Duelo de Provas – parte 1

Duelo de Provas – parte 1



Capitulo 5
Duelo de Provas - parte 1



Flor da meia noite

Eu vi rastros de você
Em uma triste flor que desabrocha
Muito embora eu ame a chuva,
Hoje parece tão fria.
Fraca, fugindo rapidamente, a flor balança na noite.
Liberando apenas um suspiro, uma pétala de flor caída.
Eu reúno fragmentos da lua, adorno um sonho e durmo.
Mesmo se eu espalhar as areias do tempo
Eu sei que nunca poderei voltar àquele tempo...


- Fez o que pedi? – perguntou Draco com um olhar desconfiado para o dono da loja Borgin & Burkes. O velho o olhou por um momento e de cara amarrada pelo olhar intimidador do jovem entrou num aposento apertado, saiu de lá em alguns minutos trazendo na mão um pergaminho velho e amassado.
- Foi muito difícil, Sr. Malfoy. A família Theron é de linhagem antiga da França, não se tem quase nada sobre eles aqui em Londres...
- Achou pelo menos alguma coisa? – perguntou o rapaz com grosseria o velho o olhou mais uma vez.
- Sim, sim... – disse ele ao entregar o pergaminho velho. – Tive alguns contatos na França e eles me disseram que não há nada sobre uma jovem, e sim uma senhora muito velha que trocou de sobre nome e me parece ser o último membro dessa família...
- Uma senhora?
- Sim, uma senhora chamada Milanet Dorant, Dorant é o sobrenome que usa agora, sobrenome de trouxa depois que casou alguns anos, mas o marido morreu e agora ela vive sozinha. – Draco olhou por alguns instantes o pergaminho com o endereço da senhora e o nome. – Mas achamos algo estranho relacionado a esse nome Theron, um senhor chamado Ordélio Dior e uma garotinha, que saíram de Londres cinco anos depois da queda do Lorde das Trevas.
- O sobrenome desse Ordélio é somente Dior?
- Pelas pesquisas que fiz, senhor, é somente este. Repito que não achei nada possível para o que o senhor procura, e Alana não tem nenhuma ligação com essas pessoas. Além do mais, Alana pode ser um nome comum, não tem nenhum sobrenome? – Draco por um momento lembrou de algumas palavras: “Alana, foi só o que ele me disse, mas quer saber? Eu acho que ele está mentindo, mas eu nunca fui além dessa história. Talvez minha mãe tenha sido uma trouxa ruim, talvez até uma traficante ou coisa pior para ele ficar nervoso quando eu faço perguntas...”. – Procuramos por Alana Dior, Alana Theron, e não achamos ninguém.
- A única pisca que acharam foi essa? – disse ele olhando o pergaminho em suas mãos.
- Sim senhor. A única em relação à linhagem da família Theron. E senhor, tenha cuidado, ela parece ser louca.
- Está bem. – disse ele ao colocar o pergaminho no bolso e sair da loja.

A casa em si era muito velha, sua fachada de tinta desbotada era mal vista pelas grandes árvores que a cobriam e lhe davam uma imagem fantasmagórica. Uma rua deserta e abandonada, os gramados das casas eram altos e mal cuidados, alguns continham lixo espalhados, em algumas casas janelas quebradas, outras não tinham nem habitantes e suas portas batiam num som surdo ao menor visto de vento que passasse. Poderia se ouvir o uivo da ventania, os cachorros ao longe latindo, os gatos cassando alguns ratos. Um gato preto, magricelo com listras cinza parou de supetão ao ver um jovem alto de cabelos loiros quase prateados e olhos azuis acinzentados. O jovem parou por um momento fitando o gato e com um jato de luz esverdeada o gato rolou barranco abaixo em seu corpo inerte a lama lamacenta que rolava do esgoto. Ele caminhou a passos pesados, com a varinha nas vestes negras, sobre aquele gramado sujo e lamacento. Com uma cara de nojo esnobe ele bateu numa porta de madeira velha e rachada, poderia se ver um filete de luz opaca do vidro sujo e arranhado da porta. Uma figura assustadora veio surgindo pelo vidro da porta e sumiu de vista por trás da mesma.
- O que quer? – perguntou uma voz arrastada e amargurada de uma senhora.
- Milanet Theron? – perguntou o rapaz em tom audível e firme. Ele escutou a mulher mexer no trinco da porta nervosamente, mas não abriu.
- Não tem ninguém com esse nome aqui. Vá embora!
- Preciso saber sobre Ordélio Dior. – a velha senhora novamente mexeu nervosamente o trinco da porta. – Em tempos como esse é arriscado conversar na soleira da porta numa rua de trouxas, deserta. – velha senhora abriu um pouco a porta para ver o rosto de quem falava.
- Quem é você?
- Willian Vaisey – respondeu sem pestanejar.
- Este assunto está morto há dezesseis anos, vá embora! – rosnou fechando a porta num baque surdo. Draco se irritou, mas se manteve calmo.
- Pode me dizer onde posso encontrá-lo?
- Ele está na França! – rosnou a voz da velha senhora já ao longe e Draco deduziu que ela já não estava mais na porta. Ele respirou pesadamente e olhou a sua volta, respirar aquele cheiro estava ficando cada vez mais insuportável.
- Sabe alguma coisa sobre a família de uma garota que ele cuida? – perguntou em alto e bom som, para que ela pudesse ouvir, isso se ela estivesse por perto. Com um estalo, a velha senhora abriu a porta rapidamente o que lhe revelava uma aparência assustadora. A velha senhora tinha uma pele enrugada, exibia cabelos grisalhos sujos e despenteados, seus olhos miúdos eram castanhos de aspecto severo, era baixa e tinha um corpo curvado e trajava vestes remendadas e surradas.
- O que sabe sobre essa garota? Onde ela está? Me diga! – vociferou a velha senhora empunhando a varinha para o rapaz.
- Está estudando em Hogwarts. – respondeu ele seriamente sem se intimidar com a varinha em punho da velha senhora. Ela olhou para os lados e deixou o caminhou livre para que o jovem passasse. Ele atravessou o portal sujo com elegância e entrou na casa, que exibia um ar abafado e cheiro de mofo, as janelas eram fechadas e parecia que a casa não recebia uma limpeza há anos, havia teias de aranhas por toda a parte, ela mostrou com a mão o acento do sofá imundo e surrado para o jovem. A iluminação era precária. Apenas uma luminária perto do sofá, o restante estava escuro. Uma bacia de prata estava postada em cima de uma mesinha velha e bamba que Draco concluiu ser uma penseira. Olhou por alguns instantes o sofá imundo, mas não recusou o convite, apensar de querer está mil vezes lá fora do que sentado ali.
- Como ela... ela está? – perguntou com uma voz vacilante a senhora ao se sentar no sofá à frente.
- Está bem, senhora. – respondeu.
- O que o senhor é dela? – perguntou com interesse.
- Sou um grande amigo dela. – por um momento a senhora ficou em silêncio como se estivesse lembrando de alguma coisa.
- Aquele miserável me prometeu dar noticias dela... até hoje não sei o que aconteceu com ela. – ela parecia falar sozinha, olhando para o nada a sua frente. De repente como se desejasse se saciar de notícias da garota, ela olhou para o jovem a sua frente com tamanho interesse arregalando os olhos miúdos. – me diga, como ela é? Como ela é fisicamente, que cor tem os cabelos, os olhos sua personalidade... – Draco ficou olhando por um momento o rosto da velha senhora, parecia está querendo saber disso há anos.
- Ela é... – ele pigarreou. – é muito bonita, tem cabelos longos negros, olhos castanhos, não é alta mais também não é baixa e sua personalidade é agradável. – respondeu lembrando se teria alguma vez que seria agradável.
- Agradável? – ela riu saudosa como se lembrasse de algo. – Ordélio tinha medo de que os trouxas descobrissem algo sobre ela. Quando ela era pequena, fez várias coisas, coisa pequenas mesmo, já dando sinais. Uma vez ela fez isso numa biblioteca pública de Londres, fez os livros ricochetearem nas paredes e os vidros se quebrarem. – ela parou por um momento como se lembrasse de algo assustador. – Como Dorcas fazia... – disse num sussurro de tristeza. Draco estava fitando e registrando tudo o que a senhora dizia, ela que parecia ter se esquecido da presença dele. – Pena... a mãe morta pelo próprio pai...
- Dorcas foi morta pelo marido...? – quis ele saber em tom desinteressado.
- Sim... – ela parou por um momento o olhou com um olhar desconfiado. – Quem é você? – ele arqueou uma sobrancelha.
- Amigo de Annabela Theron. – respondeu ele sem pestanejar, escondendo um filete de curiosidade. – Dorcas é o nome da mãe de Annabela?
- Sim... – ela disse ainda fitando Draco com um olhar desconfiado. – Ela o mandou me procurar?
- Não exatamente senhora. Mas não sei se a senhora soube, mas Ann não conhece parte de sua família. – a senhora pareceu registrar por um momento o que Draco dizia e um fio de sarcasmo passou por seus lábios enrugados.
- Ela não sabe o nome da mãe?
- Não senhora.
- Ahh... sei... Ordélio, sempre Ordélio... – disse a senhora ao se levantar. – quer um chá meu jovem? – Draco pensou por alguns segundos se poderia recusar, mas para não fazer desfeita afirmou com a cabeça que sim. A velha senhora passou por uma porta e sumiu de vista, revelando passos devagar, arrastados. Draco passou a vista pelo aposento e soltou um suspiro quase inaudível. Um líquido de prata boiava sobre a penseira sendo iluminado algumas vezes, de relance, pela luminária. Draco se levantou e foi até ele. O líquido exibia algumas imagens de uma jovem perto do lago com uma aparecia de alguém que ele conhecia, mas tal imagem não lhe dava muitos detalhes, outras de fleches de luzes esverdeada. Draco pegou um pequeno pote de vidro postado ao lado da penseira, com a varinha pegou a lembrança, guardou-a cuidadosamente nas vestes e, pois a se sentar novamente no sofá imundo alegando inocência. Ela veio trazendo uma badeja de prata imunda e empoeirada, postou tremula sobre a mesa. – Aqui está, meu jovem.
- Obrigado. – agradeceu cordialmente, pegou uma xícara e a levou aos lábios, mas antes que tocasse olhou para o relógio velho da parede do aposento fazendo com que tal gesto fosse percebido pela senhora.
- Alguma coisa errada?
- Não, senhora. – disse com um sorriso falso. – Obrigado mais uma vez pelo chá senhora, mas tenho alguns assuntos para resolver. – concluiu ao se levantar do sofá. A senhora o acompanhou com os olhos, ela levantou-se para acompanhá-lo até a porta.
- Espero que volte um dia para me trazer noticias dela. – disse a senhora com um sorriso falso.
- Claro. – disse ao caminhar despreocupadamente sobre o gramado sujo e lamacento.
A velha senhora voltou ao seu aposento e passou pela penseira. Olhou-a por um momento e com um sorriso sarcástico.
- Por me deixar anos sem noticias Ordélio. Isso é por me deixar sozinha sem nada. – ela olhou para a janela suja sabendo que o jovem havia pegado uma lembrança da penseira.


