Capítulo 14
Parecia que todos os alunos estavam no Salão Principal naquela manhã, mas isso não fazia Harry se sentir melhor.
Estava sentado na mesa de Grifinória, de frente a Rony e Hermione, mas sua verdadeira infelicidade estava ao seu lado; Cho Chang.
Mesmo que o baile houvesse sido há dois dias, a oriental continuava lamentando a derrota que sofrera para Gina, irritando o moreno.
-E o que você quer que eu faça? Espanque a garota? – o moreno perguntou, remexendo o mingau, mal humorado. Olhou para a morena, que deu de ombros. – Por Merlin! Já era! Acabou! Ficou no passado! Não dá mais para mudar. – completou, fazendo-a abaixar a cabeça e comer lentamente.
Na verdade, o que mais irritava o moreno não era o fato de Cho somente reclamar da ruiva que queria esquecer, mas sim do que ela falara no baile, que o pai do filho dela era loiro.
Bufou; quando ela lhe dera a maravilhosa noticia da gravidez, ele soubera que o pirralho não era dele, mas nunca tivera como provar. Mas agora era diferente; ele ouvira a confirmação sair da boca dela, somente tinha que pegá-la em um momento, onde ela falasse abertamente sobre isso.
Puxou o ar com força.
Aquilo seria difícil e ele sabia. Cho podia ser burra, mas era mais cautelosa do que ele gostaria.
Ele teria que ser muito mais cauteloso que ela, aproveitar cada momento, onde ela achasse que ele estava em aula; afinal, qual momento seria mais propicio para a oriental do que um onde ele não podia ficar andando pelo castelo, correndo o risco de pegá-la fazendo algo que pudesse ser considerado suspeito; talvez fosse por isso que as notas da oriental haviam caído consideravelmente.
Okay! As notas dela não era o que ele podia chamar de “excede as expectativas”. Mas de “aceitável” para “trasgo” havia uma grande diferença.
Afastando esses pensamentos, voltou sua atenção para a conversa que Rony puxara ao ver Harry e Cho chateados naquele café da manhã, que antecedia a perfeita aula de Poções.
Tudo o que, de fato, faltava para o seu dia ficar perfeito.
~*~*~*~*
Gina bufou, enquanto tentava, inutilmente, conversar com Joe. Mas parecia que este não estava disposto a falar o que ela queria saber.
-Será que você não sabe mesmo o porque de eu ter saído do baile sem falar com você? – o loiro perguntou, indo parar na frente da janela, de modo que pudesse observar o jardim, ficando de costas para a ruiva.
-Talvez eu saiba, mas eu adoraria ouvir da sua boca. – resmungou, levantando-se da cama dele e indo parar atrás do loiro, abraçando-o por trás e apoiou o queixo no ombro dele.
Joe suspirou pesadamente, começando a acariciar os braços dela, que envolviam sua cintura.
-Você sabe. Eu sei disso. – ele murmurou, onde ela permitiu que um sorriso divertido escapasse para os lábios. – Você me conhece melhor que eu mesmo.
-Eu sei, mas para que eu possa me desculpar e acabar com a sua magoa, eu preciso que você me fale exatamente o que está te chateando. – Joe ficou um tempo em silêncio, como se estivesse cogitando se falaria ou não.
-São tantas coisas que você tem feito que me chatearam. – murmurou, se virando e a enlaçando pela cintura. – Primeiro; você vem para Hogwarts, não me dá um aviso prévio e quando vem, quase nunca responde minhas cartas. – ela deu um sorrisinho amarelo.
-Não era minha intenção. Desculpe.
-Tudo bem. – ele deu de ombros.
-O que mais eu fiz? – a ruiva perguntou, sorrindo. – Conte-me os meus pecados. – foi a vez de Joe sorrir, mas este logo morreu.
-Seu maior pecado foi mandar alguém responder as minhas cartas por você. – Gina sentiu a espinha gelar.
-Como? – perguntou, engasgando-se. Joe puxou o ar com força, como que tentando manter a calma.
-Você entendeu, Gi. – ele murmurou, as íris azuis faiscando, no que Gina sabia; ele estava furioso.
-Não, Watson! Não entendi. – respondeu fria, tentando esconder o medo que sentia.
-Não se faça de burra. – ele murmurou, soltando-se dela, que somente cruzou os braços em frente ao peito, na sua habitual pose de fúria.
-Não estou me fazendo de burra. Apenas quero entender porque você me acusou de ter pedido para terceiros responderem suas cartas. – respondeu, ríspida.
