O espelho da passagem secreta

O espelho da passagem secreta



Capitulo dois - O Espelho da Passagem Secreta




Um grito horrendo ecoou numa ruazinha deserta e silenciosa de um bairro de Londres à noite. Uma luz brilhante esverdeada iluminou por alguns segundos uma janela de uma casa pequena. Silêncio. Um vulto negro saiu na porta da casa, e como um estalo desapareceu de vista. Algumas pessoas saíram à porta de suas casas, curiosas, para saber o que havia de ter feito aquele grito tão agourento. Ninguém ousava dizer uma única palavra, ninguém sabia de onde viera. A imagem ficou escura como breu, e mais uma vez o silêncio. Ao longe poderia se ouvir o ruído do vendo, o seu uivar, a escuridão foi dando lugar a uma floresta e ao longe um castelo revelando suas torres imponentes com pequenas janelas iluminadas com uma luz dourada como se fossem vaga-lumes sob uma noite de estrelas. Passos apressados corriam na beira do lago, uma respiração ofegante misturada a uns ruídos numa voz aterrorizada. Uma luz esverdeada tomou conta do espaço e tudo ficou escuro novamente. Sonho ou pesadelo?

-... Ann! – alguém a chamava ao longe. – ANN! – gritou.
- O que? O que foi? – disse a garota se mexendo na cama.
- Acorda! Vai se atrasar! – disse a voz de Gina. Ann levou as mãos aos olhos sua vista estava turva, e Gina fora de foco.
- Já estou indo! – respondeu. “Mas que coisa, sinto-me cansada e olha que dormi bem essa noite, que sonho foi aquele mesmo?” ela pensava distraída encaminhando-se para o Salão Principal.

“Diário... Meu mundinho de tinta e papel, se antes eu te criticava e criticava quem tinha diário para relatar conversas, momentos ou sentimentos em um livro idiota, eu me arrependo. Eu sei! Não precisa ficar me humilhando, eu devo desculpa a quem tem diário e ao meu próprio também. E me vejo vulnerável a isso. Meu diário virou meu eterno e único aliando, eu sou grata por estar ao meu lado mesmo depois dos inúmeros nomes que eu te dei, peço que aceites minhas humildes desculpas. Mas pra quem eu to falando? Acho que estou enlouquecendo. Só passou uma semana, uma mísera semana para eu me tornar a garota mais falada de Hogwarts por andar pra cima e pra baixo com aquela barbie ambulante! Não só por andar com ele e sim pelas minhas respostas malcriadas, sem contar às vezes que eu sai da sala daquele Seboso!!! E TUDO POR CULPA DELE!!!! DO MALFOY!!!
Mas ninguém sabe que eu estou sob responsabilidade dele, e nem ousei contar a ninguém e muito menos ele. Acho que ele não se alegra de ter que ser minha babá, e tudo por causa daquela Filha de Dragão. Vê se pode?! Eu mereço!
Mas nada da minha vida me faz lembrar que eu tenha feito algo de ruim, algo de MUITO RUIM pra merecer um castigo desses! ISSO É CASTIGO!! Além de tudo Lilá e Parvati ousam sempre que me encontram pelos corredores, sozinha, ficarem me bombardeando com milhares de perguntas. Hermione me olha como se eu tivesse passando por uma fase ruim, isso é uma fase? Eu espero que seja... já não sei de mais nada...
- Ah! Você não vai fugir dessa vez Ann, pode contar tudo! – disse Lilá tom ameaçador durando o almoço ao me agarrar pelo braço me fazendo parar, já que eu tentei fingir que não tinha a visto, mas não deu muito certo.
- É verdade que você está namorando o Malfoy? – perguntou Parvati diretamente. Gina tratou de ter um ataque de engasgo que eu dei maior atenção a ela do que a pergunta ABSURDA de Parvati. Depois de uns quinze minutos do “engasgo” de Gina não pude fugir dos olhares acusadores e suplicantes por informações de Lilá e Parvati:
- Como ele é quando vocês estão sozinhos? – se estivesse realmente juntos o que eu faria com essa menina se ela fizesse essa pergunta? Ela ta pedindo pra apanhar não?
- Ele beija bem? – faço das minhas palavras acima como resposta desta.
- Você está apaixonada? – não.
- Ele fala alguma coisa romântica? – Hiem?! Desde quando aquilo tem sentimentos e capacidade pra isso? Seria um grande feito para ele além de ser um grande sacrifício.
- É verdade que ele tem um físico perfeito? – essas meninas são taradas.
- Você já reparou que o sorriso dele parece de um garotinho ganhando presentes? – ele sorri?
- Você notou o quão ele fica lindo todo suado? – disso é verdade... Epa, vamos parar por aqui!
- Ele tem uma boa pegada? – eu to falando... essas gurias são taradas...