Frio. Estava frio e escuro. Poderia sentir o cheiro de terra molhada da breve chuva que caiu. O frio se exalava em seu corpo inverte pregado ao chão de uma forma assustadora. Ele estava deitado, sentido cada parte, cada pedaço de seu corpo sendo torturado por uma dor fulminante. Sua respiração era pesada, como se resistisse ao máximo para poder respirar e era doloroso. Ele conseguia enxergar o céu estrelado ao longe e suas mechas aloiradas caídas de qualquer jeito em seu rosto fazendo com que seus olhos cinza piscassem. Ele segurava frouxamente a varinha em sua mão direita, não tinha nem forças para tal, seu braço estivera quebrado, sentido o chão quente e molhado por baixo de seu corpo.
- Está doendo? – perguntou uma voz séria de um homem longe de seu campo de visão.
-Não... – respondeu ele se permitindo tossir.
- Sei que está. Já passei por isso. – passos se ouviam e o dono da voz entrou em seu campo de visão, seu pai, Lúcio Malfoy.
- Sei que já. – lhe respondeu seu filho o encarando.
- Por que me olha assim? Não foi você mesmo que disse que iria me matar? Bem, estou aqui!
- Não! Lucio! Não!! – um grito de mulher lhe invadia as têmporas. Lucio apenas inclinou, indiferente, para a direção do grito.
- Sua mãe grita. Draco, quando você vai aprender a crescer? – ele o olhou por um momento. – Achou mesmo que seu destino seria fácil? Achou mesmo que poderia? – ele riu irônico e amarelo.
- Se não achasse que poderia, não estaria aqui. – ele tossiu mais uma vez, fechou os olhos para guardar para si próprio a dor que o invadia novamente.
- Draco, meu filho, você...
- NÃO ME CHAME DE FILHO! – vociferou. Lucio o olhou atônito.
- Feh! – fez. – Não vou matá-lo por sua mãe, Draco, somente por ela!
- Não quero que me veja como um fraco.
- VOCÊ É FRACO! – foi à vez de Lucio vociferar. – Estou lhe dando uma chance de se redimir.
- NUNCA!
- ENTÃO ESTÁ DO LADO DO POTTER?
- ISSO JAMAIS! – vociferou mais uma vez, e fechou os olhos na busca de um alívio para aquela tortura.
- Vai virar um andarilho? É isso? – rosnou.
- Eu faço as minhas próprias regras!
- Há! Um garoto como você! Vai fazer suas próprias regras, Draco? Você não consegue nem ao menos matar o Potter! O POTTER A QUEM TANTO VOCÊ ODEIA!
- Um dia eu o matarei e não preciso provar nada a você e nem a ninguém! Não preciso de um pau mandando pra cima de mim! – disse ele com nojo. Lucio o olhou com desprezo e raiva. Agachou-se até o filho e o ergueu pelo colarinho fazendo o sentar na terra molhada e quente do clima frio.
- Está insinuando que...
- O que você entendeu? Um subordinado servindo a um homem que é vivo e morto ao mesmo tempo. Você está pior do que eu e ainda quer me julgar? Lucio, você já caiu do cavalo há muito tempo – Draco encarava os olhos de seu pai com o mesmo desprezo e raiva o que fez lembrar de uma coisa. – As notícias correm.
- Você acabou de assinar seu testamente, Draco.
- Então que minha morte assim seja!
Lucio soltou Draco que este manteve seu corpo inerte no chão respirando pesadamente.
- Tens sua última chance de vida, Draco. Mate-a ou sua mãe morre. – dizendo isso Lucio foi-se, deixando Draco engolindo seco. Ele levantou-se e sentiu seu corpo pesar, seu braço direito que segurava a varinha estava quebrado, o outro sangrando muito. Partes de suas vestes estavam sujas e rasgadas, seus cabelos loiros estavam bagunçados e sujos, perderá o brilho de sempre. Ele deu dois passos e sentiu seu corpo cair novamente quando alguém o sustentou. Sentiu por um momento um perfume suave lhe invadir as narinas e longos cabelos negros, mas sua vista estava turva e suas mechas de cabelos loiros lhe impediam de olhar a face do ser. Um toque suave que ele conhecia, mas não lembrava, lhe segurava pelo braço que o sustentava. Mas seu corpo era pesado para braços tão delicados tentar lhe sustentar e o deixou escorregar ficando sentado no chão com a cabeça apoiada perto do pescoço de alguém, de alguém que ele conhecia, mas não lembrava. E palavras: “Me perdoe”, eram ditas por aquele ser que fazia carinho na sua nuca e o abraçava fortemente. Um jato de luz verde lhe cobriu a visão e o escuro lhe tomou a vista.

