O mais novo sonho




Não que os sonhos de Harry podem ser classificados como normais, mais aquela noite em particular, ele teve um sonho muito estranho que envolveu Sirius, o tal amuleto, Gina e o garoto novo da Sonserina que ficara olhando para ele, Stiphen Breath. Sirius estava falando à Harry o quanto ele o achava parecido com o pai, quando Breath pegou no amuleto como se desembainhasse uma espada. Gina que estava na sala mal iluminada que Dobby descobrira junto de Harry levantou-se e lançou um feitiço em Breath que conjurou o escudo e o feitiço rumou direto para Harry.

- Ahhh! – gritou ele acordando suado e com a cicatriz em chamas.

- Harry! Harry, tá tudo bem?- perguntou Rony dando um pulo da cama e abrindo a cortinado assim como o resto do dormitório.

- Tá. – mentiu Harry.

- Que pergunta... – disse Rony socando a própria testa – o que foi? Outro sonho?

- Depois... Ok? – disse Harry não gostando nadinha da idéia de contar seu sonho para todo o dormitório.

- Ok. Vá dormir. Temos aula amanhã. – disse Rony entrando debaixo das cobertas.

Na manhã seguinte, Harry acordou e viu que Hermione o olhava muito preocupada na sala comunal.

- Harry, Rony me contou o que aconteceu ontem à noite.

- Ah foi? – perguntou Harry lançando um olhar de censura a Rony que corou levemente e não olhou para Harry que sentiu uma vontade enorme de dizer: “ o seu namoradinho te contou??”, mas se deteve pelo fato de que Hermione estava sendo muito solidária com ele.

- Harry, pode nos contar... O que aconteceu... exatamente?

- Nada... só que tive outro sonho que estou aceitando piamente a questão de não dar atenção a ele.

- Harry, eu sei que suas experiências com sonhos não são das melhores, mas... você sabe que já salvou vidas.

- E acabei com outras também! – disse Harry cabisbaixo.

- Harry, o que aconteceu com Sirius foi uma fatalidade, não foi culpa de ninguém. E além do mais não tem ninguém te implorando para aprender oclumência este ano. Harry, seus sonhos, na maioria das vezes são bem... interessantes. Se é que pode me entender.

Harry percebeu que Rony e Hermione estavam tomando o cuidado de se olharem nos olhos.

- Ok.- Disse Harry concordando e contando o seu sonho aos amigos.

- Não tem muito sentido. – disse Rony desanimado quando Harry terminou.

- Claro que tem! – disse Hermione – Vocês não estão percebendo? Os fatos estranhos se entrelaçam... A única coisa que eu nãos sei o que estava fazendo no seu sonho era Gina.

Harry corou de leve, ele sabia o que Gina estava fazendo no seu sonho, afinal, tinha dormido pensando em Gina e tentando tirá-la do pensamento.

- Por falar nisso, Harry, você não nos contou sobre a sala... como você descobriu que ela existia? – perguntou Rony.

- Dobby. Ele veio aqui naquele dia e disse que tinha visto pessoas falando dentro daquela sala.

- Falando o quê?

- Segundo ele, eles tramavam alguma coisa contra mim, ou pelo menos eu era o foco da conversa e pela cara de Dobby não era nada legal, eu só o vi daquele jeito no segundo ano quando tentou me alertar sobre a Câmara Secreta.

- E o que Gina queria nos contar ontem? – perguntou Hermione.

- Ela encontrou em uns livros umas informações que contradizem aquelas que você achou.

- Como assim?

- Ela disse que na idade média era chamado de Amuleto de Hórus e que era moda andar com aquela cruz pendurada no pescoço.

- Tem certeza que ela não leu o livro errado?

- Perguntei a mesma coisa, mas ela disse que leu a mesma informação em três ou quatro livros diferentes...

- Ok. – disse Hermione – Preciso pensar!

- Não agora, nada de biblioteca.. temos aula, sabia? – lembrou Rony – Firenze está nos esperando e você tem Aritmancia!

- Isso é mais importante Rony!

- Mas do que as aulas? Nunca pensei que você diria isso... – disse Rony.

- Nos encontramos na Sala do Snape – disse Hermione como se ninguém tivesse falado e saiu correndo para a biblioteca.

- Ela está realmente mudada! – exclamou Rony.

- Falando em mudada, já conversou com ela? – perguntou Harry piscando.

- Não... E eu posso saber o que a minha irmã estava fazendo no seu sonho?

- Sabe? Eu não posso controlá-los – disse Harry amarrando o bico ( “se bem que não foi uma experiência ruim” pensou ele e logo depois socou a testa).

- Que foi?

- Nada. Só uma mosca.

As três semanas seguintes basearam-se em nenhuma descoberta nova sobre a sala , até porque eles ainda não tinham voltado lá, e o afastamento de Rony e Hermione que Harry tinha certeza de que estavam muito envergonhados para sustentar uma conversa normal entre si.

A chegada de outubro trouxe com ela o que parecia ser a última aparição do sol e os jardins do castelo estavam muito convidativos para o teste que Harry, agora capitão do time de quadribol, marcara para aquela tarde e as condições do tempo não poderiam ser melhores para a prática do esporte favorito dos bruxos. A equipe estava completamente desfalcada os únicos jogadores eram ele, apanhador e Rony, goleiro. Várias pessoas se candidataram a fazer parte do time e o campo estava cheio. Harry teve que arranjar uma estratégia para escolher os jogadores. Haviam oito candidatos a artilheiro e cinco candidatos a batedores.

-Harry, você não devia levar o quadribol tão a sério assim. Você deveria estar fazendo os deveres de casa. – disse Hermione começando a velha discussão – O cargo de Auror é um dos mais difíceis!

- A McGonagall ainda não entrgou a mim e à Rony o resultado dos NOMs, ela disse que é um caso a ser averiguado.

- Mione... Harry agora é o capitão... digamos que ele não tem muita escolha.

- Depois não vá dizer que não avisei! – disse Hermione se dirigindo às arquibancadas.

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