- Gente! Gente! Deixa a Ann respirar! – Hermione apareceu pra me salvar. Minha salvadora! Daquele bombardeio de perguntas das quais eu nem tinha respostas. Simplesmente eu me levantei e sai andando pra próxima aula sem falar nada. Se bem que, eu saindo da mesa já era quase como uma resposta, o que não me deixou nada feliz... olha só as caras delas de convencidas!

Eu estava por demais atordoada com aquele monte de perguntas. Primeiramente eu nunca tive namorado na vida e nem beijo eu tinha dado é eu sei, já ouvi algumas pessoas que, não sei porque ainda digo que são amigas, me chamarem de Atrasada. Chega! Eu não agüento mais, da próxima eu mato o Malfoy. Em meu devaneio de como eu iria matar o Malfoy, cruzo um corredor esbarro no cara mais lindo da minha vida. Não, não é o Malfoy!
- Me desculpe! – eu disse com uma voz tremula e rouca, eu praticamente nem notei ele direito devido as minhas tentativas frustradas de achar uma tortura à altura de Malfoy.
- Tudo bem. – ele respondeu com uma voz tão doce e simples e foi quando eu vi aqueles olhos puxados mais lindos que já vi. Perfeito, ele era alto, forte cabelos negros que lhe caiam nos olhos. Tinha uma aparência oriental. Eu fiquei petrificada com tamanha beleza, talvez Hogwarts não fosse tão ruim assim. – Ahh... – fez ele corando. LINDO!
- Oh Desculpe. – eu disse me acordando do meu transe do qual eu realmente não queria acordar. – Eu não... não estava te vendo... – Não estava te vendo?! É claro que eu estava e como estava! Registrando e gravando...
- Tudo bem, meu nome é Keichi Sato – não, seu nome é Deus grego pode apostar.
- O meu é Ann Theron.
- Ken, vamos! Estamos quase atrasados. – uma loira azeda apareceu atrás dele o abraçando. Fiquei desconcertada, merda. Ela o chamou com uma voz cínica de imitação total de Pansy Parkinson. Nem adianta eu falar que de tanto eu rodar Hogwarts com Draco já conheci a tal. Só que não quero encher as páginas de meu amigo sagrado com aquelazinha...
- Bom, até logo senhorita Theron. – ele disse sorrindo novamente, e que sorriso! Acho que fiquei acenando, feito boba, até ele desaparecer de vista ao cruzar o corredor porque eu fiquei um bom tempo ali, parada e me atrasei um pouco para a próxima aula.

O que me deixou um pouco mais aliviada, se é que eu posso dizer assim, era que a minha primeira aula nesse dia não era com a Sonserina. A famosa professora de Adivinhação, Sibila Trelawney, muitos dizem que ela é louca, outros que ela é charlatã, mas Parvati e Lilá afirmam que ela só diz a verdade essa eu queria ver. Eu tinha que conferir. Minha primeira aula com ela essa semana e quando eu entrei na sala, senti um cheiro forte de perfume que dava um devaneio total.
- Minha queria, Annabela Theron, eu sabia que num futuro próximo íamos nos encontrar. – ela disse isso tudo vindo em minha direção. Tive uma sensação que estava falando com uma vassoura ambulante que usava óculos e vários chalés. Ela pegou na minha mão com seus dedos longos e ásperos que senti um arrepio sombrio ao ver aquela mulher bem perto de mim, ela me examinava da cabeça aos pés, com aqueles óculos fundo de garrafa. Eu apenas forcei um sorriso.
Quando começou a aula, eu quase nem escutava ela direito, ela falava em sussurros com uma voz mansa e depois de alguns segundos ela soltava um grito fino e agudo assustando a todo mundo. Lilá e Parvati pareciam venera a louca, agora eu tenho certeza que ela é louca mesmo, louca só não, pirada!
- Agora, peguem os livros na pagina 157, por favor. E interpretem o que vocês vêem nessa figura. – todos obedeceram e a sala se encheu com um barulho de farfalha de folhas.
Abri o livro de folhas amareladas e os desenhos eram em preto e amarelo. Tinha umas coisas escritas, acho que era outra língua, alguma da qual eu não conheço. Havia um desenho de uma senhora velha, muito velha, com vestes amarrotadas e surradas, tinha um gato preto deitado num tapete no chão. A velha estava sentada numa cadeira de madeira, acho, de frente para uma lareira acesa. Lilá, ao meu lado, disse está vendo um animal empalhado, um coelho ou um cavalo, Parvati disse está vendo uma mulher com um longo vestido. Mas eu juro que estava vendo uma velha sentada na cadeira, pelos a Parvati chegou mais perto de mim. Eu virei o livro de cabeça pra baixo pra ver se viria outra coisa, foi quando eu vi a imagem de um homem alto de vestes negras, ele estava em pé, e segurava em suas mãos uma varinha. No chão, deitada, com se tivesse dormindo, uma mulher trajando um vestido branco manchando de sangue, mas por alguns segundos eu fiquei olhando, MAS COMO TINHA SANGUE SE O DESENHO ERA SEM COR? Foi quando eu olhei direito e a imagem do sangue estava pitando de preto, acho que minha mente aguçada quem pintou de vermelho vinho a mancha no vestido da mulher eu virei novamente o livro e vi a velha senhora sentada na cadeira, virei novamente e não vi mais o homem com a mulher ditada no chão, e sim a velha senhora na cadeira de cabeça pra baixo. Ô coisa esquisita!