-Já ouviu falar em comparação de letras? – se Gina já estava com medo, agora estava totalmente desesperada.
Sabia que Joe sempre fazia as coisas pela lógica, mas nunca pensara que ele pudesse se tocar do que ela fizera.
Okay! Somente mandara Hillary responder suas cartas e não tinha nem noção do que sua amiga escrevera, não era tão grave assim. Era mesmo uma tapada.
-O fato de ter sido descoberta dói não é? – ele perguntou, num tom de voz que deixava claro que tudo o que ele queria, naquele momento, era feri-la. – Você, Virginia, era a única pessoa em quem eu confiava totalmente e tudo o que você fez foi provar que não passa de uma falsa, que se aproveita da boa vontade dos outros. - Gina puxou o ar com força, mas não disse nada. – Vamos, Virginia, defenda-se como o besta aqui te ensinou! – ele completou num berro.
-Pára! – ela gritou, permitindo que lágrimas escorressem por seu rosto. – Chega, Joe! Eu não vou te humilhar, porque você é uma das únicas pessoas que eu respeito! Que eu não tenho coragem de acabar. – mais lágrimas escorreram. Ele somente a encarou com raiva. – Quer saber? Você ta certo. Eu pedi pra alguém responder as suas cartas no meu lugar. Admito que não tenho idéia do que ta escrito! Mas dane-se, não é Joseph? Pra você, o que eu sinto não conta. Na sua vida só lhe interessa saber o que acontece com os seus sentimentos. – caiu sentada sobre o colchão fofo da cama dele, enquanto chorava mais.
-Eu não me importo com o que você sente? – ele riu sarcástico. – E você? Importa-se com o fato de que eu te amo? Se você se importasse, teria se dado ao trabalho de responder a minha carta, ao invés de colocar outra pessoa para responder. Você me enganou e brincou com os meus sentimentos.
-Me desculpa se eu não sou perfeita. Ninguém é, mas parece que você se esqueceu disso. – cerrou os olhos. – Você me mostrou todas as coisas em que acredito hoje, você me ensinou tudo o que precisava saber, mas isso não quer dizer que eu seja perfeita. – se levantou e o encarou nos olhos. – Sabe, eu achava que você tivesse mais maturidade e que pudesse me entender, mas me enganei. – secando as lágrimas com violência, começou a caminhar na direção da saída do dormitório.
-Espera. – ele pediu, segurando-a pelo braço. Gina o olhou com ódio. – Desculpa. Eu não devia ter sido grosso com você.
-Mas você foi. – ela murmurou, soltando-se dele.
-Eu me desculpei, ta legal? – ele resmungou, fazendo Gina suspirar e olhá-lo nos olhos mais uma vez.
-E eu ouvi, mas no momento, estou muito chateada com você. – Joe bufou e cruzou os braços em frente ao peito.
-Acho que quem deveria ser o magoado aqui sou eu e não você. – ela sorriu de fraco.
-Talvez, Watson. Mas pelo menos, eu abri o jogo e não acabei com a sua moral. – e sem dar tempo para ele responder, saiu do dormitório.
~*~*~*
-Você é tapado ou o quê? – Hermione perguntou em não mais que um sussurro de repreensão, quando viu Harry colocar raiz de mandrágora na própria poção, quando tinha que colocar pó de unha de dragão. – Assim você vai explodir sua poção, Harry. – o moreno deu de ombros.
-Quem se importa? É só fazer certo nas provas. – completou, fazendo-a bufar, no mesmo instante em que Snape começava a andar pela sala, olhando as poções.
Hermione ainda lançou um olhar de repreensão para o moreno, antes de voltar a atenção para sua própria poção, que possuía uma cor vermelha, enquanto a do Menino Que Sobreviveu estava com uma tonalidade verde.
-Acho que o senhor Potter, mesmo depois de seis anos conosco, não aprendeu que não é o fato de ser famoso que vai livrá-lo das responsabilidades e das detenções. – Harry ergueu os olhos, de modo que pudesse encarar o professor, enquanto um sorriso inocente brincava em seus lábios. Tudo o que queria era que, uma vez na vida, aquele seboso o deixasse em paz.
-Talvez não, mas acredito que o fato de você ser professor, não lhe dê a liberdade de dar uma matéria de sétimo ano para alunos do sexto ano. – murmurou com simplicidade. – Mas, é claro, isso não te importa, desde que você possa ferrar a Grifinória, não é? – completou, fazendo Snape bufar e caminhar até sua mesa, abrir seu caderno preto e começar a procurar algo.