Draco acordou suado e tremulo, olhou para os lados assustado e se viu no quarto da sala de Monitoria chefe de Hogwarts, e poderia jurar que sentiu o cheio de terra molhada e o perfume de alguém que ele conhecia mais não lembrava quem. Levou as mãos ao rosto, tremulas, passou-as pelos cabelos. Nervoso, olhou para a janela do quarto, ainda estava escuro. “Pesadelo” pensou. Deixando-se cair mais uma vez no travesseiro. Permitiu-se lembrar do tal pesadelo, e ficou imaginado quem seria aquele ser que o acolheu naquele momento, ficou pensando no perfume que lhe invadiu as narinas e poderia jurar ainda está sentindo e o nome de alguém lhe veio à mente: “Theron”. “IMPOSSÍVEL!”. Disse ele alto pra si mesmo, sorrindo ironicamente e virou-se para olhar o pequeno pote de vidro com um liquido prateado que rodava nele. “Tenho que achar uma penseira para olhar isso”.

Meados de Outubro...

- Eu não gostei! – disse pela quinta vez Ann com o folheto do Duelo de Prata do Dia das Bruxas, quando passavam para tomar café da manhã no Salão Principal, cinco dias depois da briga que tivera com Draco.
- Você já falou isso! E não disse o quê não gostou ainda! – disse Gina exasperada.
- Eu não gostei! – repetiu ela se virando pra Gina que a olhou com indiferença.
- Ah Ann! Diz logo de uma vez! – falou Hermione irritada.
- Eu não vou poder ir a esse baile!!! – respondeu ela histérica.
- Como assim? – perguntou Gina ao sentar-se à mesa da Grifinória.
- Não tenho vestido! – respondeu Ann jogando o folheto pra cima de Rony e pegando uma torrada e passando geléia brutalmente. Rony, porem, estava debruçado sobre a mesa, e sua cabeça pendia na mão, seus olhos fitavam o mingau a sua frente e soltou um muxoxo ao ver o folheto cai em cima.
- O que foi Rony? – perguntou Hermione ao pegar o Profeta Diário.
- Olhar esse folheto me dá ânsias, todas as noites rezo a Merlin para esquecer o vexame do quarto ano.
- Mas você não foi ruim! – alegou Gina encarando o irmão em seguida pedindo ajuda com os olhos a Hermione e Ann.
- É... é... você não foi ruim! – disse Hermione gaguejando.
- Bom, eu não estava prestando atenção a você Rony, mas... pode ser que você não tenha sido assim... tão... ruim... – tentou Ann o olhando com pena pela cara do garoto de morte desviando os olhares de Gina e Hermione.
- TÃ RUIM?? – ele disse exasperado assustando as três. – Eu fui péssimo, Ann!
- Calma, também não é assim! – disse ela ao se assustar com o grito do garoto.
- Eu não vou a esse baile!
- Como assim você não vai? – perguntou Harry ao aparecer na mesa.
- Se caso você não for Rony, eu te faço companhia no salão comunal da Grifinória jogando xadrez. – disse Ann descontente.
- Jura? – disse um Rony quase chorando se debruçando sobre a mesa para pegar na mão da garota.
- Claro! – disse ela com um sorriso forçado temendo-o.
- Claro que não! – disse um Harry Lívido. – Você vai a esse Baile e a senhorita também! – disse ele apontando de um para o outro, encarando rostos interrogativos.
- Pra que isso? – perguntou Gina olhando para Harry sem entender.
- Por isso! – disse ele ao colocar um pergaminho amassado de cinqüenta centímetros em cima da mesa para que os outros quatro pudessem ver.
- É uma equipe? – perguntou Hermione.
- Equipe? – falou Ann olhando pra Harry.
- Sim, eu escrevi vocês no Duelo de Prata, só podem participar equipes de cinco todos os alunos do quinto, sexto e sétimo ano.
- Harry Potter, Rony Weasley, Gina Weasley, Hermione Grange e Annabela Theron… - leio Hermione o pergaminho e em seguida olhando para Harry. – você nos escreveu?
- Claro! – disse ele como se fosse à coisa mais óbvia do mundo sentando ao lado de Rony e se servindo de um pouco de suco.
- Não tem problema se for alunos do quinto misturado com o sexto? – perguntou Gina olhando o pergaminho da mão de Hermione.
- Não. – respondeu ele agora se servindo de torrada, Hermione o olhou incrédula.
- Harry eu não acredito que você fez isso!
- Hermione, seja como for, você já está escrita! E seja uma boa duelista! – disse agora se levantando. – Vamos! – pegou na mão de Gina e a arrastou junto com ele. Rony tinha na face uma expressão de terror, falou:
- Não só vamos competir contra os da casa como também vamos competir com os de Durmstrang e Beauxbatons – Ann se permitiu dar um gemido leve de dor ao escutar o nome de sua antiga escola.
- Você disse que não tinha gostado por que não tinha vestido? – perguntou Hermione sem assunto.
- Foi. – disse Ann no mesmo tom.
- Mas você vai dar um jeito, sua irmã está aqui em Londres, não é?! – disse com um sorriso.
- É... – disse Ann sem muita emoção pegando o pergaminho que Harry deixara. O pergaminho amarelado com letras negras grifadas e muito bem escrito continha os dizeres:


Duelo de Prata - desde 203 a.C.

Considerado por bruxos antigos um dos duelos mais prestigiados entre os bruxos.

A participação apenas alunos do Quinto/Sexto/Sétimo ano podem participar.

Equipes de 5 pessoas. (não precisa ser do mesmo ano)

É divido em duas etapas:

1° etapa - prova teórica de Defesa com as Artes das Trevas - Etapa que depende e muito. (A equipe pode ser desclassifica se apenas um membro não passar).

2° etapa - Combates

Os duelos são classificados por equipe, cada equipe tem cinco duelistas que irão duelar contra outros cinco duelistas. Em sistema individual.
Cada um tem direito a cinco golpes sendo o ultimo o desempate caso ocorra. Se a equipe obtiver três vitórias a zero já é ganha.

Os primeiros combates serão em desarmamentos e assim passando para um nível superior.

Feitiços Proibidos:

Avada Kedavra (A Maldição da Morte)
Crucio (A maldição Cruciatus)
Imperius (A maldição do controle)

Estes estão permanentemente proibidos pelo Ministério da Magia. Ou qualquer outro meio que possa trazer risco de vida a qualquer aluno.

O aluno que venha a usá-lo será desclassificado do Duelo e terá sua inevitável expulsão das Escolas:
Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Academia de Magia de Beauxbatons
Academia de Magia Durmstrang

Averiguado pelo Ministério da Magia
Rufo Scrimgeour


Mais abaixo havia uma lista de equipes já cadastradas:
...

Equipe de n° 50
Grifinória:
Harry James Potter - Anfitrião
Ginevra Molly Weasley
Hermione Jane Grange
Ronald Bilius Weasley
Annabela Dior Theron

Como se procurasse por uma equipe da Sonserina, Ann correu os olhos pela folha de pergaminho.

Equipe de n° 75
Sonserina:
Draco Malfoy - Anfitrião
Thomas Rivert Etsedor
Sam Geour Neo
Willian Urquhart
Hugo Vaisey

Ann mordeu de leve o lábio inferior ao ler o nome do anfitrião da Sonserina, sentiu o solavanco em seu estomago como se tivesse decido um degrau de escada sem querer, ainda se sentia sentida pelas palavras que ele lhe dissera alguns dias atrás e o clima entre os dois era extremamente frio. Se ela queria se afastar dele, teria conseguido; mas ficado do jeito que estava, estava sendo uma tortura. Ela brigou consigo própria ao pensar que estava ruim estar dessa maneira, mas se sentia sentida todas as vezes que ficava perto dele, que tinha que fazer trabalhos juntos quando eram solicitados e suas conversas eram somente sobre trabalhos, frias e maquinalmente traçadas. Perguntou-se se teria que pedir desculpas, mas pensando bem, as palavras que ele lhe dissera eram piores do que as dela a ele. Balançou de leve a cabeça como se pudesse esquecer de tais pensamentos e correu os olhos mais uma vez para olhar o restante dos adversários.

