O Novo Aluno de Hogwarts
Capa por: Kitai Black
Betagem por: Kitai Black
N/A: Música inserida no capitulo é: When The Stars Go Blue, cantada pelo U2 e The Corrs
Era costume em Hogwarts que no primeiro dia de aula todos os alunos acordassem cedo para apanhar seus horários, com isso o salão principal estava cheio e as mesas das quatro casas lotadas. Na mesa da Grifinória podia-se avistar um grupo de jovens conversando animadamente, entretanto ficando completamente sérios quando uma ruiva de olhos azulados e expressão cansada adentrara o salão.
- Ok. Quem morreu? – Lily limitou em perguntar a prima que acabara de desabar sentada ao seu lado.
- Aonde você dormiu? – Fora à vez de um moreno de olhos esverdeados se manifestar demonstrando sua irritação no tom de voz.
- Não estava com nenhum garoto estava? Papai não vai gostar! – Um ruivo falara dentre os dentes fuzilando a irmã.
- Ohh!!! Bom dia para vocês também, não eu NÃO ESTOU NEM UM POUCO ESTRESSADA! E SIM EU TIVE UMA PÉSSIMA NOITE DE SONO! AHH EU PASSEI A NOITE COM UM RAPAZ SIM HUGO! SE É QUE PODE CHAMAR AQUELA AMEBA DE RAPAZ!
Os três encolheram-se no assento quando Rose começara sua sonora declaração, Lily que estava ao lado da prima apenas escondera-se atrás de seu copo, enquanto Hugo que estava frente à irmã parecia escorregar para debaixo da mesa e Alvo ao lado do primo sorria amarelo.
- Err... Desculpe Rose... – O moreno murmurara passando as mãos pelos cabelos negros rebeldes. – É que... É que ficamos preocupados sabe? Você saiu depois do jantar e simplesmente desapareceu!
- Não importa! – Rosnou a ruiva. – Passei a noite aturando o Malfoy e eu juro por Merlim que se alguém tentar testar minha santa paciência hoje, irá se arrepender amargamente!
- Passou a noite com o Malfoy? – Hugo perguntava tentando controlar a raiva que lhe subia a cabeça.
- Malfoy e eu somos monitores chefes agora. – Rose começara servindo-se de suco. – Com isso teremos de dividir várias tarefas, e uma delas inclui morarmos juntos até o final do ano letivo.
- COMO É QUE É??? – Alvo e Hugo berraram atraindo a atenção de todo o salão.
- Eu acho até interessante, o Malfoy é bem bonitinho! – Lily sorria arteira. – Olhe o lado bom Rosie, assim você pode vê-lo sem camisa sem ter que ir ao campo de quadribol...
- O que você quer dizer com isso? – Os olhos azulados da ruiva arregalaram-se.
- VOCÊ TEM IDO AO CAMPO DE QUADRIBOL VER O MALFOY SEM CAMISA? – O ruivo berrara para a irmã.
- HUGO CALA ESSA MALDITA BOCA! – Urrara Rose revoltada.
- Então você e o Malfoy estão dividindo um salão comunal, mas cada um possui um quarto não é? – Alvo perguntara tentando safar o pescoço do primo que já estava encolhido novamente.
- É... – Rose resmungara encarando os olhos esverdeados.
- Não me parece tão mal, basta você ficar em seu quarto que tudo ficará bem... – O moreno passara mais uma vez a mão nos cabelos.
- Não parece tão mal? – A ruiva lhe lançava um olhar mortífero. – Eu vou te contar o que aquele Escorpião Albino fez na noite passada e você vai ver o que não parece ser tão mal...
Flash Back:
Frente a um quadro de um homem gordo sorridente estavam três pessoas, um velho manco, uma garota ruiva e um rapaz louro, nenhum dos três ali pareciam satisfeitos.
- Nos tempos da Umbridge isso não aconteceria... – Resmungara o velho Filch.
- Ok Filch sabemos a anos do seu amor platônico pela maluca da Umbridge agora dá para falar a senha? – Scorpius falara nada educado recebendo um cutucão na costela dado por Rose. – Autch! Ficou louca Weasley?
- Malditas crianças... – Filch resmungara mais uma vez fazendo os dois jovens girarem os olhos.
- Filch a senha, por favor... – Rose quase suplicara ao homem que a encarara severo.
- Humpf! Que seja... Asas de Dragão! – Filch falara para o quadro fazendo com que este abrisse a porta.
Se quer agradeceram o velho manco, afinal este logo lhes dera as costas afastando dali, Rose apenas suspirara cansada adentrando o salão comunal junto de Scorpius Malfoy.
A sala comunal na qual dividiriam era muito bonita, com um estilo clássico misturado com rústico dava um ar aconchegante ao local. Ás paredes eram num tom de marfim e possuíam alguns quadros vazios pendurados, um deles logo fora habitado pelo homem gordo da passagem. Havia duas escadas e no meio de ambas uma parede com uma porta marrom com maçaneta dourada. No canto esquerdo da sala podia-se ver uma prateleira cheia de livros e duas poltronas verdes escuras. Frente a uma lareira de pedras havia um sofá vinho com duas pequenas almofadas da mesma cor em cima, no teto uma bela pintura de bruxos e bruxas famosos junto de um belo lustre feito de cristal.
- Uau... – A ruiva exclamara boquiaberta.
- Não acredito que está pasma com tão pouco... – Scorpius a encarava com um típico sorriso debochado e de braços cruzados. – Ainda bem que você não freqüenta a Mansão Malfoy, você mancharia o chão com essa baba.
- Ah vê se cala essa boca Malfoy! – A ruiva emburrava.
- Você realmente me ama Ruiva, me ama! – Ele girava os olhos andando em direção a uma das escadas.
- Hey! Aonde você pensa que vai?
- Para meu quarto! Aonde mais?
- Você não pode simplesmente ir escolhendo o quarto que irá ocupar!
- E por que não? – Ele franzia o cenho encarando os olhos azuis vivos da menina.
- Pelo simples fato de eu ser uma dama e você por ser um cavalheiro me dará a chance de escolher o melhor quarto para mim! – Ela falava como se fosse óbvio.
- Como é que é? – Scorpius segurava uma gargalhada. – Desde quando você é uma dama?
- Desde sempre! Agora sai da frente que eu vou escolher o MEU quarto primeiro!
- Nem que Merlim saia de sua tumba! – O louro barrava a passagem da escada encarando a ruiva.
- Olhe aqui Malfoy, eu não estou a fim de brigar com você, então SAI da MINHA FRENTE!
