Capítulo 18
A Marca Negra!
-Vamos sair daqui. – Hillary murmurou, enquanto admirava horrorizada a caveira com língua de cobra flutuar no ar, dando um ar mais sinistro a tudo o que acontecia ao arredor deles.
Ignorando a amiga, Melissa, Brian e Gina viraram-se de frente para onde uma grande massa negra se locomovia em direção ao povoado; pelo morro que os levava à casa dos gritos.
-E fugir de uma boa treta? – Brian murmurou com ódio contido. – Nunca mais, Hillary. – ele suspirou, colocando a mão no interior do bolso da calça, de modo que pudesse sacar sua varinha. Gesto o qual Melissa e Gina imitaram.
-Espero que você saiba o que está fazendo, Brian. – Melissa murmurou de uma maneira que somente o moreno pudesse ouvir.
Brian sorriu para a namorada; ela era formidável. Até nos momentos mais críticos tentava lhe colocar algum juízo na cabeça. Pena que sempre fracassava nessa missão.
O ódio e o desejo por vingança corriam livres pelas veias de Brian e, antes mesmo que ele começasse a agir, sentia a adrenalina começar a dividir espaço em suas veias.
-Eu sei muito bem o que estou fazendo. – respondeu, no que sua voz foi seguida por um grande estrondo, o que parecia ser o sinal dos Comensais, que começaram a invadir o pequeno vilarejo e a atacar todos que vissem na frente.
-É melhor nos separarmos. – Gina, que não ouvira sequer uma palavra da conversa dos amigos, disse. – Nos encontramos na frente da Casa dos Gritos. – Hillary engoliu em seco, mas sacou a varinha; não iria dar uma de covarde e colocar o rabinho entre as pernas e sair correndo para se esconder na saia de McGonagall.
-Ótimo. – Brian murmurou de uma maneira que deu certeza à ruiva que não prestara real atenção ao que ela dissera, mas que tinha uma noção do que ela queria fazer.
Poucos alunos pareciam dispostos a ter a mesma atitude deles, enquanto os professores tentavam persuadir esses alunos a entrarem em alguma loja para se protegerem.
O quarteto ficou parado, sem nem piscar os olhos, esperando o momento certo para começar a agir. Quando um raio verde passou raspando por Brian, que foi que eles se separaram e começaram a correr em direções opostas.
Se não fosse pelo ódio que sentia pelos comensais, Brian poderia ter obedecido com prazer a ordem que o professor Snape lhe dera, mandando-o voltar.
Mas o desejo por vinganças estava-o cegando a ponto de somente querer matar um deles com suas próprias mãos e essa era a primeira oportunidade que lhe aparecia em seis anos.
Desviando de uma rajada de luz vermelha, esticou o braço, apontando a varinha para um dos comensais, enquanto conjurava o primeiro feitiço que lhe vinha a mente; exatamente como aprendera nas aulas de Duelos em Wizard: ataque surpresa, necessitava de reações desesperadas.
-Engel des Todes. – um jato de luz negra saiu da ponta de sua varinha, dando a forma de um anjo negro, o qual usava uma longa manta e que flutuava a alguns centímetros do chão. Fazendo um gesto displicente com os braços, o Anjo Da Morte aproximou-se do Comensal, que olhava aterrorizado para Brian, antes de seu corpo cair no chão e virar pó em questão de poucos segundos.
Brian sorriu pelo canto dos lábios. Adorava os feitiços Alemães, uma vez que estes eram curtos e diretos. Ou matavam ou falhavam.
Riu sarcástico; adorava mais ainda o fato de esses feitiços serem sua especialidade.
Mas não teve muito tempo para comemorar essa vitória, uma vez que mais dois Comensais apareceram em suas costas.
Virando-se com a agilidade de um gato, Brian desviou de um feitiço que, tinha certeza, era mortal.
Suspirando pesadamente, voltou a apontar a varinha para os comensais.
Sabia o que tinha de fazer; aprendera isso muito bem no passado. Era algo que os próprios comensais haviam lhe ensinado nos três ataques que haviam feito a sua família; a ser frio e não temer matar uma pessoa, porque senão o cadáver da história poderia ser você.
-Hölle der Engel. – murmurou, fazendo um jato azul, quase negro, sair da ponta de sua varinha, separando-se, logo em seguida, em dois fachos que tomaram a forma de dois anjos, os quais usavam uma manta da mesma cor da luz que os conjurara. Mas, ao contrario do anjo que conjurara antes, estes andavam e caminhavam lentamente até os comensais, o quais somente riam.
-Pobre garoto. – um deles murmurou, provando a Brian que eles não sabiam que feitiço era aquele. – Acha que pode nos botar medo conjurando dois anjinhos? – Brian sorriu friamente.
-Acho que o colega de vocês não concorda com essa sua observação. – ele murmurou, apontando para o pequeno monte de pó que havia perto de seus pés.
-Espera... – o outro murmurou, admirando a dança que os anjos começaram a executar quando pararam na frente dos bruxos das trevas. – Eu conheço esse feitiço. – ele ficou com a expressão pensativa. – O Lord o conjurou na batalha final, numa tentativa de matar Potter. – ele ofegou e recuou alguns passos. – Esse é o “inferno dos anjos”. – ele concluiu, no que o outro finalmente percebeu a gravidade da situação e também recuou.
Brian sorriu desdenhoso pelo canto dos lábios.
-Oh, vejo que vocês descobriram a brincadeira. – bufou, enquanto acabava com o feitiço. – Assim não tem graça. – deu de ombros, no que os homens mais velhos o olharam espantado, como que não acreditando no que ele acabara de fazer. – Ora, vamos... Vocês têm que concordar que matá-los com um feitiço que vocês já conhecem não tem graça.
-Você é um idiota mesmo. – o primeiro murmurou. – Nos deu a oportunidade perfeita para vencermos. – e apontou a varinha para Brian. – Expelliarmos.
A varinha de Brian escorregou por entre seus dedos e voou direto para a mão do comensal. O moreno fez uma cara de cão sem dono.
-E agora, o que você vai fazer? – um deles lhe perguntou, sorrindo pelo canto dos lábios e apontando a varinha para a cabeça do moreno, que fez uma expressão de fingido medo.
-Não sei... – sorriu pelo canto dos lábios. – Depende de você. – o homem franziu o cenho, confuso, no que o moreno continuou. – Não vai me dizer que a sua memória é fraca? Vai dizer que não se lembra de mim? – eles negaram com um aceno de cabeça. Brian ficava feliz por eles; ao menos eles conseguiram esquecer todo o mal que lhe fizeram quando era somente uma criança.
Suspirando, o moreno levantou a camiseta eu usava na altura do estômago, deixando a mostra uma fina cicatriz branca, que se destacava, devido ao bronzeado da pele.
-Lembraram-se agora? – murmurou frio, desdenhoso e arrogante. – Lembraram-se das crianças que vocês mataram? Da menina de sete anos que estupraram? - suas íris tornaram-se negras; ele abaixou a camiseta. – Lembraram-se da mulher de oitenta anos que espacaram?
Essas palavras pareceram fazer uma luz se acender no fundo da mente dos comensais, que se entreolharam, com um misto de surpresa e satisfação.
-Então você é o único herdeiro vivo dos O’Conner’s? – um deles perguntou, enquanto um sorriso cruzava seus lábios. Brian concordou com um aceno de cabeça. – Você se esconde bem, sabe? Mas, também, se escondeu de tão covarde que é. – isso fez com que a chama de ódio de vinganças ficasse maior dentro do peito do moreno. Abaixou a cabeça, fazendo os homens mais velhos rirem.
-Eu que era o covarde? – murmurou, após um tempo em silêncio somente ouvido a risada. Ergueu a cabeça, onde mostrou que suas íris estavam tão negras quanto o céu naquele instante. – Eu? – repetiu secamente, enquanto o tom de voz aumentava gradativamente. Estava ciente que todos os alunos, que se refugiavam nas lojas ao seu arredor, o observava, e estava mais ciente ainda de que os professores haviam colocado feitiços nos locais para que pudessem ouvir o que estava acontecendo do lado de fora. – Ao menos, eu tenho a dignidade de não abusar de crianças! De não espancar idosos! E de não matar pessoas indefesas! – berrou, no que sua voz foi seguida por um barulho longo, rouco e distante.
Um facho de luz cortou o céu escuro. Tão escuro quanto os sentimentos que povoavam o coração de Brian; tão escuros quanto o seu passado e tão escuros quanto as íris do moreno. Estava voltando a ser o que era quando conhecera Melissa, sabia, mas sabia melhor ainda que tão logo aquilo tudo acabasse, se arrependeria de cada morte que provocara.