Equipe de n° 112
Lufa- Lufa
Owen Cauldwell - Anfitrião
Anitha Summers
Zacarias Smith
Analita Summers
Orlando Flint

...
Equipe de n° 205
Corvinal:
Keichi Takanori Sato - Anfitrião
Juan Boot
Rodrigo Davies
Tales Pierre Vanes
Julieta Teodor Milin

Como se já soubesse de tal fato, não se entusiasmou muito ao ver o nome de Keichi Sato entre os duelistas da Corvinal. Jogou displicentemente o folheto em cima da mesa e olhou rapidamente para a mesa da Sonserina. Pansy tinha no rosto uma expressão de tédio enquanto Goyle e Crabbe ficavam dando tapinhas nas costas de Draco, que este, estava sentado rodeado de alunos da Sonserina olhando o mesmo folheto do Duelo de Prata com os dizeres das equipes e como tal pensamento o fez olhar para a mesa da Grifinória e encontrar os olhos castanhos da morena que o encarou por um momento, mas desviou o olhar em seguida.

Como tal. Ele viu o nome de Keichi como anfitrião da Corvinal e sentiu seu maxilar estalar contraditório. Olhou mais uma vez para a mesa da Grifinória, Ann estava de cabeça baixa olhando o Profeta Diário em suas mãos. Lembrando do sonho que tivera, observou mais os cabelos da morena, ficou imaginando se seria ela ou não que o abraçara, mas balançou a cabeça para esquecer de tal assunto, obteve-se a observar o folheto melhor e viu os duelistas da Grifinória, olhou mais uma vez com o cenho franzido para o nome da morena, olhou rapidamente para a mesa e a viu saindo do castelo. As conversas com ela não estavam sendo nada agradáveis, eram sempre sobre trabalho e isso já o estava irritando, mas pensando bem, era isso que ele queria. Ela queria ver algo que dentro dele não existia. Mas Draco sentia que queria só mais um motivo para falar com ela se não fosse sobre trabalhos.
- O que foi Draco? – perguntou Tom de lado pegando uma torrada. O garoto acompanhou a morena sair do Salão Principal com os olhos e quando ela saiu de seu campo de visão resolveu responder com tédio:
- Nada. – ele ficou fitando o nome dela por alguns instantes até que outro nome o chamou atenção: Harry James Potter. Talvez essa fosse à chance que ele tanto esperava de duelar finalmente com seu maior inimigo, mas nos olhares de professores não seria possível causar danos possíveis, mas obteve-se a pensar em algumas maneiras, um duelo entre a tênue linha entre a vida e a morte é o duelo que ele tanto esperava. Levantou-se da mesa e saiu do castelo indo atrás desse motivo.

Ann caminhava absorta em seus pensamentos a passos devagar sobre a neve num tempo frio quando alguém lhe puxará pelo braço com agressividade.
- O que é isso? – perguntou um Draco Malfoy grosseiro apontando para um pergaminho da lista das equipes. Ela o olhou por um momento.
- Olha, eu não sei se você percebeu, mas essas situações está ficando chatas demais, e acho que dá próxima vez meu braço pode se partir ao meio...
- Me diga o que isso significa! – rosnou ele cortando o ar sarcástico dela, que está o olhou com um olhar ameaçador.
- Isso é uma lista. – disse ela no mesmo tom. Ele respirou pesadamente ainda encarando-a com o mesmo olhar que o dela.
- Eu quero saber o que seu nome faz nela?! – perguntou rispidamente.
- Quer dizer que me escrevi, Malfoy. – disse ela por fim ao se afastar dele, mas ele a puxou novamente.
- VOCÊ NÃO VAI. – rosnou com raiva.
- VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! – ela brigara.
- EU POSSO NÃO MANDAR, THERON, MAS PARA ESSE DUELO VOCÊ NÃO VAI ENTRAR! – ele gritara.
- JÁ ENTREI SE NÃO ESTÁ VENDO! – ela berrou de volta. Eles se olharam por um momento em silêncio, pareciam está se fuzilando com os olhos.
- Eu vou te machu... – começou ele quase num sussurro. Talvez esse fosse um motivo idiota, mas se era pra falar com ela sem ser frio e sobre trabalho não tinha escolha a não dar uma idiota dizendo que ela não iria, mas pensou se seria diverti tê-la como adversário, mas obteve-se que não a machucaria de nenhuma forma.
- Esta com medo de perder? – perguntou ela sorrateiramente cortando-o sem escutar o que ele iria dizer.
- Não. – respondeu num tom ameaçador e intimidador.
- Então não me faça perguntas. Nos vemos na arena. – e assim se afastou dele, deixando bufando de raiva amassando o pergaminho em mãos.
- Sem querer eu vou acabar machucando você, sua imbecil! – disse ele pra si mesmo caminhando ao lado contrário dela.

Uma Ann exasperada passou voando por Gina e Hermione, que estavam paradas na porta do castelo.

- Hei! Hei! Hei! Pra onde vai com tanta pressa? – perguntou Gina fazendo Ann parar.
- Quer mesmo saber? – perguntou Ann ríspida. Gina a olhou sem entender. – Me jogar da torre de Astronomia.
- Ui! – fez Hermione. – Já sei, isso tem dedo do Malfoy.
- É! – respondeu Ann exasperada.
- O que ele fez agora? – perguntou Gina com tédio.
- Não quer que eu participe do Duelo!
- Ele não pode mandar em você! E além disso, amanhã começa a primeira etapa do Duelo não é mesmo? – disse Hermione sem muita emoção. Por um momento as três ficaram em silêncio.
- Nervosas? – perguntou Gina com olhos brilhantes quebrando o silêncio. Hermione e Ann se entre olharam em seguida olharam para uma Gina saltitante à frente.
- Mais ou menos... – respondeu Ann com um meio sorriso sentido seu estomago dar cambalhotas.
- AHHH... – explodiu Hermione. Gina e Ann a olharam assustadas.
- O que foi? – perguntou Ann.
- Não sei o que deu no Harry pra me colocar nesse duelo! Ele sabe muito bem que eu não sou tão boa assim!
- Mas vai dar tudo certo! – interpôs Gina.
- Calma! É só um duelo! – quis animar Ann.
- É só um duelo? Você diz assim, sem mais nem menos! Ann, eu nunca fui tão boa em Defesa Contra as Artes das Trevas!
- Hermione. Respira ta! Você é ótima. Você é boa em tudo. É a garota mais inteligente que eu conheço. – disse Ann segurando nos ombros de Hermione que rolava os olhos.
- Teorias, Ann, teorias! Nunca fui tão boa na prática!
- Mas passou nos N.O.N.s – entreviu Gina. Hermione mordeu o lábio inferior ao encará-la.
- E se eu não passar? – perguntou. Gina bateu na testa.
- Mas vai passar! – afirmou Ann.
- Mas se...
- HERMIONE! – foi à vez de Gina explodir. – Passando ou não você não vai morrer, nenhum de nós vai matar você por isso... a não ser o Harry. – conclui com um sorriso de deboche.
- Harry não vai matar você por isso. – disse Ann rindo da expressão de Gina. – Amanhã você passa nas suas “teorias”, na prática pode deixar com a gente! – disse dando uma piscadela. Hermione mordeu mais uma vez o lábio inferior e deixou o assunto morrer ali mesmo.