- E quem vai me obrigar a sair? – Ele a olhava desgostoso. – Você?
- ARGHHHH!!!!! SAI DA MINHA FRENTE MALFOYYYYY!!!!
Scorpius a encarara de cima a baixo, com um sorriso cafajeste em seus lábios aproximou-se da garota como se fosse lhe contar um segredo, Rose o encarara como se ele fosse um inseto muito nojento que ela estava preste a pisar, fora então que ele sorriu mais ainda.
- Nem por um decreto. – Murmurou ainda com um imenso sorriso na face.
A cena seguinte fora uma Rose Weasley completamente fora de si pulando em cima de Scorpius Malfoy que a segurara firmemente, logo ambos estavam no chão rolando, enquanto Rose tentava espanca-lo o Sonserino limitava-se em proteger-se dos ataques. Chegara ao ponto em que ela estava em cima dele distribuindo vários tapas até que o primogênito dos Malfoy’s com um sorriso muito sacana virara o jogo ficando desta vez por cima da ruiva e prendendo os braços e pernas da mesma.
- Perdeu ruiva. – Ele sorria com o nariz colado ao dela.
- ME SOLTA MALFOY!
- Nem pensar, se te soltar vai dar a louca em você e vamos começar tudo de novo! – Ele falara como se fosse óbvio. – Você tentando me bater e eu te segurando, sabe isso acontece todos os anos...
- DEVE SER POR QUE VOCÊ ME TIRA DO SÉRIO!
- Ou talvez pelo fato de você ser completamente descontrolada... – Ele falara pensativo.
- EU NÃO SOU DESCONTROLADA!!!
- Ah não? – Ele sorria arteiro. – Então quem foi a maluca que salto em cima de mim a fim de me matar?
- Sai. De. Cima. De. Mim! – Ela falara dentre os dentes.
- Implore. – Scorpius sorria cafajeste.
- Nem a pau. – A menina franzia o cenho.
- Ok, ficaremos aqui a noooite toda!
- Por mim tudo bem! – Rose cerrava os olhos.
- Ótimo! – O louro sorria maroto.
- Ótimo!
Seis horas e meia depois.
- AHHHH EU NÃO AGUENTO MAIS SAI DE CIMA DE MIM MALFOY!!!
- Já está cansada Weasley? – Scorpius gargalhava.
- SAI DE CIMA! SAI! SAI! SAI! SAI!
- Eu já disse... Implore que eu saio!
- EU NÃO VOU IMPLORAR SUA MULA ALBINAAA!!!
- Teremos o resto da noite e quem sabe a segunda feira inteira...
- Você não ousaria! – Ela o olhava espantada.
- Não duvide... – Ele sorria desafiador.
- Por favor sai de cima de mim. – A ruiva murmurara.
- Hum? O que disse?
- Por favor, sai de cima de mim.
- Humm... Ainda não ficou bom... – Ele falara pensativo. – Vamos tentar assim: Sr.Scorpius Malfoy você o garoto mais charmoso e belo de toda a Hogwarts poderia me deixar triste e levantar-se de cima de mim?
- EU NÃO VOU FALAR ISSO!
- Ooookkkkkaaaayyy!!! Ficaremos aqui durante mais tempo...
- Argh! Que seja! Sr.Scorpius Malfoy você o garoto mais charmoso e belo de toda a Hogwarts poderia me deixar triste e levantar-se de cima de mim?
- Claro! – Scorpius sorria vitorioso levantando-se.
Rose o encarara incrédula, o rapaz espreguiçara-se e assim que Rose levantara-se preste a mata-lo ele correra a cima de uma das escadas e batera a porta. A ruiva bufara raivosa olhando pela janela e vendo que o Sol já estava começando a nascer.
- Filho da p...
Final do Flash Back.
As gargalhadas de Lily na mesa da Grifinória atraia a atenção de todos do Salão Principal, Alvo encarava a prima boquiaberto enquanto Hugo era segurado por Rose.
- EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO!
- HUGO EU JURO POR MERLIM QUE SE VOCÊ SAIR DESSA MESA EU TE DEIXAREI COM FURUNCULOS ATÉ O FINAL DO ANO LETIVO! – Urrara Rose fazendo o irmão voltar a se sentar.
- Vocês ficaram seis horas e meia na mesma posição? – Alvo perguntava perplexo.
- Sim... – A ruiva bocejava. – Uma coisa eu tenho que admitir o Malfoy é bem persistente!
- Eu não acredito que você ficou com ele em cima de você a noite toda e não rolou nem um beijinho! – Lily alfinetava gargalhando ainda mais.
- O que vai rolar é seus dentes quebrados se você não parar de gargalhar Lílian!
- Uou, parece que alguém está de mau humor... – Alguém falara as costas.
Alvo poderia jurar que vira o garfo na mão da prima entortar quando a voz de Scorpius Malfoy soara atrás dela, Hugo neste momento já estava levantando-se da mesa preste a socar o sonserino, mas fora impedido por Lily que interveio com a mão.
- O que quer aqui Malfoy? – Hugo perguntara dentre os dentes.
- Nada com você Cabeça de Fósforo... – Scorpius respondera sem se quer encarar o garoto. – Ruiva, vamos... – Ele falara começando a se afastar.
- Hã? Vamos? COMO ASSIM VAMOS? – Rose levantara-se da mesa séria.
- McGonagall mandou nos chamar em sua sala... – Ele a encarava sobre os ombros. – Anda logo, sabe como a velhota é com atrasos!
- Argh... Nem em meu café da manhã eu tenho paz! – Resmungara a garota apanhando a mochila e correndo atrás do louro que nesse momento já estava na porta do salão.
- Eles não formam um lindo casal? – Lily falara irônica recebendo olhares mortíferos do irmão e do primo.
Rose havia acabado de passar pela porta do salão, franziu o cenho ao ver Scorpius encostado na parede ao lado da porta encarando a menina enquanto jogava para cima uma maça.
- Eu menti Weasley, a velhota não está nos chamando. – Ele sorria de canto.
- VOCÊ ME TIROU DO MEU CAFÉ DA MANHÃ PARA NADAAA???
- Shiii!!! – Scorpius tampava a boca da menina. – Por Merlim você só sabe falar berrando?
- É o único modo no qual você entende seu idiota! – Ela falava assim que se livrara da mão do sonserino.
- Realmente quando você não dorme fica pior do que nunca... – Ele girava os olhos passando as mãos pelos cabelos loiros entregando a ela a maça. – Toma.
- O que é isso? – Ela perguntara encarando a maçã avermelhada.
