Atraso no embarque
Albus desceu as escadas correndo. Esquecera seu malão, mas sua ida a seu quarto fora em vão, pois pelo que parecia sua mãe já pegara.
Ele chegou ao hall de entrada e viu seu pai segurando um grande embrulho. Ele chegou perto, e Harry lhe deu o embrulho. Albus o abriu desesperadamente enquanto Harry falava:
- Não mostre ao seu irmão, Al. Ele tem a minha velha Firebolt e essa é uma...
- Firebolt 500! – exclamou Albus, interrompendo a fala de seu pai. – Eu queria muito esfregar isso na cara do James, mas como o senhor pede...
- Eu não estou pedindo, estou mandando. – falou Harry, lançando um olhar de censura ao filho. – Coloque logo isso no porta-malas, seu irmão vai descer daqui a pouco.
Albus se apressou e colocou a vassoura no porta-malas do carro. Pensou um pouco e chegou a conclusão de que, na hora do teste, James veria sua vassoura e morreria de inveja.
A porta da casa se abriu e por ela passaram James, Ginny e Harry, todos apressados. Albus fechou o porta-malas e entrou no carro pelo banco traseiro. Lilly já se encontrava no carro, parecendo ligeiramente ansiosa.
- Al, em Hogwarts dá pra brincar de boneca? – perguntou ela, o olhando esperançosa.
- Claro que dá. – falou Alvo carinhosamente. – Você pode ensinar as outras meninas a brincar com você! Mas só ano que vem.
James entrou no carro, olhando o irmão. Albus retribuía o olhar desconfiado, o fitando de um jeito misterioso. Harry entrou no carro, virou-se e olho para Albus.
- Al, você deixou o cabo da vassoura de fora.
Ginny entrou e o carro acelerou, indo em direção á rua vizinha. Quando ia atravessar a rua, tudo sumiu. Albus se sentiu indo para cima, e lá do alto viu inúmeras casas, e lá longe Londres.
A viagem para King’s Cross foi rápida. Logo o carro reapareceu pousado no estacionamento. Os cinco saíram do carro, tendo um banho de luz do Sol escaldante.
- Vamos, faltam dez minutos para as onze horas! – falou Harry, correndo em direção á entrada.
Albus o acompanhou, entrando na boa sombra. Correu para a passagem, e com muita coragem, entrou na parede sólida e foi parar na estação onde estava o trem que iria a Hogwarts.
Um exemplar do Profeta Diário voou para sua cabeça. Na primeira página havia duas fotos: Uma de Draco Malfoy e outra de uma mulher com cara de sapo. No topo do artigo havia um título que dizia Fuga em Azkaban: Uma união perigosa.
Albus endireitou o exemplar e começou a ler o artigo.
De acordo com as autoridades, Draco Malfoy e Dolores Jane Umbridge conseguiram escapar de Azkaban no inicio da semana. Restou apenas uma testemunha do crime, um Auror, chamado Jack Covalline. Ele afirma que seu parceiro, Will, foi morto antes da fuga. “Estou muito decepcionado” afirmou o Ministro da Magia ao saber da fuga “Aurores estão procurando-os por Londres e pela Inglaterra inteira, mas não há nenhum vestígio deles”
O Profeta Diário deseja imensamente que o Ministério da Magia achem esses dois bandidos covardes e os prendam novamente e uma nova polemica surge. Azkaban era mais protegida com Dementadores? O Ministério começa a ser questionado desde o ano anterior, quando Draco Malfoy assassinou Philip Brian, um garoto que estudava em Hogwarts. Os tempos de paz acabaram?
Esperamos ações...
Mais informações, na pagina Sete
Albus ficou estarrecido, parado onde estava. Então o assassino Draco Malfoy estava à solta novamente. Com um suspiro longo, ele virou as paginas e parou logo na pagina sete, onde uma foto em movimento, preto e branco de Draco Malfoy olhava com uma careta para ele.
Para informar ainda mais os leitores, o Profeta Diário conseguiu uma entrevista exclusiva com Jack Covalline, a única testemunha do ocorrido. Para isso, convidamos Rita Skeeter, uma notória jornalista prestigiada, para nos dar mais informações sobre o ocorrido.
Fui otimamente recebida na casa do Sr Covalline, embora o ambiente não fosse lá essas coisas. Eu me acomodei primeiramente em uma poltrona velha que rangia, mas eu não estava ali para fazer criticas das casas mais imundas da Grã Bretanha. Jack se sentou a minha frente e eu perguntei, sem cerimônias:
- O que o Sr sabe sobre a fuga do Sr Malfoy, junto com a Sra Umbridge, Sr Covalline?
Ele pareceu um tanto desconfortável, talvez estivesse lembrando de algo realmente importante.
- Bem, vou relatar tudo o que você me pediu... Bem... Will me chamou em meu quarto para ajudar a domar o Sr Malfoy, eu o ajudei, mas ai o Will começou a torturar o Malfoy, não sei porque, até que eu sugeri uma compania para ele e levei a Dolores para a mesma cela. Parecia que eles já se conheciam de outra época... Talvez de Hogwarts, pois conheço muito bem a história que ela fez Hogwarts passar ao seu comando...