O dia amanheceu claro e cinzento, alem do clima frio estava fazendo um clima abafado, alguns alunos foram parar na Ala-Hospitalar por nervosismos do dia da prova, outros por tomarem substancias ilegais acreditando ser um estimulante para mente na hora dos exames da primeira etapa do Duelo de Prata. Gina se arrumava cantarolando, Parvati colocava os últimos assessórios alegando que eles lhe davam sorte, Lilá parecia está entrando numa espécie de transe mental, às vezes ficava falando coisas sem sentido ou chorando por anda. Hermione ficava indo de cinco em cinco minutos a biblioteca e tentava enfeitiçar os livros para eles ficarem em miniaturas e leva-los consigo, mas foi contrariada por Ann, que lhe disse que os livros haviam sido enfeitiçados para fazer tal feito. Ann parecia nervosa, roia as unhas e ficava olhando para a janela se seria uma boa idéia se jogar dali ou se morreria rápido e sem dor. Simas Finnigan enfeitiçou quatro garotos do segundo ano sem querer, dizendo que estava praticando e estava muito nervoso. Neville Longbottom teve ataques durante a noite e dia dizendo que estava sendo atacado por Dementadores. Rony parecia que tinha sido enfeitiçado pelo feitiço de cada de lesma, sua face estava esverdeada e parecia muito mal, disse que não havia dormido muito bem. E Harry, parecia que para ele era um dia normal, mas muito ansioso, e ao saber que Draco Malfoy estava no tornei sentiu que uma vingança estava por vir. Daria tudo para ter um duelo de homem pra homem desde muito tempo e não o perdoou do que lhe fizera no nariz no Expresso de Hogwarts. Esta seria a chance.
Draco Malfoy estava ciente do estava pensando em fazer, tinha em mente a vitória e nas mãos a cabeça de Harry, para garantir essa vitória teria que duelar contra Ann, e não estava disposto a machucar a garota mesmo sem saber se ela era boa ou não em duelos, mas obteve em pensar que essa vitória seria muito fácil. Tom passou a noite acordado, praticando feitiços, como Simas, e acabou desmaiando seus colegas de quarto e dois de equipe.
- Prontas? – perguntou uma Gina alegre. As quatro a olharam assustadas. – O que foi? – Lilá pôs a desmaiar. Parvatir a se olhar nos espelho para ver se os assessórios estavam no lugar certo. Hermione pegou o livro de Defesas Contra as Artes das Trevas e passar as folhas com brutalidade. Ann pareceu petrificada.

As quatro longas mesas das casas saíram dando lugar a mais de cem pequenas mesinhas enfileiradas de carteiras para abrigar os alunos que iriam participar da primeira etapa do duelo, todas dispostas da mesma maneira. Os alunos de Beauxbatons e Durmstrang, ficaram esperando fora do castelo. Como no quinto ano de há muito tempo, o Professor Flitwick ficou responsável por coordenar essa primeira etapa. Três homens do Ministério da Magia; eles eram altos, trajando longas vestes e capas esvoaçastes estava na extremidade do Salão perto do professor, que este, estava em cima de uma pilha de livros em cima da mesa para enxergar os estudantes. Ao entrarem no salão, nervosos, foram tomando seus lugares devidos e rolos de pergaminhos estavam sobre as mesinhas.
- Bom dia alunos. – disse a voz fina de Flitwick. Alguns alunos murmuraram: “Bom dia” outros: “...dia”. – Não é permitido, colar ou qualquer outro feitiço que venha prejudicar o desenvolvimento de vocês nesta primeira etapa. Como já leram e estão cientes delas. Esta primeira testará o nível de vocês em teorias em Defesas Contra as Artes das Trevas. Estão cientes de cada um de vocês pertence uma equipe de cinco duelistas que se escreveu para o Duelo de Prata e que se apenas um aluno não conseguir passar nesta etapa pode desclassificar a equipe inteira. – ele concluindo olhando para toda a turma a sua frente. Pigarreou ao continuar. – Estes três homens ficaram conosco durante os dias do Duelo de Prata para coordenar e vistoriar se algum aluno está infligindo nas regras, além de vistoriar se nenhum aluno está colando ou usando algum tipo de magia para beneficio próprio ou coletivo. Eles têm autorização total do Ministério da Magia para a aprovação de punições a alunos que venham prejudicar o duelo. – Neville Longbottom estava sentado duas cadeiras a direitas de Ann, ela o ouvir soltar o muxoxo quase inaudível. Hermione parecia nervosa para começar logo, fitava o rolo a sua frente como se quisesse jogá-lo para fora da janela, estava sentada a duas cadeiras a frente três fileiras do lado direito. Harry ouvia tudo nos mínimos detalhes e não demonstrou nervosismo algum, sentado a quatro cadeiras mais atrás à esquerda de Ann e mais atrás dele, umas cinco cadeiras estava Rony que estava prestes a vomitar para o lado. Gina parecia que estava ouvindo uma história encantadora, sentada duas cadeiras ao lado de Harry. E da mesma forma Draco, parecia registrar com tamanha atenção tudo o que Flitwick dizia e não demonstrou fraqueza alguma ou qualquer tipo de nervosismo, parecia se deliciar com aquela situação, sentado sete cadeiras na mesma fileira a direita de Ann. Tom tamborilava os dedos sobre a mesa, com cara de tédio, sentado duas cadeiras atrás de Draco. Parvati remexia em seus assessórios freneticamente o que chamou atenção de alguns alunos da Lufa-lufa que estava perto dela. Lilá estava quase deitada em cima da mesa, com a mesma expressão de Rony, ela pendia sua cabeça nas mãos. – comecem! – o salão foi tomando por um ruindo de desenrolar do rolo de pergaminho. Hermione já pegará a pena e começara a escrever numa rapidez incrível. Rony lia e relia o titulo em letras grifadas negras no cabeçalho do pergaminho: EXAME DE DEFESA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS: DUELO DE PRATA. VISTORIADO PELO MINISTÉRIO DA MAGIA. 1° ETAPA. Neville ainda tentava abrir o seu rolo de pergaminho. Parvati parecia que queria ver as respostas nos assessórios de tanto mexer neles nervosamente. Lilá fazia uma careta cada vez que passava os olhos sobre o pergaminho com sessenta e cinco perguntas obtendo quatro folhas. Gina estava calma e cantarolava para não ficar nervosa. Harry ao seu lado já estava passando dos trinta centímetros de pergaminho do mesmo jeito que Draco, absortos em seus pensamentos para responder. Tom tamborilava os dedos sobre a mesa e encarava o seu pergaminho em tédio. Keichi, já estava respondendo calmamente e Ann lia atentamente cada pergunta.
Já haviam se passado duas horas e cinqüenta minutos de exame e os alunos ainda estavam em suas cadeiras respondendo o exame. Os três homens do Ministério da Magia vagavam pela sala em silêncio, observando aqui e ali. Flitwick folheava um exemplar do Profeta Diário cantarolando baixinho e os únicos ruídos era o levantar de folha do pergaminho ou das penas o aranhando.
- Mais cinco minutos. – a voz do bruxo miúdo sobressaltou alguns estudantes que apertaram o passo para escrever mais rápido. O bruxo miúdo olhou para o relógio de prata que estava no bolso de suas vestes. – Fim do exame. Boa sorte a todos. Descansem as penas, por favor, e fiquem ainda sentados enquanto eu recolho os pergaminhos. Accio! – mas, diferente do quinto ano de há muito tempo atrás, o Prof. Flitwick deixou uma caixa grande esperando pelos rolos de pergaminhos caírem dentro dela e sorriu satisfeito de sua idéia. – Muito bem, agora podem sair. – esganiçou ainda sorrindo.
Os alunos levantaram-se de suas cadeiras, tagarelando sobre o exame. Alguns mantinham na face uma tristeza, alegando que não conseguiram passar, outros satisfeitos pelo trabalho que fizeram.
- E aí? – perguntou Gina ansiosa a Hermione e Ann quando elas chegaram perto da cadeira onde ela estava sentada, agora se levantando para receber as amigas com Harry ao seu lado. Ann mantinha no rosto uma expressão assustada, Hermione uma de desapontamento.
- Ruim. – começou Ann.
- Péssimo. – falou Hermione e as duas abaixam a cabeça.
- Rony? – perguntou Harry ao ver o amigo se aproximar. Rony os olhou por um momento, em seguida desabou algo desagradável que comeu no café da manha, Gina, Hermione e Ann soltaram exclamações horrendas.
- Horrível! – esganiçou o amigo ao recompor-se e em seguida caiu pra trás como tábua.
- Caramba! – fez Gina ao encontrar o olhar assustado de Harry.

