D esocbrindo a verdade
Hermione ficou parada alguns minutos olhando para os papeis picados no chão que há alguns minutos era um berrador. Ela abriu uma das gavetas da mesinha de cabeceira e retirou uma foto em que estava ela, Harry e Rony quando estudavam em Hogwarts e não pode deixar de se lembrar.
*Flash back*
Ela estava em seu dormitório se arrumando para o baile de formatura. Nem podia acreditar que Harry a havia convidado, há algum tempo a morena nutria um sentimento diferente por seu melhor amigo, mas ela estava namorando Gina (sua melhor amiga) por isso não disse nada. Uma semana antes do baile, os dois terminaram e o moreno convidou a amiga para o baile, que aceitou sem pensar duas vezes, a ruiva ficou com muita raiva dela, pois acreditava que isso era uma ofensa a sua amizade, as duas não se falaram mais desde então.
Quando desceu as escadas chegando ao salão comunal da Grifinória, viu seu para sentado no sofá olhando para os pés, mas quando a viu ficou imediatamente de pé e caminhou até o pé da escada.
- Mione! Você está linda! – Harry disse levando a mão da morena aos seus lábios (ela sentiu seu coração disparar com esse contato).
- Obrigada Harry – ela respondeu tentando esconder seu rosto que estava ligeiramente corado – você também está ótimo.
- Então, vamos? – ele perguntou estendendo o braço para a morena que aceitou na mesma hora.
- Vamos! – respondeu, sorrindo.
Quando chegaram ao salão principal, ele já estava lotado de alunos do 7o ano que dançavam ao som animado das Esquisitonas.
- Você quer dançar? – Harry perguntou assim que entraram no baile.
- Claro! – ela respondeu – mas só se você quiser.
Os dois foram para o centro do salão e dançaram duas músicas animadas e logo começou uma música lenta.
- Se você não quiser dançar – ele começou a falar parecendo um pouco nervoso – nós podemos...
- Quem disse que eu não quero? – Hermione respondeu – eu vim aqui para dançar, inclusive as músicas lentas.
Harry colocou os braços em volta da cintura dela e ela colocou os seus em volto do pescoço do moreno e deitou suas cabeça no ombro dele.
- Sabe, Mione, eu queria te falar uma coisa – ele sussurrou no ouvido da morena a fazendo se arrepiar – está na hora de você saber porque eu terminei com a Gina.
- Você não precisa me explicar nada Harry – ela falou levantando o rosto e olhando diretamente para aqueles olhos verdes.
- Preciso sim, porque foi por você que eu fiz isso – essa confissão de Harry a deixou inteiramente sem palavras – já tem um tempo que eu a tenho olhado mais que como uma amiga, então há algumas semanas percebi que estou apaixonado por você.
- Uau Harry! Eu nunca pensei – ela finalmente conseguiu falara, exibindo um grande sorriso nos lábios – eu também tenho percebido algo diferente em relação a você, mas não sei exatamente como agir.
- Eu também não sei, Mione – o moreno respondeu passando as mãos delicadamente pelas bochechas dela – o que você acha de descobrirmos juntos.
Eles foram se aproximando lentamente, até que seus lábios se tocaram. O beijo começou calmo, mas logo aprofundaram mais o beijo. Depois de alguns minutos se separaram.
- Então, você gostou – Harry perguntou.
- Adorei, foi maravilhoso – ela respondeu – melhor do que eu já imaginei.
- Também acho – ele respondeu – o que você acha de nós namorarmos. Sério.
- Eu não sei Harry – Hermione respondeu – pode ser uma decisão muito precipitada, me deixa pensar um pouco.
- Está bem, eu te dou o tempo que você quiser meu amor – respondeu antes de beijá-la novamente.
Ficaram dançando e se beijando por mais alguns minutos.
- Vamos parar um pouco? – ela perguntou – eu preciso ir ao banheiro.
- Tudo bem – ele respondeu – vou pegar uma cerveja amanteigada para nós.
- Certo – a garota disse, dando um selinho nele antes de ir até o banheiro.
Quando estava saindo foi barrada por Gina que estava na porta do salão principal.
