada de vento, ao mesmo tempo que ouviam um alto e obviamente não muito apaziguador grito que cortou o ar como uma faca cortava a manteiga.
Os Comensais da Morte levantaram-se apresadamente; a besta que os havia derrubado parecia bem grande. Mas quando se prepararam para amaldiçoar a criatura, eles congelaram. Não havia nenhum animal por perto, pelo menos não no momento, mas um pessoa encapuzada estava de pé, protetivamente na frente do estudante.
“Que diabos é você?!” o segundo Comensal perguntou num furioso grito, mas eles não receberam respostas nem mesmo um som. Essa pessoa estava de pé camalmente diante deles, e com uma grande confiança.
“O que nós devemos fazer?” o primeiro homem perguntou asperadamente.
O outro zombou. “Eu não achava que ainda existiam pessoas tão burras assim: ir contra nós, e com isso desafiando o Lord das Trevas tão abertamente. Exceto aquele idiota amante de trouxas Dumbledore e seus fiéis pequenos seguidores, na verdade. Nós devíamos trazê-lo para o nosso mestre para que ele possa matar esse idiota pessoalmente.”
Enquanto eles debatiam sobre o seu destino, Harry teve tempo de dar uma rápida olhadela na direção de Colin; ele ainda estava desacordado.
O Menino-Que-Sobreviveu sabia que mesmo que eles estivessem em maior número, ele ainda tinha vantagem: sabia com quem ele estava enfrentando, e eles não. Comensais da Morte tinham a tendência de subestimar os seus adversários. E em todos esses anos de lutas contra Voldemort, ele já havia visto todos os seus seguidores e conseguia reconhecê-los pela voz e por como eles agiam.
Portanto, ele sabia que o seundo era o líder dessa pequena dupla, e Harry sorriu desdenhoso; nunca pensara que veria Lúcio Malfoy tão cedo.
O outro era Dolohov, não menos perigoso e sempre ansioso para agradar o seu Lord e torturar inocentes, o desgraçado.
“Eu nunca pensei que veria vocês dois tão cedo depois que cheguei. Pena que não posso matá-los hoje; eu não tenho vontade de ser acusado de assasssinato no momento, especialmente visto que um de vocês ESTÁ trabalhando para o ministério.”
Os dois Comensais da Morte gelaram e olharam na direção dele, sustentando suas varinhas ameaçadoramente. “Você! Como você pode declarar uma coisa dessas?!”
Debaixo da capa, Harry deu um sorriso sombrio. “Porque eu sei quem vocês são. Na verdade, eu sei quem todos vocês são.”
Os dois homens visivelmente ficaram tensos e o segundo, que Harry havia identificado com Lúcio Malfoy, perguntou forçadamente; “De qualquer jeito, Quem diabos é você?!”
Harry decidiu se divertir e retirou seu 'glamour' momentaneamente, lentamente erguendo seua mão para tirar o capuz. Os olhos de ambos os homem arregalaram-se quando eles puderam ver, não muito claramente por causa da neve, mas suficiente para distinguir um par de brilhantes olhos verdes encarando-os com tanta intensidade que Dolohov por um segundo pensou que a Maldição da Morte fora usada.
“Ele é só um garoto! Um tampinha como o outro!” Malfoy acabando com a sua surpresa e sorrindo desdenhoso. O garoto não podia ser tão bom; ele provavelmente só estava blefando. E precisava mais do que um blefe para assustar um Malfoy. “Você tem a coragem de tentar nos intimidar, moleque! Me diga o seu nome, para que eu possa rir na sua lápide depois de eu acabar com a sua vida!”
Os seguidores das trevas riram maleficamente mas o garoto apenas deu um sorriso malicioso e recolocou o seu capuz e reativou o 'glamour'. “Meu nome no momento não é relevante. No entanto, se você insiste em me chamar de algo, me chamem de o Menino-Que-Sobreviveu.”
Ele pegou sua varinha do bolso e deu um passo para trás, da direção da Floresta Proibida, quando Dolohov tentou acertá-lo com uma maldição Cruciatus. Usando a escuridão ao seu redor para a sua vantagem, misturou-se com ela para não ser visto.
Harry riu alto e zombadamente deles quando Dolohov errou seu alvo por alguns metros pela direita.