Os alunos caminharam para fora do castelo, aguardando a apuração do exame e de quantas equipes participariam desse Duelo. Muitos estavam ansiosos, outros choramingavam, alguns já estavam fazendo apostas de quem chegaria à final, outros temeram serem azarados por colegas de equipe se não passasse nessa primeira fase.

Draco estava encostado numa árvore, de pé, com as mãos nos bolsos, com os colegas de equipe sentados no gramado conversando sobre o exame. Pansy ficava dando olhares para Draco observa-la, mas o garoto estava com um olhar longe para o lago pensando nas palavras de uma certa garota.
Alguns alunos de Beauxbatons estavam cantando uma canção muito conhecida pelos trouxas, um garoto tocava um violão cantando sendo acompanhado por uma garota.

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow

E eu desistiria da eternidade para tocar você
Pois eu sei que de algum modo, você me sente

“O que está fazendo?”
“Fui falar com a Prof. McGonagall e consegui fazer com que pelo menos no Baile eu não tenha que ficar com você”.
”Pra ir com Sato?”
“Tem outro? Olha, Malfoy, eu fui até o vestiário da Sonserina para falar com você sobre o que anda acontecendo. Não sei o que você tem em mente, mas quero que isso acabe!”

You are the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

Você é o mais próximo do céu que eu jamais estarei
E eu não quero ir para casa agora

“Ótimo! Mas uma...”
“Chega! Já basta uma que eu tenho que ficar andando com você pra cima e pra baixo, não estou à-vontade de pegar mais uma, obrigada, Malfoy, pela belíssima estadia aqui em Hogwarts!”
“Você acha que eu estou feliz com isso? Olha bem pra minha cara!”
“Me desculpe”

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life

E tudo que eu posso provar é este momento
E tudo que eu posso respirar é a sua vida

“Nada, graças a Merlin. Você se acha o rei de tudo e não passa de um garoto perdido. Não percebe que por baixo dessa pele de lobo que você se esconde tem alguém gritando pra sair”
“É mesmo? Então me diga o que acha de mim.”
“Não é preciso eu dizer o que você já deve saber. Como eu disse no começo do ano: As noticias correm.”
“Eu poderia dar uma chance a alguém pra dizer na minha cara o que falam ou o que acham de mim, se eu me lembro, você disse hoje de manhã que me conhece, me dizendo que eu sempre me mostro sobre a minha grandeza de puro-sangue e que a você eu não engano. Acabou de dizer que embaixo da minha pele de lobo tinha alguém gritando pra sair. Então me diga Theron, quem é essa pessoa que você diz que está gritando pra sair?”

'Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

Porque mais cedo ou mais tarde isso iria acabar
Eu só não quero sentir a sua falta essa noite

“Fique sabendo que essa garota está na minha mira Draco, se você falha, ela morre.”
“Se encostar um único dedo num fio de cabelo dela eu mesmo mato você”
“Onde é que você estava? Fiquei preocupada, e te procurando depois que sai dos Três Vassouras! Acabei de ver Lestrange passando pelas árvores no final da cidade, sabia?”
“Estava preocupada comigo?”

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand

E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acredito que eles entenderiam

“NÃO EU NÃO GOSTEI, ALÉM DO MAIS EU ODIEI AQUELE BEIJO QUE VOCÊ ME DEU LÁ NAQUELE VILAREJO!”
“Hogsmead?”
“ESSE MESMO!”
“Sei...”
“Não me interrompa. EU NÃO GOSTEI!”

When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

Enquanto tudo é feito para ser quebrado
Eu só quero que você saiba quem eu sou

“TEM CERTEZA?!”
“TENHO! NÃO ME OBRIGUE A BATER EM VOCÊ!”
“PROVE!”
“Malfoy... VAI PRO IN...”

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies

E você não pode lutar contra as lágrimas que ainda estão por vir
ou o momento da verdade em suas mentiras

“VOCÊ É UMA SANGUE-RUIM, IGUAL AQUELA LÁ, AMIGA DO POTTER!”
“GRR!! EU SÓ NÃO TE ENCHO DE PORRADA AGORA PORQUE EU NÃO QUERO TOCAR NESSA SUA PELE ASQUEROSA DE SERPENTE!”
“E EU NÃO QUERO ME CONTAMINAR COM UMA SANGUE-RUIM COMO VOCÊ!”
“ARRE! ODEIO VOCÊ”
“ÓTIMO! PORQUE EU TAMBÉM TE ODEIO”
“IDIOTA!”
“PIRADA!”

When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

Quando tudo se parece como nos filmes
Sim você sangra apenas para saber que está viva

“Diz, qual é a urgência?
“Ann, minha querida, só quero que me deseje boa sorte!”
“Como? Era isso? Malfoy poupe-me de suas criancices, tenho mais o que fazer! E má sorte pra você o jogo!”

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand

E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acredito que eles entenderiam

“Você pediu um desafio, Theron. Agora agüenta!”
“Como?”
“Você disse que não tinha medo de desafios, pois então pronto! Estou lhe dando a chance de conhecer o lado que todo mundo conhece, mas só falam! O lado escroto e cretino que todos falam, mas jamais provaram o quanto posso ser impiedoso o qual ruim eu posso ser”.

When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

Enquanto tudo é feito para ser quebrado
Eu só quero que você saiba quem eu sou

“Você está me dando o pior desafio?”
“Não, Theron, eu estou lhe dando o único”
“Você não sabe o que...”
“Não tem outro ser embaixo da minha pele asquerosa de serpente, Theron, não tem!”
“Você está me humilhando!”

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand

E eu não quero que o mundo me veja
Porque eu não acredito que eles entenderiam

“É, É EXATAMENTE ISSO O QUE EU QUERO! É EXATAMENTE ISSO QUE QUERO MOSTRAR A VOCÊ!”
“NÃO! NÃO FOI ISSO QUE EU VI!”
“FOI ISSO QUE VOCÊ VIU SIM, THERON E É ISSO QUE VOCÊ VAI VER! EU SOU O PIOR DOS HOMENS, E VOCÊ NÃO NOTOU ISSO AINDA!”
“Você não é assim!”

- Não posso abrir espaço para você, Ann – murmurou ele absorto em seus pensamentos. O rapaz ainda tocava e cantava com a garota.

“EU SOU ASSIM! E SEMPRE SEREI ASSIM! VOCÊ É INGÊNUA EM ACHAR QUE NÃO, SE PRENDEU NUMA IDÉIA DE ME MOSTRAR QUE TERIA UM LADO DIFERENTE DENTRO DE MIM, MAS ADIVINHA? VOCÊ ERROU”.

“Não. Não fui ingênua em perceber isso...”
“Você disse que não tinha medo de desafios. Estou mostrando a minha única face, a minha única face podre que todos detestam, que todos temem, a face que muitos vem a mim querer se aliar por medo de estarem em meu caminho que por azar você o atravessou!”
“Você não sabe o que está dizendo. E vai perceber isso, eu não estou enganada, Malfoy, e você vai perceber isso muito tarde.”