-Você é um covarde, que permitiu que sua família morresse. Que permitiu que sua irmã fosse violentada, enquanto você colocava o rabinho entre as pernas e corria para salvar sua pele imunda. – se antes o moreno achava que se arrependeria, agora tinha certeza de que seria ao contrario; ninguém o acusaria de ter permitido que sua irmã houvesse morrido e salvado a própria pele, sem pensar um trilhão de vezes, antes.
Crispou os lábios, enquanto a chuva torrencial começava a cair, encharcando-os. Mas isso não fez diferença nenhuma para Brian, que se mantinha imóvel, com a cabeça baixa, os lábios crispados, ouvidos atentos e olhos fechados, enquanto a dor que as palavras que causaram tomava seu coração.
-Eu não fiz nada disso. – murmurou. – Eu não fiz nada disso! – repetiu, dessa vez um pouco mais alto e pausadamente. – Eu não fiz nada disso! – gritou, erguendo a cabeça, no mesmo instante que outro facho de luz cortava a extensão escura do céu. – Vocês são os culpados de toda a merda em que a minha vida se transformou. – lágrimas começaram a se misturar com as gotas de chuva. – Eu não vou perdoá-los por terem acabado com a minha família; com a minha vida. – completou e, conforme falava sua voz ia sumindo, até terminar em um mero murmúrio e voltar a abaixar a cabeça.
Mordeu o lábio inferior para conter o soluço que queria escapar de sua garganta.
-Oh, o bebê está chorando. – um deles provocou com um tom quase paternal. Quase.
-Eu odeio vocês. – murmurou, cerrando os punhos, enquanto o som de um trovão abafava sua voz. – Eu vou matá-los com as minhas próprias mãos. Lenta e dolorosamente. – puxou o ar com força e ergueu a cabeça, revelando uma expressão tão fria quanto o gelo e que fizeram os comensais tremerem levemente.
-E com que varinha, espertalhão? – eles perguntaram em uníssono, enquanto um deles girava sua varinha entre os dedos.
Brian sorriu e, fixando suas íris no graveto, fez com ele saísse da mão do bruxo mais velho e pousasse nas suas.
-Com essa. – murmurou em resposta. Apontou a varinha para os dois homens e fechou os olhos, em pura concentração, enquanto murmurava palavras desconexas em alemão. - Engel der Folterung. – gritou por fim, fazendo com que quatro anjos completamente negros saíssem da ponta de sua varinha e fizessem um circulo ao arredor dos homens e começavam a jogar todos os feitiços de torturas conhecidos no mundo todo nos homens, que após alguns minutos caíram mortos.
Olhando com frieza para os corpos caídos no chão sem vida, Brian sorriu pelo canto dos lábios.
-Idiotas. – murmurou por fim, antes de começar a correr na direção da casa dos gritos, a fim de ir se encontrar com as meninas.
[hr]
Ofegando, Gina correu o mais rápido que suas pernas permitiam.
Odiava admitir, mas estava ferrada. E seria muito bonito – para os comensais – se a ruiva caísse de cara na lama.
E o melhor da piada sádica seria; estava desarmada, uma vez que os filhos duma mãe conseguiram roubar sua varinha.
E, enquanto não conseguisse arquitetar um plano para recuperá-la, sua única alternativa seria correr, correr e correr.
Não que esse plano fosse salvar sua pele, mas ao menos lhe daria maior tempo para pensar em como se livrar de pessoas que não conseguiam pensar com muita clareza, mas que eram em maior número.
Afinal, eram cinco comensais para UMA aluna do QUINTO ANO!
Derrapando, enterrou os pés na lama, de modo que parasse de correr e pudesse se esconder atrás de uma árvore particularmente grossa, enquanto vasculhava o chão com os olhos, a procura de algo que pudesse usar como arma até que conseguisse recuperar sua própria varinha, o que, tinha certeza, demoraria muito ainda.
-Pedras minúsculas... – murmurou para si mesma, suspirando. – Que ajuda! – completou sarcástica, enquanto continua a procurar por algo que lhe servisse, até que viu; ali, jogado no chão, um maravilhoso pedregulho, o qual possuía a forma da ponta da pedra que ficava nas pontas das flechas.
Não era uma das melhores armas, mas, como já diziam os sábios, situações desesperadas, pedem reações desesperadas.
Agachando-se, empunhou a pedra, no mesmo instante em que o barulho de pés batendo contra a lama, chamou sua atenção, mostrando-lhe que os bruxos das trevas se aproximavam.
Deixando a coluna enrijecida, Gina apurou os ouvidos, de modo que pudesse ter uma noção de onde os Comensais estavam e chegou à conclusão que se os bruxos das trevas dessem somente mais um passo para a direita, a achariam.
Suspirando profundamente, apertou a pedra entre os dedos com mais força do que deveria, fazendo com que a rocha cortasse sua mão.
Mas a ruiva não se importou para a dor latejante em sua palma e muito menos ainda para o liquido vermelho que escorria, manchando a terra sob os seus pés.
E, quando o primeiro comensal entrou na sua linha da visão, a ruiva reuniu toda a coragem que possuía e com todo o sangue frio que achou dentro de si, bateu a pedra contra a lateral da testa do bruxo mais velho, cortando-a profundamente, no que o homem urrou de dor, antes de cair inconsciente, de modo que a varinha que ele segurava firmemente entre os dedos, rolasse até os pés de Gina, que se agachou e se armou com a varinha dele.
Sabia que seus feitiços não sairiam tão bons quanto sairiam se ela os conjurasse com sua própria varinha, mas pelo menos não tinha que se proteger com uma pedra, que estava acabado mais com a sua mão do que com os seus inimigos.
Fechando os olhos brevemente, pediu perdão a todas as santidades que conhecia e isso incluía o próprio Merlin.
Mordiscando o lábio inferior, reabriu os olhos e, suspirando, murmurou bem baixinho, de modo que ninguém pudesse ouvi-la e, assim, localizá-la antes do momento que ela previra.
-Accio Varinha Gina Weasley. – quando a varinha da ruiva saiu voando da mão de um dos Comensais, estes soltaram algumas exclamações de surpresa, afinal, não era todo dia que alguém conseguia recuperar a varinha sem estar ali, encarando-os cara a cara.
No mesmo instante em que a varinha tocou na mão da caçula dos Weasley’s, os seguidores de Voldemort sorriram vitoriosos uns para os outros; haviam acabado de descobrir onde a ruivinha se escondia e tinha certeza de que seria fácil demais matá-la.
Quando deram o primeiro passo na direção da árvore, Gina saiu de trás desta, o braço erguido na direção do ombro, a varinha apontada para os inimigos. Os lábios contorcidos num sorriso sádico; as íris brilhando em pura frieza.
-Não adianta querer fingir que está confiante de si mesma, gatinha... – um deles falou, enquanto sorria malicioso, correndo os olhos pelo corpo de Gina, que sentiu uma imensa vontade de pular no pescoço dele e matá-lo com as mãos nuas; numa morte lenta. – Sabe que a gente é muito melhor do que você e que em questão de segundos isso tudo estará acabado.
-Tenho certeza que sim. – respondeu; a voz saiu melodiosa e, ao mesmo tempo, conformada. – E tenho maior certeza que, quem estará caído quando acabar será você e seus amigos. – completou, no que os comensais começaram a gargalhar dela.
E essas gargalhadas fizeram com que a raiva que havia dentro dela explodisse completamente, fazendo as íris amêndoas brilharem em mais frieza ainda, enquanto a chuva parecia que somente piorava.
Um facho de luz cortou o céu negro, sendo seguida por um longo barulho distante e rouco.
Puxou o ar com força, soltando-o pela boca logo em seguida, no mesmo instante em que os Comensais paravam de rir e apontavam suas varinhas para a ruiva, que engoliu em seco.
Se fosse um de cada vez, suas chances de ganhar eram maiores, porém tendo os cinco comensais prontos para lhe atacar ao mesmo tempo era algo com o qual ela não contava.
De fato, seu dia estava perfeito.
Odiava comensais; odiava ficar em baixo de uma tempestade. E odiava ainda mais o fato de estar de TPM.
Viu quando os comensais começaram a fechar o circulo ao seu arredor e rezou a Merlin para que sua hora não houvesse chegada, e se houvesse, que seu destino não fosse morrer nas mãos daqueles idiotas.
O sangue corria por sua veia numa velocidade incrível, misturando-se com a adrenalina e com o medo, que começava a tomar conta de si.
Molhou os lábios com a pontinha da língua e afastou uma mecha ruiva dos olhos.
