A Carta de Evans-Fim da Introd

Rua dos Alfeneiros, número quatro. Meio dia e meia. A casa estava atribulada, a senhora Evans corria de um lado para o outro, servindo o almoço, atrasado cinco minutos. Ela corria olhando o relógio no pulso.
-Meu Deus!Não acredito!Não podia ter atrasado tanto o almoço! –Suas mãos estavam ocupadas com travessas de batatas e frango assados. –Lílian!Petúnia!Andem, meninas!Estão me atrasando!- Falava histericamente. Uma menina magricela, morena e com um pescoço enorme desceu as escadas bem devagar.
-Olá, Mamãe. –Ela sorria com um sorriso torto e amarelo por natureza.
-Sente-se Petúnia. –Falou a senhora Evans com a voz fria. –Onde está a sua irmã?
-E eu é que deveria saber, mamãe?Deve estar lendo, estudando!Ou então treinando como fazer as pessoas flutuarem pelos calcanhares! –Esganiçou-se a jovem Petúnia. Lílian havia feito exatamente a mesma coisa com Petúnia quando esta lhe havia rasgado um livro de matemática. A menina estava de castigo desde então, pois a família Evans era tradicional e tudo o que fosse fora do normal era punido severamente. A Sra. Evans subiu correndo as escadas e esmurrou a porta do quarto de Lílian.
-Saia daí, menina! –Sua voz saía estridente e incrivelmente cortante. –O Almoço está servido. Uma voz calma e clara como as águas dos rios que corriam na superfície da Inglaterra.
-Já estou indo, mamãe. –A porta foi aberta lentamente, revelando uma linda menina ruiva, com livros embaixo dos braços. Seus olhos eram amendoados e davam a impressão de que a jovem não havia dormido há uma semana.
-Está deplorável. Apronte-se para o almoço...não quero comer com uma zumbi me fitando!Rápido, rápido! –A Sra. Evans batia palmas para apressar a ruiva que se virou para se trocar.
-Sim senhora... –Murmurou com certa aflição.

***

Todos haviam terminado seu jantar quando se ouviu um estranho barulho. O Sr. Evans levantou-se.
-Quem está ai? –Armava-se de uma faca de cortar manteiga, nada perigosa.
A única resposta que teve foi um vôo rasante de uma Coruja das Igrejas que havia passado pela chaminé com estranha facilidade, largando uma carta na frente de Lílian. Era o símbolo de Hogwarts.
-O...o que é isto, querida... –Aí estava uma característica marcante da Sra. Evans. Sempre que algo era fora do comum, ela era gentil e aparentemente amável até que descobrisse o que ocorreria em seqüência.
-Não sei mamãe... –Lílian abriu a carta e, tendo lido-a no mínimo umas quatro vezes, murmurou: -Aqui diz que tenho uma vaga numa Escola de Magia!
-ISTO EXPLICA MUITA COISA! –esganiçava-se Petúnia, com a ossuda mão apontada para a carta, cor de pergaminho.
-Impossível!Magia não existe e todos vocês sabem...não é? –O Sr. Evans parecia inseguro.
-Bem...ela me flutuou pelo tornozelo...e tacou fogo na porta do quarto dela quando vocês tentaram entrar lá...Nada aconteceu com a porta. –Balbuciava Petúnia.
-LOUCURA!Magia não existe e...
CRACK!
Cinco bruxos de ternos azuis iguais aparataram na sala de jantar da família tradicional, fazendo Petúnia e sua mãe desmaiarem.
-Somos Aurores. Estamos aqui a serviço do Ministro da Magia e do Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Alvo...
CRACK!
Mais um som de aparatação foi ouvido e um bruxo de vestes lilases apareceu ao lado dos Aurores, terminando-lhes a frase.
-Percival Wulfrico Brian Dumbledore. –Ele sorria. –Sabia que os Evans dariam trabalho, então resolvi...eu mesmo, mostrar a magia. Os trouxas que se mantinham de bocas abertas, empurraram a ruiva que cairia, não fosse a atenção de um Auror negro, próximo, que a segurou em seus fortes braços. Alvo falou algumas coisas nos ouvidos dos trouxas que arregalavam cada vez mais os olhos.
-Então...ela pode ir? –Ele perguntou por fim.
-Cl...claro! –Balbuciaram em uníssono.
-Perfeito. –Ao dizer isso, todos aparataram com outro "Crack", inclusive a jovem ruiva nos braços do Auror, deixando os trouxas boquiabertos.

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Este capítulo ficou meio grande, mas...fazer o que?
Espero que gostem e comentem

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