A Necessidade de Matar



Olá a todos!! Finalmente, essa tradução está novalmente ativa XD Mil desculpas por todo esse tempo que tiveram que esperar e obrigada pela preocupação de vcs... Bem, sem mais degolas, boa leitura a todos!!


Bjos,


Vanilla07


- PS: Não deixem de comentar!! Please!!


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"sss" - língua de cobra


ssss - feitiços




O Mundo Sem Mim


Capítulo 19: A necessidade de matar




Alvo Dumbledore estava cauteloso e cansado; depois de cuidar de todos os sobreviventes de Hogsmeade e responder as suas milhões de perguntas da maior maneira que podia, ele teve que acomodá-los nos dormitórios e onde mais pudesse ser usado com esse finalidade. Algumas pessoas estavam reclamando que não tinham mais privacidade, que Hogwards era grande mas agora estava começando a ficar superlotada e que tinha seus limites.


Com tudo isso, a tensão estava começando a tomar conta de todos. O velho homem tinha agora uma dor-de-cabeça e estava tentando bloquear o barulho que seus companheiros faziam ao discutir entre si no seu escritório sobre o que tinha acontecido na vila bruxa. Essa era, é claro, uma região secreta da Ordem da Fênix.


“Eu estou dizendo o que eu vi com os meus próprios olhos! Potter, uma mera criança, produziu três Patronos ao mesmo tempo! Eles eram tão poderosos que até mesmo o mais forte Auror e Inominável iria empalidecer aos vê-los!” Professora Vector, a professora de Aritmancia, gritou ao teimoso e descrente Mestre de Poções.


Snape recusava-se a ouvir a história deles; ela estava fazendo Potter parecer um santo e Potters não eram santos, na sua opinião.


“Esqueça o fato que ele tem três por um minuto e concentre-se no fato que eles são muito familiares!” Olho-Tonto rosnou e olhou significativamente para aqueles que sabiam a identidade dos Patronos.


O fato que Moody trouxe à tona fez Alvo piscar e esquecer da sua dor-de-cabeça por um momento. Seus olhos foram de exaustos para sérios e calculistas em segundos. “Alastor tem razão. Nós também temos que falar com Sirius e Remo. O comportamento deles não é mera coincidência; eles tem que saber algo que não sabemos. Nesse instante, eu nem mesmo sei se posso confiar inteiramente neles ou não e esse foi o motivo pelo qual nem me preocupei em procurá-los. Eles devem estar nos aposentos de Harry e está me frustrando cada vez mais o fato de eu não conseguir entrar neles,” Alvo murmurrou a última parte sombriamente.


“O quê você quer dizer? O que é tão importante sobre a aparência dos Patronos do garoto?” Simeon McGavin, um Inominável, perguntou bobamente.


Minerva lançou um olhar nervoso para o homem mas acabou respondendo: “Eles estão diretamente ligados com Black e Lupin. Não é de conhecimento público, mas Remo é um lobisomem-”


“Eu já sabia disso,” Simeon interrompeu, “mas por que você acha que esse Patrono de lobisomem é a exata representação de Lupin?”


Snape suspirou alto e rudemente em exasperação, girando os olhos no processo. “Pelo amor de Merlin, McGavin, você é meio devagar para um Inominável! Tem certeza que o seu cérebro não derreteu quando você enfrentou os Dementadores?”


O Inominável estava prestes a abrir a boca para retrucar, porém Snape ainda não tinha acabado. “O que a maioria das pessoas não sabem é que Black é um animago não-registrado, um grande cachorro preto para ser mais preciso. Não é uma coincidência os Patronos de Potter terem tomado essas formas.”


“Black é um animago! Mas é ilegal não estar registrado!” O empregado do ministério exclamou em choque.


Minerva suspirou. “Simeon, era necessário que a segunda identidade de Black permanecesse em segredo. Diga-me, você já ouviu falar alguma vez dos Marotos?”


McGavin assentiu pensativo. “Já ouvi, mas já faz muito tempo. Eles eram garotos aqui em Hogwarts por volta da década de setenta, certo? Pontas, Almofadinhas, Aluado e Rabicho? O que isso tem a ver com tudo isto?”


“Bem, Tiago Potter, Sirius Black e Remo Lupin eram os Marotos,” a professora de Transfiguração respondeu calmamente enquanto os olhos de Simeon arregalaram-se incrédulos.


“Black é Almofadinhas, o cachorro parecido com um Sinistro; Remo Lupin é, claro, o lobisomem Aluado e Tiago Potter é... era Pontas, e a sua forma era de um magnífico cervo. Agora faz sentido?”


Simeon boquiabriu-se. “Tiago Potter era também um animago ilegal! Então o cervo que atacou Alastor...”


“Bingo,” Snape murmurou baixinho.


“Tá bom, mas cadê o quarto Maroto, então? Potter só teve três patronos, não quatro.”


Foi Alvo que falou em seguida com uma voz sombria. “Eu certamente espero que ele só tenha esses três. Se este é o caso, então os eventos do seu passado devem ser comparáveis com os nossos. Veja, Simeon, o quarto Maroto foi descoberto como sendo um espião de Voldemort, mas só depois do terrível acontecimento em Godric’s Hollow. Pedro Pettigrew, ou Rabicho; um rato animago que vale cada grama do animal que ele representa.”


“PETTIGREW!” Simeon berrou furioso, “Pettigrew era um Maroto! Merlin, agora tudo está se encaixando.” O homem sentou-se e tentou reorganizar seus pensamentos.


Severo franziu a testa. “Alvo, você acha que Pettigrew também traiu os Potters no mundo do garoto como ele fez aqui?”


O abatido diretor assentiu. “Sim, eu acho que sim. O único questionamento é por que ou como Harry foi capaz de sobreviver naquela horrível noite. Eu tenho uma idéia mas eu terei que interrogá-lo para ter certeza.”


“Então interrogue-o e acabe com essa brincadeira, pelo amor de Merlin! Você é um bruxo, não é? Só exploda aquele maldito retrato que guarda a entrada dos aposentos do menino e acabe com isso!” o Mestre de Poções disparou impacientemente.


Alvo balaçou a cabeça. “Por mais que eu gostaria de fazer isso, eu não consigo. Eu já tentei todos os feitiços que sei, além de alguns mais.... perigosos; nada funciona. Há uma nova leva de feitiços protegendo a entrada então ou Sirius e Remo combinaram seus melhores feitiços para colocá-los ali ou Harry fez algo sozinho. Parece que somente a senha pode dar acesso àqueles aposentos.”