Okay! Nunca sentira medo do seu professor de Duelos, o qual era considerado o mais sanguinário Auror Espião dos anos oitenta. Porque, então, sentiria medo de meros Comensais?
Esse pensamento pareceu ter um pode revigorante sobre a auto estima da ruiva, que apertou a varinha entre os dedos com mais força e aumentou o sorriso sádico sobre os lábios.
Mas, quando estava pronta para atacar, uma forte tontura a vez cambalear alguns passos para trás e abaixar levemente a varinha, enquanto uma leve dor começava a atingi-la na altura do estômago.
Sabia o que era isso, mas não podia acreditar que aquele maldito mal estar decidira pegá-la justamente na pior hora do seu dia.
O som a chuva, para si, diminuiu até não existir mais. O som do vento forte desaparecera juntamente com o da água batendo contra o chão de terra.
Sua visão embaçou e uma vontade louca de gritar de dor – quando esta aumentou considerável e instantaneamente – tomou conta de si, mas mordeu os lábios para que este grito não saísse de sua garganta.
A única coisa que conseguia ouvir era o som das gargalhadas dos homens a sua volta e isso pareceu fazer uma frase que seu tutor em Duelos vivia lhe dizendo, aflorar em sua mente.
“-Não importa o que está acontecendo com você, Virginia. – ele falou severo, quando ela tivera o mesmo mal estar em um duelo que estava tendo com ele. – Não importa se você tem uma doença mortal, que pode aflorar a qualquer momento, fazendo você passar mal. Ignore a dor! Ignore! Finja que ela não está lá! Não dê oportunidades para seus inimigos. Vamos! Duele! Mate, se preciso!”
Concentrando toda a sua força de vontade, a ruiva puxou o ar com força, obrigando-o a ir para seus pulmões, enquanto ajeitava o corpo e voltava a apontar a varinha para os bruxos mais velhos.
Estava ignorando a dor e o fato de que esta poderia fazê-la ter uma crise. Somente iria fazer esses bobões das trevas saberem que não se ri de uma Weasley. Não se importaria em matar e, muito menos, morrer.
-E a criança decide se entregar à morte? – um deles perguntou, sádico, enquanto sorria desdenhoso e a varinha era apontada para a cabeça da ruiva, que somente sorriu docemente. – Uma pena, sabia? Você é muito linda, mas igualmente tola por ficar do lado de Dumbledore. – Gina jogou a cabeça pra trás, enquanto gargalhava divertida.
-Eu sou tola? – ela repetiu, quando recuperou o fôlego. – Ao menos não sou eu que sirvo alguém que nem sequer é vivo. – sorriu desdenhosa pelo canto dos lábios. – Ao menos, eu não espero virar a serva preferida de um defunto.- isso pareceu fazer os comensais se irritarem e, apontando a varinha para a ruiva, proferiram em uníssono:
-Crucio! – um jato de luz vermelha saiu da ponta de cada uma das varinhas.
Dando um passo para trás e fazendo um movimento gracioso com o braço, a ruiva murmurou:
-Protego. – uma luz rosa clara a envolveu, fazendo os feitiços baterem na barreira e não ultrapassá-la, somente enfraquecê-la, ato que fez os comensais se irritarem mais. – Eu já disse; quem irá perder não serei eu e sim vocês. – murmurou desdenhosa, enquanto apontava a varinha para o comensal que estava no meio da pequena coluna humana que havia em sua frente, enquanto murmurava algumas palavras em holandês, antes de encarar o comensal com um sorriso de canto de lábios. - Vloek van de Godin. – um jato de luz laranja saiu da ponta de sua varinha e parou, no ar, antes de atingir o Comensal, o qual mantinha os olhos arregalados, fixos no feitiço, enquanto os lábios estavam entre aberto em surpresa; parecia conhecer essa maldição.
A luz laranja começou a tomar a forma de uma mulher de longos cachos violetas, onde caiam até sua cintura delgada. No pescoço estavam pendurados vários tipos de amuletos. Os pés da bela mulher estavam a meio metro do chão e a barra da longa manta branca roçava na terra molhada.
Ela possuía um olhar sereno e os lábios cheios e vermelhos estavam curvados em um belo sorriso, enquanto as delicadas e pequenas mãos seguravam uma espécie de cajados prata, onde a ponta possuía a forma de uma lua minguante.
-Que porcaria é essa? – um deles perguntou, no que o que estava sendo ameaçado recuou dois passos, antes de começar a explicar.
-Ela conjurou um feitiço holandês muito antigo e poderoso que, na tradução ao pé da letra, significa “Maldição da Deusa”, a qual tem como finalidade matar um monte de gente de uma só vez. – ele estremeceu quando a deusa começou a entoar, em uma voz melodiosa, uma música. – Essa música que ela está cantando, conjura todo o tipo de causa de morte. Desde a natural, até a mais horripilante e sanguinária. – engoliu em seco. – Ninguém consegue escapar da morte, somente quem conjurou o feitiço. – olhou para Gina, que mantinha os olhos fechados e o semblante contorcido em uma expressão de profunda concentração. – Estou surpreso que uma garota de quinze anos consiga conjurar tal feitiço, levando em conta que nem o próprio Voldemort conseguiu. – ele suspirou pesadamente. – A gente já era. – concluiu, no mesmo instante em que várias sombras negras começavam a fazer os comensais sumirem, enquanto urros de dor, desesperos e arrependimento se fizeram ouvir.
A imagem da Deusa desapareceu e Gina permitiu que seus joelhos cedessem sob o seu peso, fazendo-a cair, enquanto puxava o ar com força pela boca.
Era especialista em feitiços antigos holandeses, mas senhor! Como aquilo cansava! Ou será que era somente seu mal estar fazendo-a crer que estava perdendo o jeito?
-Cuidado! – a voz de Harry chegou a seu ouvido, antes de um par de mãos quentes e hábeis circularem sua cintura e erguê-la, levando-a para longe de um jato de luz verde, que acertou o chão, bem na parte onde ela estava.
-Obrigada. – murmurou, entre uma puxada de ar e outra. – Eu estaria mortinha agora. – Harry lhe sorriu pelo canto dos lábios, enquanto conjurava um poderoso feitiço de proteção ao arredor de ambos.
-Você está bem, Gina? – ele perguntou, notando pequenos cortes no rosto dela e a mão ensangüentada. – Está pálida. – ela lhe sorriu de fraquinho, enquanto sentava-se sobre os calcanhares.
-Somente conjurei um feitiço muito poderoso, que me cansou demais. – Harry fez uma expressão curiosa, o que, na humilde opinião de Gina, o deixara mais bonito do que ele já era.
-Que feitiço? – ele perguntou, antes de fazer ataduras aparecerem na mão da ruiva.
-Você entende de feitiços holandeses? – ele negou com um aceno de cabeça. – Então nem queira saber. – ele sorriu, antes de voltar sua atenção para o que acontecia ao arredor. – Quantos comensais te seguiram? – ela perguntou, fazendo-o suspirar.
-Se eu te falar que acho que mais da metade você acreditaria? – ela riu e concordou com um aceno de cabeça.
-Bom... – ela levantou-se, sendo imitada por ele. – Está na hora de darmos uma trégua. – estendeu a mão, a qual ele apertou. – E virarmos uma equipe. – ele sorriu.
-O que você sugere? – Gina sorriu e ergueu uma sobrancelha brevemente, como que dizendo que o plano que lhe ocorrera era perfeito.
[hr]
Okay... Não era uma das piores situações pela qual já passara. Era a mais desesperadora, mas não a pior.
Suas pernas doíam horrivelmente pelo esforço de subir o morro que levava até a casa dos gritos correndo, enquanto desviava de feitiços, fazendo acrobacias que não sabia ser capaz de fazer.
O suor escorria por seu rosto, misturando-se às gotas de chuva.
Porque não ouvira as ordens dos professores e fora se esconder dentro de alguma loja do povoado?
Mas não! Tivera que ir no embalo dos amigos - que aprenderam a duelar na melhor academia da América – e ir atrás dos Comensais.
Suspirando, apertou os dedos ao arredor da varinha com mais força, cerrou os olhos, para tentar ver com maior clareza entre as densas e fortes gotas de água que caiam do céu, enquanto os lábios estavam apertados em uma fina linha, a qual deixava claro, para quem a conhecia, que estava furiosa.
Viu quando um comensal se aproximou de si, a varinha empunhada na mão direita, enquanto segurava um punhal na esquerda. Porque esses fedidos das trevas tinham que achar que eram os maiorais, quando eram um bando de zero à esquerda, que seguiam um bruxo que já estava morto, à sete palmos a baixo da terra.