- O que você viu, Ann? – perguntou Parvati do meu lado.
- Uma senhora... mas de cabeça pra baixo tive a impressão de ter visto um homem com uma mulher deitada no chão com um vestido manchado de sangue... – Parvati fez uma cara assombrada e Lilá segurou um grito, me arrependi no exato momento que disse isso.
- Você viu uma manchada de sangue? – Lilá perguntou com uma voz agourenta.
- Não! E sim..., mas... – eu tentei explicar, mas saiu um gaguejo desgraçado. – Eu vi uma senhora sentada na cadeira, mas...
- Mas você disse que viu um homem com uma mulher deitada no chão com um vestido manchado de sangue? – Parvati repetiu num sussurro quase inaudível e assombrado ao me interromper. Por um minuto, nos ficamos uma olhando pra outra em seguida para o livro em minhas mãos.
- O que vêem? – perguntou Sibila fazendo com que nós três quase pulássemos dos acentos acolchoados. Parvati respirava com dificuldade, e Lilá me olhava com um olhar de esgoelar.
- Ann viu uma mulher manchada de sangue! – disse Lilá rapidamente como se fosse repetir isso alguém morresse e me lançando um olhar assustador.
- O que você viu querida? – perguntou Sibila olhando pra mim com uma voz mística e ressonante. Preferi logo dizer o que vi de uma vez.
- Ahh... eu vi uma senhora sentada na cadeira com um gato preto deitado num tapete no chão. Mas eu virei o livro de cabeça pra baixo – disse essa ultima frase olhando bem pra Parvati e Lilá, que pareciam que iriam entrar em choque. Ai que saco! –, e vi um homem alto de vestes negras segurando uma varinha, e no chão, acho que aos pés dele, havia uma mulher com um vestido manchado de sangue. – eu terminei de falar e Sibila parecia está petrificada, ela não demonstrava nenhuma emoção, só me olhava com aqueles olhos dez vezes aumentados pelas lentes. Lilá e Parvati estavam com as bocas entre abertas. – bom... eu acho que isso não tem nada demais... – tentei né?
- Você virou o livro de cabeça pra cima e tentou ver novamente de cabeça pra baixo o homem, querida. – ela perguntou de modo como se quisesse chegar a algum lugar.
- Sim, eu virei novamente e não vi mais o homem. – eu disse com uma voz baixa e pela cara que Sibila fez, me pareceu que ela estava prevendo a minha morte.
- Estão dispensados. – ela disse por fim se levantando. Eu queria uma explicação para atitude dela, ora! Ela não é a vidente? Que me explique.
- A senhora já fez uma previsão dessas há alguns anos, previu milhares de vezes a morte de Harry Potter, e até hoje ele ainda está vivo... – minha voz foi se elevando, senti uma fúria muito grande que nem eu mesma sabia de onde vinha.
- Isso é outro caso querida, outro caso. – ela respondeu sem me olhar, estava de costa arrumando seus milhares de lenços em cima de sua cadeira. Eu fiquei ali parada, enquanto a sala prendia a respiração olhando de mim para Sibila. – O que estão esperando? Vão! – sua voz soou ameaçadora e não tinha mais aquele quê místico e doce. Eu fui a última a sair da sala, Parvati e Lilá me olharam uma última vez antes de cruzar o corredor.
Eu estava no corredor da sala de Trelawney, comecei a me sentir tão confusa, me sentido cansada. Encostei-me à parede e fechei os olhos. Depois do que me pareceu alguns minutos minha vista ficou escura, e não sei o que houve, mas um grito ensurdecedor me despertou em segundos como se eu nunca tivesse caído no sono antes, ou como se eu tivesse levado um choque e uma dor fina no peito como se algo tivesse sendo encravado. Foi quando ouvir de longe a voz de Trelawney:
- Você está bem querida? – ela me perguntou com uma voz escandalizada e sombria, notei que ela estava se arrumando para fechar a sala.
- O que houve? – perguntei olhando a minha volta, e me senti fria e suando frio.
- Você estava aqui sentada, e dormindo, depois começou a falar coisas estranhas, muito estranhas. – frisa o estranha, não sei quem é que está mais estranha aqui, se é eu ou ela.
- Falando? – perguntei franzido o cenho. Eu não costumo falar dormindo. E como eu dormir?
- Minha querida, tome cuidado com o seu futuro. Ele lhe reserva surpresas muito desagradáveis. – eu não respondi nada, fiquei petrificada, se muitos não acreditavam nela e diziam que ela era uma charlatã, juro que ela interpreta muito bem, daria pra ganhar um Oscar se possível; usando essas palavras e com uma voz sombria fantasmagórica, juro que se ela não usasse esses perfumes e esses óculos ridículos que mais parecem binóculos, eu teria acreditado nela.