"COMO VOCÊ OUSA BRINCAR CONOSCO, GAROTO!? NENHUMA PESSOA OUSA ZOMBAR DE NÓS, SÓ SE ELA DESEJA MORRER!” Fora-se o sempre calmo e aristocrático Malfoy; ele estava morrendo de raiva, completamente lívido.
Eles estavam se preparando para lançar sórdidas azarações ao mesmo tempo na direção da Floresta Proibida quando o atrevido jovem de repente saiu da escuridão e os surpreendeu com sua rapidez. Harry rapidamente decidiu usar um novo feitiço que havia aprendido durante o período de guerra do seu velho mundo, um feitiço que não os faria esquecer dele por um longo tempo. “Lacero!”
Ele agitou sua varinha e atingiu ambos os Comensais no mesmo tempo, abaixando sua voz para que eles não pudessem ouvir o feitiço que ele havia acabado de usar.
Malfoy e Dolohov nunca viram isso chegando; o sentimento era comparável do do Cruciatus, mas com certeza não era a segunda Imperdoável. Eles gritaram de dor e ambos caíram na profunda neve, contorcendo e exclamando quando sentiram a dor percorrendo a sua pele e todo o corpo. Era com se esse fosse um feitiço desconhecido utilizado para rasgar a pessoa em pedaços até eles perderem os sentidos ou morrerem.
Harry sorriu sadicamente, uma característica que ele havia adquirido ao lutar com Voldemort e ver ele fazer isso tantas vezes. Era bom ser aquele que estava no poder!
Mas Harry franziu a testa quando um dos subjulgados Comensais da Morte conseguiu se rastejar MUITO dolorosamente em direção a sua varinha e antes que Harry pudesse fazer alguma coisa, ele fora antingido pela azaração cortante em todo o seu braço esquerdo, furando a capa de escamas de dragão nitidamente no mesmo lugar.
Aquilo fez ele grunhir e cessar o feitiço que estava utilizando neles; eles se levantaram rapidamente, entretanto, não sem exclarmar de dor, e não perderam tempo em Aparatar para longe para fugirem dele.
Harry ignorou a dor no seu braço e bufou alto por causa da apressada fuga. Ele sabia que havia ganhado a atenção dos Comensais, exatamente o que queria, Mas eles iriam procurar pela misteriosa pessoa que chamava a si mesma de o 'Menino-Que-Sobreviveu'. Não Harry Potter, nem James Evans. Harry sorriu malicioso; eles teria que fazer uma grande e maldita busca depois!
Ele ouviu um leve e abafadosom às suas costas e virou-se rapidamente, apontando sua varinha em qualquer coisa que estivesse tentando andar furtivamene pelas suas costas. Colin Creevey, parecendo bastante desgastado mas por outro lado tão energético como sempre, ergueu suas mão para cima e guinchou.
O garoto disfarçado deu um grande suspiro e abaixou sua varinha. "Não ande por trás de mim novamente,” ele disse neutro, mas soou mais como um sério conselho do que uma ameaça.
Colin rapidamente readquiriu seu comportamento usual e olhou para a pessoa encapuzada com admiração nos seus olhos arregalados, fazendo Harry contorcer-se internamente; Colin havia visto o seu rosto verdadeiro?
“UAU! Você fez eles irem embora! Aquilo foi tão maneiro! Que feitiço você usou neles? Você pode me mostrar?”
Harry girou os olhos. Colinera tão óbvio e odioso como sempre; ele só estava agradecido que o jovem grifinório não tinha sua fiel aliada com ele - sua câmera-. “Não, eu não vou te mostrar. Só volte para a sua escola,” ele murmurou, preparando-se para voltar para Hogsmeade.
Mas quando ele se virou, sentiu Colin agarrar sua capa firmemente. “Você está ferido! Volte comigo para Hogwarts, eu tenho certeza que Madame Pomfrey aceitará curar você; ela é a melhor medibruxa da região e ela ajuda pessoa de Hogsmeade às vezes! E de qualquer maneira, e se 'eles' voltarem?” O garoto loiro pressionou o assunto e o puxou na direção de Hogwarts.
Harry suspirou e cedeu; ele estava cansado demais para discutir e Colin estava certo. Malfoy podia muito bem voltar com alguns amiguinhos.
