Fita invisível.



Capítulo 32.

Fita invisível.



Logo depois, Snape e McClagan chegaram acompanhados por Arthur que correu para o quarto, Draco anúnciou a morte de Molly, fazendo eles caírem no choro, antes disso, Draco tirou a fita do bolso, mas eles não deram atenção alguma, correram para o quarto e foram ver se Draco realmente dissera a verdade, enquanto isso lágrimas desciam pelo rosto de Draco.

- Você, moleque, vai pagar caro- disse McClagan com muita raiva, Snape o segurava para não acabar sofrendo algumas consequências depois.

- Eu tenho prova de que eu salvei ela- disse Draco mostrando a fita- Vamos ouvir?

- Ouvir? Você deve ter ameaçado ela- resmungou McClagan- Você ainda vai se ver comigo, solte-me, Severus.

Snape soltou ele, então ele se virou e sumiu pelo corredor, com toda certeza iria escrever uma carta para os filhos dizendo o ocorrido.

Algumas horas depois, os Weasley se encontravam no Saguão do Hospital, eles não sabiam de nada, apenas que a mãe deles corriam risco de vida, Draco estava na Sala de Espera, Gina ao ver ele tomou um grande susto e colocou a mão no peito.

- Draco?

- Gina ... - ele se levantou mas logo atrás apareceram, Fred, Jorge, Harry e Rony, então ele fingiu como se nada tivesse acontecido e acabou recuando um passo para trás.

- Isso tem seu dedo, não tem? Minha mãe está assim, por sua culpa- pelo visto eles não sabiam que Molly estava morta.

Rony segurou Fred ao mesmo tempo que Gina tentava segurar um dos braços de Jorge, mas não adiantou, ele acertou um soco em Draco, fazendo o garoto cambalear e cair de costas no carrinho onde tinha café e água, fazendo um estardalhaço, chamando a atenção de todos ali, muitas pessoas foram se reunindo e seguraram Fred e Jorge.

Draco estava com a cara roxa e sangrando, Gina não sabia o que fazer, apenas chorava com as mãos na boca, então saiu correndo dali, Draco foi atrás.

- Gina, espera.

- Ei moço, pára de gritar- alertou uma enfermaria, mas Draco não deu ouvidos, correu atrás de Gina que estava indo para o Estacionamento, abriu a porta e parou em um carro, chorando muito.

- Gina- disse Draco chegando por trás dela- Gina, fique calma, você precisa se acalmar- Draco não podia dizer "vai dar tudo certo" porque já dera tudo errado, não podia alimentar Gina de falsas esperanças.

- Draco, Draco, desculpa- disse Gina apalpando o rosto do namorado- Eles perderam o controle, mas me diga, você jura que não tem culpa?

Os olhos de Draco encheram d´água, Gina estava desconfiando dele, o que fez o garoto ficar aborrecido.

- Você está pensando isso de mim?

- Desculpa, ok? Mas ...

- Eu entendo, os seus irmãos fizeram a sua cabeça?

Ela concordou com a cabeça.

- Eu sabia- murmurou ele dando um soco no ar- E você está do lado dele, né?

- Não- murmurou ela alisando o rosto dele- Eu amo você, juro que amo você, mais do que minha própria vida.

Draco se virou e encarou seus olhos azuis, estavam cansados, exaustos.

- Te amo, Gi.

- Eu também te amo- e deu um selinho no namorado.

- Promete que nada vai separar a gente?

- Prometer?

- É, vamos, diga, eu prometo- pediu Draco.

- Eu ...- mas foram interrompidos, ou seja, Gina não chegara a falar a frase completa.

- Gina- disse Rony com os lábios tremendo, logo atrás, Harry sem óculos, limpando a cara cheia de lágrimas com as vestes pretas.

- Mamãe morreu- berrou Rony vermelho, chorando, e abraçou Gina com tanta força que os dois quase desabaram no chão, Draco apenas encarou os irmãos se abraçando e Harry limpando as lágrimas.

- Você vai pagar por isso- disse Rony avançando em Draco como se ele tivesse culpa.

Draco e Rony rolaram pelo chão cheio de poças d´água, os dois lutavam com socos, pontapés, lutavam como se fosse dois leões selvagens, enquanto isso Gina gritava e tentava separar os dois, Harry ajudou, segurava Rony enquanto Draco tirava sangue da cara.

- Me solta, Harry, deixa eu acabar com esse marginal, vamos, me solta.

- Não- dizia Harry no seu ouvido- Não vale a pena.

Draco tirou uma fita do bolso e entregou a Gina.

- Ouça, as últimas palavras da sua mãe- Rony ia avançar em Gina, quebrar a fita, mas Harry segurou.

- Ok, vamos lá ouvir, vem só você, Draco- disse Gina chorando aos berros.

Draco e Gina ouviram a fita, enquanto isso a garota chorava mais ainda, então abandonou o rádio e correu para ver se sua mãe tinha morrido mesmo, Draco saiu correndo atrás dela, deixando a fita dentro do rádio.

- Calma- disse Draco- Calma.

Mas não adiantava, Gina berrava nos corredores e só conseguiu ficar calma quando aplicaram nela uma Poção Tranquila.

Draco voltou na Sala onde havia o rádio das enfermeiras, mas o aparelho não estava lá.

- Ei- berrou Draco para a balconista- Cadê o rádio que estava aqui?

Ela agachou e pegou o rádio.

- Eu guardei.

Draco se sentiu aliviado e abriu o rádio para pegar a fita, ela havia sumido.

- Cadê a fita?

- Que fita?