Sabia que ele estava ali, em algum lugar a observando. Somente não conseguia descobrir onde. Mas sabia que o infeliz que se aproximava, somente estava fazendo isso para distraí-la. Mas não permitiria que ele a pegasse desprevenida! Não outra vez!
Levou uma mão até sua nuca, onde pôde sentir uma leve saliência, onde sabia; estava uma fina cicatriz que aquele monstro lhe causara quando possuía somente oito anos.
Puxando o ar com força, jogou uma mecha dos seus cabelos para trás da cabeça.
Estava pronta para o que desse e viesse. Havia aprendido muito sobre as Artes das Trevas, somente por vê-lo usar vários feitiços diferentes consigo.
-Vamos lá, companheiro! – gritou, sua voz competindo com o barulho da chuva e do vento forte. O comensal andou um pouco mais rápido, mas ainda estava longe. – Não tenho o dia todo para esperá-lo. – completou, antes de um barulho longo e rouco se fazer presente.
O vento frio chocava-se contra a pele desprotegida do seu braço, fazendo-o se arrepiar. Os cachos morenos grudavam em seu rosto, moldando-o.
A adrenalina e o desespero dividiam o espaço de suas veias com o sangue, que corria depressa por seu corpo.
Já havia derrubado vários comensais, enquanto tentava alcançar a Casa dos Gritos, mas aquele a seguia desde que começara o trajeto. Ele era o ser mais lerdo que já tivera a infelicidade de esperar.
Mas parecia que o bruxo mais velho decidira não deixá-la esperando, uma vez que começara a lançar vários feitiços em sua direção, fazendo-a arregalar os olhos e começar a desviar de todos, enquanto o comensal avançava gradativamente.
-Filho duma mãe. – murmurou, antes de jogar seu corpo para o lado desviando de mais um feitiço; aquilo estava irritando-a, sincera e profundamente. Apontou a varinha para o homem mais velho. – Conjunctivitus. – um jato de luz roxa saiu da ponta de sua varinha, atingindo o bruxo diretamente no rosto, no que ele cambaleou e, quando recuperou o equilíbrio, revelou olhos vermelhos e lacrimejantes.
Sorriu, aquilo pelo menos dificultaria o processo para o homem mais velho, que por mais dificuldades de visão que possuísse, conseguiu alcançá-la e apontar a varinha para sua cabeça, numa mira certeira.
Bufou; odiava sorte de principiante.
Mas antes que pudesse haver mais algum feitiço proferido por algum dos dois, outro comensal entrou no campo de visão de Hillary, onde o novo bruxo fez o outro aparatar para algum lugar que ela sequer imaginava existir.
-Não vai dar um abraço no seu velho, Lary? – o homem perguntou, abaixando o capuz da capa, revelando intensos olhos castanhos e cachos castanhos, os quais iam até um pouco acima dos ombros largos. Os lábios finos estavam curvados em um sorriso frio.
Um tremor passou pelo corpo de Hillary, fazendo-a sentir vontade de correr em direção contraria a do homem, indo esconder-se em algum lugar bem longe das garras de cinismo dele.
Seu coração batia contra o seu peito com uma velocidade tão grande que ela achou que ele sairia por seu peito.
Ofegou, antes de forçar um sorriso desdenhoso.
-Você nunca sequer se preocupou em saber se eu estou bem nos últimos anos. – murmurou em resposta. O barulho da água chocando-se contra a terra e o urro do vento ao pé de seu ouvi não existiam mais. Era somente a sua voz, a voz de seu pai e o barulho dos movimentos dele. – O que o leva a crer que eu irei abraçá-lo depois de tudo o que você me fez? – o homem riu; uma risada sem alegria, a qual ela poderia comparar com a risada que Voldemort dera no ano anterior.
-Olhe para você, meu amor... – ele disse, analisando a menina de cima a baixo. A blusa negra que usava, colava ainda mais no tronco bem torneado, enquanto a saia moldava as penas bem torneadas com perfeição. Os cachos castanhos grudavam no rosto de linhas delicadas, com a expressão fria; os lábios contorcidos no sorriso mais desdenhoso que antes. – Eu lhe fiz o favor de lhe transformar nessa bela mulher e é assim que você me agradece? – ela permitiu que uma risada fria saísse por sua garganta.
-Você me fez um favor? – voltou a rir. – Me transformou em mulher? – repetiu, ficando séria; os olhos cerrados em uma expressão perigosa. – Isso não é o tipo de coisa que os pais fazem com os filhos, querido. – ódio explodiu dentro de si, tomando conta, não somente de seu coração, mas também de sua alma e sua mente. – Você somente acabou com a minha vida. Eu não queria me transformar em mulher aos seis anos de idade. – ele riu e deu de ombros, como que dizendo que isso não era, de fato, importante.
-Aproveite que você é meio trouxa e vire freira, então. – ele respondeu simplesmente, fazendo seu ódio por aquele que estava a sua frente aumentasse cada vez mais, atingindo um nível, onde sabia; seria capaz de matá-lo.
-Aproveite que é bruxo e ache um jeito de sumir da minha frente, antes que eu me veja no direito de estourar seus miolos. – murmurou, no que ele somente riu com mais vontade. – Aproveite enquanto ainda acho que você é pouquinho melhor que os vermes; aproveite enquanto ainda posso ter pena de você e permitir que você siga com essa sua vidinha medíocre. – ele parou de rir, como se finalmente o efeito do ódio que saia nas palavras delas lhe afetassem.
-Desde quando você é tão bocuda? – ele perguntou, como se o fato de ela falar o que pensava, fosse mais importante do que o fato de que ela o odiava. – Desde quando fala tudo o que lhe dá na telha? – ela sorriu de canto de lábios e encolheu um dos ombros, num gesto que fez um arrepio subir pela espinha do homem mais velho; desde quando sua filha era tão fria e sensual?
-Desde o momento em que você me fez o favor de me mostrar que o mundo não é somente flores. – respondeu, enquanto apertava a varinha entre os dedos; a chuva piorava a cada segundo, molhando-os cada vez mais. – Desde o momento que você me mostrou que nem sempre podemos confiar nas pessoas que mais amamos. – ele riu.
-Quer dizer que você me ama? – fora a vez de a morena rir.
-Talvez, eu o amasse quando você fingia ser um bom pai e me respeitava. – suspirou pesadamente. – Desde meus seis anos, eu não sei o que é ter um pai presente e que se preocupa com você e não somente em lhe dar uma surra quando está entediado; em abusar de você quando ele bem entender. – cerrou os olhos com mais força. – Talvez desde o momento em que eu abri os olhos e percebi que nunca te amei de verdade, somente te odiei.
Essas palavras, ditas com tanta indiferença por ela, pareciam ter o mesmo efeito que uma facada no peito dele.
Hillary crispou os lábios com mais força.
-Você é bem egoísta, não é meu amor? - o homem falou com repugnância na voz rouca e arrastada - Você é uma mal agradecida isso sim, eu te dei teto, comida, roupa e uma cama pra dormi, e olhe como você me agradece...
Hillary realmente não sabia se ria de raiva, ou se matava de uma vez aquele infeliz.
Cerrou os olhos, e as íris azuis escuras cintilaram.
-Mal agradecida? Egoísta? - repetiu as palavras do pai ironicamente - Oh sim, papai, eu devo realmente te agradecer por tudo o que me fez, por onde quer que eu comece? Pelas surras? Pela cama que eu dormia, a qual tantas vezes você sujou com o meu sangue? Ou pela minha ingenuidade que você arrancou de mim? - lágrimas marejaram seus olhos, mas contendo-se em guardá-las somente para si, gritou. - A única coisa pela qual posso te agradecer, é pela oportunidade de conhecer o verdadeiro sentimento de ódio. E muito mais que isso, papai, com você eu conheci o verdadeiro inferno.
O homem riu desdenhoso, avançado um passo na direção da morena, que recuou.
-Será que você não percebe o que fiz por você? – ele perguntou, passando uma mão pelos cabelos, deixando-os mais desgrenhados do que estavam. – Será que não percebe que tudo o que fiz foi lhe mostra como o mundo é? – ela permitiu que uma risada fria e desdenhosa escapasse por sua garganta.
-O engraçado, papai, é que há uma pessoa que está me mostrando que o mundo não é o inferno em que você me fez viver! – sorriu de canto de lábios e foi até o homem mais velho, fazendo os corpos ficarem separados por milímetros. Inclinou levemente o pescoço, para poder olhá-lo nos olhos. – Que o inferno, somente existe por causa das pessoas ao nosso arredor. – suspirou profundamente. – Você causa o inferno na minha vida e eu fugi disso, porque não sou obrigada a agüentar essa sua cara feia. – completou, no que ele jogou a cabeça para trás, enquanto gargalhadas divertidas passavam por sua garganta.
