A Prisão de Draco Malfoy
Duas semanas passara-se num piscar de olhos, a calmaria pairava sobre a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, principalmente pelo fato de Rose Weasley e Scorpius Malfoy estarem se dando relativamente bem. Era raro ver a ruiva e o loiro berrando um com o outro no salão principal ou em um dos corredores, apenas o que se via era algumas pequenas discussões em que o loiro fazia questão de irritar um pouco sua parceira de monitoria.
Por outro lado, Rose tentava de tudo para evitar o novato John Morbius, que vivia insistindo em ter uma conversa com a garota o que por sinal deixava Scorpius, Jason, Alvo e Hugo umas feras! Para a diversão de Lily.
- O que ele queria? – Perguntava Scorpius pela milésima vez enquanto ambos caminhavam em direção a aula de poções.
- Nada, só conversar! – A menina revirava os olhos.
- Conversar? Sei... Esse cara ‘tá querendo algo mais Weasley! – O loiro parara de andar a puxando pelo braço a fazendo encarar seus olhos.
- Você não tem nada haver com minha vida Malfoy, então eu converso com quem eu QUERO conversar, se eu quisesse conversar com Morbius eu conversaria e não seria essa sua mão imensa no meu braço a me impedir!
- Ui! Cara vocês estão parecendo casados! – Jason falara alegre atrás de ambos os fazendo corar levemente e o encarar com expressões desgostosas.
- Jason cala essa boca! – Scorpius falara nervoso. – Faça como quiser Weasley! Aproveite e chame seu “amiguinho John” para um passeio em Hogsmead, quem sabe assim você possam conversar sem um Malfoy interromper!
O loiro fuzilara a ruiva com o olhar dando-lhe as costas e seguindo pelo corredor, Rose arregalara os olhos não acreditando no que havia escutado, Jason limitou-se em dar os ombros e seguir atrás do amigo, deixando a ruiva sozinha para trás.
- Você anda bem intima dos Sonserinos ultimamente... – Uma voz comentara atrás da garota.
- Todo mau é sonserino Alvo, mas nem todo sonserino é mau. – Rose falara sabiamente sorrindo de leve para o primo.
- Você nunca se deu bem com o Malfoy... – Alvo aproximava-se. – O que mudou?
- As situações mudaram assim como a convivência... Sabe quando você julga saber tudo de uma pessoa e descobre não saber absolutamente nada?
- E o que você não sabe dele?
- Scorpius ás vezes age sem pensar... São poucas ás vezes, mas ele age. Ele possui um imenso afeto pela família e quando julgam seu pai, ele transforma-se em uma pessoa diferente cheia de raiva e remorso, ele ama chocolate e come duas caixas por dia, adora implicar com ás pessoas, mas é apenas por diversão mesmo... Ás vezes ele fala verdades brincando e por mais que diga que não se preocupa com ninguém, ele se preocupa e muito... Scorpius só tem um verdadeiro amigo em quem ele confia... Alvo ele não é má pessoa!
- Você descobriu essa redação toda em duas semanas de convívio?
- Tem mais coisas como, por exemplo, ele adora ver o por do Sol... – Ela sorria levemente vendo o primo lhe retribuir o sorriso.
- Ele pode ser assim Rose, mas... Venhamos e convenhamos que ele realmente é uma praga irritante! – O moreno gargalhava na companhia da prima. – Vamos logo antes que a Parkinsin chegue na sala e nos coloque em detenção até o final do ano!
Hospital St.Mungus: Setor do Departamento de Curandeiros.
Um homem muito loiro de cabelo sedosos recuados pela idade e olhos cinzas, trajado inteiramente de branco estava de pé em um corredor extenso enquanto caminhava e segurava uma maleta negra, parou instantaneamente de andar quando fitara um homem de cabelos negros revoltosos, usando óculos de aros negros cobrindo os olhos esverdeados.
- Potter. – Draco Malfoy falara seco.
- Malfoy. – Harry Potter falara no mesmo tom. – Temos que conversar.
O loiro consentira com a cabeça em seguida mandando o moreno seguir-lhe, ambos caminharam por um bom tempo pelo corredor até adentrarem uma sala na qual na porta possuía no nome “Chefe do Departamento de Curandeiros: Draco Malfoy”. A sala era inteiramente branca e preta, com várias estantes de livros e uma mesa repleta de pergaminhos com um único porta retrato que possuía a foto de Draco junto de uma mulher de longos cabelos negros e olhos verdes escuros e um garotinho loiro, todos com leves sorrisos na face, Draco dera a volta sentando-se a mesa e indicando um lugar frente a ele para Harry que sentou-se sem cerimônia.
- Soube que anda fazendo muito pelo mundo mágico... – Harry comentara.
- Faço o que posso para me redimir... O que veio fazer aqui Potter? Sei que não veio para elogiar meu serviço, seria patético demais até mesmo para você.
- Kingsley está desaparecido, você já deve saber que...
- Que Mildeton assumiu? É, eu andei informado... Colocaram um ex-comensal como Ministro tsc, tsc, tsc... – Draco balançava a cabeça negativamente. – Pensei que as coisas ficariam mais sérias no Ministério após o Santo Potter assumir por lá.