-Menos cinco pontos para Grifinória e menos dez pontos em sua média, senhor Potter. – o mestre de Poções murmurou, enquanto o moreno deva de ombros.
Sabia que Snape ia descontar pontos de sua nota por sua desobediência, mas quem disse que ele se importava? Isso sempre acontecera e nunca fora reprovado por causa disso, não é? Porque seria agora?
Voltando a olhar para sua poção, crispou os lábios ao se lembrar que o motivo de ter se distraído no meio do processo para fazer a poção possuía longos cabelos vermelhos e um metro e sessenta de altura. Oh, sim, nem naquele maldito momento Gina o deixava em paz.
Ruiva maldita!
Como ela dominava seus pensamentos? Não sabia! Porque ela mandava em seus sonhos? Não tinha nem idéia! Como ela conseguia influenciar seus sentimentos com tanta perfeição? Aí estava uma coisa que adoraria descobrir.
Suspirou pesadamente, enquanto desligava o fogo que aquecia sua poção.
Passou uma mão pelos cabelos, olhando ao arredor, somente para constatar que todos os outros alunos terminavam suas poções, no mesmo instante que o sinal soava. Voltou a dar de ombros, enquanto socava seus livros dentro de sua mochila, jogava-a sobre um dos ombros e começava a caminhar na direção da saída, sendo seguido por Rony e Hermione.
-O que deu em você? – Hermione perguntou, brava, enquanto subiam as escadas que os levariam até o Saguão de Entrada. – Você, por acaso, cheirou antes de ir para a aula, Harry? Você precisava daquela nota!
-Eu consigo na próxima aula. – ele murmurou simplesmente, antes de começar a caminhar na direção das portas de carvalho, que o levaria até os jardins.
-Harry, nossa próxima aula é Transfiguração. – Hermione falou, chamando sua atenção, fazendo-o virar-se para encará-la.
-E? – perguntou sem interesse, onde Rony girou as íris azuladas.
-E que a sala de Transfiguração fica lá em cima... – apontou o dedo para o teto. – E não nos jardins. – e apontou para a porta.
-Brilhante conclusão, Rony. – sorriu irônico. – Chegou nela sozinho? – completou, fazendo Hermione soltar uma risadinha pelo nariz e Rony abrir e fechar a boca várias vezes. – Eu não vou à aula, cabeção.
-Não? – a morena perguntou, parando de rir imediatamente.
-Não. – respondeu em um murmúrio. – Tenho uma coisa a resolver. – e, ao falar isso, suas íris brilharam em puro ódio, que fez os melhores amigos se entre olharem, antes de darem de ombros.
-Você quem sabe. – Hermione voltou a dar de ombros, antes de ela e o ruivo continuarem a caminhar para a sala.
Harry suspirou, antes de ir até o jardim e ver, ao longe, Cho Chang conversando com um loiro na beira do lago.
Estralou os dedos das mãos; estava na hora de tirar satisfação com a oriental sobre um certo bebê.
~*~**~*~
-Você é uma idiota. – murmurou, enquanto socava de leve o tronco da arvore ao seu lado.
Depois da sua briga com Joe, Gina fora se refugiar na Floresta Proibida, pois sabia que o loiro iria atrás de si, até que ela o escutasse.
Mas não queria! Não queria saber o que aquela ostra oxigenada tinha a lhe dizer! Não enquanto não conseguisse organizar aquela confusão que eram seus sentimentos.
-E ele uma toupeira. – completou, enquanto sentava-se sobre a raiz de uma arvore.
Abraçou seus próprios joelhos e enterrou o rosto ali, de modo que pudesse fechar os olhos e pensar.
Sabia que a errada naquela história toda era ela e não Joe. Mas o que podia fazer se o loiro falara coisas que a feriram, mesmo que não fosse verdade? Lágrimas voltaram a escorrer por seu rosto.
Poderia agüentar que todos a criticassem; Cho, Harry, Rony... Quem quer que fosse, mas Joe? Não! Nunca pensara que Joe pudesse fazer isso consigo, uma vez que via o loiro como uma espécie de pai.
Riu sem humor; pai! O destino era, muitas vezes, injusto com as pessoas.
Joe a amava e ela não correspondia, porque Harry Trouxa Potter ainda mexia com si, somente não sabia dizer o quanto, exatamente.