-Como você acha que eu me senti quando recebi a noticia que sua mãe estava grávida? Quando eu fiquei sabendo que você ia nascer? – ele cerrou os olhos. – Eu me senti no inferno! Tentei agüentar essa situação desastrosa; afinal, ela era uma trouxa e, conseqüentemente, você seria uma sangue ruim! – aproximou seu rosto do dela. – Então, filha, estamos quites! Você é o meu inferno e eu sou o seu.
-Eu sou o seu inferno? – repetiu, recuando alguns passos e abaixando a cabeça, fazendo o homem crer que a ferira. – Seu inferno? – murmurou, antes de começar a gargalhar histericamente, erguendo a cabeça, de modo que pudesse encarar o pai. - Eu me pergunto como eu posso ser o seu inferno quando eu sempre fazia o que estava ao meu alcance para agradá-lo e tudo o que recebia em troca era seu desprezo, suas surras! – o sorriso que brincava em seus lábios, morreu, enquanto suas íris começavam a brilhar em puro ódio. – Eu não tenho culpa de você ser um filho de uma puta qualquer, que não sabe enfrentar as conseqüências dos seus atos imundos! Se eu nasci, foi porque você permitiu! – tudo o que sentiu a seguir foi uma forte dor em seu rosto no que sabia; ele desferira um soco contra sua bochecha.
Recuou alguns passos, para conseguir manter o equilíbrio, enquanto sentia um liquido quente começar a escorrer de sua boca, indo parar na pontinha de seu queixo.
Puxou o ar com força, tentando se acalmar; grande perca de tempo.
Em um gesto ousado, aproximou-se do homem mais velho e, olhando-o nos olhos, desferiu um tapa contra o rosto dele.
-Nunca mais ouse me tocar. – murmurou, entre dentes e quando ele fez menção de atacá-la novamente, apontou a varinha para ele, encostando-a no pescoço largo. – Só mais um motivo. É somente disso que preciso para matá-lo. – advertiu.
-Você não teria coragem. – ela ergueu uma sobrancelha, desafiando-o a testá-la. – Nem ao menos sabe proferir um feitiço descente. – um sorriso desdenhoso brincou nos lábios dele. – Você não tem coragem de matar aquele que lhe deu a vida. Não tem coragem de matar o seu pai.
O ódio que se espalhara por seu corpo, dominava-a, fazendo as íris azuis virarem negras, enquanto o sorriso desdenhoso no canto dos lábios lhe dava um ar sinistro.
Um leve temor correu a coluna vertebral do homem.
-Você nem ao menos pode ser considerado pai. – respondeu, enquanto dava um pequeno passo para trás, de modo que pudesse esticar o braço. – Crucio. – murmurou, fazendo o feitiço atingi-lo em cheio, fazendo-o cair e, gritando, se contorcer de dor. – Quero ver você falar que não sei conjurar um feitiço descente agora. – suspirou em fingido pesar. – E não se esqueça que você, pelo menos, foi um bom professor.
Ofegando, o homem levantou-se e, num gesto incrivelmente rápido, empurrou-a, fazendo-a cair sentada em uma poça de lama, enquanto a varinha espaçava por entre seus dedos e ia parar a alguns metros de si.
Ele debruçou-se sobre si e capturou seus lábios em um beijo selvagem, enquanto a mão passeava por sua coxa, indo em direção a sua parte mais intima, entrando por debaixo de sua saia.
Debateu-se e tentou empurrá-lo, mas ele era consideravelmente mais pesado e forte que ela.
Gemeu em puro nojo, enquanto começava a sentir-se suja e lembranças invadiam sua mente em flashes.
Lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, perdendo-se entre os lábios colados.
Aquilo já era nojento somente pela idéia do como se fazia, mas o fato de ser o seu pai que estava fazendo fazia ficar mais nojento ainda.
O sangue parecia ter parado de correr por suas veias e seu coração batia contra seu peito em uma velocidade incrível, enquanto os pulmões clamavam por oxigênio.
Debateu-se com mais força, tentando livrar-se do aperto que ele fazia contra o seu corpo, prensando-o contra o chão molhado.
Quando os lábios dele descolaram-se do seu, foi somente para passar a beijar seu pescoço, enquanto de sua própria boca escapava um soluço. Fechou os olhos com força e, quando a mão dele tocou sua feminilidade, permitiu que um grito de desespero e nojo escapasse por sua garganta, no que o homem mais velho, com a mão livre, desferiu-lhe um tapa no rosto.
Olhando para o cocuruto do homem com repugnância, enquanto as lágrimas escorriam com mais força por seu rosto.
Jogou a cabeça pra trás, de modo que esta encostasse no chão.
Estava preste a desistir de resistir, quando o peso do comensal simplesmente sumiu de cima de si, sendo seguido por um urro de dor e o barulho de alguém caindo sobre uma poça de lama.
Erguendo a cabeça, pôde ver Brian olhando para o comensal, com ódio e repugnância.
-Eu poderia te matar agora. – o moreno murmurou, cerrando os olhos, fazendo-os se transformar em duas fendas azuis. – E talvez eu realmente faça isso. – completou, tirando a varinha do bolso num gesto rápido.
-Talvez você devesse perguntar a sua amiguinha se ela quer que você me mate. – o homem falou, sorrindo maroto pelo canto dos lábios. – Ela pode ficar chateada com você. – completou, fazendo Brian olhar por cima dos próprios ombros, somente para ver a amiga de cabeça baixa. Porque ela ficaria chateada consigo se matasse o verme que tentara abusar dela? Quando voltou a olhar para onde deixara o comensal, viu que ele havia fugido.
Olhou ao arredor, procurando-o, mas tudo o que viu foi as grossas gotas da chuva caindo e, ao longe, a Casa dos Gritos.
Guardando a varinha, caminhou até a amiga, somente parando para pegar a varinha dela.
-O que ele quis dizer com isso? – perguntou, segurando-a pelos ombros e ajudando-a a se levantar. Ela balançou a cabeça, ainda baixa, de um lado para o outro.
-Não sei. – murmurou, antes de se atirar no pescoço do amigo, soluçando. O moreno ficou sem reação por alguns poucos segundos, antes de abraçá-la de volta e deslizar a mão pelas costas dela. – Obrigada. – agradeceu, antes de esconder o rosto da curva alva do pescoço do moreno.
-Calma. – ele pediu, sentindo o coração se apertar por ter que ver a amiga em um estado tão desesperado. – Não aconteceu nada. – murmurou, beijando o alto da cabeça dela, que somente soluçou, antes de apertar mais o abraço.
-Eu sei... Mas foi graças a você que não aconteceu nada. – ela soluçou novamente. – Talvez, meu problema seja o fato de que eu não consigo superar meu passado. – Brian franziu o cenho, sem entender o que a amiga falava, mas permitiu que ela desabafasse. Provavelmente, isso a ajudaria. – Quando eu acho que finalmente posso viver, as lembranças vem e me impedem de ser feliz. – fungou e se aconchegou ao corpo do amigo.
-Às vezes, não é o nosso passado que faz o nosso presente e o nosso futuro. – murmurou, repetindo as palavras que a namorada lhe falara há alguns dias. – Temos que superá-lo se quisermos ser felizes, Lary. – acariciou os cabelos molhados dela. – Não sei o que te aconteceu para você estar falando isso, mas saiba que seja o que for, você tem que superar, enfrentar o seu medo. – deu um pequeno passo para trás, para que pudesse encará-la. – Confie em mim, Hillary, em mim, na Mel e na Gi... Somos seus amigos e queremos te ajudar, mas você tem que confiar na gente antes. Conte-nos o que aconteceu de tão traumatizante no seu passado e daremos um jeito de te ajudar a superar. – ela sorriu de fraco pelo canto dos lábios.
-Eu me pergunto como alguém como você pode ser bi, Brian. – ele sorriu. – É sério. – ela deu um tapa de brincadeira no ombro dele, que riu. – Você é uma pessoa maravilhosa e não sei como consegue ser bi. – ele deu de ombros e estendeu-lhe sua varinha, a qual ela pegou.
-Te garanto que meu passado não é dos melhores. – piscou um olho para ela. – Mas agora não temos tempo para confissões, temos que ir para a casa dos gritos, encontrar aquelas duas doidas. – Hillary deu de ombros e eles correram até a casa abandonada, onde viram Melissa chegar.