- Ninguém teve provas de que Mildeton era um comensal Malfoy... – Harry falava ignorando a provocação do loiro. – Você me disse que ele era na época dos julgamentos, tentei interpor no julgamento dele e você sabe que nem mesmo Kingsley conseguiu se meter... A verdade é que se Mildeton era realmente um dos seguidores de Voldemort...
- A cabeça de ex-comensais como eu estaria em risco... – Draco concluíra o pensamento do moreno. – Principalmente comensais que se redimem com a comunidade bruxa.
- Creio que em breve haverá um mandato de prisão para você. – Harry encarava os olhos cinzentos do homem a sua frente.
Draco levantou-se da cadeira e caminhou até a janela fitando o belo pôr do Sol, Harry suspirou esperando que o ex-sonserino lhe falasse algo, então para sua surpresa Draco virou-se para ele com seu típico sorriso debochado.
- Quando virão?
- Não sei Malfoy, creio que seja breve. Talvez seja melhor que você e sua esposa deixem o país, o jovem Scorpius estará a salvo em Hogwarts...
- Ele estará a salvo como nós estivemos? Ah Potter você realmente não conhece o lado negro.
- O que quer dizer com isso Malfoy?
- Sarah me disse sobre o que anda acontecendo no Ministério! Aurores desaparecidos, Inomináveis que não retornam de suas missões, o verdadeiro Ministro desaparece e sua esposa é assassinada...
- Sua esposa não deveria sair contando o que acontece lá dentro... – Harry coçava a cabeça.
- Ela está preocupada Potter... Afinal ela é das relações exteriores... – O loiro passava as mãos pelos cabelos. – Além do mais, se esse caos todo está acontecendo no Ministério é mais do que óbvio que alguém deseja ser o próximo Voldemort, o que me faz crer que Hogwarts não é um lugar seguro.
- Malfoy... – Harry suspirava fundo. – Lhe dou minha palavra de que seu filho está a salvo em Hogwarts, meus filhos ainda estudam lá! Eu não permitira que eles ficassem em um lugar no qual não estariam seguros...
- Prometa-me uma coisa Potter... – Draco pairava os olhos cinzentos nos verdes do homem. – Se eu for mandado a Azkaban, você protegerá minha mulher e meu filho custe o que custar.
- Malfoy é melhor você deixar o país...
- Não vou sujar a honra do nome de minha família mais uma vez Potter, meus antepassados já fizeram isso por demais.
Os dois rivais dos tempos de Hogwarts se encararam por um tempo até Draco tornar-se a se sentar, Harry conjurou dois copos e uma garrafa de Whisky de fogo, seguido de um sorriso debochado de Draco ambos serviram-se e brindaram logo tomando aquele liquido ardente.
Hogwarts - 1 mês depois.
A forte tempestade que caía naquela manhã fizera com que nenhum aluno saísse do castelo de Hogwarts. O temporal estava tão intenso que parecia que o mundo estava preste a desabar sobre a cabeça de todos. Os alunos da Grifinória estavam em sua aula de herbologia com a Lufa-Lufa nas estufas, o que era de maior desagrado para Rose Weasley já que as estufas localizavam-se ao lado de fora do castelo.
- Rose para com isso! – Alvo revirava os olhos quando a prima lhe agarrava cada vez mais o braço quando um trovão ecoava.
- Mande a tempestade parar que eu paro! – A ruiva falava chorosa apertando mais o braço do primo após outra trovoada.
- Se você continuar apertando meu braço assim eu ficarei sem ele para apanhar o pomo no próximo jogo contra a Cornival. – O moreno murmurara.
- Al é sério... – Os olhos da garota enchiam-se de lágrimas. – Detesto tempestade.
- Como se eu não soubesse! – Ria-se o garoto. – Desde que te conheço você fica assim, até mesmo quando apenas chuvisca!
- Err... Com licença! – Uma voz ecoara atrás dos primos que se viraram.
A figura de uma garota da Lufa-Lufa alta de longos cabelos negros anelados nas pontas e olhos castanhos fizera o garoto corar furiosamente, a menina sorria gentilmente para o garoto que graças ao descuido acabava por derrubar uma planta fazendo com que a prima revirasse os olhos.
- Depois ele fala que eu sou o desastre em pessoa! – Rose sorria marota.
- Tudo bem, pelo menos dessa vez nada caiu em cima de mim! – A Lufa-Lufa falava divertida. – Sou Made Rubin!
- Rose Weasley. Quer dizer que a aberração aqui derrubou algo em cima de você? É Al cada dia você fica pior...
- Cala a boca priminha... – Alvo murmurava ao pé do ouvido da prima.
- Alvo você pode me emprestar um pouco do adubo? O Prof. Longbotton mandou pegar com vocês...
- Claro! – Os olhos verdes do garoto brilharam intensamente procurando o pote de adubo.
- E então Made, nunca te vi por aqui... –Rose comentava casualmente escutando outro trovão e pulando em cima de Alvo arrancando gargalhadas de Made.
- Rose. – Alvo falava sério quando sentira a prima segurando em seu pescoço.
- Sim? – Gaguejara a ruiva.
- Dá para sair de cima de mim?
- Só se prometer que vai me tirar dessa aula e fazer a chuva parar!
- Eu não posso ir contra a natureza só porque você tem medo de tempestade!
- Sabe vocês dois conversando é engraçado! – Made encarava ambos com um belo sorriso.