- Como assim? – eu não tinha outra pergunta pra fazer, então não reclama! Ela me olhou com um olhar analisador e com uma voz mística falou:
- Você é uma obsessão de um homem poderoso. – Certo, legal, agora já chega. Peguei minhas coisas e saiu o mais rápido daquele corredor, mas antes que eu cruzasse o corredor ela falou: – Acredite naquele que está do seu lado. – com o coração na mão, não sei o que está acontecendo mais infelizmente às coisas estão andando meio estranhas para o meu lado, e que sonho foi aquele mesmo que está martelando na minha cabeça até agora? Mesmo porque não costumo lembrar de meus sonhos. Muito menos falar dormindo... minha irmã e meu pai nunca falaram sobre isso.
- Onde você estava! – disse uma voz raivosa as minhas cotas. Quando me virei dei de cara com Malfoy que parecia soltar fogo pelas narinas. – Procurei você pelo castelo inteiro!
- Estava na aula de Adivinhação e duvido muito que você tenha rodado esse castelo me procurando! – retruquei com uma calma irritada, não estava a fim de ficar discutindo. Aquelas palavras de Sibila martelavam a minha cabeça.
- Isso foi há quarenta minutos! Perdemos a aula Poções, sabia? Vamos receber detenção por isso! E procurei você sim por esse castelo, não quero receber reclamações da Prof. McGonagall por causa disso. – rosnou Malfoy me puxando pelo braço, eu não fiz nenhuma objeção, eu estava fora de foco. Foi quando noite que não estávamos descendo para as masmorras.
- Pra onde você está me levando?
- Prof. McGonagall quer falar conosco! – ele disse me encarando enquanto andávamos. – O que você tem? – ele perguntou parando.
- Nada. – segui em frente. Ele continuou parado, ainda me olhando enquanto eu seguia em frente. – O que está olhando? Dá pra andar logo ou ta difícil?
- Você ta estranha! – ele disse ainda me encarando como se eu pudesse cair a qualquer momento.
- Minha nossa! Hoje o povo acordou pra me fazer perguntas ou me deixar confusa, aff! – eu falei. Ele bufou e nos seguimos o caminho para a sala da McGonagall. Ela estava escrevendo uma carta com um longo pergaminho e nos mandou que nos esperássemos uns minutos.
- Bom... Alguns professores realizarão uma agradável seleção com alguns alunos do primeiro ano. – ela começou se encaminhando para uma estante cheia de gavetas e colocando o pergaminho lá. Eu notei que ela estava enrolando pra falar. – Foram selecionados dez alunos para visitar Hogsmead amanha, e como Monitor chefe. – Malfoy fez um som estranho com a garganta. – Terá que monitorar esses alunos. – eu quase cai na gargalhada. Segurei claro se não aquilo iria sobrar pra mim. – Claro, que terá ajuda da senhorita Theron – murchei, ela leio meus pensamentos? Malfoy me olhou de rabo de olho com um ar canalha. – Alguma objeção. – TODAS! Mas creio que não precisava perguntar mesmo porque a SENHORA NÃO VAI QUERER SABER! – Ótimo, estão dispensados. – mas antes que nós saíssemos, ela chamou. – Detenção hoje as nove no quinto andar, senhorita Theron. Tenham um bom dia. – M-A-R-A-V-I-L-H-A!
- Mas por quê? Ela não fez nada! – disse Draco atônito.
- Faltou à aula do Prof. Snape, sem qualquer explicação a relatar, o senhor por outro lado estava procurando por ela. E Senhor Malfoy, se o senhor reclamar arranjarei uma para o senhor também. – ela explicava calmamente.
- Mas... – eu puxei Malfoy para fora da sala antes que ele arranjasse mais uma detenção. – Ótimo! Mas uma...
- Chega! – eu disse parando e o encarando. – Já basta uma que eu tenho que ficar andando com você pra cima e pra baixo, não estou à vontade de pegar mais uma. Obrigada, Malfoy, pela belíssima estadia aqui em Hogwarts! – disse seguindo meu caminho ele vinha atrás de mim.
- Você acha que eu estou feliz com isso? Olha bem pra minha cara! – ele disse me puxando para que eu ficasse de frente pra ele, nossos narizes se tocaram e eu pude observar bem nos olhos azuis acinzentados dele, até que são bem bonitos... er... vamos parar com isso. Por um momento ficamos parados assim, sem fazer nada. Até que ele me soltou. – Me desculpe. – disse com uma voz baixa. Hã?
- O que disse? – perguntei surpresa quase sorrindo debochada. Ele pedindo desculpas? Alguém bateu na cabeça dele ou alguma coisa do tipo? Ele olhou para os lados, não era o Malfoy que eu conhecia, não mesmo!