Alvo suspirou frustrado e colocou uma Gota de Limão na boca, nem mesmo se preocupando, desta vez, em oferecer algumas para os seus convidados. “Eu me decidi. A primeira pessoa que entrar em contato com o nosso jovem senhor Potter irá trazê-lo imediatamente para o meu escritório; usem força se necessário. Eu preciso de respostas. Se Sirius ou Remo estiverem com ele e tentarem interfirir, estupore-os. Harry já evitou por tempo demais as minhas perguntas e se tem uma coisa que eu odeio é ficar no escurro. O Lord das Trevas está ficando mais e mais ousado cada dia que passa. Se Harry é quem eu acho que ele é, as coisas ficaram muito mais fáceis para nós. Reunião encerrada.”


Alvo recostou-se na sua cadeira enquanto os membros da Ordem começaram a se levantar. “Ah, uma última coisa: não contem nada disso para Rosmerta ou Xiomara. Eu tenho um palpite de que essas duas não estão completamente conosco; não de um modo ruim, é claro, mas eu não preciso que elas vão correndo até Harry. Acho que foram elas que falaram a Sirius, Remo e Harry que estavamos lutando em Hogsmeade.”


O grupo assentiu e finalmente saiu.




“Eu odeio Dementadores.”


Sirius e Remo ergueram o olhar e pararam de conversar quando Harry acordou com aquela frase saindo dos seus lábios. Ambos correrram para a cama e Harry ganhou um monte de chocolate em um segundo, cortesia de Remo. O garoto fez uma carranca mas, de qualquer jeito, engoliu o doce, grato pelo efeito regenerativo que esse causou.


“Eu odeio ser fraco na frente deles. Eu odeio ter que ouvir os meus pais, especialmente a minha mãe, implorarem a Voldemort para me poupar.” Sirius imediatamente o abraçou mas antes que Harry pudesse retribuir o abraço, o homem colocou as mãos no seu ombro e o puxou para que suas faces ficassem uma na frente da outra. Os olhos do animago tinham um brilho de força e sinceridade que forçou Harry a realmente escutar a o quê seu padrinho iria lhe falar.


“Ouça, Harry! Você. Não. É. Fraco! Você afastou centenas de Dementadores sozinho com uma quantidade de poder que iria deixar qualquer bruxo morrendo de inveja! Ninguém mais conseguiria fazer aquilo com as memórias que te assombram! E normalmente você cria um Patrono antes de estar na presença deles, não quando você está no meio da batalha! É normal nestas circunstâncias ser afetado fortementre pela presença deles. Mas você lutou do mesmo jeito e ganhou! Dumbledore deve estar tão irritado agora!”


Harry não pode evitar de sorrir para Sirius. Remo colocou uma mão nos ombros de Harry quando o animago afastou-se. “Eu estou orgulhoso de você, Harry. Aqueles patronos realmente eram algo especial.”


Harry refletiu sobre isso. “É a primeira vez que eu consegui produzir um patrono diferente do Pontas. Acho que agora que os meus poderes mágicos aumentaram, ficou possível para mim produzir Almofadinhas e Aluado. Não é nenhum segredo que seriam esses dois que apareceriam depois; Sirius e você eram e são as pessoas mais importantes na minha vida. Vocês são a minha família; a família que eu nunca tive.”


O animago e o lobisomem ficaram emocionados com essas palavras.


Edwiges entrou pela janela aberta e piou para ser vista. Harru riu e ergueu o seu braço para que ela pudesse pousar nele. “Olá garota!” Harry falou suavemente. “Estou feliz em te ver.” Ele acariciou a coruja branca e algo clicou na mente de Remo.


“Ei, Harry? Você não recebeu uma carta mais cedo? Você abriu ela?”


Harry bateu na testa com a sua mão e gemeu. “Eu completamente esqueci disso!”


Edwiges piou irritada por lhe incomodarem e voou para a mesa. O garoto tirou a carta das suas vestes e fez uma careta; ela estava toda amassada por causa das atividades anteriores daquele dia mas ele podia perceber o brasão dos Centauros.


“De quem é?” Sirius perguntou curioso; ele nunca tinha visto uma escrita tão bonita mas ao mesmo tempo tão intrincada.


O Menino-Que-Sobreviveu abriu-a e começou a ler. “Isso é algo que eu ainda não contei para vocês. Eu fiz uma aliança com os Centauros com a colaboração de Bane e Firenze. As notícias são boas.”


Harry colocou a carta de lado e suspirou aliviado, perdendo os olhares arregalados e incrédulos que os Marotos lhe dirigiram. “Você criou uma aliança com os centauros! Até mesmo Dumbledore foi incapaz de fazer isso!” Sirius exclamou surpreso e excitado.


“Então quais são as boas novas?” Remo perguntou novamente uma vez que recuperou a sua habitual calma.


“Eu queria convidar as Acromantulas para juntarem-se à nós nessa guerra e Bane teve sucesso em persuadir Aragogue e Mosag, sua companheira. Os unicórnios ficarão de fora mas os Tresálidos estão do lado de Hogwarts.” Harry riu. “Isso deve ser por causa do bom e velho Hagrid. Bendito ele pelo seu amor por animais perigosos. Mas eu me pergunto onde Fofo está... e Norberto... Eles seriam de grande ajuda. Pena que aquele Grope não está aqui. Terei que falar com Hagrid sobre ele.”


Foi bom para Sirius e Remo terem visto as memórias de Harry pois senão eles estariam completamente perdidos sobre o quê e quem Harry estava falando.


“Ei, Harry? Você não tem ninguém pra apresentar para o Remo?” Sirius perguntou maliciosamente enquanto Harry estava produzindo um pedaço de pergaminho. Remo olhou para Sirius desconfiado. “Do que você está falando, Almofadinhas?”


Harry encarou o seu padrinho, que piscou para ele e acenou na direção do seu braço esquerdo, que estava coberto. Ele compreendeu a mensagem e deu de ombros, descobrindo-o cuidadosamente.


A expressão no rosto de Remo quando ele viu a tatuagem movimentar-se fez Sirius bufar e, então, explodir em gargalhadas quando a cobra saiu no braço de Harry e começou a deslizar sobre o garoto.


Messtre, o que foi? Essse homem tem um cheiro esstranho, não humano. Você quer que eu o morda?


Não, Nagini. Você não pode morder Remo. Ele é um lobissomem, mass ele nunca colocará a minha vida em perigo.


Remo estava petrificado quando a cobra olhou para ele ameaçadoramente mas a surpresa tomou o seu lugar quando Harry falou com ela com a língua das cobras. Aparentemente, o que quer que o garoto disse fez a cobra desviar o olhar em súbito desinteresse.


“Está bem, eu estou oficialmente incapaz de me impressionar por qualquer coisa que você me mostrar ou contar daqui para frente,” o lobisomem sentenciou, sem nem mesmo perguntar como, em nome de Circe, Harry tinha virado o mestre do animal de estimação preferido de Voldemort.