- Não é engraçado, é triste! – Rose emburrava apanhando o adubo e jogando para a garota, em seguida apanhando a mochila que estava no canto e jogando sobre os ombros.
- Aonde vai? – Indagava Alvo.
- Para um lugar onde eu não escute esses trovões!
- Vai matar aula? – Made erguia uma sobrancelha.
- Tia Hermione não vai gostar... – Cantarolava Alvo.
- Tia Gina também não vai gostar de saber quem quebrou a estatueta de bronze ano passado... – Rose cantarolava em seguida fazendo Alvo franzir o cenho.
- Você disse que jamais tocaria nesse assunto!
- Quando se é chantagiada é bom ter cartas nas mangas, amado primo! – Rose fazia uma leve reverência. – Cuide dele para mim Made, esse cabeça de vento é capaz de destruir toda a Estufa!
Sem tempo para que a Lufa-Lufa respondesse a ruiva já saíra pela porta, Alvo corara furiosamente encarando a morena que lhe sorria gentil, ambos encararam a planta jogada no chão abaixando-se instantaneamente para apanha-la. Do lado de fora da estufa uma ruiva saia sorridente, seu primo era tão indiscreto que chegava ser patético. A chuva estava intensa e se ela quisesse chegar logo no salão principal teria de correr muito. Escutou um trovão forte e viu um raio cair longe dali, arregalou os olhos azuis e engoliu em seco.
- Bu! – Uma voz exclamara atrás da menina a fazendo pular de susto.
- FICOU LOUCO?! – Berrou ao ver a cabeleira loura escura de Jason.
- Cara quando Scorpius me contou seu pavor de tempestade eu não acreditei, mas enfim vindo de você pode se esperar tudo!
- Rá! Rá! Rá! Você é tão hilário!
- Faço o que posso! – O rapaz fazia uma leve reverência.
- O que faz aqui? Você deveria estar em outra aula não deveria?
- Deveria, mas não estou... - Ele encarava a tempestade. – Vim ver se aquele Morbius não está atrás de você, Scorpius mandou ficar de olho na ruiva dele...
- Ruiva dele? – A menina corara furiosamente.
- Na verdade ele não disse bem a “ruiva dele”, ele disse: “Faça algo útil e veja se aquele babaca está atrás da Weasley!” – Jason falara numa imitação perfeita da voz de Scorpius arrancando gargalhadas de Rose. – Sério, Scorpius está preocupado que o cara tente te matar ou algo do tipo!
- Ele não ousaria... – Rose sorria arteira. – Não contra a filha da bruxa mais esperta do mundo mágico!
- E sobrinha do fabuloso HAAAARRRYYYYYY POOOTTTTTTTEEEER!!!
- É isso aí! – Ela sorria abertamente vendo a chuva começar a cessar. – Scorpius anda preocupando-se demais... Quero dizer... Morbius nunca tentou nada contra mim e é bem esperto em poções...
- Está dizendo que o cara é gentil com você?
- Mais ou menos isso... Sei lá, ele sempre tenta puxar assunto...
- Fala sério, não conta isso pro nosso amigo Scorpius o Rei do Estresse, se não é capaz dele cuspir fogo e se autodenominar Rabo Córneo Húngaro! – Jason falara em um tom desesperado arrancando gargalhadas da ruiva ao seu lado.
A chuva parara de cair naquele exato momento, Rose sorrira satisfeita com aquilo, sentindo um imenso alivio em seu peito.
- Vocês vão assistir ao jogo contra a Cornival amanhã não vão? – Ela perguntara a Jason quando começaram a seguir em direção ao castelo.
- E perder você levando alguns balaços na cabeça? Claro que não! Scorpius e eu estaremos na primeira fila!
- Rá! Rá! Rá! Você hoje está com um senso de humo inigualável Jason... – Ela revirava os olhos.
- Como disse anteriormente: Faço o que posso! – Ele fazia uma reverência engraçada quando ambos chegaram dentro do castelo.
Scorpius descia as escadas acompanhado de uma garota morena de olhos castanhos amarelados, Rose de instantâneo fechara a cara fazendo Jason prender uma boa gargalhada, o loiro despedira-se da menina com um beijo na face e logo chegara perto da grifinória e do amigo, ao mesmo tempo em que um garoto de cabelos castanhos e olhos negros aproximara-se risonho de ambos.
- Preparada para jogar contra nós Rose? – O garoto perguntara tocando o queixo da ruiva.
Se Jason teve vontade de gargalhar quando vira a cara de Rose quando vira seu amigo com outra garota, ele teve vontade de explodir em risadas quando vira a cara de Scorpius com a intimidade de Richard Wood com a menina.
- Claro, mas acho que vocês são quem deveriam estar preparados! – A menina sorria abertamente.
- Ora... Não precisa humilhar apenas pelo fato de ser a melhor e mais bela goleira de Hogwarts!
- Você não tem que ir cantar ás garotas da sua casa Wood? – Scorpius se metia fazendo Jason não suportara e gargalhara alto.
- Não lembro de estar conversando com você Malfoy... – Richard o encarava de cima a baixo. – Estou conversando com a minha ex-namorada e...
- Exatamente Wood! EX-NAMORADA! Ex de passado entende? – Scorpius falava alto atraindo a atenção de todos.