Eu só quero que você saiba quem eu sou
I just want you to know who I am

“Pra quê? Para pedir o seu perdão?”.
“Não. Pra perceber que tem alguém aí dentro gritando pra sair”.
“Tem alguém aqui dentro sim, Theron e é este que eu estou mostrando. Esse! O Draco Malfoy, o cara que todos se afastam, o cara que muitos têm medo, o que ameaça o que humilha o que destrói e faz sofre; o que odeia o Potter e os Weasley, o cara que odeia e tem nojo de sangues-ruins como você! O cara que...”

Eu só quero que você saiba quem eu sou
I just want you to know who I am

“... que me pediu desculpas quando eu levei mais uma detenção, o primeiro a quem eu contei um pedacinho sobre minha vida. E o único a quem eu notei confiança”.
“Me perdoe se eu te decepcionei, mas o que eu quero de você é seu desprezo.”
“Não precisa mais se esforçar, você já o tem”.

Eu só quero que você saiba quem eu sou
I just want you to know who I am

O rapaz cantava com grande alegria sendo acompanhado pela garota e alguns alunos que batiam palmas.

- Droga. – murmurou ele olhando em direção ao rapaz que cantava. O que não daria pra socar o cara que estava cantando essa música e enfiar aquele violão que ele tocava goela abaixo. Era como se falasse de algo sobre ele, e Draco não estava gostando dos pensamentos que lhe invadiam a mente.
Os alunos receberam ordens para poderem entrar, nervosos, uns já estavam prevendo a morte outros a vitória. As quatro longas mesas das casas foram postas nos lugares, os alunos que fizeram os testes se sentaram aguardando a pronunciação.

McGonagall estava na mesa dos professores ao lado de alguns professores presentes.
- Aqui está à lista das equipes aprovadas para o Duelo de Prata, primeira etapa concluída. – disse ela com uma voz firme.
- Ela parece nervosa. – cochichou Gina para os quatro da sua equipe.
- Os alunos que eu chamar são os anfitriões de cada equipe indicando que passaram nessa primeira etapa e estão oficialmente dentro do Duelo de Prata. – Hermione respirou fundo, Gina fechou os olhos, Rony derrubou a cabeça com um baque surdo na mesa, Ann apertou as mãos unidas e Harry ficou apenas fitando McGonagall. – Primeira casa Lufa-Lufa. – Hermione suspirou, Ann ficou fitando a mesa, Gina abriu os olhos, Rony, ainda com a cabeça sobre a mesa, suspirou aliviado e Harry ainda permanecia na mesma posição. – Owen Cauldwell. – ouviu-se vivas vindo da mesa da Lufa-lufa, mas ainda não era tudo. – Amelita Castel, Juan Sernos, Vitor Ocolo... – à medida que se pronunciavam os anfitriões de Lufa-lufa, mas aumentava a ansiedade do restante das casas. Passaram vinte equipes da casa da Lufa-lufa, McGonagall esperou os ruídos de vivas cessarem para continuar. – Corvinal. – Ann sentiu seu estomago dar um solavanco. – Terêncio Boot, Ana Carolina Pietro, Orlavo Lorez, Miguel Landers, Keichi Sato... – Ann não sabia se ficava nervosa, mas não foi alivio saber que ele passara, mas por um lado ficou feliz. Passaram vinte e três equipes da Corvinal. Observando melhor, o exame fora bem difícil em vista que mais de duzentas equipes participaram e até agora só passaram quarenta e três equipes. McGonagall mais uma vez esperou os vivas acalmarem para poder continuar. – Sonserina. – Como se fosse um imã, os cinco viraram rapidamente as cabeças para encara a professora McGonagall e a mesa da Sonserina. – Aloizio Rosenrot, Vinicios Bemstein, Oliver Riedel, Draco Malfoy, Paul Ollier... – Como se esperassem por isso, os cinco se encararam, já estava confirmada a presença de Draco Malfoy e sua equipe no duelo, agora era esperar pela Grifinoria. Passaram vinte e oito equipes da Sonserina e mais uma vez McGonagall esperou para continuar. Esperando agora pela confirmação da Grifinória, Draco tinha no rosto uma expressão incógnita, escondida por trás de sua mão direita que ele colocara em frente aos seus lábios encarando os cinco da mesa da Grifinória. – Grifinória. – Gina apertou a mão de Harry, Rony pressionou os olhos e bateu a cabeça mais uma vez na mesa, Ann olhou ansiosa para a professora e Hermione levou as mãos a boca como se quisesse sufocar um grito. – Simas Finnigan. – os cinco olharam para Simas, que este estava numa ansiedade pior que as deles, ele aparecia ter levado um feitiço estuporante, permaneceu imóvel mesmo levando tapinhas nas costas dos colegas de equipe e com ele Neville, que tremia sem parar, pois este estava na equipe de Simas. – Rogério Durvan, Aristella Vanes... – a cada nome que passavam a ansiedade aumentava e um desejo de ser aprovado era transpirado pelos poros. – Harry Potter, Colin Creevey... – foi alivio. Os cinco se permitiram sorrir uns para os outros, Rony tinha na face uma expressão abobada, Hermione só faltou chorar, Gina pulava freneticamente, Ann tentava acalmar Hermione e encontrou os olhos de Draco Malfoy da mesa da Sonserina, com uma expressão de malicia no rosto e encarou Harry que este tinha na face o desejo de vingança os dois pareceram se fuzilar com os olhos. Agora não tinha pé atrás, já passaram. Vinte e cinco equipes passaram da Grifinória, total de noventa e seis equipes ansiosas por um Duelo.

Ann, Gina e Hermione deram parabéns a Parvati e Lilá que estavam na equipe de Aristella Vanes, o nervosismo da primeira etapa se fora e as cinco ficaram sorrindo alegremente.
- Que ritual novo é esse? – perguntou Rony para Harry ao seu lado. Hermione foi para a biblioteca alegando ter algumas coisas para fazer, Gina, Parvati e Lilá foram para o salão comunal da Grifinória, Harry e Rony fora para a cabana de Hagrid. Ann suspirou sozinha indo para o lago, senti-se nervosa, agora não poderia mais dar um passo atrás. Iria ter que enfrentar um duelo para por seus amigos, mas no fundo, era como se algo de ruim estivesse por vir.