- Eu não disse nada. – ele tentou concertar. Aham... sei...
- Disse sim, eu não sou surda. Você disse que não estava feliz, mas presumo que é com a minha companhia, e depois me pede desculpas? Não é o Malfoy que eu conheço. – eu acabei dizendo isso mesmo com deboche seguindo meu caminho novamente.
- Que saber? Vai pro inferno! – ele disse com uma voz esnobe. Tava demorando.
- Feh. – ri sarcástica parando para encará-lo. – Sempre mudando de atitudes e quando alguém percebe sua fraqueza, você mostra toda a sua grandeza de sangue-puro esnobe por baixo da sua pele de lobo. Desculpa Malfoy, mas a mim você não engana. – ele apenas me olhou com um olhar desprezível que já me olhará. Eu apenas mantive meu olhar de indiferença ainda o encarando.
- Você não me conhece. – ele disse por fim quebrando o contato visual seguindo a passos pesados. – Você vem ou não? – percebi que eu ainda o observada e notei que Malfoy não pode ser o escroto que todos falam, acho que tem algo mais aí que ele mesmo esconde. Essa dele me pedindo desculpas eu ainda não engoli... até dá vontade de rir com isso...

Seja o que for que ele esconde... algo de bom ele tem, mas ele esconde de uma forma tão torturante que não deixa ninguém chegar perto e se você chega perto demais ele se mostra uma parede de gelo ou com espinhos que te machuca, como se dissesse que ele é assim e pronto. O cara mais nojento, cretino, escroto, e pedante que todo mundo fala. Mas estou disposta a arriscar a tirar essa pele de lobo e descobrir o que tem por baixo dela. O que dizem é ao contrário não? ‘ Por baixo dessa pele de cordeiro existe um lobo’ Malfoy é visivelmente o contrário disso: ‘Por baixo da pele de lobo existe um cordeirinho...’ Ai que fofo. Chega. Acho que sentir por Malfoy não é ódio, acho que é pena e raiva também! Ele é só um garoto mimado que gosta de sacrificar todos a sua volta, gosta de chamar atenção, odeia o Potter e os Weasley, chama a Hermione e a mim também de sangues-ruins, mas é considerado o garoto mais desejado de Hogwarts por centenas de garotas. Eu, sinceramente, queria saber por que ele é tão desejado assim! Ele é até bonitinho, bonitinho não porque bonitinho é feio e arrumadinho; ta eu admito que ele seja lindo, quase perfeito, tem um charme de deixar qualquer uma de queixo caído. Mas tipo, o que ele tem de lindo tem de insuportável, sim. Já perdi as contas de quantas garotas se esfregaram nele quando eu fui à biblioteca. Basicamente eu fingia que não via, me escondia atrás de pilhas de livros, ele dizia para os outros que eu o estava ajudando em alguns assuntos já que eu fiquei considerada a Aluna Modelo de Beauxbatons. Pansy Parkinson eu tive a bendita honra de conhece quando ela estava enfiando aquela língua asquerosa na boca dele. Sim eu vi isso, deu vontade de vomitar, juro por Deus! Vou parar um pouco de escrever sobre ele. Quem sabe eu não escreva mais; alem disso, acho que vou descobrir mais sobre ele…”

Ann parou de escrever e colocou o seu diário dentro da gaveta perto de sua cama quando uma voz sonhadora lhe perguntou:
- Aonde vai? – Gina quis saber.
- Vou pagar detenção. – respondeu sem muita emoção.
- Por quê? – perguntou também sem muita emoção.
- Porque eu faltei à aula do professor Snape. – respondeu se encaminhando pra porta.
- Era isso que eu iria perguntar! – disse Hermione aparecendo no quarto. – Por que você faltou à aula, e Malfoy também. Ann, o que está acontecendo pra você andar mais com o Malfoy do que conosco? – ela parecia aborrecida e batia o pé freneticamente no chão.
- Estou pagando uma detenção, mas depois eu explico Hermione, Gina, tenho que ir. Já está ficando tarde! – disse ignorando as caras de curiosidades de Hermione e Gina. Ann desceu as escadas quando foi mais uma vez barrada por Parvati e Lilá.
- Ann…
- Não posso falar agora, estou atrasada! – disse ela cortando as duas, e seguindo seu caminho.

**

‘Uma noite estrelada mostrava-se sombria e calma. Passos apressados corriam na beira do lago, uma respiração ofegante misturada a uns ruídos na voz aterrorizada. Uma garota de longos cabelos negros corria sem rumo por entre a margem do lago, ela trajava um longo e belíssimo vestido branco, seus cabelos negros soltavam-se elegantemente do coque. Um rapaz vinha a passos lentos na mesma direção que ela. Ela corria desesperada e em sua face mostrava-lhe lágrimas borrando toda a maquiagem bela da moça. Um jato de luz verde atravessou o peito da garota que a fez cair inerte no chão de olhos abertos. O rapaz se aproximou devagar e fechou os olhos da moça. Sangue escorria por seu nariz misturando as lágrimas que ela derramara.’