[hr]
-Esse era o seu plano perfeito, ruiva? – Harry perguntou em um grito, enquanto recuava alguns passos, até que suas costas chocaram-se nas de Gina. Ambos encurralados no centro do círculo que os Comensais faziam.
-Ao menos eu tive alguma idéia. – ela resmungou, conjurando um feitiço de proteção ao arredor deles. – Ao contrario de você, não é? – completou sarcástica, fazendo-o bufar, mal humorado.
Tudo o que, de fato, faltava para seu dia ficar perfeito era o que estava acontecendo.
Estava tão bom ficar no Três Vassouras, sentado em uma das mesas do fundo, acompanhado de Amanda Willians, beijando-a, sem se importar com o mundo ao seu arredor.
Era tão bom, mas não era tão perfeito quanto beijar aquela ruiva folgada, que tinha o corpo roçando no seu naquele instante.
Tudo bem; estava adorando aquele contato, mas não era exatamente no meio de um ataque de comensais que planejara voltar a sentir o corpo dela. Definitivamente, não. Principalmente quando havia metade da manada atrás de si, procurando vingança pela morte de Voldemort no ano anterior.
Senhor! O que fizera para merecer tal tortura? Gina ameaçando sua sanidade e os comensais ameaçando sua existência!
Suspirando, correu os olhos atentos ao arredor, tentando bolar alguma plano B.
-Sabe, Gina, essa seria uma boa hora para você me mostrar o que você aprendeu em Wizard para uma situação como essa. – Gina riu, sem jeito.
-Você quer mesmo saber o que eles me falaram para fazer quando se está encurralado no meio dos Comensais? – ele riu de fraco.
-Adoraria. – ela deu de ombros.
-Ele somente me falaram: pernas para que te quero. – ele gargalhou diante isso. – A não ser, é claro, que você ache que dá para ganhar.
Ele olhou ao arredor. Se estivesse sozinho, provavelmente já teria corrido a muito tempo, mas não estava e a última coisa que queria era ter Gina o zoando o resto da vida por ter saído correndo de Comensais.
-Vamos lá, minha filha, você é a especialista em Duelos aqui. – ela bufou.
-E você é o bonzão, caramba. Foi você quem venceu Voldemort, não eu. Com certeza você teve que passar por um monte de comensais. Como você fez? – ele girou os olhos; porque ela tinha que fazer perguntas embaraçosas?
-Dumbledore me poupou dos Comensais. Os outros lutaram contra eles, eu somente duelei com Voldemort. – a ruiva arregalou os olhos e olhou por cima dos ombros, para que pudesse encará-lo.
-Você não enfrentou os comensais? – ele negou com um aceno de cabeça, ciente do que vinha agora. Ela começou a gargalhar histericamente. – Você é mais frouxo do que eu pensei. – gargalhou com mais vontade, fazendo-o bufar.
-Podemos pular a parte em que você ri da minha cara e ir direto para o momento onde você me dá uma luz e a gente some da frente desses Comensais? – ela parou rir e deu de ombros.
-Eu já disse, ou temos uma solução ou saímos correndo. – ele bufou e a segurou pelo pulso.
-Espero que esteja em forma. – ela arregalou os olhos e, soltando seu pulso, o enlaçou pela cintura, impedindo-o de começar a correr. – O que foi?
-Você é um burro! – ela exclamou, sentindo o rosto esquentar ao notar que seu corpo estava totalmente colado ao dele. – Como você espera passar por essa massa concreta de Comensais? Estaria morto antes mesmo de chegar na metade do caminho. – soltando-o, continuou. – Estou começando a achar que Voldemort era mais burro do que aparentava para ter sido vencido por você.
Harry bufou, mal-humorado.
-Que tal você calar a boca e achar um jeito de nos tirar daqui? – ele resmungou, grosso, fazendo-a fuzilá-lo com os olhos, antes de olhar ao arredor e dar um passo pra trás, sentindo que pisara em algo.
Olhando para baixo, pôde ver uma espécie de tampa de bueiro, onde estava bamba. Sorriu pelo canto dos lábios quando uma idéia veio em sua mente.
-Harry... – chamou, fazendo-o olhá-la. – Você sabe que eu gosto muito de você, não sabe? – perguntou, fazendo uma expressão inocente. Ele franziu o cenho.
-O que você quer? – ela bufou e torceu os lábios.
-Porque você tem que estragar minha puxação de saco? – resmungou, chutando uma pedrinha, antes de voltar a sorrir. – Em todo o caso... Você sabe fazer algum feitiço que somente faça uma fumaça bem densa? – as íris verdes brilharam em curiosidade.
-Sei... Porquê? – ela girou os olhos.
-Isso não é hora para os “porquês” das coisas, camarada. – ele deu de ombros e sorriu levemente pelo canto dos lábios. – Quando eu contar até três, você vai conjurar esse feitiço. – ele coçou a nuca.
-Eu deveria entender sua idéia? – ele perguntou, fazendo-a bufar.
-Potter... – ele olhou-a nos olhos. – Cale a boca e me obedeça. – fora a vez de ele bufar, antes de dar de ombros.
-Você quem sabe. – apertou a varinha entre os dedos, enquanto esperava o sinal da ruiva. Fosse qual fosse o plano, somente esperava que desse certo e que os tirasse daquela enrascada.
Olhou ao arredor e, quando um facho de luz cortou o céu negro, pareceu que tudo ao arredor começou a acontecer lentamente; com se fosse um filme em câmera lenta.
Os comensais começaram a caminhar na direção deles, todos com varinhas, punhais e espadas apontadas para as cabeças deles, no mesmo instante em que Gina murmurou um amedrontado “um”.
Mordiscou levemente o lábio inferior, enquanto tentava se concentrar totalmente no feitiço que teria que conjurar, somente rezando para que desse tudo certo e que, acima de tudo, tudo acabasse bem e que ninguém – principalmente Gina – não se machucasse.
-Dois. – ela murmurou ao seu lado, quando os comensais diminuíam gradativamente o espaço que os separava.
Puxou o ar com força, sentindo que a tensão fazia o ar falta a seus pulmões. A ansiedade de conjurar o feitiço parecia fazer os segundos que havia entre um sussurro e outro da ruiva parecesse levar uma eternidade para ser proferido.
Não conseguia entender porque os comensais estavam ali, atacando Hogsmeade, como se Voldemort ainda fosse vivo, para honrá-los por aquilo, para apoiá-los naquela atitude que demonstrava puro desespero.
Não entedia – e nem queria entender – porque aqueles homens todos continuavam a servir uma pessoa que já estava morta, sem a mínima chance de retornar.
-Três. – o maldito número fora finalmente proferido, fazendo o moreno erguer a varinha e gritar o feitiço, fazendo com que uma densa neblina os circulasse, impedindo que vissem um palmo a frente do seu nariz.
Não sabia para que Gina queria um feitiço desse, mas esperava que ajudasse.
Ouvi-a exclamar em surpresa ao seu lado, provavelmente não esperava que fosse tão poderoso.
Mas Gina teve que deixar a surpresa de lado. Enganchou o pé na pequena alça que havia sobre a tampa de bueiro e a puxou para cima, enquanto pegava um punhado do tecido da blusa de Harry, jogando-o dentro do buraco que se abrira, antes de jogar a si mesma lá, caindo deitada sobre o corpo quente de Harry, enquanto a tampa fechava-se sozinha.
O cheiro de esgoto invadiu o nariz de ambos, enquanto os corpos eram banhados pela água imunda.
-Aroma delicioso. – Harry comentou, sarcástico, somente para desviar seus pensamentos do corpo dela pressionado contra o seu, enquanto os cachos ruivos caiam na frente do rosto dela, roçando no seu, fazendo um arrepio serpentear sua coluna.
Os lábios vermelhos dela curvaram-se em um sorriso maroto, enquanto as pernas bem torneadas roçavam na sua e os seios friccionarem contra seu peito, excitando-o.
-Pense pelo lado positivo, querido... – ela respondeu, fazendo-o erguer uma sobrancelha, dizendo para ela continuar. – Ao menos, descobrimos de onde vem a essência de seu perfume. – mesmo sabendo que isso deveria ofender-lhe, Harry não conseguiu conter a risada divertida que escapara de sua garganta.
-Não pense que você estará com um cheiro muito melhor quando sairmos daqui. – fora a vez de ela rir divertida, antes de aproximar seu rosto do dele, fazendo os lábios se roçarem num toque ousado, que fez um arrepio subir pela espinha de ambos, que estavam se deixando levar pela proximidade, esquecendo-se completamente da guerra que acontecia acima de suas cabeças.
-Não que isso lhe importe, não? – ela respondeu, em não mais que um murmúrio quase inaudível.