- Ignore Rick é o melhor que você faz... – Rose murmurara. – Ele fica pior quando é respondido.
- Como quiser Rosie... – Richard a beijava na testa. – Até amanhã no jogo...
A face da garota estava vermelha quase da cor de seus cabelos ruivos, Scorpius tinha uma expressão mortífera na face o que neste momento fazia Jason sentar no chão de tanto rir.
- VOCÊ PIROUUU??? - Berrara a ruiva.
- AQUELE CARA ESTAVA DANDO EM CIMA DE VOCÊ!
- ELE É MEU EX-NAMORADO MALFOY!
- AH E VOCÊ DÁ ESSA LIBERDADE PARA OS EX?
- ISSO NÃO TE INTERESSA!
- É, NÃO INTERESSA MESMO!
- ENTÃO SE NÃO TE INTERESSA PARE DE SE METER EM MINHA VIDA!
- O que está pegando? – Lily perguntara ao ver Jason morrendo de rir no chão.
- Ciúmes... – Jason respondera limpando algumas lágrimas nos olhos.
- ... VOCÊ É RIDICULO!
- NÃO SOU EU QUEM DÁ LIBERDADE A CARAS COMO ELE!
- CARAS COMO ELE? O QUE VOCÊ SABE DE CARAS COMO ELE?
- Estão berrando há muito tempo?
- Que nada, começou há pouco tempo, mas vai durar uma eternidade! – Jason sorria arteiro.
- Fala sério... – A garota girava os olhos castanhos. – Vou indo nessa então... Até!
- Até!
- ARGH!!!!! VOCÊ AINDA VAI ME DEIXAR LOUCA!
- SÉRIO? PENSEI QUE FOSSE O CONTRÁRIO!
- HEY HEY HEY OW OW OW!!! Calminha aí os dois! – Jason finalmente se metia na conversa.
- Humpf... – Scorpius cruzava os braços mal humorado. – Mande a Weasley continuar com os “amiguinhos estrelas” dela que eu não me importo mais!
- Você ‘tá parecendo meu irmão! – A menina revoltava-se.
- Na verdade, os dois parecem um casal com crise de ciúmes! – Concluíra Jason recebendo olhares mortíferos dos dois. – Foi só um comentário! Olhem o lado bom agora, vocês pararam de brigar para me fuzilarem com esses olhos estranhos!
- Sem comentários. – Scorpius e Rose falaram juntos logo se encarando levemente.
- Rose! – Uma voz severa ecoara atrás dos três. – Eu não acredito que você anda mesmo com esses caras!
- Não começa Hugo! – A garota espreitava os olhos.
- É Cenoura, não começa! – Jason falava monotamente.
- CENOURA!!!! ORA SEU!!! – Hugo estava preste a avançar em Jason quando fora impedido pela varinha da irmã.
- Hugo, pelo amor de Merlim... – Ela girara os olhos.
- Humpf! – O ruivo cruzava os braços. – James está aqui, quer conversar conosco.
- James? – A ruiva alargava o sorriso. – Onde?
- No pátio... Vamos logo! – O garoto dava as costas à irmã saindo dali pisando duro.
Rose nem se despedira de Jason e Scorpius, a ruiva saíra correndo em direção ao pátio ultrapassando o irmão casula. Scorpius franzira o cenho, jamais se dera bem com James Potter, talvez ele fosse o Potter que ele mais odiasse.
- Não se preocupe Scopiuzinho, eles são primos! – Jason falava num tom de voz infantil recebendo um tapa na cabeça dado pelo loiro. – Autch! Essa doeu...
- Vai doer mais se não calar a boca.
O pátio estava lotado de garotas, a maioria do quinto ao sétimo ano, todas pareciam disputar quem se exibia mais para atrair a atenção de James Sirius Potter que no exato momento parecia mais entretido em uma conversa com o professor de transfiguração Teddy Lupin.
- Aí quando eu fui tentar voltara o normal, meu nariz começou a sangrar... – Teddy falava normalmente.
- JAMES!!! – Um berro ecoara pelo pátio fazendo todos virarem-se.
James apenas teve tempo de abrir os braços para que a prima saltasse e lhe abraçasse fortemente, o sorriso que havia nos lábios de James Potter não podia ser mais encantador fazendo com que todas as garotas desejassem estar no lugar de Rose Weasley naquele momento.
- Rosemarie! – O garoto falava sorridente.
- Argh! Não comece com suas invenções esquisitas de nomes! – Ela emburrava. – O que faz aqui?
- Meu pai mandou eu pegar uma coisa com McGonagall... Mas e então? Como vai a monitora chefe de Hogwarts?
- Amiga de Scorpius Malfoy. – Hugo falara as costas da irmã.
- COMO É QUE É? – James berrara furioso, passando as mãos pelos cabelos ruivos revoltosos.
- Só me faltava essa... – A menina murmurara.
- Rose você ficou louca? É UM MALFOY! – Berrara James.
- Sendo um Malfoy ou não ele é uma boa pessoa! – A menina cruzava os braços nervosa.
- Ainda sim, continua sendo um Malfoy! – Apoiava Hugo.
- Será que vocês podiam parara de atazanar minha prima?! – Lily aparecia beijando rapidamente a bochecha do irmão mais velho.