Mas quando o castelo entrou claramente na sua linha de visão, Harry não achou que essa era uma idéia tão boa assim. Ele estava pronto para ver todos que ele amava vivos mas ignorantes de quem ele era? Mesmo assim, eles estavam prontos para ele? Um estranho, misterioso e reservado garoto com um poder que não podia ser ignorado e com um objetivo desconhecido? Um garoto que se comportava às vezes secretamente e que tinha a personalidade de alguém que havia visto mortes demais e lutara mais que a sua pouca idade normalmente permitia?
Harry sabia que havia adquirido algumas perturbadoras, e até mesmo perigosas características em todos os seus anos de sendo um alvo, uma marionete e uma arma para o mundo mágico. Ele estava mais temeroso de machucar um garoto inocente que tentasse pregar uma peça nele do que o diretor olhando severamente para ele. ‘VIGILÂNCIA CONSTANTE!’ estava gravada na sua mente e seus reflexos eram implacáveis.
Mas já era tarde demais para voltar atrás; Colin havia aberto a imensa porta e entrado, puxando-o para dentro com fervor. O jovem grifinório guinchou nervoso e parou subitamente de andar, fazendo Harry quase trombar com ele; ele olhou para ver que havia surpreendido Colin e surpreendentemente não estava espantado de ver o diretor, Severo Snape e Minerva McGonagall olhando para seu protegido com alívio, e então para ele com uma súbita desconfiança.
“Vinte pontos da Grifinória por desrespeitar as normas, Sr. Creevey! O limite para os fins-de-semana em Hogsmeade é cinco horas, não é mesmo?” Severo Snape perguntou com um sorriso desdenhoso.
Harry não sabia se esse Severo Snape podia ser confiado, mas era bom ver o professor de Poções atuar como Harry estava acostumado.
O garoto engoliu em seco por causa do intenso olhar do Mestre de Poções e balbuciou sua explicação nervoso. “B-bem, professor…” Colin começou nervosamente, e Snape estava prestes a ranhar com ele quando Alvo interferiu, o brilho que Harry estava acostumado a ver quase não existente em seus velhos olhos.
“O que aconteceu, sr. Creevey? Você parece bastante perturbado.”
“Ahn, eu fui atacado por Comensais da Morte…”
Os olhos de Alvo se estreitaram, assim como os de Snape, mas Minerva arfou de medo. Antes que pudesse começar a alvoroçar-se sobre sua saúde, Colin continuou, dessa vez apontando entusiasmadamente para o estranho encapuzado. “Mas ele me salvou! Eu estava inconsiente por causa que tinha sido jogado de encontro com uma árvore e quando acordei eu vi ele lançando um feitiço neles e eles caíram na neve, gritando como loucos! E um deles conseguiu erguer a varinha e ele lançou a - Ah! A Azaração Cortante!” Colin lembrou-se e parou no meio da frase, virando-se para o seu salvador.
“Você foi acertado em cheio pela Azaração Cortante! Eu quase esqueci! Deve estar doendo tanto!”
Harry piscou, só agora lembrando da latejante dor no seu braço esquerdo.
“Eu trouxe ele comigo para que a Madame Pomfrey pudesse curá-lo! Por favor professor Dumbledore! Mecastigue se quiser mas ajude ele! Ele salvou minha vida lá atrás!” Colin pediu com um tom desesperado de voz.
O diretor sorriu suavemente. “Sr. Creevey, você não tem que implorar. Eu não sou o tipo de pessoa que deixa pessoas sofrerem. E você irá conosco até a enfermaria para que Poppy possa checá-lo ao mesmo tempo.” Ele então se virou para o recém-chegado. “Eu lhe agradeço por salvar Colin. Esses tempos de guerra são perigosos e nós não podemos nos dar ao luxo de perdermos qualquer uma das nossas queridas crianças que irão criar os seus próprios futuros qualquer dia.” Alvo inclinou sua cabeça.
Harry retirou o capuz e repetiu o gesto silenciosamente, seus olhos virados para baixo e sua expressão séria. Quando ele os encarou, não perdeu os olhos arregalados de Alvo, Snape e Colin e o silencioso ofego de Minerva. Ele sabia que encontraria essas reações; ele parecia com Sirius, só um pouco diferente e mais novo. “O Quê?”
Tods eles limparam a garganta e desviaram o olhar. Dumbledore gesticlou para Harry seguí-lo e eles caminharam quietamente para a enfermaria.