-Não se eu puder fazer isso... – e antes mesmo que ela pudesse sequer pensar no que ele queria fazer, Harry capturou seus lábios, em um beijo cheio de desejo. Os pêlos da nuca de Gina se arrepiaram, enquanto sentia ele pedir permissão, com a pontinha da língua, a qual ela cedeu sem oferecer resistência.
Era como se o tempo houvesse parado e os comensais sumido. Assim como o desagradável cheiro do esgoto e a água que os molhava.
As mãos passeavam pelo corpo do outro, descobrindo os recantos mais obscuros, fazendo arrepios subirem por suas nucas, enquanto as línguas se enroscavam com sofreguidão.
Harry sentia o coração disparar, batendo em uma velocidade incrível contra seu peito. Naquele momento, seu carinho pela ruiva estava tão grande que chegava a fazer seu peito doer e seu coração se apertar somente de pensar que, para ela, aquilo não passava de um mero beijo. Que ela somente deixara-se levar pelo momento.
Era como se sua vida dependesse dela. Como se não pudesse mais respirar sem tê-la somente para si, sabendo que nunca mais aquela minhoca descolorida do Joseph Watson nunca mais se atreveria a tocá-la com tanta intimidade que vinha fazendo desde que chegara em Hogwarts, no baile.
Naquele momento, finalmente entendeu o que sentia quando a via beijando o loiro, quando a via rindo com ele; ciúme. Daria toda a sua fortuna para estar no lugar dele, para ter o coração dela somente para si, sem ter que se preocupar com o fato de que ela poderia se apaixonar por outro.
Daria sua vida para ouvir ela dizer que o amava como, com certeza, dizia para o irmão mais velho de Melissa.
Entendeu que seu sentimento pela irmã mais nova do seu melhor amigo era superior a simples carinho. Somente não conseguia entender o que era, o que significava e que a dimensões chegava.
O que lhe importava realmente era o fato de que a tinha ali, em seus braços, naquele momento, beijando-a com todo o amor que poderia ter dentro de si, onde era retribuído na mesma intensidade.
Quando os lábios se separaram, foi somente para buscar ar, antes de voltarem a se colar um no outro, com ou mais paixão que antes, como se suas vidas dependessem daquele contato, como se o fato de estarem descobrindo os recantos mais sensíveis do corpo um do outro, fizesse com que toda a felicidade do mundo os alcançasse.
Mas gritos furiosos chegaram a suas ouvidos, avisando que logo os comensais notariam a escondida tampa de bueiro e percebessem o que eles haviam feito.
Mas não queria se separar, por mais que o perigo se aproximasse, por mais que soubessem que logo aquele fogo apagaria, dando lugar à revolta por terem ficado ali, beijando-se, quando deveriam estar correndo por entre os grandes canos, fugindo, enquanto tentava encontrar um lugar por demais seguro para sair.
E essa realidade pareceu cair sobre o senso de Gina, que desgrudou seus lábios dos do moreno com relutância, mas permitiu que eles ficassem se roçando.
-A gente tem que ir. – murmurou com a voz rouca, que fez mais um arrepio apossar-se da coluna dele novamente. – Não podemos ficar aqui, senão todo o nosso esforço para acharmos um meio de escapar terá sido em vão. – ele resmungou algo inteligível, antes de abrir os olhos, de modo que pudessem se encarar.
-Mais tarde continuaremos com isso. – sentenciou, fazendo-a rir docemente. Uma risada que o encantou e conquistou.
Adoraria vê-la rir assim todos os dias por sua causa. Ou melhor: adoraria acordar e vê-la ao seu lado todos os dias.
Assustou-se com esses pensamentos e balançou a cabeça de um lado para o outro, afastando-os. Tinha coisas mais importantes para pensar e fazer do que ficar imaginando como aquela ruiva seria em sua... Não! Não iria ficar pensando isso de Gina. Não dela. Todas, menos ela.
Puxando o ar com força, pousou suas mãos nos ombros dela e empurrou-a levemente, mostrando a ela que estava na hora de deixarem aquilo tudo de lado e irem logo embora, antes que os comensais os encontrassem e seus esforços fossem em vão.
Levantando-se, Gina suspirou e mordiscou o lábio inferior. Estranhamente, quando se afastara daquele corpo másculo e sensual sentira um frio intenso atingi-la.
Mas sabia que isso não podia ser sua prioridade, já que deviam estar longe há muito tempo.
E pensar que tudo começara por causa de um comentário sarcástico sobre o perfume dele.
-Vamos? – a voz do moreno chegou a seus ouvidos, fazendo-a erguer os olhos, para encará-lo.
Forçou um sorriso.
-Vamos. – murmurou, colocando uma mecha rubra atrás da orelha, antes de aceitar a mão que ele lhe oferecia e começar a correr, acompanhando-o, enquanto se embrenhavam cada vez mais nos canos, até que os gritos dos Comensais se fizeram presentes no interior da encanação.
Harry e Gina se entreolharam, no mesmo instante em que paravam na frente de uma bifurcação.
-Esquerda! – Gina exclamou, no mesmo instante em que ele exclamava o sentido oposto e ambos foram para o lado desejado, sem separarem suas mãos, o que fez ambos receberem um tranco, escorregar no chão cheio de mofo e perderem o contra peso, caindo sentados.
As vozes aumentaram gradativamente, mas foram abafadas por um grito fino e de mulher, que fez Gina enrijecer, antes de erguer em um pulo.
-Melissa! – ela exclamou, pânico dominando seu olhar, enquanto ela correu para a escada mais próxima e, escalando-a, jogou a tampa do bueiro para o lado e saiu do esgoto, no mesmo instante em que os Comensais alcançavam Harry, que se sentia mais motivado a vencê-los depois do beijo que dera em Gina, como se somente fosse ganhar por ela.
E, talvez, realmente fosse por isso.
[hr]
Gina suspirou aliviada ao ver que tirara seu pé de dentro do bueiro a tempo de salvá-lo da tampa automática.
Porém, seu alívio durou pouco.
Depois que se ajeitou e olhou ao arredor, procurando o local de onde vinham as risadas divertidas, pôde ver um circulo de três comensais ao arredor de Melissa, que estava caída, sangrando e gemendo baixinho, enquanto sua varinha jazia a poucos passos de onde Gina estava.
A ruiva sentiu o sangue ferver em suas veias, enquanto uma raiva incontrolável começava a dominar seu ser.
Ao longe, pôde ver Brian correr na direção de onde a namorada estava, enquanto uma expressão de ódio estava em seu rosto.
Ódio o qual colocava medo somente de olhar de longe.
Crispando os lábios, Gina pegou a varinha da amiga e prendeu-a na cintura da própria calça, antes de correr até onde a loira estava, enquanto Brian começava a lançar feitiços contra os bruxos das trevas, o que fez a atenção destes se desviar, dando a Gina a oportunidade perfeita de agachar-se ao lado da amiga e, colocando um braço dela ao arredor deu seu pescoço, ergue-a e, lentamente, começou a caminhar na direção do povoado, com a intenção de levar a amiga para um local seguro.
-E o Brian? – ela perguntou num fio de voz, enquanto tentava ajudar a amiga, andando.
-Ele vai se sair bem. – respondeu para confortar a amiga, tentando convencer a si mesma.
-A propósito... – Gina olhou para a loira, curiosa. – Você ta fedendo. – Gina gargalhou perante a essa afirmação.
Haviam acabado de descer o morro, entrando no povoado.
-Tente fugir usando o esgoto e sair cheirando a rosas. – Melissa sorriu de leve, enquanto as sensações que Harry causara em si voltavam com força total a sua mente, fazendo seu coração disparar.
Não sabia porque, mas em determinado momento o beijo dele havia mudado. Como se ele houvesse percebido algo que ela própria não entendia e nem sequer sabia existir.
Suspirou pesadamente. Adoraria saber o que se passava na cabeça daquele moreno doido, mas sabia que isso era impossível, levando em conta que ele a odiava.
Ou será que não?
Mas, pensou, se ele a odiava porque a beijara com tanto desejo? Porque passava a impressão de amá-la quando a beijava, mas quando se encontravam em um corredor ele a feria com palavras, mesmo que ela desse um jeito de responder?
Bufou. Estava atordoada demais para fica analisando os possíveis sentimentos de Harry por si. Era confuso demais; doloroso demais.
Balançou a cabeça levemente, afastando esses pensamentos, no mesmo instante em que parava na frente da Dedos de Mel, onde Hermione e Rony estavam – o ruivo somente não participara da batalha porque Hermione o chantageara emocionalmente.