- E então, se divertindo com o meu namorado? – a ruiva perguntou.
- Que eu saiba é ex-namorado – a morena respondeu – e caso você não saiba ele me pediu em namoro hoje à noite.
- Ex por pouco tempo, por vou tê-lo de volta de qualquer maneira – disse em um tom ameaçador – e quanto ao pedido, só fez por pena de você da mesma maneira que fez o convite. Como você não seria convidada mesmo.
- Você está mentindo, o Harry me ama – Hermione disse com muita firmeza, mas parecia um pouco abalada como que Gina disse – ele me disse, não mentiria desse jeito para mim.
- Você é mesmo muito ingênua, ele só disse isso para poder não ficar sozinho esta noite – a ruiva disse – ele vai te dar alguns beijinhos e amanhã vai dizer que foi tudo um engano e que é completamente apaixonado por mim. Quanto a você, é só uma amiga para ele e vai ter que se contentar, pois é só isso que vai ganhar...
Ela foi interrompida por um tapa da morena ela, pois a mão no rosto e a olhou com desprezo. Nesse momento Harry aparece. Hermione ao vê-lo, sai correndo em direção ao jardim.
- Mione, espere – o moreno disse indo atrás dela, mas foi impedido por Gina.
- Não liga para ela meu amor – a ruiva disse segurando o braço dele – vamos dançar e esquecer esse pequeno incidente.
- Quantas vezes eu tenho que te dizer – ele falou retirando o braço de perto dela – acabou, nós não temos mais nada.
- Ele correu em direção ao jardim deixando a ex-namorada parada no mesmo lugar.
- Você ainda vai ser meu de novo Harry, vai sim – Gina disse bem baixinho.
Quando ele saiu do castelo encontrou Mione sentada em um dos degraus da enorme escadaria, ele então se sentou ao lado dele e pode perceber algumas lágrimas em seu rosto.
- Não liga para o que a Gina te disse – ele falou enxugando o rosto da garota com suas mãos.
- É verdade? – ela perguntou ainda com uma voz fraca.
- O que? – Harry não a entendeu.
- O que a Gina disse – a morena desviou o olhar para os próprios pés – que você não está interessado em mim de verdade, só quer brincar comigo – mais lágrimas rolaram de seu rosto.
- É claro que não – ele disse voltando a fazer o gesto de enxugar as lágrimas – ela ainda não superou o nosso rompimento, por isso quis te atingir, porque sabe o que eu sinto por você.
Eles voltaram a se beijar, mas dessa vez foi diferente, pareciam desesperados, como se suas vidas dependessem daquele único beijo, suas mãos também começaram a explorar lugares mais ousados.
- O que acha de sairmos daqui? – Harry perguntou com um sorriso maroto nos lábios.
- Quer voltar para o baile? – ela perguntou não entendendo as intenções do moreno – está tão bom aqui.
- Na verdade, estava pensando em irmos para um lugar mais reservado – ele foi mais direto dessa vez – onde não possamos ser interrompidos.
Ela aceitou. Foram caminhando lentamente (parando, às vezes para trocarem beijos), até a sala precisa. Lá os dois passaram a noite mais maravilhosa de suas vidas.
No dia seguinte levantaram bem cedo e seguiram para o salão comunal. Mas tarde naquele dia embaraçaram no expresso Hogwarts, dividiram uma cabine no trem com Rony que não parecia ter ficado chocado ou abalado com a noticia de que seus dois amigos estavam juntos (pelo contrario ficou muito feliz por eles).
Quando chegaram à estação, a senhora Weasley estava esperando por eles juntamente com os pais de Hermione (Harry iria ficar um tempo na Toca e Hermione iria voltar para casa).
- Você promete que vai mandar notícias? – a garoto perguntou abraçando o moreno em um lugar isolado da estação.
- Claro que sim – ele respondeu – todos os dias.
- Tem certeza de que você não quer ficar lá em casa? – ela perguntou.
- Seus pais já acharam estranho nos dois estarmos juntos, se eu for para lá, vou piorar a situação – respondeu rindo.
