Capítulo 1 - Dependência e des



Cap. 1 Dependência e despedida

Hipocondríaco. Eu me tornei hipocondríaco! Ela é meu remédio, é nela que estou viciado. Hoje foi o dia em que depois de muito esforço eu consegui convencê-la de que é melhor para ela viajar, para longe deste inferno.

No meio da BRIGA:

- Draco, eu não vou! Você pode ir se conformando, eu vou ficar!

- Por Merlin, Virginia! É tão difícil assim entender? Você tem que ir, a guerra não é lugar para uma mulher!- eu disse, e no momento não percebi, mas os gritos que vieram logo a seguir me fizeram perceber que eu não tinha dito bem a coisa certa, mais precisamente era a errada.

- Malfoy seu machista de bosta!- deu para ver como ela é carinhosa comigo não é?- EU sou auror meu lugar é aqui!

- Muito obrigado pela parte que me toca. E corrigindo você não é auror, você é uma Híbrida. E mesmo assim, você não trabalha para o ministério. Vá por favor, você vai ficar melhor lá, longe de tudo isso. Aqui não é seu lugar.

- Como assim aqui não é meu lugar?- ela esbravejava e suas orelhas pequenas estavam mais do que vermelhas, sinal de que ela estava realmente irritada.

- Não sendo, você não é auror!- eu respondi de forma rude, mas eu também já estava irritado, afinal aquilo já durava horas e ela insistia em ficar! Claro que ela iria querendo ou não. Mas a coisa já tinha chegado ao extremo, eu já tinha até pedido, por favor, coisa que eu nunca faço nem sobre tortura! Olha o que ela me faz fazer, eu já estava perdendo a paciência.

- O fato de eu ser ou não uma auror, não quer dizer que eu não possa ficar! Eu posso ajudar deixe de ser imbecil!- mais uma amostra de como ela é amorosa, do seu imenso carinho por mim.- Sou Híbrida eu fui treinada para isso!

- Eu sei, mas até agora você não está pronta, você ainda tem sentimento demais para matar sequer uma barata!- doce ilusão a minha. A esta altura a briga já atingia uma proporção gigantesca.

- Quem é você para dizer isto?-eu senti uma ardência de um lado do rosto e logo depois uma quentura misturada com um formigamento, ela tinha me dado um tapa, e acredite, isto realmente doeu.

- Você vai por bem ou por mau. - eu disse decidido, e já não estava com a voz exaltada. Já ela parecia ainda com raiva.

- Você não ousari...- mas eu não a deixei terminar, naquele momento eu a beijei e finalmente ela se acalmou, e parte da dor em uma de minhas faces se abrandou. Ela era minha. Virginia era meu remédio, e era dela que eu dependia embora me custe admitir isto. Minha relação com Virginia era surpreendente, e bastante incomum, não é todo dia que se vê um Malfoy e uma Weasley juntos na rua. È como posso dizer... Diferente, até porque estar com um Malfoy nunca é como estar com qualquer um. Nós nos amamos, embora não fiquemos repetindo isto um para o outro o tempo todo, como os outros casais comuns fazem. Se eu disse “Eu te amo” ou coisa parecida para ela três vezes foi muito, não tem necessidade de palavras ao vento.

Se eu pudesse dividir o tempo em que passamos juntos seria assim: 90 nós passamos brigando, discutindo, implicando um com o outro e etc. (incrível é a maior parte do tempo!). 5 é convivência normal; perdão, corriqueira, pois normal é a única coisa que não somos. E os outros 5 restantes... Bom...Como posso dizer...? “Nos conhecendo melhor” tudo bem que esta pode não ser a expressão mais adequada, mas eu acho que já deu para entender. Mas voltando a nossa discussão.

Eu interrompi o beijo, e disse rápido antes que ela pudesse se livrar daquele atordoamento que parecia envolvê-la.

- Por favor, não me obrigue.