- Um coelho fantasiado de maçã! O que você acha?
- Argh eu sei que é uma maçã seu debilóide, eu quero saber o porque de você estar me dando uma!
- É uma maçã para manter acordado, da loja daquele seu tio esquisitão...
- Do tio Jorge?
- Coma isso e não vai dormir sobre os livros... – O louro falar dando as costas à menina e caminhando para longe.
- HEY! – Ela gritara o fazendo se virar. – Isso não está envenenada está?
Scorpius riu e continuou andando sem responder, a ruiva encarara a maça e sorrira arteira dando uma bela mordida em seguida consultando o relógio de pulso, estava na hora de conferir seus horários no painel da Grifinória.
Scorpius caminhara livremente pelos jardins até encontrar um grupo de sonserinos girando um primeiranista da lufa lufa no ar, jogou sua mochila nos pés da árvore e acomodou-se ao lado de um rapaz de olhos castanhos e cabelos num loiro escuro que girava a varinha no ar fazendo o pequeno lufa lufa dar boas cambalhotas arrancando mais gargalhadas das garotas sonserinas ali presente.
- Vamos Jason pare com isso... – Scorpius falara tedioso.
- Se você insiste meu caro Scorpius! – Jason sorria arteiro guardando a varinha no bolso fazendo o pequeno cair de cara no chão e logo se levantar cambaleante tentando sair correndo dali.
- Agora que virou Monitor Chefe vai ser estraga prazeres também Malfoy? – Um rapaz alto de cabelos negros e olhos cinzas falara revoltado.
- Se você me irritar muito, tenha certeza que a primeira detenção que aplicar será em você Thompson.
- Uii depois dessa eu ia dormir com a Parkinsin! – Debochava Jason arrancando boas gargalhadas.
- Eu soube que os monitores chefes tem um quarto só para eles... – Uma garota morena aproximara-se sentando ao lado dos dois loiros.
- Anita por que você não vai puxar saco do Zabine? Creio que ele gosta de garotas interesseiras... – Jason respondera pelo amigo que parecera agradecer mentalmente.
A menina levantara-se rabugenta fazendo os sonserinos gargalharem mais uma vez, um barulho de sino soara e Scorpius levantara-se na companhia de Jason, ambos afastando-se do grupo e adentrando o castelo.
- Cara isso daqui está uma loucura! – Declarara animado.
- Jason desde quando você dispensa Anita Cabot?
- Desde os tempos em que você e Thompson não se dão bem.
- Se seu pai souber que você anda dispensando a Cabot...
- Olha do Sr.Weiss cuido eu ok? – Jason o encarara carrancudo.
- Você é quem sabe... – Scorpius erguia as mãos para o alto como se rendesse.
- E então? Como foi no quarto dos monitores chefes?
- Estou dividindo o lugar com a Weasley...
- A ruiva maluca? – Jason gargalhara.
- Põe maluca nisso, ou melhor maluca mesmo é a velhota que cismou que temos que aprender a trabalhar em equipe.
- Por isso os colocou juntos?
- Exato.
- Cara você está muito ferrado! – O garoto gargalhara mais ainda fazendo Scorpius suspirar fundo como se aquilo o fizesse manter a calma. – E como foi a primeira noite?
- Bem, Weasley tentou me matar com suas típicas agressões físicas...
- Essa ruivinha é osso! Ela parece se esquecer que você é maior e mais forte!
- Como eu disse, ela é doida! – Scorpius sorria de canto. – O resultado da maluquice dela foi eu a segurando debaixo de mim, e depois de seis horas e meia consegui a fazer implorar para que eu me levantasse.
- SEIS HORAS E MEIA? – Jason falara escandaloso atraindo a atenção de todos que passavam no corredor. – Caraca! Ela é bem resistente.
- Quando finalmente consegui subir para meu quarto vi que o dia estava amanhecendo, aí então peguei uma daquelas maçãs da loja das Gemialidades e comi... Pelo menos não tenho mais sono... – O louro dava os ombros.
- Você não parece o único a não ter sono... – Jason o cutucava apontando para uma ruiva que conversava animadamente com um moreno adentrando uma sala.
- Dei uma maçã para ela também... – Scorpius estralava o pescoço.
- VOCÊ O QUÊ?
- Cara eu acho que você ‘tá convivendo de mais com a Weasley! ‘Tá gritando que nem ela!
- VOCÊ DEU UMA MAÇÃ PARA ELA? – Berrara Jason uma segunda fez ignorando o comentário do amigo.
- Se eu não desse ela ia passar o dia inteiro com sono, me acusando, tentando me azarar, então na monitoria acabaríamos tentando nos matar e eu levando minha primeira detenção.
- Você pensou nisso tudo quando deu a maçã para ela? – Jason perguntara desconfiado.
- Por que você acha que eu dei Jason? – Resmungara Scorpius adentrando a sala.
O rapaz fitara o amigo sentando-se em uma das mesas sendo logo cumprimentado por várias meninas tanto da Grifinória quanto da Sonserina, Jason balançou a cabeça negativamente não poderia estar pensando naquela bobagem toda, limitou-se em sentar ao lado do amigo e encarar o outro lado da sala no qual a ruiva e o moreno conversavam animadamente, encarou novamente Scorpius e sorriu de canto.
- Eu devo tá ficando doido... – murmurou para si mesmo vendo o professor Chong começar sua aula de DCAT.
Londres Bruxa – Ministério da Magia.
- SR. POTTER! SR. E SRA. WEASLEY! HEY! SENHORES ESPEREM! – Um homem baixinho gritava enquanto corria atrás de três pessoas.
- Hum? Algum problema Doug? – Um moreno alto de olhos verdes e óculos com aros negros e uma evidente cicatriz em forma de raio na testa perguntara.
- Sim, sim senhor! – O homenzinho arfava.
- Então fale logo o problema homem! – Fora à vez de um ruivo interpor recebendo um cutucão de uma mulher de cabelos castanhos ondulados. – Ai! Essa doeu Mione!
- Vai doer mais ainda se não se calar. – A mulher lhe olhava severa.
- Essa carta, essa carta Sr. Potter! Chegou esta manhã no gabinete, é da senhora primeira dama.
- Da esposa de Kingsley? – Harry indagava tomando a carta das mãos do homem logo tratando de ler.
Os olhos de Harry Potter arregalaram-se categoricamente ao mesmo tempo em que suas mãos tremeram, Rony e Hermione encararam o amigo um tanto quanto assustados esperando que o mesmo falasse algo. Harry ergueu os olhos para os amigos e então respirou fundo.