- Mas a Gina, pode tentar fazer alguma coisa contra você – ela começou a falar parecendo preocupada.
- Pode deixar que da Gina eu cuido – ele colocou o dedo nos lábios da morena que deu um pequeno beijo nele.
- Está certo, mas se cuida – ela falou.
- Pode deixar – o moreno respondeu – você promete pensar na proposta que eu te fiz ontem no baile?
- Claro que sim – respondeu – e quando tiver bem segura do que eu quero, te dou a resposta.
Eles se beijaram mais um pouco antes de cada um seguir o seu caminho.
Um mês havia se passado, as cartas de Harry começavam a chegar com menos freqüência, isso deixava Hermione muito preocupada. Algumas semanas depois que chegou em casa, a morena começou a sentir-se mal, pensou que fosse só tristeza por estar longe de Harry e por nunca mais voltar a Hogwarts. Mas como não estava melhorando e por insistência de sua mãe ela acabou indo ao médico.
Foi assim que descobriu que estava grávida, ficou muito feliz com a notícia, pois sabia que amava Harry e agora mais do que nunca. Naquele mesmo dia enviou uma carta para o moreno dizendo que eles precisavam conversar.
No dia seguinte ele apareceu, Hermione ficou tão feliz em vê-lo que saiu rapidamente de casa e abriu o portão para ele entrar.
- Estava com tanta saudade de você – ela disse o abraçando, mas ele não parecia corresponder – vamos entrar para conversarmos melhor?
- Não, o que eu vim te dizer posso dizer aqui e não pretendo demorar – respondeu com um tom de voz frio – eu pensei melhor e aquela noite foi um erro, eu amo a Gina. Tanto que eu e ela voltamos. Por favor, não me procure nunca mais.
- Como? – ela não estava acreditando – você me disse que me amava, me pediu em namoro. Eu pensei bastante e vou aceitar o seu pedido.
- É tarde demais Hermione – Harry respondeu – eu não quero você. Quero que você suma da minha vida.
As lágrimas corriam livres por seu rosto agora, ele nunca a chamava de Hermione. Precisava fazer alguma coisa, não podia deixar isso acontecer.
- Eu estou grávida! – falou de uma vez – nós vamos ter um bebê, será que isso não te faz lembrar da noite maravilhosa que nos tivemos – completou se aproximando dele.
Ele a empurrou com um pouco de violência.
- Será que você não entende. Eu não me importo – ele agora gritava – não é problema meu que você esteja grávida. Crie essa criança sozinha, eu não me responsabilizo.
- Também é seu filho – a garota começou a passar a mão pela barriga – você tem tanta responsabilidade quanto eu.
O moreno não falou mais nada, foi embora logo em seguida.
Hermione chorou a tarde toda. Não sabia o que fazer tinha um filho para criar e o pai da criança não queria saber de nenhum dos dois. Foi aí que se lembrou que sua mãe havia dito que uma amiga estava abrindo uma agencia de modelos no Brasil e a morena sonhava em ser estilista (descobriu seu talento fazendo roupas para os Elfos) e como soube disso ofereceu um emprego para a garota, que ficou de pensar. Já estava tentada a aceitar, mas antes ia perguntar a Harry se ele aceitava se mudar de pais com ela, mas agora não tinha mais o que pensar.
Falou com sua mãe naquela mesma noite. Esse seria um novo começo, ela pensava. Foi embora da Inglaterra no dia seguinte. Começou a trabalhar uma semana depois de chegar no Rio, lá teve sua filha longe de todos e, principalmente de Harry.
*Fim do flash back*
Ela guardou a foto novamente na gaveta e enxugou as lágrimas que caíram de seus olhos junto com aquelas lembranças. Ainda não acreditava que Gina tinha todo razão que ela só havia sido usado, nunca pensou que ele chegaria tão longe estando só brincando.
Abriu a outra gaveta e retirou uma das cartas de Hogwarts endereçadas a Hilary. Respirou fundo, voltar a Londres e ao mundo da magia, significava rever Harry e não sabia se estava preparada para isso depois de quase 12 anos, mas essa decisão, infelizmente, não estava em suas mãos e sim nas de sua filha.