Eu dei uma risadinha e mandei ele continuar.
- Foi ai que tudo começou... Dolores do nada pulou em cima do Will e pegou sua varinha estuporando-o, eu tentei reagir, mas também fui jogado contra o chão, sem chances de reação, perdi minha varinha também... Ela a entregou para o Sr Malfoy e então saíram correndo, mas antes, num ato de vingança, Malfoy lançou a Maldição da Morte em Will, que ficou de olhos vidrados, morto.
- Interessante... – eu disse sinceramente – Continue, por favor...
- Depois desse ponto, não fiquei sabendo mais de nada... – relatou o Sr Covalline calmamente – Eu não ouvi mais nada, pensei que eles teriam de duelar com outros aurores, mas acho que estes estavam dormindo, ou sei lá fazendo o que... Então eles fugiram!
Eu notei Jack ficando nervoso, então decidi parar com a entrevista por ali. Agradeci a ele pela história e me retirei de seus aposentos, feliz, com os novos relatos do Sr Covalline, a única testemunha do fato em sim. Mas agora, deixamos uma questão em aberto. A defesa do Ministério da Magia está tendo falha novamente, isso tem que acabar.
Albus ficou completamente abalado com aquela noticia, até que seu pai colocou a mão sobre seu ombro e viu o rosto de Malfoy estampado no jornal.
- O que aconteceu dessa vez? – perguntou interessado.
- Ele fugiu de Azkaban! – relatou Albus nervoso
Harry tirou o jornal das mãos de Albus e o leu rapidamente, dando um soco no ar, de raiva. Albus ficou assustado com a agressividade do pai.
- Então é por isso...
- O que? – perguntou Albus
- É por isso que tem aurores revistando todos os vagões do Expresso de Hogwarts... – contou Harry – Ah! Isso é muito mal, muito mesmo!
- E eu não sei? – disse Albus deprimido
A família Potter ficaram ali por longos minutos, junto com as outras que estavam esperando também o vagão ser esvaziado. Ron, Hermione, Rosie e Hugo apareceram lá. Ron como sempre, reclamando do Ministério.
- Atitude ridícula... – ralhou ele – Onde já se viu, eles pensam o que? Que a Umbridge vai se esconder dentro de um malão? Só se for o malão maior do mundo... Aquela rolha de poço, sapa velha e coaxante!
- Calma Ron... – disse Hermione – Já chega...
- Tudo bem! – disse ele
Naquele mesmo instante, um batalhão de homens e mulheres começaram a sair do trem vermelho. Usavam longas capas pretas e tinham as varinhas em punho, até que um homem alto e corpulento avisou:
- Trem liberado!
Albus exclamou um “ótimo” baixinho e foi em direção ao trem com Rosie e James. Os malões dos três voavam atrás deles, todos aparentemente alegres.
- Eu vou me encontrar com meus amigos! – falou James. – Até mais, pirralho!
- Eu ainda vou estuporar ele algum dia! – disse Albus, começando a caminhar pelo corredor do trem.
- Potter?
Uma voz veio aos ouvidos de Albus e de Rosie. Ambos viraram, e a primeira coisa que Albus viu foi o brasão da Sonserina estampado no peito do garoto.
- Olá! – falou ele, alegremente. – Meu nome é Christian Carter, fui para a Sonserina por puro engano. Não acredito que isso aconteceu... – ele olhou para Rosie. – E você é?
- Rosie Granger Weasley! – falou ela, animada. – Pelo jeito você sabe de toda a história de Albus, não é?
- Sim, também estou no segundo ano. Ali há um vagão vazio. Vamos?
Os três se encaminharam para o vagão, e pela janela Albus viu Scorpius Malfoy. Seu olhar era frio, e com um movimento ofensivo com o braço, andou para um vagão cheio de sonserinos.
- Vocês já sabem da última? – perguntou Christian.
- Não sabemos. – respondeu Rosie - Qual é?
- O novo professor de DCAT é Jack Covalline, aquele auror que viu a fuga do Malfoy e da Umbridge.
- Mas ele é um Auror... – tentou falar Albus, mas foi cortado por Christian.
- Se afastou. Disse para o diretor Charlie que sua profissão é muito arriscada.
- Espere um momento... – cortou Albus – Eu ouvi bem? Eu ouvi o nome de meu tio, Charlie? Diretor? Como assim?
- Ah! – disse Christian – Não acredito que vocês andam tão desinformado desse jeito... O Charlie substituiu a Profa. McGonagall na diretoria de Hogwarts... Sabe idade aproximando...
Albus olhou pela janela aberta. Seus pais acenavam para ele dali. Ouviu-se a voz familiar “todos a bordo” e o trem soltou sua fumaça branca como uma nuvem. De repente, ele começou a andar, e Harry e Ginny ficavam cada vez mais longe. Albus deu uma ultima espiada pela janela, já não era possível ter uma visão de seus pais, então, se virou para Rosie:
- Esse ano, Hogwarts promete!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!