- Doug reúna todos os aurores e os melhores inomináveis, o Ministro foi seqüestrado nesta madrugada.
Hermione levara a mão a boca ao mesmo tempo em que Rony berrara um sonoro “O QUÊ?”, Harry acariciara a têmpora não conseguia imaginar Kingsley sendo seqüestrado, era a mesma coisa que anunciar que Madonna entrara em um convento.
- Harry... A carta... – Hermione tentara falar, mas a voz falhara.
- Lucy quem escreveu, mas pelas manchas de sangue creio que foi ordenada a escrever. Duvido muito que ainda esteja viva. – Harry declarara num fio de voz.
- A situação está critica Harry, primeiro aqueles aurores desaparecidos, agora Kingsley seqüestrado! – Rony murmurara estupefato. – Parece que estamos voltando a vinte e seis anos atrás!
Harry parecera ignorar o comentário do amigo, sua cabeça dava reviravoltas aquilo tudo não fazia sentido para ele, quando percebera já estava em seu escritório junto dos amigos, encarou uma foto dos filhos e dos sobrinhos em cima da própria mesa, não poderia permitir que aqueles tempos sombrios voltassem. Não permitiria que seus filhos e sobrinhos passassem por aquilo que ele, Rony, Hermione e tantos outros passaram, arqueou os olhos e encarou os dois amigos.
- Precisamos estar juntos nessa investigação...
- Como nos tempos de Hogwarts... – Hermione sorrira de canto. – Mandarei alguém ficar em meu lugar Harry, não se preocupe.
- Ás coisas estão criticas? – Rony perguntara passando as mãos pelo rosto.
- Mais do que você pode imaginar... – Harry respondera desta vez fitando a paisagem pela janela.
Hogwarts.
- Hey! Malfoy! – Uma voz feminina ecoara no corredor fazendo os dois Sonserinos que andavam apressados virarem-se e depararem-se com uma menina ruiva.
- O que quer Weasley? – Scorpius virara-se a encarando com desdém.
- Eu só queria te agradecer pela maçã... – Ela o encarara de cenho franzido.
- Agradecer? – O loiro arqueava uma sobrancelha. – Acha mesmo que eu te dei a maçã preocupado com seu bem estar? Poupe-me Weasley! – Ele debochara.
- Do que você tá falando? – A ruiva perguntara o encarando sem entender.
- Eu só te dei a maçã para você não passar o dia reclamando, tentando me azarar e me culpando, o que resultaria em nossa monitoria um tanto quanto estressante...
- Ora seu... – Rose apertava os punhos encarando o loiro com raiva.
- Tenha um bom dia Weasley! – Scorpius girara os calcanhares andando para longe da menina.
Jason que assistira toda a cena sorrira de canto e balançara a cabeça negativamente.
- Weasley, você realmente não sabe nada sobre Sonserinos... – Ele comentara a encarando. – Não fica bem uma Grifinória agradecendo um Sonserino sabe?
- JASON VOCÊ NÃO VEM? – Scorpius berrara.
- Não leve a sério tudo que Scorpius te falar... – O rapaz piscara maroto girando os calcanhares e correndo em direção ao amigo.
A ruiva ficara ali parada durante alguns segundos tentando entender o que aquele sonserino amigo de Scorpius quis lhe dizer, os viu desaparecer de sua vista e uma mão lhe tocar o ombro a fazendo dar um belo salto de susto.
- Cá entre nós, a Sonserina está cheia de gatinhos! – Lily comentara arteira. – Esse Jason Weiss é uma coisa de louco!
- Você não deveria estar na aula? – Rose prendia um sorriso.
- Não, só tenho o quarto tempo... E então? Vai me contar o que estava conversando com o Malfoy e o Weiss eu terei que te azarar para isso?
- Não foi nada de mais... – Rose girava os olhos. – Digamos que não cai bem Sonserinos e Grifinórios conversando, apenas isso.
- Hum... Sei... – Lily a encarara desconfiada.
- Ah qual é Lily! – Rose sorria. – Vamos, já que você tem um tempo livro me ajuda a pegar alguns livros na biblioteca!
- Biblioteca? – Lily fazia uma bela careta. – Você realmente não é normal Rosie.
A noite caíra feito uma luva, o primeiro dia de aula passara tão depressa que fora surpreendente. Rose não vira Scorpius o resto do dia, logo imaginou que ele deveria estar matando as aulas com alguma garota.
Ela estava lá desabada no sofá do salão comunal dos Monitores Chefes fazendo seu dever quando escutou a porta da passagem se abrir, Scorpius adentrou a sala e não proferiu nenhuma palavra, apenas largou-se sentado em uma das poltronas. Rose ergueu o olhar do livro e encarou o loiro que possuía o cabelo bagunçado, um corte na bochecha e roupas rasgadas.
- De que guerra você voltou? – A garota exclamara assustada.
- Você conhece o Fofo? – Scorpius perguntara arfante.
- Um cão imenso de três cabeças que por sinal é o bichinho de estimação do Hagrid?
- Hunrun.
- Não, não conheço, mas ouvi falar. Mas o que você estava fazendo com ele?
- Brincando é que não estava não é Ruiva? –O loiro girara os olhos. – Zabine trancou um cornival dentro do quartinho do fofo...
- ELE FEZ O QUÊ?????
- Não se preocupe defensora dos fracos e oprimidos, o pirralho está bem! Até melhor do que eu!
- Você foi resgatar o menino?
- Zabine não tem noção de perigo... – Scorpius balançava a cabeça negativamente. – Poderia ter matado o pirralho e ido para Azkaban... Tive que intervir, e digamos que agora Zabine me deve uma... – O loiro sorria abertamente. – Bem vou tomar banho.
- Hey, Malfoy! – Ela gritara.
- Hum?
- A gente... – Ela mordera o lábio inferior. – Bem... A gente poderia tentar ter mais conversas civilizadas assim...
- É... Quem sabe? – Ele dera os ombros adentrando no banheiro e fechando a porta.
Rose nem percebera um sorriso que nascera em seus lábios, voltou a fazer o dever. Não tardou até Scorpius estar de volta arrumado pronto para partir para a monitoria, ambos pareceram assustar-se quando escutaram o barulho de um trovão. Rose encolheu-se no sofá arrancando gargalhadas do Sonserino.
- Ah não Weasley, não vai me dizer que tem medo de chuva!
- Eu não tenho medo de chuva Malfoy! – A menina franzia o cenho escutando mais um trovão e encolhendo-se novamente. – Eu tenho pavor.