- Draco...- ela tentou mais calma. Viu que eu estava falando sério, não era machismo, a situação já tinha chegado ao extremo e estava muito perigoso para ela ficar, tinha medo de que o Lord me desse ordens que eu não conseguisse cumprir, todos os comensais achavam que eu estava com ela apenas para extrair informações, mas e no dia em que ela, ela não fosse mais necessária, ou que eles achassem uma fonte de informações melhor? Provavelmente me ordenariam que acabasse com a suposta farsa, e a matasse. Mas eu simplesmente não conseguiria fazer isto, e assim estaríamos os dois correndo risco, eu como traidor e ela como isca, ela seria a primeira a ser aprisionada, para uma possível chantagem. Eu estava totalmente desesperado, já tinha até pedido ”por favor”!

- Eu vou conseguir desempenhar meu papel com você aqui. Não vou conseguir fazer o que um agente duplo faz, porque vou estar preocupado com você. Pensando se a sua cabeça ainda está sobre o pescoço, se você está bem... - ali eu realmente me superei, nem eu mesmo me reconheci. -Mais cedo ou mais tarde o Lord vai ordenar que eu em livre de você, nem que seja apenas para testar minha lealdade. E quando esta hora chegar... Você estará mais segura lá. - passou algum tempo sem dizer nada então eu percebi, alguma coisa disse que ela tinha entendido, não podia ficar. E uma dor abateu o meu peito, eu que não estava entendendo agora, eu devia estar feliz.

Eu tinha conseguido convencê-la e, diga-se de passagem, até que não tinha sido tão difícil assim, por que aquilo agora? Aquilo era fraqueza, e um Malfoy não pode ser fraco, mesmo sendo talvez a última vez que eu iria ver a mulher da minha vida.

- Prometa que vamos nos ver?- ela me pediu com os olhos brilhando, marejados de lagrimas, e as bochechas vermelhas, eu não podia fraquejar agora, ela tinha que ir. Então eu fiz.

- Prometo.- e a abracei bem forte, senti o cheiro dos cabelos ruivos que caiam no seu rosto e pelas suas costas alvas, ela é linda, e estava mais linda ainda naquele instante. Perfeita, os olhos castanhos, pele macia, bochechas rosadas, e o nariz pequenininho, tudo se encaixando em perfeita harmonia, emoldurados pelo cabelo vermelhos como fogo. Eu sabia que provavelmente não a veria mais, talvez quando ela finalmente voltasse para a Inglaterra, eu já não estivesse mais aqui esperando por ela. - Eu te amo.- Ela abriu os olhos assustada, mas depois sorriu, acho que era por causa da pouca freqüência com a qual eu dizia aquela frase que tinha um poder mágico sobre ela. Eu não sou de ficar repetindo isso toda hora como já disse.

- Esta é a quarta vez que você diz que me ama. - ela sussurrou ainda me abraçando e sorrindo de leve.

- Eu sei. – não sabia o que deveria fazer, e apenas sorri de volta enquanto ela desfazia o abraço e pegava as malas (que não eram poucas), tocou no copo quebrado encima da mesa e desapareceu. Então eu me joguei na poltrona, estava exausto; senti uma coisa quente e suave escorrer pelo meu rosto e atingir o meu queixo. Passei a mão no rosto rapidamente, enxugando o caminho que uma lagrima solitária tinha traçado no meu rosto.

Um Malfoy tem que ser forte e honrar seu nome. Levantei e fui para o quarto, olhei para o guarda-roupa agora extremamente vazio e sem cor, (em sua maioria minhas roupas são de tons escuros), e me deitei na cama de dossel que estava ao meu lado. Quantos dias eu não tinha uma noite de sono descente? Nem eu mesmo sabia dizer.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

  • Biandera Lowers

    Tô adorando!Mas eu queria que a Gina ficasse! O Draco é dumal >:3!Não tenho mais tempo. Acho que volto amanhã!Bjs!

    2011-04-15
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.