Seu coração ficou batendo mais rápido, Draco empalideceu, tudo foi ficando escuro, ele teve a ligeira sensação de que ia ... desmaiar.

Abriu os olhos novamente, sentiu um pano molhado estava grudado na sua testa, olhou para o lado e ergueu a cabeça, havia várias pessoas em volta de Draco, se sentou e então uma mulher veio correndo na sua direção, uma enfermaria

- Senhor, já está melhor?

- O que aconteceu?- perguntou assustado- Onde estão meus amigos?

A enfermaria olhou para o lado e disse.

- Me parece que você desmaiou.

Então ele se lembrou do rádio, da fita.

- Cadê o Rádio? E a Fita?

- Não tem nenhum rádio, nenhuma fita, o Senhorr deve estar delirando, acontece ...

- Eu não desmaiei- reclamou Draco cerrando os dentes- Cadê os Weasleys?

- Ah, você conhece eles? Foram para o velório daquela mulher, fiquei super triste, uma mulher tão jovem, morrer tão cedo, deixar os filhos no mundo, sem criá-los, foi uma pena- murmurou a enfermaria com lágrimas nos olhos- Sete filhos? Não, é isso?

Draco se levantou, e saiu correndo nos corredores a procura da mulher que ficava no balcão, correu até ela e perguntou sobre o rádio.

- O senhor já viu o rádio, procurou uma fita e não achou, até desmaiou no chão.

- Moça, você não está me entendendo, aquela fita é importante- disse ele aflito- Por favor, eu preciso achá-la.

- Calma, garoto, nós guardamos as fitas aqui nesta gaveta- disse ela abrindo a gaveta, então uma árvore de esperança surgiu no peito do garoto, mas não era nenhuma daquelas fitas, logo então sentiu um caminhão depositar toda sua carga de estrume, em cima do garoto.

Uma coruja entrou voando pelo Hospital, logo Draco avistou McClagan seguindo a coruja.

- O senhor ainda está aqui?

- Só estou esperando você se recuperar, ou esqueceu que ainda nos deve a sua vida?

Draco olho com nojo para McClagan então a coruja entregou a carta para Draco.



Sr Malfoy,



Você não sabe quem eu sou, mas não vou revelar quem sou, apenas sei que você está doido a procura de uma fita, mas a fita já está em minhas mãos, se quiser pegá-la, volte para Hogsmeade, sábado, e nos encontremos no Cabeça de Javali, no próximo final de semana.



Segredo.




Draco absolutamente não fazia idéia de quem escrevera a carta, apenas mostrou para McClagan.

- Que fita é essa?

- Molly disse toda a verdade antes de morrer, inclusive que sou inocente.

- Contra outra, Malfoy, você, inocente?- debochou McClagan rindo falsamente- Agora, vamos- pegou com força no braço garoto.

Draco encarou McClagan e murmurou.

- Me solte, eu preciso provar que sou inocente.

McClagan arrastou Draco para o carro e jogou ele no banco de trás.

- Entregaremos você para Minerva, ela saberá o que fazer- respondeu McClagan dando ré no carro e voando em direção a Hogwarts.

Definitivamente era o fim de sua vida, morreria sem provar sua inocência.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Os Weasleys e Harry passaram o dia no velório em Hogsmeade, Harry durante a noite voltou em Hogwarts para tentar dormir, e aproveitou para dizer à Hermione sobre as tristes ocorrências em Hogwarts, seria um choque e tanto para a garota.

- Harry- disse Jack entrando e puxando uma cadeira- Madame Hooch veio conversar com a gente, iremos para Durmstrang.

O coração de Harry parou, Durmstrang? Onde Hermione estava estudando?

- Durmstrang?- perguntou o garoto quase caindo da cadeira.

- Exatamente, Jogar Quadribol, contra o pessoal de lá.

- Quando exatamente iremos?

- 15 de Novembro- respondeu Jack.

O estômago de Harry despencou, faltavam ainda uns 45 dias.

- Ah, ok, estou indo ao Corujal- disse Harry se levantando com o envelope na mão.

Harry ia saindo mas então Jack impediu.

- Os boatos são verdadeiros?- perguntou curiosamente.

- Que boatos?- perguntou Harry astuto, boatos sempre corriam em Hogwarts.

- O tal Malfoy matou a mãe de Gina?

- Sim- respondeu Harry abaixando a cabeça- Infelizmente é verdade, Draco Malfoy matou-a, mas a justiça será feita- disse Harry se virando e saindo.

Harry foi até o Corujal, grudou o envelope da carta na parede, pegou uma pena, molhou no tinteiro e escreveu.



Obs: Vamos nos encontrar dia 15 de Novembro .



E mandou a carta por uma coruja qualquer, ao descer as escadas, encontrou dois olhos azuis perdidos na escuridão.

- Luna?

- Amor- disse Luna dando um selinho no namorado- Que bom que nos encontramos, eu precisava falar com você.

- O que foi?

- Madame Pomfrey me deu uma poção, para descobrir se estou grávida.

- Onde está a poção? Já tomou?- perguntou Harry surpreso.

Luna tirou um frasco verde do bolso, eram pequenas gotas.

- Trouxe para tomar do seu lado.

- E então ...?

- Se minhas orelhas ficarem verdes, significa que eu estou grávida, se ficarem roxas, significa que tudo foi apenas uma transa qualquer.

Harry sentiu um gelo percorrer pelo corpo e embrulhar o estômago.

- O que está esperando? Tome- disse Harry empurrando o frasco para a namorada.

- Acalme-se- disse Luna abrindo o potinho, cheirou o pote e derramou na boca, imediatamente suas orelhas ficaram ...





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