- Não! – James retrucava. – Não quando MINHA PRIMA está amiga de um MALFOY!
- Não sabia que andava tão dramático Jay! – Alvo surgia alegremente.
- COMO VOCÊ PODE PERMITIR ISSO ALVO? – James berrava ainda mais, fazendo Teddy que até o momento observava a discussão tampar os ouvidos.
- Eu não posso mandar nela! Se ela quer ser amiga até de uma Acromântula, quem sou eu para impedir?
- VOCÊ É O PRIMO DELA! ASSIM COMO EU!
- Será que vocês podem parar de falar como se eu não estivesse AQUI? – Bradara Rose.
- Espero que saiba o que está fazendo Rose... – James falara magoado. – Realmente eu espero.
- Somos amigos James, nada de mais! E eu já disse isso para o Hugo! – Ela fuzilava o irmão com o olhar.
- Olha eu tenho um encontro agora com a Jessie, você faz o que quiser mana, mas eu não me responsabilizo pelos atos do papai quando souber de seu novo amigo. – Hugo falava nervoso dando um leve abraço em James e saindo dali.
- E eu vou para minha aula de História da Magia! – Lily declarara risonha.
- Pensei que ia se encontrar com Trevor... – Alvo comentara recebendo um cutucão da irmã.
- Quem é Trevor? – James interessava-se.
- Irmão da Lucy Whitney... – Alvo comentara fazendo Lily bater na própria testa.
- Ahh!!! Lucy... Bons tempos aqueles... – James falava sonhador.
- Argh! Se continuar viajando na irmã de Trevor contarei a Suri Lee! – Lily falava revoltada.
- Maninha acho melhor você ir para a aula! – James sorria amarelo.
- Concordo! Até logo! – Ela beijava a bochecha do irmão mais velho afastando-se.
- Vou indo também... – Teddy falara risonho. – Vamos Al, você tem aula na minha turma agora...
- Bem, vou indo! – Alvo sorria seguindo Teddy para longe.
James olhara severo para a prima que se sentara em um banco de pedra fitando intensamente o chafariz a sua frente, James bufou sentando-se ao lado da prima e a abraçando sobre os ombros.
- Você é importante para mim Rose, eu não confio no Malfoy.
- Eu sei Jay...- Ela apoiava a cabeça sobre o ombro do primo. – Mas eu confio nele e gostaria que respeitasse isso.
- Eu não conseguiria te convencer do contrário não é? – Ele bufava.
- Não... Me desculpe.
- Vou indo então, tenho que pegar o que vim pegar... Bom jogo amanhã. – Ele afastava-se bruscamente.
- Obrigada e... Mande um abraço para Suri. – Ela sorria levemente.
A ruiva fitara o primo desaparecer, sabia que James havia ficado furioso ao saber de sua aproximação com Scorpius e certamente seu pai a internaria no St.Mungus, mas ela não podia dar as costas ao loiro que ultimamente estava sendo um ótimo amigo para si.
Aquela manhã de sábado estava bela a não ser pelo calor quase insuportável, parecia que Hogwarts em peso resolvera assistir o primeiro jogo de Quadribol do ano, Grifinória X Cornival. Jason e Scorpius estavam como disseram na primeira fileira, enquanto no campo apenas a juíza encontrava-se no momento. Dentro dos vestiários podia-se sentir a tensão emanada dos jogadores.
- Rose não é porque o Wood é seu ex que você vai facilitar para o time dele ok? – Um garoto de cabelos grandes negros e olhos da mesma cor provocava a menina.
- Claro Don! E por favor, não fique com peninha da Jude quando for rebater os balaços ok? – Rose retrucava a provocação arrancando gargalhadas de todos.
- Viu no que dá ser a única mulher do time maninha? Se eu fosse você desistia... – Hugo alfinetava.
- Pode ir desistindo Hugo! – Ela mostrava a língua. – Não darei meu cargo de Goleira para você!
- Ok, já que todos já se provocaram, podemos enfim nos preparar para a partida? – Alvo falava severo fazendo todos jogadores sorrirem abertamente.
- Sim Sr. Capitão! – Rose fazia pose de exército arrancando mais gargalhadas.
Um apito soara indicando que os jogadores podiam entrar em campo, os reservas olharam entre si e após um: “boa sorte” desejado por Hugo todos jogadores principais montaram em suas vassouras.
“ ALÔ, ALÔ TORCIDA EMPOLGADA DE HOGWARTS! EU SOU STEVE JORDAN O SEU NARRADOR PREFERIDO! E AQUI ESTAMOS PARA O PRIMEIRO JOGO DO ANO, GRIIIFFFIINNÓÓRRRIIAA VERSUS COOORRRNIIIIVAL!!! COM VOCÊS O TIME FABULOUSO DA CORNIVAL!!!”
Um som de canhão fora escutado e os sete jogadores da Cornival invadiram o campo em suas vassouras todos sobre o comando de Richard Wood.
“ DAVE JOHNSON COMO GOLEIRO, OS ARTILHEIROS JUDE SANDERS, DANIS MATTHEW E WILLIAM MORGAM! OS BATEDORES PAUL THOMAS E PETER RUGEN, TODOS ELES SEGUINDO O APANHADOR, CAPITÃO RICHARD WOOD!!!”