- Fala sério, você é a Grifinória mais medrosa que eu conheço! Anda levanta essa sua bunda gorda daí e vamos pra monitoria.
- Você me chamou de gorda? – A menina levantara-se com tudo do sofá.
- Bem... Você engordou... – Scorpius sorria arteiro quando ambos atravessavam a passagem.
- Você ‘tá falando sério? – Ela segurara o braço dele fortemente.
- Weasley quer fazer o favor de me soltar?
- Primeiro me diz se eu to gorda!
- Está uma baleia, agora me solte!
- Uma baleia? – A menina arregalava os olhos olhando para o próprio corpo.
Scorpius suspirou cansado, aquilo só podia ser brincadeira.
- Que diferença faz você estar gorda ou não?
- Faz toda diferença seu idiota! Você tem que ser sempre delicado como um elefante?
- Digamos que eu sou delicado da mesma forma que você é maluca. – Ele sorrira debochado.
- Irritante! – Ela girara os olhos.
Ambos desceram as escadas juntos quando um raio caíra, a menina o encarara amedrontada, o loiro resolvera ignorar os olhos esbugalhados da ruiva cada vez que um raio ou um trovão fizesse algum barulho, a tempestade que caia do lado de fora do castelo parecia realmente de amedrontar.
- Temos que monitorar nos jardins...
- Ficou louco Malfoy? Nessa tempestade?
- É nossa obrigação Weasley!
- Quem seria doido o suficiente para sair na tempestade?
- Sei lá, alguém como você...
- Eu não seria LOUCA de sair com o tempo assim!
- Está com medo da chuva ruiva?
- Um pouco... – A menina cruzara os braços e mordera o lábio inferior fazendo o garoto gargalhar.
- Vamos logo Weasley, estamos perdendo tempo. – Ele retirara a capa colocando-a em um canto.
- Por que tirou a capa?
- Estou com calor, agora vamos logo! – Ele a puxara para fora do castelo.
O loiro ignorara a garota berrando e se debatendo atrás de si, ela mais parecia uma menina mal criada do que uma monitora chefe. Ambos estavam nos jardins debaixo de uma boa tempestade quando avistaram uma carruagem aproximar-se, instintivamente o loiro puxara a ruiva para trás de uma estátua e tampara a boca da mesma quando percebeu que ela iria gritar.
A porta da carruagem abrira-se e de dentro dela saltara um rapaz de cabelos muito negros, alto e pálido. Trajado inteiramente de negro ele olhara para os lados, logo McGonagall junto de Parkinsin surgiram frente ao rapaz e o acompanharam para dentro do castelo, Scorpius retirou a mão da boca de Rose assim que parecia não ter mais risco de alguém vê-los, a menina afastou-se brutalmente dele o encarando severa.
- O que deu em você?
- Eles poderiam ter nos visto... – O loiro declarara irritado.
- Que vissem! Estamos de serviço!
- Weasley você realmente tem um péssimo bom senso.
- E você um péssimo hábito de tampar minha boca!
- Deve ser pelo fato de você ser extremamente escandalosa...
Ele começara a seguir em direção ao castelo com a garota logo atrás de si, ela não falara nem mais um “a” após ele a chamar de escandalosa e ele agradecia a Merlim tal fato. Assim que adentraram o castelo ele apanhara sua capa que estava no canto e fitou a menina começar a subir as escadas de cenho franzido. Correu a tempo de alcança-la e jogar sua capa nas costas da mesma, ela o encarou mais séria ainda retirando a capa do mesmo e a jogando em cima do rapaz.
- Não preciso de seus favores Malfoy! – Resmungou apressando os passos.
Scorpius a fitou com uma expressão cansada, andou logo atrás dela jogando a capa novamente sobre a garota e a encarando com uma expressão desgostosa.
- Não enche o saco Weasley, se ficar doente vai botar a culpa em mim para variar um pouco, então vê se engole essa capa e não me atormenta! – Resmungou andando mais depressa que a menina.
Rose novamente retirou a capa e arremessou nas costas do garoto que parou de andar e apanhou a capa nervoso, a menina tinha um brilho desafiador nos olhos e estava parada com os braços cruzados na altura do peito. O garoto a encarava com o típico olhar sonserino, ambos nem se davam conta que os quadros pareciam realmente interessados no que estava por vir.
- Você é deliberadamente irritante. – Scorpius declarara.
- E você é um idiota.
- Mas algumas horas atrás você bem que queria ter mais conversas civilizadas com o idiota aqui.
- Eu estava fora de mim quando pensei nessa possibilidade! – A garota rosnou tentando passa pelo loiro sendo barrada pelo mesmo.
- Coloca logo a capa Weasley.
- Você não manda em mim Malfoy.
- Não é questão de mandar sua cabeça dura! – Ela espreitava os olhos colocando a capa novamente sobre a garota e jogando em suas costas como se fosse um saco de batatas.
- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?
- Impedindo que você tire a capa, ande mais depressa e pegue um resfriado... – Ele respondera calmamente andando pelos corredores.
- SEU IDIOTA FILHO DA MÃE! ME SOLTA! PUTA QUE PARIU MALFOY ME SOLTA!
- Continue berrando seus palavrões, assim quem sabe a velhota escute e te aplique uma boa detenção...
- ARGHH SUA COBRA ALBINA VOCÊ ME PAGAAAAA!!!
Scorpius segurou o riso, assim que chegaram no salão comunal ele a jogou dentro do banheiro e bateu a porta, escutou o grito histérico de raiva que a ruiva soltara, então gargalhou alto, só soltou a maçaneta quando escutou ela ligar o chuveiro.
O loiro caminhou até o sofá deitando-se no mesmo, estava exausto. Cruzou os braços e fitou o teto sem perceber quando o sono lhe tomara contar.
Rose saíra de dentro do banheiro trajada com um roupão cor de rosa, estava louca para gritar com aquele maldito loiro e lhe dar uma boa lição quando deparou-se com o mesmo deitado no sofá, ele tinha uma expressão serena enquanto os cabelos loiros molhados lhe caiam sobre os olhos cerrados, a menina suspirou fundo subindo as escadas, quando as desceu estava trajada com um pijama que possuía lindos unicórnios cor de rosa desenhados e a varinha empunhada na mão esquerda enquanto um cobertor rosa felpudo estava na mão direita, abaixou-se na altura do garoto murmurando um feitiço que fez com que as roupas do mesmo secassem, em seguida a menina lhe jogou o cobertor rosado e saiu da sala comunal fazendo questão de ligar a lareira e apagar a luz.