- Draco... – chamou uma voz ao longe. – DRACO!
- O quê? O que foi? – disse ele com raiva se ajeitando na poltrona do Salão comunal da Sonserina, suava frio.
- Cara você dormiu aí, esqueceu que aqui não é mais seu quarto? – disse um amigo que o olhava preocupado.
- Que horas são? – perguntou ele olhando para o amigo como se ele estivesse fora de foco.
- Vai dar dez horas, por quê?
- Droga! – disse ele ao se levantar correndo.
- Aonde vai? – perguntou o amigo preocupado.
- Tem que chefiar uma pessoa. – disse passando pelo buraco do retrato. Andando a passos rápidos, quase correndo, a imagem da moça correndo veio a sua mente, “quem era ela?” Perguntou a si mesmo, seu rosto era familiar. Perdido em pensamentos ele chegou ao quinto andar. Ann vestia um avental amarelado e surrado, seus cabelos negros estavam presos num coque de modo para não atrapalhar seu trabalho de passar o pano no corredor do quinto andar. Ele sorriu de leve vendo as tentativas, frustradas, de Ann deixar o chão limpo, o que só piorava a situação.
- Theron, o que faz aqui? – perguntou ele com uma voz debochada que assustou a garota, e ele corou ao ver que ela o encarou por alguns segundos.
- Detenção, Malfoy, esqueceu? – disse ela voltando-se ao seu trabalho. – E o que você está fazendo aqui?
- Monitoração, Theron esqueceu? – ele repetiu no mesmo tom da garota.
- Ah ta! Se me dá licença eu tenho que trabalhar e você me atrapalha. Cai fora. – disse ela em tom grosseiro e firme.
- Eu te atrapalho, Theron? Esta querendo brincar com fogo? – disse ele se aproximando a passos perigosos.
- Não quero brincar com fogo, senhor Malfoy, mas você realmente me atrapalha, ou melhor, está me atrapalhando desde o começo do ano. Vá embora. – disse ela o ignorando.
- Não, eu não vou embora e me privar de me divertir com um momento como esse. – ele anda se aproximava com um sorriso malicioso coçando de leve o queixo. Olhava para os lados e para o chão para onde ela estava limpando. – Oh! - fez ele. – Ainda está sujo aqui. – Ann bufou rolando os olhos. Ao que ele continuou a se aproximar.
- Fique onde está! Nem mais um passo! – disse ela o encarando erguendo as mãos pra frente. – Esqueceu do seu desprezo pra com Grifinórias e sangues-ruins?
- Não, não esqueci. – respondeu ainda se aproximando a passos lentos.
- Então é melhor ir andando antes que eu cometa uma atrocidade. Olha que eu estou com um esfregão nas mãos e não tenho medo de usá-lo! – disse ela com uma voz nervosa ao ver que ele não parava de se aproximar. Ela começou a dar passos para trás e apertava o esfregão nas mãos, mas Draco pareceu não se intimidar.
- Está com medo, Theron? – perguntou numa voz perigosa.
- Eu não tenho medo. – respondeu num tom desafiador, mas não muito seguro de si.
- Que tipo de atrocidades você cometeria contra mim? – ele perguntou se aproximando ainda mais.
- Esse tipo! – disse ela pegando o balde com água e jogando nele. Draco caiu pra trás transtornado. Ela caia na gargalhada.
- O QUE VOCÊ FEZ? – ele rosnou ao se levantar cambaleando. Ela ainda ria.
- Olha, calma, vai acordar o castelo inteiro! – disse Ann entre risos.
- Você me paga! – disse ele pulando o balde. Ann gritou e saiu correndo largando o esfregão no chão. Ela ainda ria enquanto corria pelos corredores acima, quando os dois param de supetão ao escutaram uma voz arrastada e sombria. Malfoy parou quase derrubando Ann no chão.
- Que horas são? – ela perguntou ainda com um sorriso de deboche misturada a uma voz assustada.
- Dez e meia. Já passou da sua hora de detenção Theron. Se forrou! – disse com sarcasmo.
- Num me diga. – retrucou no mesmo tom.
- Quem está aí? – perguntou a voz ríspida de Filch. Ann engoliu em seco.
- Vem! – disse Draco puxando Ann pelo braço. Ao virar o corredor eles deparam com a gata que miou agourento, os risos sarcásticos de Filch chegavam mais perto deles juntamente com suas passadas vacilantes.
- Eu vou pegar vocês que estiverem fora da cama! – rosnava o velho.
- Mas que gato feio é esse? – disse Ann com nojo ao ver.
- É uma gata, a No-r-r-a, é do Filch! – respondeu Draco correndo pelos corredores com Ann ao seu lado. Os rosnados de Filch estavam mais perto. – Por aqui! – disse ele rapidamente ao entrar numa passagem secreta. Era uma sala empoeirada e escura, a única fonte de luz vinha de uma pequena janela perto do teto por onde entravam os raios de luz da lua. Os dois se encostaram à porta ofegantes.