Uma explosão de palmas e gritos empolgados invadiram campo, a maioria dos gritos direcionados ao belo Capitão da cornival, o que fazia Scorpius e Jason revirar categoricamente os olhos na arquibancada. Não demorou muito até o time da Cornival pousar suas vassouras em seu lado do campo.
“E AGORA COM VOCÊS OS LEÕES DA GRIFINÓRIA!!!!”
Mais uma explosão de canhão fora escutada, a visão dos jogadores da Grifinória fora motivo para gritos e aplausos fortes, Rose e Alvo seguiam na frente do time como se comandassem todos, ambos fazendo belas piruetas e manobras no ar, o que tirou fôlego de muitos ali.
- Exibida... – Scorpius murmurou ao ver Rose ficar em pé na vassoura e dar uma cambalhota logo se sentando novamente.
“MEU MERLIM! ROSE WEASLEY TIRANDO O FÔLEGO COMO SEMPRE, A GOLEIRA DA GRIFINÓRIA A CADA ANO QUE PASSA FICA MAIS BELA E...”
- Não comece Sr. Jordan! – Pansy Parkinsin falava severa.
“COMO QUISER AMADA PROFESSORA! CONTINUANDO... ROSE WEASLEY COMO GOLEIRA, A RUIVA É FOGO! OS ARTILHEIROS MIKE FINEGAN, JACK MEYERS E GEORGE SUMMERS! OS BATEDORES DON LOOP E CHONG WUFFEI. FINALIZANDO O CAPITÃO E APANHADOR ALVOOOO POTTER!!!”
Os gritos aumentaram consideravelmente, Scorpius sorria arteiro ao ver os jogadores apertando suas mãos e decolando. Rose logo estava nos gols, e sua concentração era evidente a todos. O jogo havia começado.
“ SANDERS PEGA A GOLES E PASSA MATTHEW QUE OH MEU MERLIM FAZ UM ÓTIMO DESVIO DO BALADO JOGADO POR WUFFEI! A CORNIVAL ESTÁ CHEGANDO PRÓXIMO AO GOL! CUIDADO WEASLEY! MATTHEW JOGA A GOLES PARA MORGAN QUE JOGA E... BELAAAA DEFESA DE ROSE WEASLEY! EU DISSE QUE ESSA RUIVA ERA FOGO! ROSE ARREMESSA A GOLES PARA FINEGAN, E FINEGAN TRABALHA A GOLES JUNTO DE MEYERS, UM BALAÇO NA DIREÇÃO DE MEYERS MAS SUMMERS SE PÕE NA FRENTE! ISSO QUE É TIME UNIDO! PARECE QUE POTTER E WOOD ESTÃO TENDO DIFICULDADES EM ACHAR O POMO... MAS.. OLHEM AQUILO! SUMMERS JOGA PARA MEYERS, MEYERS PARA FINEGAN E É PONTO PARA A GRIFINÓRIA!!! JOHNSON NÃO CONSEGUIU DEFENDER!”
- Mais rápido! Vai gente!!! – Rose berrava quando defendia outra goles vindo em sua direção.
Scorpius franziu o cenho, Rose parecia dar mais ordens ao time do que Alvo que parecia mais procurar o pomo do que tudo. Rose estava séria e aflita, fora quando ela foi defender mais uma goles que...
“UM BALAÇO MANDADO POR THOMAS NA DIREÇÃO DE WEASLEY! E O BALAÇO ACERTA A GAROTA NO BRAÇO! ESSA DEVE TER DOÍDO! WEASLEY ESTÁ COM UM BRAÇO MACHUCADO, MAS MESMO ASSIM DEFENDE OUTRA GOLES!”
- O que o idiota do Potter está fazendo? – Scorpius falava nervoso ao ver outro balaço indo a direção de Rose, mas sendo rebatido por Don Loop.
- Cara o braço dela deve estar doendo... – Jason analisava a garota.
- MAS QUE PORRA POTTER ACHE ESSA MERDA DE POMO LOGO! – Scorpius berrara fazendo que várias cabeças virassem para si.
- Err... Cara estamos em território inimigo, segura a onda! – Jason murmurava ao ver o amigo se exaltando.
“MAS O QUE É ISSO? TODOS OS BALAÇOS REBATIDOS PELA CORNIVAL VÃO DIRETO PARA ROSE WEASLEY?! ABSURDO! MAS... OLHEM SÓ! PARECE QUE POTTER E WOOD ENCONTRARAM O POMO, E LÁ VÃO ELES ATRÁS DO POMO! WOOD TENTA DERRUBAR POTTER DA VASSOURA, POTTER CONTINUA FIRME, AMBOS ESTÃO INDO EM DIREÇÃO AO CHÃO, POTTER FICA EM PÉ NA VASSOURA, WOOD NÃO CONSEGUE E CAI NO CHÃO! POTTER CONTINUA FIRME E... PEGA O POMO A GRIFINÓRIA VENCEEE!!!”
A torcida solta uma explosão de berros, Rose estava cansada em cima de sua vassoura seu braço esquerdo latejava como nunca e ela pode notar seu primo sendo saudado por todos em terra firme. Sorriu abertamente, havia ganhado o primeiro jogo. Enxugou o suor que escorria da testa e direcionou a vassoura para o chão descendo devagar, quando pousara sorriu ao notar Scorpius e Jason em um canto das arquibancadas, não teve tempo de falar com os sonserinos já que vários grifinórios a abraçavam e a parabenizavam pela excelente defesa.