“Você devia ter visto a sua cara, Aluado! Ela era hilária!” Sirius riu, ganhando para si um tapa brincalhão de Remo na sua cabeça.


Harry havia a tempos deixado de ouvi-los e estava respondendo a Bane, que estava pedindo por uma outra reunião com ele para conversar mais sobre os seus planos de guerra. Mas o problema era que a Floresta Proibida estava se tornando um local muito perigoso para se morar devido às atividades dos Comensais da Morte e eles, os centauros, queriam ir aos terrenos de Hogwarts, por mais impossível que isso parecesse.


‘Bane e o resto do Conselho devem estar desesperados para quererem deixar a floresta. Eles devem querer proteger seus filhos.’ Harry não os culpou e escreveu que eles poderiam vir qualquer hora que desejassem; ele seria o representante da raça humana, de qualquer maneira, pois tinha sido ele que havia requisitado a ajuda deles. Dumbledore não teria nada a dizer sobre isso.


“Aqui, prontinho. Edwiges? Você pode levar isto para Bane ou Firenze, por favor?” A coruja planou até ele, pegou a carta com seu bico e voou para longe rapidamente.


“Eu tenho que ver Salazar logo; já faz tempo desde a última vez,” Harry murmurou enquanto passava uma mão no seu cabelo.


Sirius e Remo olharam para ele curiosamente. “Salazar? Quem é que teria o nome o nome de Sonserina e ainda assim seria seu amigo?” o animago perguntou com um ar cauteloso.


“Salazar é o basilisco da Câmara Secreta. Em casa, eu o matei com a espada de Grifinória mas aqui eu fui capaz de trazê-lo para o meu lado. Eu não acho que ele realmente gostava de Tom, pra falar a verdade.”


Remo sentou-se. “Não estou impressionado, não estou impressionado...” ele repetiu baixinho, tentando não pensar em Harry indo naquela horrível câmara e encarando um basilisco completamente sozinho.


Sirius olhou seu amigo estranhamente e decidiu não comentar.


“Se você realmente precisa ir lá, eu o aconselharia esperar.”


Os três homens pularam, ficando em pé e pegando suas varinhas antes que alguém pudesse disser 'Quadribol'.


“Fineus? Mas que diabos você está fazendo em meus aposentos?” Harry perguntou uma vez que o seu nível de adrenalina voltou ao normal.


O ex-diretor riu da expressão cautelosa que Black e Lupin tinham, mas além disso, o retrato ignorou a presença deles. “Se você tem mesmo que saber, Dumbledore acabou de fazer uma reunião da Ordem no escritório dele.”


Sirius parecia revoltado por não ter sido chamado para essa reunião. “Mas com o quê aquele velho está brincando! Ele não vê que Harry está diretamente envolvido em tudo isso? Ele não tem o direito de nos afastar de informações valiosas!” o animago berrou furioso.


Remo rosnou mas mordeu os lábios e manteve seus pensamentos para si mesmo.


Fineus desprezou a indignação deles, ficando preocupado com a saúde do retrato que estava presentemente residindo; Harry estava olhando para ele tão calmamente que quase fez a pintura estremecer.


“Você... você não pode sair agora. Há um auror guardando a sua porta e esperando que você apareça. Dumbledore pediu aos membros da Ordem que o capturassem, para não dizer outra coisa, e trazê-lo para o escritório dele. Até mesmo para estuporar Black e Lupin se eles tentassem te proteger.” Fineus exclamou e por pouco foi capaz de pular para um quadro ao lado antes que a pintura onde estivera fosse destruída com uma onda de magia.


Sirius e Remo protegeram-se e ficaram longe enquanto Harry descontava a sua fúria na mobília.


“Por que. Ele. Está. Sendo. Tão. Difícil! EXURO!”


Um sofá resistiu meramente três segundo antes de ser engolido for um inferno de intensas flamas e reduzido à cinzas.


“Ele não está nem mesmo me dando uma chance! Por que ele sempre quer ter supremo controle de tudo e de todos! COORIOR PROCELLA!”


Fineus e os Marotos já tinham há muito tempo saído da sala-de-estar e decidido se proteger na cozinha. Um movimento sábio da parte deles porque naquela hora começou a chover na sala, uma tempestade com, inclusive, raios e trovões.


Harry livrou-se, contudo, pois neste momento sua aura mágica estava forte o bastante para protegê-lo da chuva enquanto ele descarregava sua frustração. Tudo acabou tão rápido quanto começou e, quando eles voltaram para a sala-de-estar, Harry estava sentado no tapete molhado com uma expressão assassina presente na seu rosto normalmente calmo.


“Você terminou o seu showzinho agora?” Fineus perguntou cuidadosamente e Harry assentiu ríspido. O ex-diretor suspirou. “Eu agora vou voltar para o escritorio de Dumbledore. Se algo de novo vir a tona, eu me certificarei de te avisar.”


Sirius riu nervosamente. “Eu tentarei nunca ficar contra você, Esmeralda.”


Harry levantou-se e trocou de roupa, resmungando enquanto ia ao seu quarto. Quando ele finalmente saiu, parecia ter controlado a sua raiva e restaurou a sala-de-estar com um gesto de mão, jogando-se no sofá.


Remo aproximou-se dele cuidadosamente mas tal cautela não era necessária no caso deles. Harry gesticulou para que eles se sentassem e agissem como se nada tivesse acontecido. “Vocês não têm que ter medo de mim, sabe. Vocês sabem que não eram o alvo da minha raiva.”


Ambos os homem assentiram silenciosamente e como não havia outra coisa a fazer sem ser ficar nos aposentos de Harry, eles simplesmente procuraram por bons livros de Defesa para ler e tentaram não olhar muito para o relógio.




Harry acordou horas depois com o som abafado de alguém tendo uma disputa com outra pessoa. Pelo que parecia, era Rosmerta e Xiomara que estavam tentando se aproximar da sua porta mas o auror que a guardava recusava-se a deixá-las passar.


Ele colocou o seu livro de Defesa de lado e bocejou silenciosamente, massageando o estômago quando esse grunhiu de fome.


Sirius e Remo também tinham caido no sono com livros apoiados em seus torsos e ele tentou não acordá-los. Remo estava muito cansado devido à lua cheia ser amanhã, e, portanto, tinha que descansar.


Por agora, ele decidiu ignorar as mulheres discutindo no corredor e caminhou para a cozinha, fazendo uma careta quando viu que não havia nada de bom para comer no refrigerador mágico.