A luz do Sol batera levemente o rosto alvo de um rapaz loiro, Scorpius abrira levemente os olhos azuis acinzentados e espreguiçara-se longamente, olhou para os lados, nem se lembrara como havia dormido ali. Olhou para baixo e viu que suas roupas estavam secas e que ele estava coberto por um cobertor cor de rosa, sorriu de canto. Ele realmente detestava rosa.
Caminhou em direção ao seu quarto apanhando um uniforme, olhou para o relógio em cima do criado mudo, ainda eram seis da manhã. Sorriu mais uma vez e foi até o banheiro tomando um longo banho, assim que terminou vestiu-se e voltou a sala. Apanhou o cobertor rosado de cima do sofá e subiu a escada que daria até o quarto de Rose, não bateu, apenas girou a maçaneta da porta branca do quarto da menina adentrando o mesmo.
- Quanta quinquilharia... – Ele murmurara ao fitar os vários bichos de pelúcia.
Rose estava deitada na cama coberta até a cintura por um cobertor lilás, Scorpius a espiou levemente, os cabelos anelados ruivos estavam espalhados por toda a face serena da menina. Engoliu em seco colocando o cobertor rosado em cima da escrivaninha da mesma, em seguida aproximou-se da garota e puxou o cobertor lilás a cobrindo até os ombros, virou de costas e saiu do quarto da garota, fechando a porta logo atrás de si.
Rose abrira os olhos azulados e sorriu sentando-se na cama, já estava acordada quando o loiro adentrara o quarto. Olhou para o cobertor rosado em cima da escrivaninha e suspirou, em outras circunstancias ela o mataria por ter entrado em seu refugio, mas naquele momento ela não queria fazer absolutamente nada.
Todos estavam tomando seus cafés da manhã quando a diretora Minerva McGonagall fizera um barulho muito parecido com um apito, fazendo com que todos voltassem a atenção para a mesa dos professores.
- Bom dia a todos. – A anciã começara com a típica voz autoritária. – Tenho um aviso importante aos alunos, este ano teremos a companhia de um novo aluno em Hogwarts. Seu nome é John Morbius... – Fora apenas a diretora citar o nome do rapaz que este entrara no salão na companhia da professora Parkinsin. – O Sr. Morbius está no sétimo ano e fora selecionado para a Sonserina.
Houveram vários aplausos na mesa da Sonserina, que logo cessaram quando McGonagall batera com a varinha na mesa dos professores.
- John Morbius veio da Alemanha da escola de Durmstrange, espero que saibam como recebe-lo. Sr. Morbius pode sentar-se...
O rapaz de cabelos muito negros e olhos da mesma cor, possuía um porte diferente, ele caminhou dentre as mesmas parando levemente seu olhar na mesa da Grifinória. Scorpius da mesa da Sonserina franzira o cenho ao ver que o tal novato encarara com curiosidade Rose Weasley. Todas as cabeças naquele momento pairaram sobre a ruiva que apenas corara e fingira não prestar atenção naquilo tudo. Morbius sorrira de canto seguindo seu caminho até sua mesa.
- Você tem um concorrente... – Jason cantarolara baixinho apenas para Scorpius escutar.
- Cala a boca Jason! – Respondera Scorpius mal humorado.
Para desgosto do loiro o novato sentara-se ao seu lado, Morbius ignorara todos que começaram a tentar puxar algum assunto com ele, fazendo com que Jason e Scorpius apenas o analisassem, não tardou até o novato falar algo.
- Filho de um comensal fracassado tsc, tsc, tsc... – Morbius murmurara apenas para Scorpius ouvir. – Você não deveria estar na Sonserina.
O copo no qual o loiro segurara quebrou-se cortando a mão do mesmo atraindo a atenção de todos do salão. Scorpius possuía um olhar de fúria nunca antes visto, Jason arregalara os olhos ao ver o loiro sacar sua varinha e colocar no pescoço de Morbius que o encarara com um pequeno sorriso nos lábios.
- O que vai fazer Scorpius? Me azarar?
- SR. MALFOY! – McGonagall gritara da mesa dos professores.
O silêncio pairou no salão principal, Scorpius não retirara a varinha do pescoço de Morbius e parecia naquele momento que todos seguravam suas respirações, até mesmo Jason estava sem reação. Os olhos azuis acinzentados de Scorpius estavam num tom cinza quase branco o que era de dar medo, todos esperavam que o loiro lançasse alguma azaração, entretanto na mesma velocidade que ele colocara a varinha no pescoço de Morbius ele a retirara e saíra de dentro do salão sem proferir uma palavra se quer.
- Parece que o Malfoy não se deu bem com esse cara novo... – Alvo comentara na mesa da Grifinória.
- Eu nunca vi o Malfoy assim... – Rose comentara assustada.
- Nem eu... – Hugo olhava atônito. – Cara eu pensei que ele mataria o novato!
- Olha lá, o Weiss está saindo... – Lily apontara para Jason que saia as pressas do salão. – Rose onde você está indo?
- Esqueci algo no meu quarto! – a menina falara saindo correndo dali.
A ruiva corria pelos jardins, quando avistara a silhueta de Jason, sabia que era errado, entretanto queria saber o que fizera com que Scorpius perdesse a cabeça daquela forma na frente de McGonagall.
- Weiss! – Ela gritara aproximando-se.
- Ah... É você Weasley... – O Sonserino a encarava decepcionado.
- O que houve lá dentro? Onde está o Malfoy?
- Ás mesmas perguntas que a senhorita possui, eu também possuo! – Jason sorria levemente. – Scorpius nunca me pareceu tão furioso.
- Bem, é isso o que estão comentando lá dentro...
- Olha Weasley, não é por nada não, mas eu não acho uma boa idéia você ir atrás dele... – Jason olhava para o nada.
- Entendo... – A menina olhava para os próprios pés.
- Se eu o encontrar eu falo que ficou preocupada... – Jason sorria arteiro afastando-se.
- Hey! Espera eu não estou preocupada! – Ela falara alto sendo ignorada pelo sonserino que logo desaparecera de sua vista.
A menina baixou os olhos tristemente adentrando novamente o castelo, olhou para seu horário. Primeira aula com a Parkinsin, não poderia ser pior.
A sala de poções estava cheia, Rose logo sentara-se ao lado de Alvo que conversava animadamente com um outro garoto sobre o acontecimento na hora do café. Parecia que Scorpius ameaçando um novato estava sendo mais bombástico do que o fato de que havia uma briga dentro da sonserina. A menina olhou para trás vendo Jason adentrar a sala com uma expressão nada satisfatória, logo atrás do rapaz John Morbius adentrara sentando-se ao lado de uma garota sonserina.