“Você parece com um dos meus professores,” Colin sussurou perturbado, andando ao seu lado para evitar o olhar perturbador de Snape.
Harry ergueu uma sombrancelha mas nao fez comentários.
“O sr. Creevey tem razão, sabe. Você parece com o nosso professor de Defesa Contra a Arte das Trevas: Sirius Black. Qual é o seu nome, meu jovem?” o diretor perguntou curiosamente, tentando pegá-lo de surpresa..
“Eu ouvi isso de um monte de gente em Hogsmeade. Eu já estou acustumado. De qualquer jeito, o meu nome é James Evans.” ele respondeu suavemente.
Snape sorriu desdenhoso por causa do óbvio nome trouxa. “Bem, sr. Evans, você parece jovem demais para já ter saído da escola! E o que você estava fazendo na trilha entre Hogwarts e Hogsmeade a essa hora, para começar? São quase nove e meia!”
O Mestre de Poções estava obviamente tentando dar uma de suas intimidantes artimanhas para fazê-lo revelar seus segredos mas isso não teve efeito em Evans.
“Minha velha escola foi destruída, então não há razões para falarmos dela. Eu tenho dezessete, mas acho que já é o suficiente para sobreviver. Encontrei um emprego no Três Vassouras duas semanas atrás para ocupar o meu tempo. Eu estava na oficina quando o dono me contou que um garoto ainda estava caminhado por lá há apenas dez minutos atrás e então quando eu sai da loja as pessoas estavam gritando que os Comensais da Morte haviam sido vistos.”
O garoto moreno deu de ombros. “Eu acho que reagi por instinto.”
Snape não achou a mínima graça que o estranho tivesse respondido todas as suas perguntas mas decidiu permanecer calado. Havia uma aura em torno dele que ele achava preocupante, o diretor provavelmente já tinha a sentido, mas a única coisa que eles poderiam fazer era ficarem precavidos até que pudessem obter uma confirmação com Rosmerta.
Dumbledore pediu a Colin e James para sentarem sobre uma cama e chamou a enfermeira.
“O que está acontecendo? Quem azarou quem dessa vez, e quem foi o primeiro? Malfoy? Weasley?” Poppy Pomfrey chegou mas ergueu as sombrancelhas quando três sérios adultos, o garoto de desesseis anos Colin Creevey e um jovem que ela nunca tinha visto a encararam.
Os cantos da boca de Alvo ergueram-se ligeramente a menção de Malfoy e Weasley; esses dois se odiavam com ímpeto e sempre paravam na enfermaria depois de um confronto.
Harry permaneceu qüieto, mesmo quando o seu coração começou a bater mais forte na menção do seu (falecido) melhor amigo. ‘Não, ele não sabe quem eu sou, aqui. Ele não é o mesmo Ron.’ Ele disse a si mesmo.
“Eles foram atacados por dois Comensais da Morte, Poppy. Bem, o sr. Creevey foi atacado e o sr. Evans aqui aparentemente salvou a sua vida. Você pode dar uma olhada neles, por favor?” Alvo perguntou, ignorando o ofego da enfermeira na menção de outro ataque em um aluno.
Ela correu na direção dos dois jovens e começou a examinar Colin. Depois de alguns minutos, e um par de 'AI!' do loiro grifinório quando ela tocara a sua nuca, ela fez um jesto de desaprovação e murmurou um feitiço de cura com a varinha.
O galo desinchou e Colin suspirou aliviado. Ela deu a ela um pequeno frasco de poção contra dor de cabeça e ele o bebeu sem nem pensar duas vezes. "O sr. Creevey tem permissão para voltar ao seu dormitório. Havia uma horrível inchaço mas nada muito sério. Agora é a sua vez, senhor...”
O garoto moreno deu um pequeno sorriso, seus olhos estavam vazios e cansados. “James Evans, madame Pomfrey. Me desculpe por incomodá-la a essa hora.”
Poppy assentiu mas recusou-se a acreditar que ele estava a incomodando; ele havia acabado de salvar um dos alunos dos Comensais da Morte, pelas barbas de Merlin! Pelo que ele estava se desculpando?
“Não tem problema, sr. Evans. É o meu trabalho curar as pessoas. Agora deixe-me olhar esse braço, ok? O sr. Creevey disse que foi atingido por uma Azaração Cortante?”