“Bendito Merlin, Hogwarts e suas passagens secretas,” Harry sussurrou e abriu um armário no seu quarto. Ele separou algumas roupas e, depois de escrever um pequeno bilhete para o seu padrinho e Remo, desapareceu em um túnel que levava às cozinhas.


“Nagini? Você poderia procurar Ssalazar e lhe dizer que ele pode ir caçar na floressta? Ele deve esstar com fome. Você pode acompanhá-lo se esstiver faminta.”


A cobra deslizou no seu braço e desceu pela perna até o chão. “Esstá bem, Messtre, mas eu voltarei no momento que a minha menssagem tiver ssido entregue. Eu já comei essta semana e oss meuss ssentidos esstão em alerta. Não me cai bem deixá-lo ssozinho.”


Harry decididiu não refletir sobre isso e desejou a sua segunda companheira boa sorte antes de retomar seu caminho em direção às cozinhas.


Ele foi imediatamente "atacado" por um grupo de elfos-domésticos logo que chegou lá.


“Oh! Um jovem mestre! Nós está feliz em te ver! Não têm muitas pessoas que sabem o caminho das cozinhas! Você quer alguma coisa, senhor?”


Harry sorriu suavemente, sabendo que os elfos-domésticos eram criaturas leais e obedientes para se ter por perto... exceto Monstro, mas aquela coisa era algo completamente diferente. Eles o lembravam de Dobby e seu sorriso diminuiu; ele realmente sentia falta do corajoso, e, às vezes, ambíguo elfo-doméstico que tinha dado sua vida tão prontamente para proteger Harry.


“Oi! Hum, eu estou com muita fome. Seria possível que eu tivesse algo para comer? Qualquer coisa está bom, e um pouco de suco de abóbora seria legal.”


Os seus já imensos olhos arregalaram-se e eles assentiram freneticamente, desaparecendo com um alto POP! e reaparecendo alguns segundos depois com uma grande quantidade de comida e bebida. Eles colocaram tudo na mesa e Harry sentou-se e começou a devorar uma deliciosa torta de carne. “Isto realmente está muito bom, como sempre! Muito obrigado!”


Os elfos-doméstivos boquiabriram-se e começaram a pular de excitação. “Um obrigado de um jovem mestre! Ninguém nunca agradece nós, elfos-domésticos! Senhor é bom demais!”


Harry riu das atitudes familiares deles. “Sabe, senhor me faz sentir muito velho. Vocês podem me chamar só de Harry.”


As pequenas porém poderosas criaturas ficaram admiradas por terem sido respondidas com tanto respeito e elas amontoaram-se ao seu redor.


“Mestre Harry é bom demais! Bom demais!”


“Ninguém nunca diz pra mim chamar Mestre pelo nome!”


“O senhor Mestre diretor nunca vem aqui, oh não, nunca! E ele dá à nós trabalho demais! Demais desde que os convidados chegaram!”


‘Uau, eles realmente tem que estar cansados se estão reclamando sem precisarem se machucar,’ Harry pensou distraído, mas ouviu às suas reclamações sem interromper.


Subitamente todos eles pararam de falar e afastaram-se com medo, tremendo e murmurando desculpas enquanto desapareciam.


“Bem, bem, o que nós temos aqui?” uma voz zombateira soou às suas costas.


Harry mentalmente se bateu por ter sido descuidado mas permaneceu calmo e deu meia-volta, dando um olhar frio para Severo Snape. “Eu nunca pensei que o encontraria aqui, Potter. Assim como o seu pai, sempre quebrando as regras. Tanto desrespeito. O quê? Você realmente acha que é melhor que todos?”


“Por que você está agindo assim? Tão infantil? O Severo Snape que eu conheci depois de um tempo parou, mas você parece ter algo contra mim mesmo não me conhecendo primeiramente. Eu sei que o meu pai não era tão perfeito como todos o retratam mas, como um professor, não há nenhuma razão para falar comigo desta maneira,” Harry replicou suavemente.


Os olhos de Snape estremeceram mas ele não mostrou nenhum outro sinal de ter se surpreendido. Ele tinha claramente esperado o garoto discutir com ele por ter insultado Tiago Potter mas Harry tinha somente tensionado os seus músculos. Snape não sabia como replicar então ele só contraiu os lábios fortemente e encarou o garoto à sua frente. “Bem, agora que eu já achei você, você não pode mais fugir. O diretor está-”


“-me esperando no escritório dele? Sim, eu sei disso. Afinal, vocês falaram sobre mim durante uma reunião inteira, reunião que eu devia ter sido convidado. Você vê essa tatuagem de fênix na minha bochecha, professor Snape? Eu acho que é grande o bastante mas eu ainda assim não fui convidado para uma reunião secreta da Ordem da Fênix,” Harry disse furioso e caminhou ameaçadoramente para o Mestre de Poções, que tentou parecer o mais intimidador possível.


O homem mais velho pegou Harry rudemente pelo braço e o puxou para fora das cozinhas; Harry quase tropeçou no corredor mas rapidamente equilibrou-se, olhando fixamente para Snape, quase silibando. Sua varinha estava em suas mãos em um segundo e ele ignorou as exclamações dos estudantes e convidados que estavam por perto para se concentrar no Mestre de Poções, que também tinha apanhado a varinha dele.


“Nem pense nisso, Potter! Eu tenho permissão para estuporar você se for necessário!” Snape rosnou.


Harry mandou-lhe um olhar penetrante. “Você não teria tempo para fazê-lo, Snape! A única coisa que está me impedindo de amaldiçoá-lo pela sua falta de educação é o grupo de pessoas aqui em volta que podem se machucar.”


Snape hesitou e gesticulou para que Harry caminhasse a sua frente em direção ao escritório do diretor. Harry não estava a fim de falar com o velho naquele momento mas, se não fosse agora, quando seria?


Ainda assim, a ideia de Dumbledore de mandar os seus professores atrás dele era covarde, na opinião de Harry.


“Harry? O que está acontecendo?” Rony e Hermione, seguidos pela sua usual gangue grifinória, observaram apreensivos quando Snape lhes mandou um olhar furioso mas ainda assim apontando a varinha para o garoto de olhos verdes.


“Nada que é da conta de vocês, crianças. Voltem para o que estavam fazendo,” Snape ordenou, mas Hermione balançou a cabeça e caminhou até ficar à frente de Harry para pará-los. “O que ele fez, professor? Ele não é o inimigo! Por que você está apontando a sua varinha para ele desse jeito?”


“Senhorita Granger, eu sugiro que você escute às súplicas do seu” - careta - “namorado e volte para ele antes que eu a petrifique. Isto não é da sua conta.”


Realmente, Rony estava implorando que ela se afastasse mas ela colocou os pés firmemente no chão e cruzou os braços.


Harry, por um instante, reconheceu a velha Hermione dentro dela.