- Onde estamos? – perguntou Ann em voz baixa ofegante.
- Eu não sei. – respondeu ele engolindo seco tentando ver pela brecha algum sinal de Filch.
Um monte coberto por um pano branco estava escorado na parede perto de vários objetos velhos e desbotado com teias de aranhas. Ann, em passos vacilantes, começou a olhar o local. Draco, porém continuava a observada pela fresta da porta. Ela tirou o pano revelando um espelho da altura do teto com uma moldura desbotada de dourado aprumado sobre dois pés de garras. Havia uma inscrição no alto do espelho: Oãça rocu esme ojesed osmo tso rueso ortso moãn. Ann ao ver o espelho lhe dava sensações de encantamento, ele estava tão acabado e velho com uma poeira grudenta acumulada que era impossível de ver sua imagem refletida por ele.
- O que é isso? – perguntou Draco.
- Um espelho. – respondeu ela passando a mão sob a superfície áspera do espelho.
- O que quer dizer isso? – perguntou apontando para os dizeres do espelho.
- Eu não sei.
- Ora, você não é a aluna modelo de Beauxbatons? – disse ele com sarcasmos. Ela o encarou com indiferença.
- Também não é assim Ó Senhor da Responsabilidade! – retrucou.
- Você é uma sangue-ruim irritante – disse ele se virando para a porta.
- E você é um ignorante! – disse ela si virando pra ele.
- Olha só quem fala! – riu sarcástico.
- Você só vive pra azucrinar os outros não é? - rosnou com raiva.
- O que você tem a haver com a minha vida? – disse ele irritando a encarando.
- Nada, graças a Merlin – falou ela se virando para o espelho. – Você se acha o rei de tudo e não passa de um garoto perdido. Não percebe que por baixo dessa pele de lobo que você se esconde tem alguém gritando pra sair.
- Você acha que me conhece não é mesmo? – sua voz sai ameaçadora. Ann apenas si virou calmamente para encarar aqueles olhos azuis acinzentados.
- Não, Malfoy, eu não o conheço. – disse ela em tom firme na voz. Ele se aproximou perigosamente ela ainda o encarava, mas não recuou.
- Então pare de achar que me conhece.
- Eu não acho que lhe conheço, e realmente não pretendo conhecer, e não é preciso conhecê-lo para poder observar você e ter razões sobre o que eu acho de você.
- Você não sabe nada de mim, está me vigiando? – perguntou ele em tom intimidador.
- Malfoy, eu não preciso vigiar você. E já é a segunda vez que você me diz isso. Estamos quase o tempo todo juntos não é preciso vigiar. – ela disse dando as costas a ele.
- Eu lhe dou uma chance para me conhecer. – disse ele depois de um longo silêncio.
- Não é preciso, eu já tenho as minhas respostas.
- É mesmo? – fez ele irônico. – Então me diga. O que acha de mim?
- Não é preciso eu dizer o que você já deve saber. Como eu disse no começo do ano: As noticias correm.
- Você disse que tinhas as suas próprias razões, eu não quero saber as dos outros, quero saber as suas. – ela se levantou ainda de costas e ao se virar ficou muito próxima dele.
- Eu não tenho pra quê dizer as minhas. – disse ela engolindo seco ao notar tamanha proximidade.
- Tem certeza? – disse em tom desafiador.
- Tenho.
- Eu poderia dar uma chance a alguém pra dizer na minha cara o que falam ou o que acham de mim. Se eu me lembro, você disse hoje de manhã que me conhece, me dizendo que eu sempre me mostro sobre a minha grandeza de puro-sangue e que a você eu não engano. Acabou de dizer que embaixo da minha pele de lobo tinha alguém gritando pra sair. Então me diga Theron, quem é essa pessoa que você diz que está gritando pra sair? – ele a encurralará, ela engoliu seco ainda olhando naqueles olhos azuis acinzentados, ela nem percebeu, mas ele já estava segurando-a contra seu corpo e sua respiração quente estava bem próxima de seu rosto.
Um miado agourento entrou pela fresta da porta. Uma gargalhada escandalizada ecoou dentro da sala de onde eles estavam. Draco ergueu a varinha num gesto rápido e sem perceber ainda segurava Ann próximo a ele com a outra mão. Ela demorou por alguns instantes para perceber a situação, ao notarem que Pirraça era quem dava as gargalhadas escandalizadas girando no ar.
- PIRRAÇA! – rosnou Draco.
- ALUNOS FORA DA CAMA! ALUNOS FORA DA CAMA! – gritava Pirraça com uma voz fina e aguda. A gata do Filch miava fora da porta. Ann se desvencilhou dos braços de Draco e sacou a varinha.
- Travalingua! – gritou Ann apontando a varinha pra Pirraça que girou no ar fazendo ruídos frenéticos e histéricos, sua língua ficará presa no céu da boca.