‘James’ assentiu e começou a retirar sua capa, um contração nos seus olhos como o único sinal de que estava sentindo algo por causa do movimento. Nenhum estremecimento, nem silvo, nem gemido de dor… com certeza não podia estar tão ruim.
Colin estava tentando dar uma olhadela sobre os ombros de Poppy na direção do machucado, ignorante como sempre. Mas Snape, Dumbledore e Minerva, mesmo que suas expressões estivessem relaxadas, estavam esperando ele descobrir o seu braço -esquerdo- com toda a seriedade do mundo.
Harry suspirou silenciosamente, retirou sua capa e sua blusa, mas com dificuldade. Seu braço esquerdo estava literalmente banhado de sangue, mas Severo disse a si mesmo que às vezes cortes pareciam piores do que realmente eram.
Mas quando Poppy desinfetou o corte, até mesmo ele teve que olhar fixamente a ferida impressiva. Dumbledore e Minerva pareciam tão chocados como os outros, mas conseguiram assentir imperceptivelmente um para o outro, tirando a corte profundo e sangrento, o braço não estava marcado. Eles realmente relaxaram e deixaram Poppy fazer o seu trabalho.
“Meu Deus! Foi mesmo a Azaração Cortante que fez isso?! Você realmente foi atingido em cheio! Eu estou surpresa que não desmaiou por causa da perda de sangue ou até mesmo gritou de dor ao mexer o seu braço!” E ela eatava certa: não era um corte, era um talho, e um enorme, começando um pouco abaixo do seu ombro e descendo pelo braço até parar no pulso. Aquilo era perigoso. E ele havia sido atingido com tanta força que o feitiço tinha literalmente cortado a pele até o osso, o qual também foi atingido.
“Eu temo que precisará ficar aqui por esta noite. Não há a menor possibilidade de eu o deixar sair da minha vista até estar completamente curado. Deite-se na cama a esquerda e rellaxe enquanto eu vou pegar um frasco de Esquelesce.” Poppy deu uma careta quano mencionou a poção de gosto horrível e dolorosa.
Minerva havia expulsado dali o agitado e bastante não cooperativo Colin nesse tempo, e, quando Poppy voltou, ela começou o seu tabalho remendando a pele partida com magia de cura, mas ainda ela pôs o braço dele em uma bandagem que iria prevenir qualquer movimento.
Ela então transfigurou a roupa dele em um confortável pijama e deu um frasco para ele beber. "Você teve bastante sorte, meu jovem. A capa de escama de dragão criou resistência e ajudou a diminuir a força do feitiço. Se não estivesse vestindo isso, o osso inteiro do seu braço teria rachado,” Poppy falou com uma careta aborrecida por causa da imagem. “E essa poção irá doer.”
Eles mais uma vez se surpreenderam quando o garoto assentiu distraído e engoliu todo o conteúdo do frasco. A única explicação que ele deu para os suas expressões chocadas foi: “Eu sei os efeitos dessa poção. Não é a primeira vez que a tomo.”
Quando o diretor ergueu uma sombrancelha curioso, Harry explicou sua resposta. “Era o meu segundo ano na minha velha escola. Nós tinhamos um idiota incompetente como professor de Defesa Contra a Arte Das Trevas e quando eu quebrei o meu braço num jogo de Quadribol o idiota não quis esperar pela enfermeira e tentou recolocar os meu ossos de volta no lugar. Ao invés disso, ele fez eles desaparecerem completamente. Eu não lembro quantas doses de Esquelesce eu tive que tomar mas doeu pra burro. Esse corte não será nada comparado com aquilo.”
Poppy balançou a cabeça e fez outro gesto dedesaprovação na menção de alguém que não fosse um medibruxo cuidando de um paciente.
O garoto moreno começou a bocejar e deitou na cama. Poppy expulsou os outros três adultos da enfermaria e disse a eles que seria melhor se fossem para a cama. Ela mesma estava muito cansada e não queria acordar amuada de manhã. Com um último olhar para o garoto na cama, ela aparou as luzes com um feitiço e também foi dormir.
Harry abriu um olho e, quando tinha certeza que não havia ninguém por perto, ele lançou um feitiço silenciador em volta da sua cama. Feito isso, ele finalmente sucumbiu ao seu sono.
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Próximo capítulo: Mais encontros e uma fuga "estratégica" !!!
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