“Não, eu não irei me mover.”


Snape deu de ombros, um pequeno movimento mas que Harry viu pelo canto de seus olhos arregalados. A varinha lentamente mudou de direção e apontou para a agora surpresa Hermione. ‘Ele realmente não vai-’ Harry começou incrédulo e irado mas não pode finalizar seus pensamente pois Snape abriu a boca, para o horror das pessoas à sua volta.


Petrificus Totalus!


“NÃO!” Em um instante, Harry estava na frente de Hermione. “PRAEMUNITIO!


O feitiço foi refletido pelo escudo protetor. Harry estava fulminando. Ele estava lívido. “Como você ousa atacar um aluno! Até mesmo um simples Petrificus Totalus é uma ofensa!” Harry gritou, seus olhos tornando-se um verde mais sombrio.


Snape ficou surpreso com os rápidos reflexos do garoto. “Eu estou meramente seguindo as ordens de Dumbledore ao trazê-lo para o escritório dele mesmo sendo contra a sua vontade. Não deixarei ninguém me impedir, e certamente não um aluno idiota!”


Snape ficou quieto e empalideceu logo que viu que não havia sido a coisa certa a se dizer quando sentiu uma aura mágica agressiva começar a pressioná-lo e desmaiou devido à força do ataque.


Os estudantes ofegaram quando Snape caiu inconsciente no chão; Harry nem mesmo tinha levantado um dedo, então o que tinha acontecido? “Harry? O que aconteceu?” Hermione sussurou uma vez que ela parara de tremer. Um Estupefaça não era perigoso mas ela não tinha sido capaz de agir diante de um professor.


Harry não respondeu. Ele caminhou em direção ao escritório do diretor com a firme intenção de falar a ele umas poucas e boas. ‘Por que ele está sendo tão chato nesse mundo!’


Hermione queria seguir Harry mas uma mão no seu ombro a fez voltar a realidade. “Hermione, acho melhor você deixá-lo ir sozinho.” Era Rosmerta, com Hooch logo atrás.


A instrutora de vôo grunhiu. “Como ele conseguiu sair do quarto dele vigiado e sem ninguém notar? Nós estamos tentando entrar lá a horas mas Shacklebolt não quer nos deixar!”


Rony rapidamente pegou a sua namorada pelo braço e a abraçou. “Nunca mais faça isso! Você quase me deu um infarto!” o ruivo reclamou.


Simas riu. “Mas foi tão legal! Eu não sabia que você tinha tanta coragem assim, Hermione! Imagine isso, uma Corvinal indo contra as ordens de um professor! Você devia ter sido escolhida para a Grifinória!”


Hermione parecia horrorizada mas podia-se perceber que ela estava brincando. “Eu? Na Grifinória? Nunca!”


Eles todos gargalharam.


Rosmerta afastou-se e Xiomara a seguiu silenciosamente. Elas ajoelharam-se na frente do Mestre de Poções e deram uma olhada nele. “Ele está só inconsciente. Eu acho que Harry podia ter machucado muito mais se ele realmente quisesse. Não sei porque eu sinto isso. Ennervate!


Sobrancelhas ergueram-se quando o professor permaneceu silencioso e imóvel.


“Bem, acho que seria melhor levá-lo para a Madame Pomfrey,” Rosmerta finalmente disse e lançou um Mobilicorpus em Snape. “É melhor que vocês, crianças, não fiquem aqui.”


Rony riu. “É uma pena que não podemos deixar Snape no chão. Daria ao Filch um ataque do coração!”




O garoto inquietou-se.


A mulher choramingou.


A face do homem estava completamente vermelha; ele estava prestes a explodir, e fez isso quando o silêncio tornou-se pesado demais.


“BEM, O QUE VOCÊ QUER CONOSCO! NÓS SOMOS PRISIONEIROS! ESCAPAMOS DAQUELE ANORMAL SÓ PARA SERMOS CAPTURADOS POR VOCÊ!”


Dumbledore manteve sua expressão neutra e calma e colocou uma Gota de Limão na boca. “Por favor, acalme-se e sente-se de volta na cadeira. Vocês foram trazidos aqui para a sua própria segurança e, além disso, tenho algumas perguntas que eu gostaria de serem respondidas. Vocês querem uma Gota de Limão?” o velho perguntou alegremente, fazendo o homem parado à sua frente ficar novamente com ao rosto vermelho.


“VOCÊ QUER ME ENVENENAR COM A SUA COMINA ANORMAL? DE JEITO NENHUM EU IREI ACEITAR ALGO QUE VOCÊ ME OFEREÇA!”


A mulher choramingou novamente enquanto o seu filho engolia em seco, nervoso. “Pai, talvez você não devesse zangar esse anor-, quero dizer, homem. E se ele fica zangado como o outro que nos atacou e...” o garoto não terminou a sua frase; ele estava com medo demais de dar ao velho anormal alguma idéia.


Dumbledore voltou sua atençao ao garoto. “Ah, direto ao ponto! Sobre esse ataque... vocês foram a única família que sobreviveu.”


A mulher exclmou horrorrizada e soltou uam exclamação estridente mas ninguém naquele momento lhe deu a menor atenção. O homem trouxa empalideceu ao lembrar-se mas bufou e sentou-se, cruzando os braços no processo. “E daí? Foi o seu tipo de anormais que nos atacou! Nós só estavamos vivendo normalmente as nossas vidas! Nós não fizemos nada!”


“Eu sei, eu sei. Por favor, não tentem ignorar o assunto. Eu preciso saber como vocês sobreviveram. O que aconteceu na casa quando-”


“Quando o anormal esta prestes a nos matar?” o homem sentenciou. “Eu apontei um riffle para ele, ele fez algo anormal e a jogou para o lado. Então ele fez mais alguma coisa que é ainda mais anormal e nós tivemos tempo suficiente para escapar, só para sermos capturados por outras pessoas com roupas estranhas e sermos trazidos para cá CONTRA A NOSSA VONTADE! Quando eu encontrar um advogado, irei processá-los tanto... ” o homem trouxa fez uma carranca mas, comparada com a de Snape, ela era inofensiva.


Alvo ignorou a linguagem do homem e a ameaça ao colocar outra Gota de Limão em sua boca e sugar alegremente a Poção Calmante que ela continha. “Segundo as suas palavras: que tipo de coisas anormais ele fez antes que vocês pudessem escapar?”


O homem recusava-se a olhar para o diretor; foi o garoto que contou tudo quando viu a expressão imponente do velho que estava a sua frente.


“Ele disse alguma coisa e então se interrompeu!”


O pai do menino rosnou. A mulher ainda estava misteriosamente em silêncio.