Abrindo a porta, entrou lentamente, ajudando Melissa a subir o pequeno degrau que havia na porta, fazendo alguns alunos levantarem e ajudarem a ruiva a colocar a amiga em uma cadeira.
Gina se ajoelhou na frente da amiga e lhe segurou as mãos.
Melissa ergueu a cabeça e sorriu de fraco para a amiga, colocando um cacho rubros atrás da orelha dela.
-Vá ajudar o Brian. – pediu em um murmúrio, que foi ouvido por quem estava ao arredor delas, observando. – Eu vou ficar bem e juro que não vou sair daqui. – a caçula dos Weasley’s sorriu para a loira, antes de erguer e caminhar até a porta, mas quando estava preste a abrir a porta, um ruivo alto colocou-se a sua frente.
Bufou.
-Sai da minha frente, Rony. – murmurou. – Tenho que ir ajudar o Brian, senão ele vai morrer. – Rony cruzou os braços em frente ao peito, enquanto maneava a cabeça, negando.
-Não vou deixar você voltar para a batalha, Virginia. – ele respondeu simplesmente.
Continua...
N/A: E aí? (sorri marota) Gostaram do capítulo? Odiaram?
Devo continuar somente no romacenzinho ou sirvo para escrever um pouco de ação?
Quê? Eu não devia ter parado aí novamente? Eu não aprendo, não é? Mas vejam bem, esse capítulo ficou com 17 páginas no meu Word e é bem maior do que o meu habitual, sem contar que eu dei um presentinho H/G para vocês, sendo que não era para ter.
Okay! Podem me processar! XD
Well, povinho... Vou tentar fazer o capítulo 19 para o dia 5/06, somente não lhes prometo que vai sair para essa data, porque estou cheia de trabalhos para o fim do bimestre, mas vou ver se consigo postar com mais rapidez os capítulos nas férias.
Agora, os comentários:
Clare: Sim! Aleluia! Aqui está outra resposta! =P
O Brian sumiu? Ele ficou meio tímido depois de toda aquela atenção que recebeu por causa do seu passado! XD
Continua gostando dele depois de ele ter mostrado que pode ser sanguinário e sem coração?
Qual o problema de ele e a Mel ficarem se agarrando no dormitório? São namorados!
Gostou do H/G desse capítulo? Eu sei que não foi muito romântico, mas é tudo o que deu para fazer.
Não matar ninguém? (lembra de tudo o que escreveu no capítulo) tarde demais, não?^^”
Doença da Gina vai ser mais bem explicada dentro em breve, estou encaminhando a fic pra isso.
Beijos.
Tássia: Olá! Tudo certinho e você?
Formal? Acho que um pouco. XD
Eu também adoro mulheres poderosas!^^
Não consegue imaginar o Harry galinha? Bom, divirta-se porque ele ta galinhando bem pouco ultimamente.
Hillary e Joe? Juntos? Meio difícil com ele em Los Angeles!
Beijos
Mari: Eu tenho méritos em deixar vocês revoltados? O.o Ora, obrigada!^^
Gostou das mortes que teve e de quem lutou?
Beijos.
Daniela: Okay! Alguém bom para a Hillary! Pode deixar!^^
Se surpreendeu? Porquê?
Beijos.
Srta. Wheezy: Sim! Parte muito interessante! Os comensais entraram em ação e até agora só fracassaram! XD
Gostou da cena fedida H/G desse capítulo?XD
Sim! Você já disse que eu escrevo maravilhosamente bem, mesmo que eu tenha lá minhas duvidas. xD
Beijos.
Catarina: Eu demoro para atualizar? Eu atualizo uma semana sim, outra não. Não dá para ser mais rápido, levando em conta que eu tenho coisas de escola como prioridade, além de uma vida toda para viver. =P Não sou uma maquina de escrever ambulante, por mais que eu goste de escrever. Não é sempre que eu estou com inspiração para isso.
Beijos.
Thiti Potter: Fico feliz que tenha gostado do capítulo.
Calma que o Joe teve seus motivos para ter que ir embora.
É legal terminar na melhor parte, isso me fazer ter certeza de que meus leitores irão voltar para ler o final da história.
Beijos.
Carol Malfoy Potter: Ver o fim disso? Então não perca o próximo capítulo! XD
Gostou da cena H/G desse capítulo? *-*
Beijos.
Pekena: Como assim, terminei o capítulo do nada? Desculpa, mas eu finalizei a cena, onde eu poderia ou não continuar o capítulo. Escolhi não continuar.
Já ouviu falar em amor a distancia?
Beijos.
Nick Malfoy: Não entendi sua primeira frase!
Sim, querida, essa mala teve que acabar o capítulo justo ali!
Conversas civilizadas não são tão ruins? E o que você acha de amassos no bueiro?
Beijos.
Kah: Chuchu! *-*
Como assim “em paz”? XD Eles estão no meio de uma batalha!
Matar a Changalinha? Dera eu conseguir encaixar isso na fic! Mas você já sabe o final, né amor! Já sabe o que vai acontecer com ela! (risinho maléfico)
Também te amo, sorvete! *-*
Beijos.
Loli Black: Sim! Joe saiu andando.
Sim! A Hillary vai ficar sola.
Se antes você já o achava poderosão, como você o julga agora?
Gostou da marca negra?^^
Beijos.
Kirina-Li: Pois é! Finalmente!XD
Você deixa eu te bater se depois seu enfermeiro particular for o Joe? É! É possível! Afinal, ele vai se formar médico, lembra?XD Precisa fazer dois anos de residência! Será que é possível ele fazer esses dois anos com você?
Sim! Quando a ruiva brigou com a Mel tava as duas de TPM! XD
Imagina uma Vella de TPM! O.O
Porque você não quer que eu coloque a Chang com o Draco?
A idade do Brian é a seguinte: quando os pais foram atacados ele tinha cinco anos; os avós foram atacados quando ele tinha sete anos e os tios quando ele tinha nove. Ele fugiu do internato, orfanato, ou o quer que o valha, quando tinha dez anos. =]
Beijos.
Kirima-Li²: O que você vai fazer comigo? Acho que não vai ser dançar, né?^^”
Não faz um review tipo família? Sem problemas, porque eu to respondendo o segundo seu já!
Sim! Mandei ele embora!
PERUA? O.O’’’’ Eiiii
Sim! Harry e Gina tão ficando mais calmos! Será um bom sinal?
Marca Negra? Que história? Bom, não sei a história da marca negra! Somente sei que serve para sinalizar um ataque dos Comensais ou do próprio Voldemort, mas como o coroa já bateu as botas nessa fic, não é ele, o que faz com que sobre somente os comensais.
Eu manarei ou matei meus leitores de susto?XD
Beijos.
Rafaella Potter: Oi!
Eu escrevo muito bem? Se todos vocês dizem! XD
Achou perfeita a parte em que a Gina contou as coisas para o Harry? Hum... E o que você acha de um romance sobre as águas imundas de um esgoto?^^’
Hum... Sobre aquela historia do H/G no meio da batalha... Você acertou?
Beijos.
Virgin Potter: Amanda Willians é uma garota do quinto ano, metida a besta que tem de beleza o que falta de inteligência! Harry somente ficou com ela por não ter outra opção e por que não queria ficar de vela.
Até que não vai dar tanto trabalho quanto a chorona, somente a coloquei para ter mostrar que não é somente a Chang que é chata e a única inimiga das meninas na história toda. Sabe, é bom sair um pouco daquela lenga-lenga de brigar ou com a Chang ou com o Draco.
Não gostou dela dando uma de superior em cima da Hillary? Mas gostou de como a Hillary respondeu?
Sim! Gina brigou com a Melissa por causa de MAQUIAGEM! Tudo bem: elas estavam de mau humor e TPM, aí já viu.
Beijos.
Babi: Fico feliz que goste da minha fic!^^
Nossa, pelo jeito você gosta de tudo nessa fic! xD
Eu te adicionei no meu MSN! Mas se eu peguei endereço errado, o meu MSN é: [email protected]
Espero te ver por lá!^^
Beijos.
Tamiris: Eu faço o que posso, mas não depende somente de mim para a fic ser atualizada! =P
Fazer o Harry e a Gina ter mais algumas discussões? Você não sabe o que os espera! =P
Beijos.
Miizitcha Radcliffe: Oie!
Bom, sejamos francas... Se você me matar por ficar esperando o capítulo, você nunca vai lê-lo, já que a autora (eu) vai estar morta.
Ce viu? Hillary aprendeu bem! XD Gina é uma boa professora.
Bom, o Harry só saiu com a Amanda por falta de opção, como você pôde ver.
O beijo “cheiroso” deles serviu?XD
Beijos.
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