Wiltshire – Sudoeste da Inglaterra – Mansão Malfoy:
Uma bela mansão com um imenso portão prateado comum “M” em dourado demonstrava que aquele lugar era de alguma família aristocrata. Dentro da bela mansão vários Elfos Domésticos corriam de um lado para o outro, organizando tudo a sua volta, enquanto uma bela mulher de longos cabelos negros, pele alva e olhos verdes muito escuros, estava sentada em um sofá verde escuro lendo um livro.
A porta da mansão abrira-se e logo um homem de cabelos loiros recuados e olhos cinzas adentrara, caminhando até o sofá onde a bela mulher de localizava, dando-lhe um beijo na testa.
- Draco? – Ela sorria abertamente ao ver o marido ali. – Pensei que teria plantão hoje a noite...
- Resolvi deixar nas mãos do Mahasson. – O homem respondia com um leve sorriso deixando a maleta negra que carregava sobre uma mesinha logo se jogando no sofá deitando a cabeça no colo da esposa.
- Ora então vá tomar um banho, assim jantamos juntos! – Ela falava docemente passando as delicadas mãos nos sedosos cabelos loiros.
- Prefiro ficar aqui mesmo.
Sarah Malfoy talvez fosse a mulher certa que Draco Malfoy precisasse, filha de pai bruxo e mãe trouxa, a mulher era de uma família tradicional do Sul da França, muito bela e educada, sempre fora considerada uma dama, pelos seu jeito meigo e fino de tratar as pessoas.
- Vamos, vá tomar um banho! Não quero jantar com um marido sujo... – A mulher fazia bico.
-Ah Sarah... Está tão longe o andar de cima... – Ele resmungava. – E então o que estava lendo?
- Não estava lendo, estava vendo! – Ela sorria apanhando o livro e mostrando ao marido.
Draco abrira o livro grosso e notara várias fotos, algumas de seu casamento, outras do nascimento de Scorpius e estas seguiam-se até os dias atuais. O homem sorriu de canto levantando-se do colo da esposa e a abraçando fortemente.
- O que foi querido? Algum problema?
Sarah Malfoy jamais obteve aquela resposta, a campainha de sua casa soara e um dos elfos atendera. Sem nem permissão para entrar dez homens do Ministério adentraram, dentre eles estavam Harry Potter e Ronald Weasley. Sarah arregalara os olhos para o marido que levantara-se e fitara a todos com uma expressão de azedume.
- Já está na hora Potter? – Draco perguntara.
- Realmente eu sinto muito Malfoy... – Harry baixava os olhos.
- Sr. Draco Lucius Malfoy, você está preso por possuir um passado criminoso como Comensal da morte e pelo Ministro possuir suspeitas sobre o senhor está envolvido nos acontecimentos atuais. – Um homem alto e gorducho falara lendo um pergaminho. – Ficará preso em Azkaban até seu julgamento! Prendam-no!
- NÃO! – Sarah gritara colocando-se a frente do marido. – ELE NÃO FEZ NADA! EU SEI QUE ELE TEM UM PASSADO RUIM, MAS TODOS TEMOS! POR FAVOR, MEU MARIDO SALVA VIDAS TODOS OS DIAS! NÃO O PRENDAM!
- Sentimos muito Sra. Malfoy... – Rony falara o mais ternamente que conseguira. – São ordens vindas explicitamente do Ministro...
- Sabemos o que seu marido faz... – Um homem de cabelos negros falava tristemente. – Me salvou no mês retrasado, e creio que muitos de nós aqui devemos nossa vida a ele...
- ENTÃO NÃO O PRENDAM! – A mulher berrara.
- Sarah... – Draco falara docemente virando a esposa para encara-lo.
- Não, por favor, Draco... Nosso filho... – Ás lagrimas saltavam livremente dos olhos dela banhando suas bochechas rosadas.
- Ele é forte, você também é... – Draco beijara a testa da mulher aproximando-se dos aurores esticando os braços.
- Nós, nós realmente sentimos muito... – Um outro homem de cabelos castanhos falara. – O senhor está preso.
Com um toque de varinha, uma algema prendera as mãos de Draco Malfoy, Sarah levara a mão a boca abafando um grito escandalizado.
- Cumpra sua promessa Potter... – Draco murmurava quando passara ao lado de Harry.
Todos os aurores desapareceram dali, deixando apenas Harry Potter e Ronald Weasley, Sarah Malfoy havia sentado-se no sofá e chorado baixinho, não acreditando que sua vida estava desabando daquela forma. Harry aproximara-se tocando o ombro da mulher e lhe oferecendo um lenço branco que fora aceitado.
- Por que está acontecendo isso Sr. Potter? – Ela murmurara chorosa. – O que será de mim e meu filho agora? Draco não fez nada de errado, ele tenta se redimir com a sociedade bruxa e...
- Nós sabemos... Não se preocupe Sra Malfoy, eu prometi ao seu marido que cuidaria de você e de seu filho enquanto ele permanecesse em Azkaban, e eu prometo a senhora que farei de tudo para tira-lo de lá. – Harry falara docemente vendo o desespero da mulher.
- Nesse momento é melhor a senhora deixar sua casa... – Rony começara.