“O quê ele disse? O quê aconteceu, meu garoto?” Alvo pressionou.


O garoto de dezessete anos vasculhou seu cérebro em busca pela memória. “Era, hum...A-Av...”


“Avada Kedavra?” Dumbledore interrompeu rudemente.


O garoto assentiu e o pai grunhiu.


“Aquele feitiço é o mais perigoso e proibido que existe; é a maldição da morte. Mas como vocês ainda podem estar vivos?”


O menino choramingou. “Mas não acho que ele a disse completamente por que ele parou e gritou 'não' no último segundo e segurou a cabeça como se ela doesse. A coisa mais estranha é que a voz dele mudou nesse mesmo instante antes de voltar ao normal. Era a voz de alguém muito mais novo que aquele monstro, a voz de um garoto.”


“... Entendo... Voldemort matou tantas pessoas. Somente tentar usar a maldição da Morte pode levar um bruxo à-”


“-Prisão de Azkaban e levar um beijo de Dementador.”


Três pares de olhos arregalados voltaram-se para olhar para a mulher que havia sussurado suavemente.


“O QUÊ! O que é um Dementador? Como você sabe dessas coisas anormais?” o marido perguntou perigosamente.


A mulher inquietou-se sob os olhares de sua família, mas principalmente sob o olhar inquisitor do velho homem. A sua expressão tornou-se amarga e ela pressionou os lábios. “Se vocês tem mesmo que saber, eu ouvi a minha irmã falar sobre isso um dia durante o verão entre dois anos escolares, mas por aquela época eu já tinha cortado relações com ela e sua anormalidade. Mamãe e Papai podem ter tido orgulho das suas... realizações, mas eu não-”


DUMBLEDORE!


A porta da sala de Dumbledore tremeu quando foi atacada por uma feroz explosão de magia. O garoto só teve tempo de exclamar “Essa é a voz!” antes da porta imediatamente começar a derreter.


A família correu para longe e tentou esconder-se na parede o máximo possível. Quando a mulher viu quem tinha acabado de entar, ela gritou enquanto apontava para ele.


O garoto moreno ou a ignorou ou simplesmente não a ouviu; ele estava concentrado demais no diretor que estava presentemente sentado tão duro quanto uma tábua e olhando para Harry em alarme. Ele ainda não tinha tirado a varinha para fora das suas vestes mas a estava segurando no bolso.


“Olá, Harry. Eu estava no meio de algo antes que interrompesse dessa maneira tão maravilhosa. Você quer dizer olá para a única família sobrevivivente do massacre de Privet Drive? Afinal, eles ainda estão vivos hoje por causa de você, não estou certo?” Dumbledore disse da maneira mais neutra que pôde mas Harry ainda podia ouvir um tom acusador.


Foi só então que ele viu um movimento no canto do escritório e olhou com uma expressão vazia para aqueles a quem ele havia salvado. “Então, você trouxe eles aqui, afinal. Eu ainda não sei porque os salvei, que irônico, não é?” Harry zombou, e eles todos puderam ouvir o tremor em sua voz.


Dumbledore sentou-se mas ainda mas ainda se manteve alerta. “O que eu queria saber é como, em nome de Merlin, você conseguiu sair do castelo sem ser detectado, foi até Little Winghing e sobreviveu na presença de tantos Comensais da Morte antes de salvar essa única família. Eles me contaram que a voz do Lord das Trevas mudou por um breve momento e o garoto identificou a sua voz. O que você tem a dizer sobre isso?”


Harry fez uma cara ameaçadora. “Eu nunca deixei o castelo! Agora, eu quero saber porque VOCÊ realizou uma reunião secreta da Ordem da Fênix na sua sala, nem mesmo pensou em chamar Remo, Sirius e eu para virmos quando nós fomos aqueles que ajudaram a eliminar os Dementadores em Hogsmeade. E como você teve a CORAGEM de pedir pro seu pessoal para me DETER contra a minha vontade! SE VOCÊ ACHA QUE TERÁ TODAS AS RESPOSTAS QUE QUER TÃO FÁCIL ASSIM, ALVO DUMBLEDORE, VOCÊ ESTÁ MUITO ENGANADO!”


Alguns objetos no escritório quebraram e explodiram, fazendo os Dursleys gritarem. Aparentemente Harry havia esquecido que eles estavam na sala.


Os olhos do diretor tornaram-se mortalmente sérios e interessados; sua tensão era o único sinal exterior que mostrava a sua ofensa em ser falado desta maneira. “Como você sabia da reunião da Ordem?”


Harry sorriu maldosamente. “Eu sou um membro da Ordem. Eu tenho as minhas maneiras. Eu tenho os meus aliados. Eu tenho os meus espiões. E não, você não pode saber de nada até parar de ser um chato. O Dumbledore do meu mundo era manipulador mas nunca tão ousado como você. Eu concordo, eu não deixei ninguém além de Sirius e Remo saberem do meu passado, e isso só recentemente, mas você não pode tentar me forçar a te contar isso e me eliminar das batalhas por essa razão. Você nunca será capaz de eliminar Voldemort se agir dessa maneira. Acredite em mim, eu sei,” Harry adicionou com malevolência.


O semblante de Dumbledore caiu levemente. “Eu quase temo em perguntar... a Profecia?”


Harry cruzou os braços e, por um instante, Alvo pensou em ter visto um flash de dor passar pelos seus incomuns olhos verdes antes dele ser trocado por insignificância.


“Você tentou aplicar a profecia para Neville Longbottom, não é? Mas não deu certo. Tom nem mesmo tentou ir atrás de Neville. Sim, podia ter sido ele, mas então ele teria que ter” Harry ergueu sua franja negra, revelando um cicatriz em forma de raio “isso na testa. No meu mundo eu sou chamado de 'O Menino-Que-Sobreviveu'. Afinal, eu fui o único na história bruxa a sobreviver uma maldição da morte. Foi o amor da minha mãe e um pouco da minha magia, apesar de nem eu nem Dumbledore sabermos sobre o segundo fato, que fez a maldição ser refletida e matar o corpo mortal de Tom Riddle. Eu tinha um ano na época. Mas ele voltou no meu primeiro ano em Hogwarts.”


Dumbledore tinha uma expressão de culpa e curiosidade ao mesmo tempo. “O que aconteceu?”


Harry deu a Alvo um olhar furioso, sua magia voando suavemente ao seu redor. Fawkes piou e voou ao seu redor, tentando acalmá-lo.


Harry piscou para a fênix e respirou profundamente. “Você não adoraria saber isso?” ele perguntou zombando.


Alvo suspirou impaciente. “Ouça Harry, nós precisamos de toda a informação que você puder nos dar. Nós necessitamos da sua ajuda nesta guerra. Se você é o citado pela profecia, então por que o nosso Harry morreu aqui?”