- Muito bem... – Pansy Parkinsin falara ao adentrara a sala atraindo atenção de todos. – Parece que estão... Sr.Weiss onde está o Sr. Malfoy?
- Não sou a mulher dele para me perguntar essas coisas professora... – Jason falara naturalmente arrancando gargalhadas de todos.
- Weiss... – Parkinsin falara ameaçadoramente.
- Não faço idéia onde ele esteja. – Jason declarara com os braços atrás da cabeça.
- Humpf. Que seja. – A mulher com cara de buldogue caminhava até sua mesa apanhando uma caixa negra imensa. – Ano passado eu tive alguns problemas com o fato de que as duplas não funcionaram bem juntas, alguns fazendo o trabalho e outros não... – A mulher encarara Alvo e Rose que coraram furiosamente. – Este ano será diferente, vocês irão sortear suas duplas assim quem sabe eu consiga dar aula.
- Ah não, sortear novamente não... – Rose implorara num sussurro.
- Que comecemos! – Parkinsin falara com uma falsa animação. – Alvo Potter, seja o primeiro a retirar sua dupla.
Alvo girara os olhos verdes caminhando até a caixa e retirando um papel, o moreno franziu o cenho ao ler o nome e entregara a professora.
- Scorpius Malfoy. – Ela lera satisfeita. – Ótimo!
- Não vejo nada de ótimo... – Reclamara Alvo sentando-se ao lado de Rose.
Após muitos nomes chamados, Rose notou a indignação de Jason ao sentar-se com Cornélia Finegan, uma Grifinória que parecia obcecada com o Sonserino.
- John Morbius! – Ela chamara o rapaz.
Toda a atenção da sala recaíra sobre o aluno novato ameaçado por Scorpius, ele andara galante até a caixa e sorrindo displicente ao ler o nome de quem seria sua dupla, em seguida entregou o pedaço de papel a Parkinsin que lera.
- Rose Weasley.
Rose mordera o lábio inferior ao ver o rapaz sentando-se ao seu lado a fitando dos pés a cabeça.
- Muito prazer Srta.Weasley. – Morbius falara sombriamente.
- Er... O prazer é todo meu Sr.Morbius...
- Pode me chamar de John! – Ele sorria abertamente para a garota.
- Hum... Ok, pode me chamar de Rose então... – Ela retribuíra o sorriso.
De dois cantos da sala duas pessoas olharam com desagrado para aquela cena, Alvo Potter não gostara nada do tal sonserino que aproximara-se de sua prima, assim como Jason Weiss que sabia que aquele tal de Morbius era estranho.
- E então, é boa em poções ou terei de fazer tudo sozinho? – Morbius perguntara risonho.
- Sim sou boa... – Rose começara a picar alguns ingredientes. – Mor... Quero dizer... John.
- Sim?
- O que houve entre você e Scor... E Malfoy no café?
- Desentendimentos, apenas isso... – Morbius ficara sério jogando os ingredientes no caldeirão.
- Não foram apenas desentendimentos! – A menina falara severa. – Nunca vi Scor... Quero dizer o Malfoy daquele modo!
- Parece bem intima do Malfoy... – Morbius a olhava com desagrado.
- Somos monitores chefes! Trabalhos juntos, além disso convivemos a mais de sete anos! Todos aqui podem se dizer íntimos.
- Astuta... – Morbius sorria de canto. – Muito astuta...
- Hum? – A menina erguia uma sobrancelha.
- Terminamos a poção professora! – Morbius chamava Parkinsin que logo analisava a poção e anotava algo em um pergaminho saindo de perto de ambos.
- O que você quis dizer?
- Apenas que você é astuta... – O garoto piscara e depositara um beijo na bochecha da menina assim que soara o sinal. – Até a próxima aula de poções, parceira...
Rose o encarou desaparecer da sala com os olhos arregalados, Jason lhe lançara um olhar feio assim como Alvo. A menina balançou a cabeça negativamente logo seguindo para a aula de TCM, passara mais duas aulas até o intervalo chegar. Todos pareciam bem entretidos no pátio quando Scorpius aparecera.
- Malfoy. – Morbius falara risonho.
- Não enche Morbius... – Scorpius falara tentando passar.
- Hey, qual é Scorpius conversa com ele! – Luke Zabine falara sorridente.
- Você não é sempre o valentão? – Fora à vez de Thompson.
- Oh! O que eu vejo um motim? – Jason aproximara-se risonho. – E aí capitão acalmou os nervos?
- Digamos que não... – Scorpius sorria de canto para o amigo.
Aquele canto do pátio era apenas usado pelos Sonserinos, ninguém ousava pisar lá, ninguém corajoso o suficiente, a não ser uma certa ruiva. Rose aproximara-se do local assim que vira Scorpius adentrar no pátio, entretanto escondera-se atrás de uma estatua quando escutara a conversa.
- Como anda o papai, Scorpius? – Morbius perguntara maldoso.
- Melhor do que você imagina. – Scorpius falara dentre os dentes.
- A marca negra ainda dói? – Morbius começara a andar em círculos em volta do loiro.
- A vida de meu pai te interessa tanto assim Morbius?
- INTERESSA QUANDO UM FRACO USA UMA MARCA HONRADA!
- MEU PAI NÃO É FRACO! – Os olhos de Scorpius voltavam a ficar quase brancos.
- Eu acho melhor acabarmos com essa discussão... – Jason começara a intervir.
- Não se meta Weiss! Todos sabem o quanto sua família é imunda tanto quanto a de Malfoy!
- Não abuse da sorte Morbius... – Scorpius parecia tentar controlar a raiva.
- Foi isso que sua mãezinha lhe ensinou Scorpius? – Morbius sorria de canto. – A imunda mestiça casada com o fracassado comensal?
Fora o bastante, Scorpius voara para cima de Morbius e ambos começaram uma bela sessão de socos e ponta pés, fora quando Morbius empurrara Scorpius e empunhara sua varinha para o garoto, estava preste a lançar uma azaração quando sentiu uma varinha em suas costas, todos os sonserinos presentes inclusive Jason surpreenderam-se com aquilo.
- Abaixe imediatamente a varinha Morbius. – A voz feminina fez com que Scorpius sorrisse levemente.
- Aqui não é área para você Rose... – Morbius virara-se como se nada tivesse acontecido.
- É Weasley para você! – Ela falara com raiva. – Malfoy levante-se!
- Vai ficar querendo me dar ordem até quando Weasley? – Scorpius sorrira levemente levantando-se.