- Silêncio! – ordenou Draco fazendo um gesto com a varinha para fazer Pirraça ficar em silêncio. Os passos acusadores de Filch denunciavam que ele estava mais perto. Os dois olharam assustados um para o outro. Draco correu para a porta e abriu com um estrondo. Pirraça segurou o pescoço de Ann a empurrando contra o espelho que quebrou em pedaços.
- ANN! – gritou Draco.
- Estupefaça – gritou Ann apontando a varinha para Pirraça que foi jogado contra parede desmaiando. Ann se levantou e correu pra porta dando de cara com a gata do Filch que miou mais uma vez agourento. Ela saiu correndo pelo corredor.
- Rennervate – disse Draco com a varinha para Pirraça num contra-feitiço de Ann, Pirraça acordou bombeando. – Preste atenção! Tem um trabalho pra você. – ele disse em modo desafiador. Pirraça entortou a cara e olhou para Draco com um olhar assassino. Ann ficou num corredor observando se Draco fora pego. Depois de alguns minutos ele apareceu correndo pelo corredor e assim que cruzou o corredor ele sentiu um puxão no seu braço.
- Onde você estava? Achei que tivesse sido pego! – disse Ann o olhando censuradamente. Draco a observou por alguns minutos e sorriu sarcástico.
- Está preocupada comigo? – perguntou malicioso.
- Não, seu idiota! Preze mais o valor que tem de ser monitor chefe! – disse ela seguindo a passos pesados.
- Andando nesse ritmo, Filch vai pegar a gente. – disse ele pegando na mão dela e saíram correndo pelos corredores. Mas deram de cara com o velho que, por sorte estava de costa. Draco deslizou alguns segundos, quase caindo, no chão sendo ajudado por Ann que o segurou pelo braço. Os dois saíram correndo mais uma vez. Rindo da voz arrastada que o Filch fez ao perceber que os fugitivos estavam nas suas costas e ele não pode ver. Ann e Draco saíram correndo em disparada sem rumo.
- Por aqui! – disse Draco com uma voz cansada de correr entrando numa porta à direita que estava entreaberta. Por um segundo de perda de espaço, eles foram parar numa torre.
E por alguns segundos os dois ficaram petrificados com a situação.
- MAS NÓS DESCEMOS! – gritava Draco transtornado com as mãos nos cabelos.
- Estamos numa torre. – disse Ann calmamente, mas era óbvio sua irritação.
- MAS NÓS DESCEMOS!! – repetiu Draco gritando.
- Mas continuamos numa torre e se possível A TORRE MAIS ALTA DE HOGWARTS! – disse Ann elevando a voz com um olhar ameaçador.
- NÃO ME OLHE COMO SE EU TIVESSE CULPA, ANN! – rosnou Draco.
- Malfoy, você estuda aqui há seis anos, EU ESTOU AQUI HA UMA SEMANA E NÃO ME CHAME PELO PRIMEIRO NOME. – ela gritou em resposta e foi quando um barulho de algo batendo com força contra a porta da torre, os dois olharam assustados.
- O que foi isso? – disse a voz de Draco amedrontado.
- Eu vou ver! – disse Ann se aproximando da porta.
- O que tem? – perguntou.
- Ah... é só um gato! – disse ela com uma voz despreocupada.
- Gato? Que gato? – disse ele franzindo o cenho.
- Aquele gato! – disse ela como se fosse óbvio.
- Mas que gato? – perguntou confuso.
- O gato. Aquele gato!
- O gato pulguento da Granger?
- Não é o gato da Hermione... e ele não é pulguento! – ela fechou a cara pra Draco de forma assassina. – Ah... me enganei, é uma gata!
- Gata, que gata?
- Aquela gata!
- Mas que gata que você está falando?
- A tal da Nor-r-a! – disse ela exasperada como se fosse obvio.
- Corre que o aborto vem por aí! – disse ele arregalando os olhos e pegando na mão de Ann e correndo porta a fora, a gata deu o miado funesto. – Sai bicho! – rosnou Draco correndo mais uma vez pelos corredores.
- De que aborto você está falando? – perguntou Ann correndo.
- Aquele aborto!
- Mas que aborto?
- O Filch!
- Argo Filch?
- E tem outro? – Ann bufou. Foi quando ela reconhece o corredor que levada à torre da Grifinoria. – Vai! – disse Draco olhando para os lados ao parar derrapando no corredor. Ann saiu correndo em disparada e parou deslizando na frente do quadro da mulher gorda.
- Senh...
- Titaliuns! – gritou ela sem ar para a mulher gorda que a olhou com uma cara assassina.
- Calma garota, quem manda chegar uma hora dessas!
- Cale a sua boca! – disse Ann exasperada esburacando no quadro. Ela se escorou na parede respirando fundo e ofegante de tanto correr. Seguiu para o seu quarto silenciosamente possível e se embrenhou por debaixo dos lençóis pensando se Draco teria chegado à sala da Monitoria Chefe a tempo.


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