“Ah, então AGORA você quer a minha ajuda? Porque Nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver? Leia os velhos jornais, Dumbledore. Eu nem sou originalmente deste mundo mas encontrei essa resposta há muito tempo atrás. Eu não darei novamente a minha confiança tão facilmente para aqueles que na primeira vez a jogaram no lixo, diretor,” Harry enfatizou a palavra.


“Faça as suas coisas se quiser mas você terá que pensar e trabalhar duro se quer que eu divulque os meus segredos.” Harry estava prestes a se virar quando parou momentaneamente. “Ah, e se você sequer pensar em colocar a mão em Rosmerta, Hooch, Sirius ou Remus... Irá se arrepender profundamente. Snape já pagou o preço por mexer comigo. Não me trate como uma criança, isso pode ser um erro fatal... um que que custou a vida de Tom Riddle em meu mundo.”


Então ele deu meia-volta e saiu do escritório, deixando um família trêmula para trás - seu olhar havia sido glacial e implacável- e um perplexo diretor.


O dito direto ignorou suas Gotas de Limão e suspirou profundamente, apoiando a cabeça na mesa.


Fawkes ignorou sua aflição.


“Eu fudi tudo magestosamente.”


Harry teria amado ouvir AQUILO saindo da boca de Alvo Dumbledore.


Dudley Dursley ainda estava segurando firmemente a blusa da sua mãe. “Eu não entendi metade do que disse mas de uma coisa eu sei: eu não vou mexer com esse cara no futuro.”


Petunia ainda estava tremendo, não por causa da ameaça do garoto mas devido a sua aparência.


Valter estava sendo Valter; “Quem é que era aquele garoto, Petunia?” ele disparou furiosamente.


Sua mulher choramingou e gaguejou. “Eu- eu pensei que era... Oh, Deus!” A mulher magricela tremeu de medo. “Eu pensei que era Tiago Potter!”


Alvo Dumbledore levantou-se silenciosamente; seu corpo estava mole e seus olhos mostravam o quanto ele realmente estava cansado e o quanto de culpa ele sentia. “Eu mostrarei a vocês os seus aposentos. Até a ameaça desaparecer, vocês não poderão deixar o castelo sem tornarem-se alvos de Voldemort novamente. Ele provavelmente sabe que escaparam e ele nunca deixa ninguém escapar. Ele tentará encontrá-los.” A voz do diretor estava sinistramente vazia.


Valter estava prestes a abrir sua boca e gritar com ira por estar sendo mantido aqui com todos esses anormais quando o velho falou novamente, mas dessa vez principalmente para a pálida mulher.


“E aquele não era Tiago Potter, Sra. Dursley. Era Harry Tiago Potter, o seu sobrinho que morreu dezessete anos atrás... mas este veio de uma dimensão diferente, para ser mais preciso.”


A respiração da mulher parou na garganta e ela cambaleou um pouco antes de desmaiar.


Valter a pegou antes que ela chegasse ao chão e rosnou para Dumbledore. “NÓS não estamos associados com aquele anormal! Então pare de falar e só nos leve onde temos que ir antes que eu perca a paciência!”


Alvo assentiu e nem mesmo tentou lançar o feitiço de levitação na esposa do homem.


A fúria de Valter transformou-se em terror quando ele seguiu o diretor nos surpreendentes corredores do castelo; inúmeros estudantes e adultos estavam passando, dando ordens, obedecendo, ENCARANDO a sua família e ele curiosa ou apreensivamente. ‘Anormais, todos eles,’ o homem obesos pensou acidamente.


“Dumbledore! Snape está na enfermaria! Onde está o Potter?”


Dudley choramingou e escondeu-se atrás do seu pai quando outro bruxo veio na direção do homem barbudo. Ele era anormal em todos os sentidos: estava coberto de cicatrizes e mancava, mas a coisa mais nojenta era o olho no seu rosto que movia incansavelmente e até mesmo desaparecia como se ele estivesse olhando para trás. Duda estremeceu quando o olho virou em sua direção e escondeu o seu corpo gordo ainda mais por trás de seu pai.


Alastor grunhiu em desgosto quando viu a família trouxa mas preferiu ignorá-la visando obter a resposta de Dumbledore.


Alvo suspirou. “Eu já o vi, Alastor. Nós devíamos evitá-lo por um tempo. Acho que nós o subestimamos. Desculpas serão necessárias mas devemos esperar; ele não as aceitará tão facilmente. Diga a todos que estão o procurando que parem a busca e deixem ele e ambos os Marotos sozinhos. Eles também serão incluídos em todas as reuniões da ordem, se Harry ainda quiser estar nelas. Agora, se você me desculpar, eu tenho uma família para acomodar.”


Os olhos de Alastor contrairam-se. “Por que a súbita mudança, Alvo?”


Mas Dumbledore não respondeu e o auror suspirou frustradamente.


Entretanto, ele ouviu o garoto gordo murmurar algo que fez Moody segurar a respiração em descrença e correr para o escritório do diretor para ver o estrago.


“Por que a súbita mudança, ele pergunta?” bufo “Ele não estava lá quando o garoto derreteu a porta como se não fosse nada!”




CRUCIO!”


Em Little Hangleton, na Mansão dos Riddle's para ser mais preciso, um homem encapuzado e mascarado caiu no chão e convulsou em agonia, gritando sem parar até que seu mestre se canssasse de manter o feitiço.


“O. Quê. Aconteceu.”


Duro, perigoso e direto ao ponto.


Tom Servolo Riddle NÃO estava de bom humor.


Draco Malfoy estremeceu enquanto o seu pai recebia uma punição pelo fracassado ataque planejado com a ajuda dos Dementadores.


O loiro aristocrata permaneceu no chão, ajoelhado, tentando ignorar os efeitos do Cruciatus. “Nós- nós não sabemos, milorde!”


“CRUCIO!”


Lúcio caiu novamente e gritou até ficar rouco. Do mesma maneira que surgiu, a maldição logo desapareceu.


“Lúcio, você é um dos meus seguidores mais confiados e poderosos. Por que você tem que me tormentar tanto? Por que você se deixa ser atingido dessa maneira quando tudo o que precisaria fazer para permanecer ileso é dar uma resposta para a minha pergunta?”


Lúcio permaneceu em silêncio, não sabendo como responder. Ele havia tido a certeza de que o ataque mataria os habitantes de Hogsmeade, mas não! Os dementadores tinham que voltar para cá, gritando, e em menor número! Não era um grande golpe para as forças do Lorde, mas o quê, em nome de Grinderwald, tinha acontecido com os outros!