- Está feliz? – perguntou uma voz atrás dela.
- Sim. – respondeu ríspida ao ver quem era. Draco Malfoy.
- Vai querer mesmo me enfrentar nesse duelo? – disse ele em tom perigoso.
- Está com medo? – perguntou no mesmo tom.
- Nem um pouco.
- O que vai ganhar com esse duelo?
- Você.
- Como? – ela perguntou incrédula e intrigada.
- O que você ouviu, Ann. – disse ele dando ênfase ao nome dela.
- Nem em sonhos, Malfoy. – falou no mesmo tom dando ênfase ao sobrenome.
- Está com medo? – perguntou ele em seu tom perigoso se aproximando.
- Nem um pouco. – repetiu.
- O que você vai ganhar nesse duelo?
- Eu não sei...
- Não sabe? – disse ele dando uma volta em torno dela. – Que pena que você não tem ambições, Ann. – disse ao sussurrar no ouvido dela. Ela suspirou pesadamente.
- E que glória eu não ter as suas, não é Malfoy? – ele apenas se permitiu dar um sorriso sarcástico. – Imbecil – disse ela ao se afastar dele, mas ele a trouxe de volta, de costas, puxando por sua cintura roçando seus lábios em seu pescoço ao tirar as mechas de cabelos negros da garota.
- Estou avisando: não serei piedoso. – disse ele perigoso beijando o pescoço dela segurando-a firmemente pela cintura e sentiu o perfume que o fez lembrar do sonho, por um momento ele ficou em silêncio.
- Eu lhe aviso: Não sou fraca. – disse ao tentar se afastar, mas ele a pressionou mais ainda contra seu corpo, virando-a rapidamente para encará-lo. – O que você quer? Já não está satisfeito com o que me fez?
- Não. – ela o olhou com raiva.
- O que vai fazer agora?
- Meus sentimentos por você mudaram
- Oh! Nossa... mudaram? Que legal! – disse sarcástica encarando-o. – Pois fique sabendo que os meus não mudaram!
- Vão mudar. – disse ele largando-a.
- NUNCA! VOCÊ ME MOSTROU A SUA VERDADEIRA FACE, FOI ISSO QUE VOCÊ QUERIA E CONSEGUIU. – ela brigara, sua voz saiu tremula e irritada.
- E ERA EXATAMENTE ISSO QUE EU QUERIA MOSTRAR, E NÃO ME ARREPENDO. – ela o olhou com mais ódio ainda.
- VOCÊ SE ESFORÇOU A MOSTRAR QUE ERA O CRETINO E CONSEGUIU.
- E VOCÊ SE ESFORÇOU A MOSTRAR ALGUÉM QUE NÃO EXISTE
- O QUE VOCÊ QUER, DRACO MALFOY? SE ESFORÇOU PARA GANHAR MEU DESPREZO, O QUE QUER MAIS? EU? NÃO TERÁ JAMAIS!
- JAMAIS É UMA PALAVRA MUITO FORTE!
- Eu não sinto e nunca vou sentir! – disse ela tentando manter uma voz segura, sem sucesso. Por sentia seu coração bater tão forte de felicidade ao o ouvir dizer que a queria?
- Você não sabe mentir. Vejo em seus olhos, Theron. Pode ter certeza disso.
- Eu me arrependo de ter conhecido você. E me arrependerei amargamente ao descobri o que sinto por você se é real ou não. – sua voz saiu tremula.
- E é real? – disse em tom ameaçador.
- NÃO É REAL E NUNCA SERÁ!
- Vai mesmo me enfrentar?
- Absoluta.
- Ótimo.
- Nos vemos na arena.

Se era raiva ou não o que sentia por Ann, agora ele não sabia de mais anda. Como fora capaz de dizer que a queria? Sentiu o perfume que jurou ser ela mesma, era ela mesma quem estava naquele maldito sonho. Estava confuso. Queria matá-la, mas ao mesmo tempo a desejava, queria lhe proporcionar um sofrimento sem igual, mas quanto mais queria fazer isso, mais quem sofria era ele. Ouvi-la dizer que o desprezava e que conseguira o que queria era torturante, queria enforcá-la por isso, mas quem morria sufocado era ele. Estava apaixonado e nem percebeu.
Ele passara quase voando pelos colegas de equipe que virem ao seu encontro. Permitiu que uma raiva lhe invadisse as pupilas, “É só uma maldita Sangue-ruim!” disse a si próprio. Estava tão perdido em seus pensamentos que nem notou os chamados de Tom ao seu lado. Draco entra na sala de Monitoria Chefe irritado.
- DROGA! – berrou ele ao esmurrar um pote de tinta em cima da mesa. Tom fechou a porta num baque surdo.
- O QUE FOI? – gritou Tom ao olhar para o pote de tinta que bateu na parede e espirrou tinta pra todo lado, inclusive em suas vestes.
- Droga! – disse Draco exasperado andando de um lado para o outro.
- Quem? – fez Tom ao pegar a varinha para limpar a tinta que espirrou.
- Aquela! Aquela maluca lá! – urrou ele irritado apontando para a porta. Tom virou-se lentamente para encarar a mesma.
- Draco... – começou ele lentamente. – Não tem ninguém aqui perto da porta a não ser eu. – Draco o encarou com um olhar ameaçador.
- Eu sei Tom. – disse ele entre dentes. – ESTOU FALANDO DA THERON, TOM, DA BRUXA MALDITA DA THERON! – berrou. – MAS QUE DROGA! – Draco chutou o pé da mesa e se arrependeu minutos depois, pois uma dor aguda lhe invadiu o dedão do pé.
- O que tem ela? Por Merlin! É só uma trouxa bruxa! – disse Tom esnobe.
- Uma trouxa bruxa que está me tirando do sério. – disse ele mais pra si mesmo do que pra Tom.
- O que disse? – perguntou Tom. Draco encarou Tom por um momento, passou as mãos sobre os cabelos e encarou a porta como se pudesse vê-la ali.
- Me apaixonei sem querer. – disse por fim. Tom arregalou os olhos.

Depois de passar pelos corredores quase voando, sem ligar para a expressão das pessoas que lhe davam olhares de esgoelar. Ignorando o chamado de algumas na sala comunal da Grifinoria. Ann entra bufando no dormitório das garotas e fechou a porta num estrondo assustando Parvati, que estava lendo um livro e o fizeram voar para o alto; Lilá caiu da cadeira e Gina se assustou borrando as unhas que estava pintando. Se era raiva ou não que sentia por Draco, Ann não sabia, estava confusa. Queria matá-lo, mas ao mesmo tempo não tinha forças pra isso, queria enforcá-lo, mas ao mesmo tempo o desejava, odiava o seu ar de deboche, mas ao mesmo tempo adorava o seu olhar maroto e de como a abraçava. E se sentia perdida sem estar ao seu lado, tinha controle sobre seu corpo como ela mesma não o tinha, tinha controle sobre suas sensações, sentimentos dos quais ela nem sabia que exista. Estava apaixonada e nem percebeu.

- BRUXO MALDITO! – gritou Ann.
- Aff... – fez Lilá.
- Já é a quinta vez que erro isso. – disse Gina.
- Ah não... essa cena de novo não! – fez Parvati ao apanhar o livro do chão.
- O que foi Ann? – perguntou uma Lilá irritada se levantando da cadeira.
- GINA! – berrou Ann ao se virar para ela.
- Heim? – fez Gina. – O que tem eu? O que fiz?
- ME DIGA! – urrou. – ME DIGA QUE NÃO É VERDADE!
- Não é verdade o quê? – perguntou Lilá querendo saber.
- É dessa vez também quero saber! – disse uma Parvati irritada. Ann começou a andar de um lado para o olhou passando as mãos na cabeça.
- O que foi Ann? – perguntou uma Gina se irritando também.
- Me diga que não é verdade! Me diga que não! – disse Ann com uma voz tremula. Segurou nos ombros de Gina e a chacoalhou como se quisesse saber de tinha algo dentro. – Me diga que não estou apaixonada por aquela coisa!
- Coisa? – perguntou Lilá sem entender.
- Mas do que vocês estão falando? – perguntou Parvati.
- Eu acho que está! – disse Gina agora começando a entender e deu um olhar maroto a Ann que a soltou em seguida e começou a andar pelo quarto.
- Não! Não é verdade! Eu devo ter tomado alguma poção, aquele idiota deve ter colocado alguma coisa para que eu tomasse. – dizia ela em tom pensativo passando de um lado para o outro exasperada.
- Eu acho que você não tomou nada Ann. Presta atenção. No quarto ano do Harry, tinha algumas garotas que queria fazer com que ele as convidasse para o Baile de Inverno. As poções do amor não são tão simples assim, a pessoa tem reações diversas, ela começa a falar coisas estranhas, coisas sem sentidos, começa a falar da pessoa “amada” de uma forma estúpida. E pelo o que eu estou vendo, você não esta falando da pessoa “amada” dessa forma, ta querendo matar, isso sim. – disse Gina rindo por fim.
- MAS QUE DROGA! – Ann chutou o pé da cama e se arrependeu minutos depois, pois uma dor aguda lhe invadiu o dedão do pé.
- Eu não estou entendendo nada. – disse Lilá ao lado de Parvati. Ann passou mais uma vez a mãos sobre os cabelos e olhou para Gina mais uma vez que fazia uma expressão de santa.
- Me apaixonei sem querer. – disse por fim.

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