No Beco Diagonal
Hilary acordou muito cedo no dia seguinte, estava muito feliz por ir ao Beco Diagonal. Quando desceu até a cozinha, viu que sua mãe ainda não havia acordado, e resolveu fazer isso por ela.
Foi caminhando, lentamente, até a porta do quarto. Quando abriu, viu a mãe dormindo de barriga para baixo e com a cara enfiada no travesseiro. Não pensou duas vezes antes de sair correndo e pular na cama.
- Acorda mãe – ela gritou – já está tarde!
- São 8 da manhã, Hilary – Hermione reclamou – me deixa dormir mais um pouco.
- Mas mãe, nós temos que ir logo comprar o meu material – falou, fazendo uma carinha de cachorro pidão, que lembrava muito o Harry.
- Está certo! – a mulher disse, nunca resitiu àquela cara, nem mesmo quando era o pai da garota que fazia.
Ela se levantou e foi tomar banho, enquanto Hilary foi tomar café.
- Podemos ir? – a menina perguntou quando a mãe entrou na cozinha algum tempo depois.
- Eu vou tomar café primeiro – ela disse.
Um pouco depois, elas saíram da casa. Foram até o Caldeirão furado no carro que Hermione alugou até o dela chegar.
- Como vamos chegar ao Beco Diagonal? – Hilary perguntou quando elas pararam em frente a uma parede de tijolos em um beco sem saída.
A mulher apanhou sua varinha e bateu em alguns tijolos e a parede se abriu, mostrando uma rua cheia de pessoas caminhando.
- Uau! – a garota exclamou - Isso é incrível!
- Vamos até o banco – Hermione disse.
- Banco? – ela perguntou ficando espantada.
- Sim! – a mulher respondeu – Gringotes, é o banco dos bruxos, vamos trocar o dinheiro.
Ela explicou para a filha sobre as moedas que os bruxos usavam, o que a deixou mais fascinada ainda.
Passaram a manhã inteira fazendo compras, teriam terminado rápido se Hilary não parasse em todas as lojas que visse. Resolveram almoçar por lá mesmo e depois, voltaram as compras. Por volta das 3 da tarde, já tinham comprado quase tudo, então resolveram parar um pouco e tomar um sorvete.
- O que ainda falta comprar? – a menina perguntou.
- Só os pergaminhos e as penas – respondeu.
- E a minha coruja? – lembrou-se.
- Vamos fazer assim, enquanto eu compro o que está faltando, você vai até a loja de animais e compra a coruja – disse entregando um saco com alguns galeões para a filha – acho que isso é o bastante.
Continuaram a tomar o sorvete tranqüilamente. Hermione se sentiu aliviada, passaram quase o dia toda lá e não encontraram ninguém conhecido, realmente estava com sorte.
- Herm’s! – ouviu alguém gritar.
A mulher sentiu seu coração dar um pulo e quase sair pela boca, só existiam duas pessoas no mundo todo que a chamavam desse jeito.
*Flash back*
Era um sábado à noite, Harry e Hermione estavam no salão comunal da Grifinória jogando conversa fora, depois de terem passado o dia todo na biblioteca estudando.
Eles ouvem o retrato da mulher gorda girar e Rony entrando com alguns doces na mão.
- Oi Harry! Oi Herm’s – ele disse sentando-se no sofá onde seus dois amigos estavam.
“- Herm’s”? – ela falou com um tom de indignação na voz.
- Acabei de inventar – o ruivo falou – não gostou.
- Não! – ela respondeu – porque não me chama de “Mione” como todo mundo?
- Eu gostei! – o moreno disse com a intenção de fazer seus dois melhores amigos não brigarem – vou chamar você assim também – completou, mas preferiu ficar calado ao receber um olhar atravessado da amiga.
- Acontece que todos os seus amigos te chamam de “Mione”, é muito comum – ele explicou – somos os seus melhores amigos, precisamos de tratamento especial.
- Então por que não “Mi”? – a morena perguntou.
- Não é a mesma coisa – respondeu – Imagina se um dia, por um acaso do destino, nos três nos separamos, então se você estiver andando na rua e ouvir alguém gritando “Herm’s!”, já vai saber que é um de nós dois.
- Legal, até faz sentido – ela disse – mas e vocês dois, como vão se reconhecer.
- Ora Herm’s, todo mundo sabe que você é única do trio que poderia sumir do mapa um dia – Rony respondeu dando um tapinha de leve nas costas da amiga.
- Por quê? – a morena quis saber.
- Você tem tendências a enlouquecer por estudar demais – explicou – vai que quando isso acontecer, você some no mundo.
Ela fez aquele olhar que assustaria até Voldemort.
- Tudo bem pessoal! – Harry interferiu – não vamos começar a discutir.
*Fim do flash back*
Quem diria que uma brincadeira boba entre amigos fosse dar certo um dia. Embora não tivesse sido pelos motivos que o ruivo falou, Hermione realmente foi embora sem dar notícias. Mas esse sinal de reconhecimento a assustou, ela teve que tomar coragem para virar e ver quem a chamava.
Suspirou aliviada quando viu Rony parado do outro lado da rua acenando para ela.
- Oi Rony – ela disse quando ele atravessou a rua e a abraçou.
- Mione, quanto tempo! – ele disse – Onde você estava?
- Uma longa história – não queria explicar nada naquele momento – como você me encontrou aqui?
- Estava passando com a Luna, quando ela perguntou: “Aquela não é a Mione?”, então, eu resolvi chamá-la para conferir – ele explicou – está vendo, uma das minhas idéias malucas funcionou.
- Onde está a Luna? – Hermione perguntou.