O homem loiro estremeceu quando ouviu o seu mestre arranhar, com as unhas, os braços do trono em que estava sentado. “Eu estou tão desapontado.”


Voldemort suspirou antes de colocar Lúcio novamente sob o efeito da maldição, juntamente com aqueles que tinham ajudado o loiro a fazer os planos de ataque.


Após vários gritos de agonia, Riddle suspendeu o feitiço, parecendo desinteressado. “Alguém ouviu alguma coisa sobre James Evans?”


Tom mudou rapidamente o assunto e olhou cada um dos seus seguidores presentes profundamente. ‘Eu quero saber... quem é ele? Como ele conseguiu entrar na minha mente? Eu estou cansado desse joguinho. Ele parece ter vantagem e está ganhando. Não gosto disso.’


Ninguém respondeu.


“Entendo.”


‘Patéticos, inúteis seguidores.’ Ele estava prestes a erguer a varinha para o grupo para puni-los quando uma voz timidamente o interrompeu.


“Eu... eu talvez saiba... quem ele realmente é...”


Todos os Comensais da Morte queriam encarar Pedro Pettigrew mas ninguém ousou levantar a cabeça; o traidor poderia salvar a pele deles agora.


“Rabicho. Venha aqui, meu pequeno e favorito traidor.”


O homem louco rapidamente veio de encontro a seu mestre e jogou-se no chão, beijando a capa de seu Lorde. “Mestre.... Mestre... Eles estavam ganhando em Hogsmeade. Eles estavam ganhando, os seus dementadores! O velho e seus desprezíveis membros da Ordem estavam cedendo no momento que eles chegaram!” Wormtail exclamou; ele estava mais agitado do que o usual.


Lúcio estava furioso. ‘Ele sabe o que aconteceu em Hogsmeade! Por que ele não disse nada antes, aquele monte de bosta! Eu fui amaldiçoado um monte por causa da demora dele! Quando eu pusser as mãos nele...’


As ações de Pedro, ou melhor, as suas reações, atraíram o interesse de Tom. “O quê aconteceu, Rabicho? Você parece estranhamente nervoso,” Riddle perguntou suspeitosamente.


Pettigrew quase encolheu com o olhar penetrante do seu Mestre, mas, pela primeira vez, não eram os olhos rubros que o faziam tremer do jeito que estava, mas sim os fatos e evidências que tinha coletado.


“Eram... eram eles, Mestre. Black e Lupin.” Ambos os nomes foram cuspidos da sua boca porém o medo estava presente no rosto do fugitivo. “Eles vieram depois de um tempo para auxiliar o grupo da Ordem. Eu os vi. Estava os espiando na minha forma animaga. Seus patronos ajudaram mas não eram fortes o bastante para repelir um número tão alto de Dementadores.”


“Então? No que você quer chegar!” Voldemort estava perdendo a paciência.


Rabicho choramingou e olhou em volta agitadamente. “Foi quando ele chegou. O grifo animago que se denomina James Evans.”


Voldemort sentou-se melhor na cadeira.


“Contudo, o velho não parecia feliz em vê-lo. Algo deve ter acontecido. Mas Black e Lupin pareciam saber que o garoto faria uma diferença, por mais impossível que isso soe. Quando ele voltou a sua forma original, aparentava estar com muita dor, certamente devido a proximidade dos Dementadores, e então ele empunhou a varinha e ...”


“E?”


“... Ele tinha três Patronos. A aparência dos Patronos...” Pettigrew estremeceu.


Lúcio fez uma carranca sob a sua máscara. ‘Diga logo, seu imbecil medroso! Você fugiu de medo, disso eu tenho certeza... Mas o que poderia assustá-lo dessa maneira?...’


“Um cervo, um cão parecido com um sinistro e um lobisomem.” Pedro engoliu em seco, com uma imagem dos Marotos na escola, olhando para ele com uma expressão de desprezo, passando na sua mente. “Tiago Potter, Sirius Black e Remo Lupin. Eu ouvi alguém chamar o nome do garoto... Harry... eu sei que é impossível...”


Nesse ponto, os olhos vermelhos de Voldemort brilharam agourentos e ele socou um dos braços do seu trono. “FORA! TODOS PARA FORA!”


Todos os Comensais da Morte fugiram e Pedro exclamou antes de segui-los; ele estava quase chorando. Para um homem louco saído de Azkaban, ele tinha completa certeza de quem esse garoto realmente era, sendo o primeiro a descobrir entre todos os outros. Para Pettigrew, isso parecia-se mais com uma espécie de vingança vinda da tumba de James Potter e ela estava o matando de medo.




Tom Riddle inalou e exalou pesadamente mas isso não lhe acalmou nem um pouco. Ele não sabia como isso era possível, mas todas as evidências apontavam para isso: James Evans era Harry Potter. Ele até mesmo tinha usado os nomes dos seus falecidos pais na cara de todos, pelo nome de Circe! Harry –maldito- Potter, o garoto que ele tinha cem por cento de certeza que tinha matado com as suas próprias mãos. Ele ainda podia sentir a sensação vitoriosa enquanto segurava o corpo do bebê de um ano, desesseis anos atrás.


‘Que tipo de magia é essa! Ninguém pode voltar à vida!’ Ele respirava mais pesadamente a cada segundo que passava até que simplesmente explodiu.


RHAAAAAAAAAAAAAAAA!


Apontando sua varinha para o cômodo. o furioso Lord das Trevas começou a destruir tudo o que seus olhos encontrassem, e, no processo, dobrava suas barreiras mentais.


Sem ele saber, essas barreiras estavam conectadas a outra pessoa. Uma pessoa que podia sentir todas as suas emoções perfeitamente.


A confusão.


O ódio.


A repugnância.


A necessidade de matar.


De destruir.


De aniquilar.


... De ver sangue jorrar...




Foi assim como Amos Diggory, que só estava passando inocentemente pelo corredor, encontrou um catônico Harry Potter depois do garoto subitamente berrar em pura agonia, começar a tremer como se houvesse um terremoto, segurar a sua testa –tentando arrancá-la fortemente com as unhas-, e então cair inconsciente com um último grito, com sangue escorrendo da cicatriz na sua testa e saindo do canto da sua boca.


Ele nunca viu Sirius e um Remo de aparência muito cansada gritarem o seu nome em horror e empurrrarem Diggory para o lado para segurá-lo e chamar seu nome desesperados.


Nunca viu Diggory dar meia-volta rapidamente e quase cair de pavor.


Nunca viu o absoluto terror presente na expressão das crianças e dos professores que tinham acabado de dobrar a esquina.


Não. Harry Tiago Potter simplesmente estava preso em absoluta escuridão.




E ai? COMENTEM!!


Próx. capítulo: "Ssserpente"

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