- Até você parar de ser idiota! – Ela sorrira de canto. – Enquanto a você Morbius, se gosta tanto da marca negra e é tão forte o suficiente para falar mal de mestiços e ex comensais sugiro que torne-se o próximo Voldemort, assim meu querido tio Harry Potter possa acabar com o tédio e derrota-lo!
O cenho de todos Sonserinos ali franziram-se, menos o de Jason e Scorpius. Morbius encarara a garota com uma profunda admiração. Ela apenas lhe dera as costas saindo dali acompanha de Jason e Scorpius que não falaram nada, ao chegarem no salão comunal, Scorpius ignorara a todos subindo a escadaria e adentrando seu quarto, Rose fizera menção de segui-lo, mas fora impedida pela mão de Jason que lhe sorria fracamente.
- O que você fez hoje foi ridículo... – Jason declarara. – Não para você, mas para nós dois que somos sonserinos entende? Morbius é do mal Weasley, e ele vai jogar na minha cara e de Scorpius que nos safamos por sua causa... Scorpius poderia ter ganhado aquela luta se não estivesse tão nervoso...
- Então eu deveria ter ficado lá vendo ele azarar Scor... Quero dizer Malfoy sem fazer nada?
- Somos Sonserinos, esse é nosso modo de viver... – Jason falara saindo pela passagem. –Esqueça do que viu e ouviu hoje, para seu próprio bem.
Dançando onde as estrelas ficam tristes
Dancin' where the evening fell
Dançando onde a noite derrubou
Dancin' in your wooden shoes
Dançando em seus sapatos de madeira
In a wedding gown
Em um vestido de noiva
A garota lançou um olhar para a escadaria largando-se no sofá em seguida, não sentira vontade de voltar para as aulas. Pensou arduamente no que Jason lhe dissera a alguns minutos atrás, ela em sua vontade de ajudar Scorpius, acabara por o prejudicar. Ele deveria estar a odiando naquele momento e de certa forma ela não entendi ao porque de estar se importando com o que ele pensava.
Dançando na 7ª rua
Dancin' through the underground
Dançando pelo subterrâneo
Dancin' little marionette
Dançando pequena marionette
Are you happy now?
Você está contente agora?
Olhou que o tempo havia passado depressa com seus pensamentos, ele não saíra do quarto e o Sol já estava se pondo. Suspirou derrotada dirigindo-se para o quarto dele, a porta negra com maçaneta prateada era um tanto quanto sombria, a menina limitou-se em bater. Como não houve resposta após a vigésima batida resolveu girar a maçaneta a descobrindo destrancada, sorriu levemente adentrando o quarto.
Onde você vai quando está só
Where do you go when you're blue
Onde você vai quando está triste
Where do you go when you're lonely
Onde você vai quando está só
I'll follow you
Eu te seguirei
When the stars go blue, go blue
Quando as estrelas ficam tristes,tristes
When the stars go blue
Quando as estrelas ficam tristes
O quarto dele era todo negro com verde, engoliu em seco ao vê-lo na varanda do quarto olhando atentamente o pôr do Sol, aproximou-se lentamente colocando-se ao lado dele e encarando na mesma direção.
- Sabia que é perigoso invadir o quarto de um sonserino Weasley? – Ele falara seco.
- Me desculpe... – Ela baixara os olhos. – Não por invadir seu quarto, mas por...
- Por se meter em uma confusão que não era sua. – Scorpius a encarava desgostoso. – Não aja comigo como age com seus amigos Grifinórios Weasley, eu não sou como eles!
Rindo com sua boca bonita
Laughing with your broken eyes
Rindo com seus olhos partidos
Laughing with your lover's tongue
Rindo com a sua língua amnate
In a lullaby
Em uma canção de ninar
- O que Morbius falou de seu pai...
- Weasley não começa...
- Eu sei o que ele foi e sei o que ele tem feito para se redimir com a sociedade! – A menina encarara o garoto. – Se tornou médico para ajudar a sociedade, Malfoy ele...
- Weasley da para calar essa sua boca grande?
- Desculpe... – A ruiva encarava os próprios pés.
- Grifinórios não pedem desculpa para Sonserinos, não agradecem e não tentam ser amigáveis... É o que todos fazem, são hostis uns com os outros.
Onde você vai quando está só
Where do you go when you're blue
Onde você vai quando está triste
Where do you go when you're lonely
Onde você vai quando está só
I'll follow you
Eu te seguirei
When the stars go blue, go blue
Quando as estrelas ficam tristes,tristes
When the stars go blue
Quando as estrelas ficam tristes
- E eu tenho que ser como todos? Não posso ser diferente? – Ela aproximava-se do rapaz o encarando nos olhos.
- Weasley você está perto de mais... – O loiro a analisava.
Rose tinha lágrimas nos olhos e logo o abraçara fortemente, Scorpius arregalou os olhos azulados em seguida sorriu levemente a abraçando de volta.
Onde você vai quando fica sozinha
Where do you go when you're blue
Onde você vai quando fica trite
I'll follow you
Eu te seguirei
I'll follow you...
Eu te seguirei...
Where do you go, where do you go...
Onde você for,onde você for...
- Jason disse que fiz com que vocês ficassem envergonhados...
- Desde quando você o chama de Jason? – Scorpius sorria afastando-se.
- Desde o mesmo tempo em que eu comecei a te chamar de Scorpius! –Ela sorria levemente.
- E quem te deu essa intimidade?
- Eu me dei essa intimidade! – Ela cruzava os braços.
- Weasley você realmente é completamente doida! – Ele sorria voltando a encarar o por do Sol.
- Posso até ser... – Ela encarava a paisagem também. – Mas eu sei que você gosta.
Scorpius apenas sorrira em retribuição, não se soube quanto tempo ficaram ali, mas fora tempo o bastante para uma amizade nascer.
Ministério da Magia:
- COM A AUSÊNCIA DO MINISTRO KINSGLEY SHACKLEBOLT ANUNCIAMOS O SUBSTITUTO DO MINISTRO, O SENHOR BACH MILDETON!!!
- Quem escolheu esse cara Harry? – Rony murmurara. – Todos sabem que ele tem mais acusações de estar envolvido em magia negra do que qualquer outro cidadão de Londres!
- Tempos negros estão de volta Rony e o primeiro lugar atacado é o Ministério. – Harry murmurara.
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Comentários (1)
eitah..q a coisa ta pegando fogo e eu estou amando..quem naum gosta d um barraco neh?..kkkk adorei o cap..\0/
2012-08-24