- Na Floreios e Borrões, com Marcelly, nossa filha – ele explicou – você tem que conhecê-la.
- Mãe, já acabei! Podemos ir? – perguntou chegando perto dos dois adultos sem entender nada.
Rony ficou olhando para a menina por alguns segundos, ela lembrava alguém que não sabia quem era.
- Essa é Hilary, minha filha – a morena falou quando reparou o olhar do amigo – Esse é Rony Weasley, um amigo meu de Hogwarts.
- Fico feliz em conhecê-lo, senhor Weasley – quando ela chegou mais, o ruivo teve certeza quem ela o lembrava. Mas seria possível?
- Hilary vai para Hogwarts em setembro – estava tentando, ao máximo desviar a atenção do amigo.
- Que legal – ele disse – a filha do Gui e da Fleur também vai pela primeira vez esse ano.
- Que bom! – Hermione respondeu, percebendo que não tinha sido muito bom reencontrar o amigo.
- Você não tem idéia de quem nos viemos encontrar aqui hoje! – ele disse – O Harry! Se vocês quiserem podem vir junto. – completou – Tenho certeza de que ele vai adorar vê-la e, é claro, conhecer a Hilary.
- Infelizmente, não vai dar! – ela respondeu sentindo um frio percorrer toda a sua espinha – estamos com muita pressa.
- Mas mãe, nós já terminamos as compras e está cedo – a menina disse – adoraria conhecer outro amigo seu do tempo de Hogwarts.
- Não Hilary! – a mulher falou com um tom de nervosismo na voz – Seus avós estão nos esperando e, além disso, você não quer comprar a sua coruja?
- Tem razão, estou indo lá – ela disse – Tchau mãe! Tchau senhor Weasley.
- Bom, eu também já vou, Harry já deve estar chegando – Rony disse, dando um abraço na amiga – Tchau Mione!
- Tchau Rony – a morena disse vendo o ruivo se afastar – Espera Rony! – gritou antes dele se afastar mais.
- O que é? – ele perguntou.
- Não fala para o Harry da Hilary! – ela disse – E nem que eu voltei para Londres! Por favor!
- Está bem, eu não vou dizer nada! – respondeu – Só um pergunta. Ela é filha do Harry?
- É sim! – foi a única coisa que disse antes de se afastar.
Hilary estava andando, muito animada, pela rua até para em frente a uma loja de animais, chamada “Os marotos”. Entrou e encontrou uma mulher de cabelos roxos e com um grande sorriso nos lábios.
- Boa tarde! – a mulher falou – em que posso ajudá-la.
- Boa tarde! – a menina respondeu – eu gostaria de comprar um a coruja.
- Elas estão bem ali – disse apontando para uma das estantes que havia ali – Precisa de ajuda?
- Não obrigada! – respondeu indo em direção ao local que a mulher indicou.
Nesse momento, a porta da loja se abre e Harry entra na loja.
- Olá Tonks, onde está o Lupin? – ele perguntou.
- Ontem foi lua cheia! – ela respondeu.
- É verdade – o homem disse.
- Mas o que o trás aqui? – Tonks perguntou.
- Vim comprar a ração da Edwiges – ele respondeu.
- Vou pegar – ela disse saindo de trás do balcão.
- Ótimo – Harry falou – vou ver as corujas.
Ele foi caminhando, até ver um amenina que estava pegando uma coruja estava na estante.
- Que linda essa coruja – ele disse – eu tenho uma que muito parecida com essa.
- Sério? Que legal! – ela disse – Sempre adorei corujas, desde que era pequena, então minha mãe me deixou comprar uma, assim eu posso mandar cartas para ela enquanto estiver em Hogwarts – explicou, normalmente não falava com pessoas que acabara de conhecer, mas havia achado aquele homem muito simpático e sentia como se o conhecesse a vida toda.
- É seu primeiro ano em Hogwarts? – ele perguntou, também sentiu como se já a conhecesse.
- É sim! – respondeu – e estou muito feliz por estar indo.
- Também estive em Hogwarts – Harry disse – me formei há dose anos!
- Então o senhor deve ter conhecido a minha mãe, ela também se formou há doze anos – a menina disse – o nome dela é Her...
Hilary foi interrompida por Tonks que chegou trazendo um pacote de ração para coruja.
- Aqui está Harry! – ela disse entregando o pacote – Já escolheu a sua coruja, senhorita?
- Já sim – respondeu pegando a coruja – essa daqui!
A menina entregou o saco cheio de dinheiro para a mulher e pegou de volta o troco e, depois saiu da loja com a gaiola na mão.
- Ela me faz lembrar da primeira vez que fui para Hogwarts – Harry falou com um pequeno sorriso nos lábios.
- Ela te faz lembrar de alguém? – a mulher perguntou.
- Não! – respondeu.
- Ela me lembra alguém que eu não sei quem é! – Tonks disse.
- Deve ser impressão – o homem disse – por falar em Hogwarts, a diretora Mcgonagal me disse que você vai ser a nova professora de defesa contra artes das trevas.
- É verdade! – ela disse ficando um pouco vermelha – espero conseguir.
Enquanto isso, Hilary ia ao encontro da mãe em frente a sorveteria onde estavam há alguns minutos.
- Olha que linda a minha coruja! –ela disse – um homem na loja falou que tem uma coruja igual a essa.
Não, não deve ser ele – Hermione balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos da cabeça, pensando alto demais.
O que foi? – a menina perguntou.
Não é nada! – a mulher respondeu – vamos embora!
Então, as duas foram embora pela mesma passagem secreta que entraram, e foram para casa.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!