- E ir para onde? – A mulher perguntava. – Minha família está no Sul da França, não irei para lá e abandonarei meu marido para trás e nem tirarei meu filho de Hogwarts! A família de Draco está em Azkaban...
- Você pode ficar em minha casa, creio que minha esposa não se incomodará com sua presença. – Harry falara ternamente.
- Eu não posso aceitar Sr. Potter agradeço a hospitalidade, mas...
- Você não entendeu não é Sra. Malfoy? – Rony perguntava sério. – Se permanecer nesta casa o novo Ministro arranjará um jeito de colocar a senhora atrás das grades também... Morando com Harry a senhora estaria protegida, ficaria escondida até a poeira abaixar.
- E enquanto meu filho?
- Scorpius está em segurança em Hogwarts... – Harry começara. – É melhor a senhora não manter contato com ele por um tempo, para preserva-lo e impedir que o acusem de estar envolvido com tudo o que está acontecendo.
O silêncio pairou na sala durante um longo tempo, Sarah Malfoy enxugara as lágrimas e engolira o choro, levantando-se do sofá e fitando os dois homens com uma profunda determinação.
- Sua esposa não se incomodará? – Ela perguntara séria.
- De forma alguma. – Harry respondera com meio sorriso.
- Arrumarei minhas malas...
Harry e Rony fitaram a bela mulher subir as escadas da mansão, ambos trocaram olhares tristes, Sarah jamais mereceria o que estava acontecendo em sua vida.
Hogwarts:
A segunda feira estava mais nublada do que nunca e o tempo estava frio, Rose agradecia a Merlim por não estar tendo uma tempestade daquelas. A garota descia as escadas de seu dormitório chegando até a sala comunal, franziu o cenho ao ver Scorpius encarando a janela com o rosto banhado em lágrimas, aproximou-se cautelosa para não assustar o sonserino.
- Nem mais um passo Weasley. – Ele falara com a voz rouca virando-se para a fitar.
- Scorpius o que aconteceu? – Ela perguntava ternamente.
- O QUE ACONTECEU? NÃO SEI WEASLEY! VOCÊ DEVE SABER!
- Por que você está gritando?
- TALVEZ PELO FATO DE SEU TITIO AMADO E SEU PAPAIZINHO TEREM MANDADO MEU PAI PARA AZKABAN!
- O quê? – Os olhos azuis da garota arregalaram-se categoricamente. – Ma-mas... Isso...
- NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDA! APOSTO QUE ESTAVA TRABALHANDO JUNTO A ELES, APROXIMANDO-SE DE MIM PARA APANHAR MAIS INFORMAÇÕES!
- EU JAMAIS FARIA ISSO!
- NÃO? SERÁ QUE NÃO?
- COMO OUSA ME TRATAR DESSA MANEIRA? – Ela berrara com os olhos encharcados de lágrimas.
- Você é uma mentirosa Weasley, eu não confio em você, eu tenho nojo de você, você me traiu da pior maneira que um ser humano pode ser traído... – Scorpius segurava firmemente os braços dela enquanto falava.
- Não diga isso Scorpius...
- É MALFOY para você sua imunda! – Ele falara com azedume afastando-se e jogando um jornal aos pés dela. – Sou um filho de um comensal esqueceu? Se aproxime de mim novamente e eu lhe mato.
Scorpius saíra pela passagem do quadro deixando a garota sozinha, Rose tremia como nunca, abaixou-se para apanhar o jornal onde havia uma bela matéria escrita por Rita Skeeter sobre a prisão de Draco Malfoy, feita por Harry Potter e Ronald Weasley. A matéria alegava que o pai de Scorpius ainda era um comensal da morte e que planejara a morte da esposa do ministro da magia, que no momento estava desaparecido e possuía o cargo ocupado por outro.
Rose não conseguira terminar de ler, engoliu em seco jogando o jornal na lareira que estava apenas em brasas, seu rosto estava molhado por lágrimas, a menina saiu pela passagem do quadro a fim de alcançar Scorpius e dizer que não tinha nada haver com aquilo, mas trombara em alguém, ergueu a cabeça e fitou os olhos negros de John Morbius.
- Rose? O que houve? – Ele perguntara gentilmente.
A menina não soube o que deu em si, mas após a discussão com o loiro sentia que precisava chorar em algum colo, só não esperava que tal colo seria cedido por Morbius. A menina apenas o abraçou e chorou, chorou fortemente sendo amparada pelo Sonserino. Morbius acariciava os cabelos ruivos ondulados da garota enquanto lhe dava alguns beijos na testa como se aquilo de alguma forma fosse a acalmar.
Scorpius voltara para trás, havia esquecido sua mochila, estava furioso que vários pensamentos passavam em sua cabeça, dobrou o corredor quando viu aquela cena em que Morbius abraçava Rose. O loiro se sentira traído pela segunda vez, engoliu em seco sentindo um monstro urrar em seu peito, virou as costas e saiu dali. Uma coisa era certa em sua vida: Jamais perdoaria Rose Weasley.
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Comentários (1)
a put* que pari*..agora ferro tudo d vez.. amei o cap..muito bom...tadinho do draco..ele ta tentando se redmir da um tempo neh aurores..;(.. \0/..prox.cap..agoraaaaaa..
2012-08-24