Hermione caminhou lentamente até o quarto de Hilary, se ela não contasse a verdade, as cartas continuariam a chegar até que a menina visse (se lembrava perfeitamente de Harry contando a ela e Rony, durante o primeiro ano dos três, como as cartas insistentemente chegavam na casa dos seus tios. E agora pode comprovar). Bateu na porta do quarto algumas vezes.
- Pode entrar! – ela ouviu a voz da filha.
- Hilary eu preciso falar com você – a mulher falou sentando-se na ponta da cama onde a menina estava – sei que você deve estar se perguntando a respeito do que aconteceu agora pouco.
- Na verdade eu estou mesmo – Hilary falou – mas não me importo se não ouvir explicações, coisas estranhas acontecem comigo o tempo todo.
- Eu sei disso, meu anjo – ela falou – mas para isso também tem uma explicação.
Entregou a carta de Hogwarts para a menina que leu atentamente a cada linha.
- Quer dizer que eu sou uma bruxa? – perguntou assim que terminou de ler.
- Sim – Hermione respondeu – e também fui para Hogwarts quando tinha a sua idade.
A mulher contou tudo sobre Hogwarts para a filha e as coisas maravilhosas que iria aprender lá. E também disse que se desligou de tudo aquilo depois que se formou e uns meses antes dela nascer.
- Uau! Deve ser maravilhoso lá – a morena sorriu, a filha aceitou tudo numa boa e isso a deixou muito feliz – aqui diz que eu tenho que mandar uma resposta por coruja.
- É o nosso meio de comunicação – Hermione riu – essa é a explicação para você gostar tanto de corujas. Mas pode deixar que eu mando a carta confirmando, isso é, se você aceitar ir.
- Eu posso escolher se quero ir ou não? – a menina perguntou.
- Claro é da sua vida que estamos falando você tem todo o direito de escolher – a mulher disse – já que você aceitando terá que se mudar para Inglaterra e isso seria uma grande mudança.
- Eu vou ter que morar na Inglaterra – ela sorri esse sempre foi seu grande sonho, depois ficou seria novamente – mas terei que ir embora, deixar minha escola e meus amigos.
- Você pode pensar o tempo que quiser – Hermione disse – eu estarei no meu quarto quando você decidir.
- Espera mãe – ela parou quando ouviu a filha – eu não preciso pensar. Eu quero ir.
- Está bem – a mulher disse – vou mandar a coruja para Hogwarts e providenciar as nossas passagens.
- Mãe, só mais uma pergunta – falou antes que ela pudesse sair – o meu pai, ele também é bruxo?
- É sim filha – Hermione respondeu – nós nos conhecemos em Hogwarts – a menina sorriu antes de ver a mãe sair pela porta.
No dia seguinte, Hilary chego bem cedo na escola, já que sua mãe precisava resolver uns assuntos (pois decidiu que também ficaria morando em Londres enquanto a filha estivesse em Hogwarts).
- Oi Hil, falou com a sua mãe? – Bruna perguntou quando avistou a amiga – eu falei com a minha e ela deixou.
- Mas eu não vou poder ir - a menina respondeu com um tom triste na voz (por mais que quisesse ir, Bruna era a sua melhor amiga há anos e seria muito difícil se despedir).
- Por que? – ela também estava ficando triste.
- Vou me mudar para Inglaterra - Hilary disse – minha mãe quer que eu estude na mesma escola que ela estudou quando tinha a minha idade. Vamos embora hoje depois da aula.
- A gente vai ter que se separar? – a menina balançou a cabeça afirmativamente – primeiro a Paula, agora você (Bruna, Hilary e Paula eram as melhores amigas, as três eram inseparáveis, até que a última se mudou com a mãe para Brasília.), só eu vou ficar aqui.
- Nós podemos continuar a nos falar por telefone – ela tentou animar a amiga – mas só durante as férias, pois o colégio é interno e eu vou ficar incomunicável.
As duas amigas se abraçam
- Vou sentir a sua falta – Bruna falou.
- Eu também – a outra falou.
Logo depois elas seguiram para a aula e tentariam aproveitar o último dia juntas.
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