Porque não podia mandar em seu coração e mandá-lo amar Joe? Não queria que o loiro fosse infeliz por sua causa! Nunca quisera feri-lo, mas parecia que o destino queria que Joseph tivesse uma lição.
Talvez, o fato de o irmão de Melissa ser tão fechado em relação a seus sentimentos, fosse o motivo de ela não corresponder aos sentimentos dele.
Ou talvez o seu destino fosse continuar a aturar Harry Bobo Potter.
Não sabia o que o futuro guardava para si, somente esperava que fosse bom, tanto para si quanto para todos os seus amigos.
Suspirando pesadamente, a ruiva passou as mãos pelo rosto, antes de prender os longos cachos vermelhos em um alto rabo de cavalo, enquanto levantava-se e começava a caminhar para fora da Floresta.
Não iria, naquele momento, falar com Joe, mas iria dar um jeito de fazê-lo perdoá-la verdadeiramente; nem que demorasse sua vida toda.
~*~*~*~*
-Aconteceu de novo, não é? – Melissa perguntou, em um murmúrio, enquanto enfeitiçava sua pena, para que ela copiasse tudo o que o professor Binns falava.
Brian respondeu que ‘sim’ em um muxoxo, enquanto cruzava os braços sobre a mesa e enterrava o rosto ali, mostrando que o efeito da noite mal dormida começava a fazer efeito.
-Eu não agüento mais. – ele murmurou, com a voz abafada, fazendo a loira suspirar e olhar para a nuca dele, preocupada.
-Não quer falar sobre isso? – perguntou, num murmúrio, apoiando o cotovelo na mesa e o queixo na mão, de modo que pudesse ficar admirando o céu pela janela do outro lado da sala.
Brian suspirou profundamente, antes de bocejar e apoiar o queixo no braço, de modo que, também, pudesse ver o céu.
-Não. – respondeu simplesmente. – Eu tenho que lidar com isso sozinho, Mel. – Melissa bufou.
-Não tem, não. – resmungou. – Eu tou aqui Brian. Você sabe que pode contar comigo, sempre que precisar. Não vou deixar de te amar, por causa de uma coisa que aconteceu no passado e de que você não tem culpa. – ele sorriu-lhe, agradecido.
-Eu sei – girou as íris, de modo que pudesse encarar a namorada. – Mas eu preciso aprender a deixar de sofrer por causa disso. – ela deu de ombros.
-Você quem sabe. – suspirou. – De qualquer modo, sempre que precisar pode contar comigo, sempre estarei pronta para te ouvir. – completou, onde o fez sorrir agradecido mais uma vez.
-Pode deixar, mãe. – ele respondeu, divertido, fazendo-a rir de leve.- Mas, mudando de assunto, onde a ruiva falsa da Gina se meteu? – perguntou, fazendo Melissa dar de ombros.
-Em algum lugar, onde ela não quer que ninguém a ache. – bocejou, enquanto procurava Hillary com os olhos, achando-a sentada ao lado de um garoto da Corvinal, enquanto dormia, com a cabeça abaixada; o rosto escondido entre os braços.
-O que será que aconteceu? – ele perguntou, com fingido desinteresse. – Joe parecia desanimado quando entrou no café da manhã hoje.
-Eu sei. – Melissa fechou os olhos. – A Gi me disse que ia falar com ele hoje, porque ontem ele estava estranho com ela. – abriu os olhos e encarou o namorado nos olhos. – Algo nessa conversa não saiu do jeito que ela planejou.
-Novidade. – ele resmungou sarcástico. – Essa ruiva é um pavio acesso o tempo todo. – Melissa riu de leve.
-Isso é. Mas até hoje, o Joe foi o único que conseguiu domá-la. – Brian riu.
Aquele seria uma animada e longa aula de Historia da Magia, onde Virginia Weasley e Joseph Watson ficariam com as orelhas vermelhas.
~*~*~*~*
-Rony, pára. – Hermione pediu em um murmúrio, enquanto tentava afastar o ruivo de si. Desde a noite do baile que o ruivo estava mais atrevido, de modo que quisesse namorá-la a qualquer hora, sem se importar de onde estava e o que estariam fazendo. Mas o problema era que a professora McGonagall já havia lançado alguns olhares aos dois, como que os alertando para parar, antes que ela fosse obrigada a chamar suas atenções e, assim, constrangê-los.
-Porquê? – ele perguntou no mesmo tom, enquanto afastava os cachos castanhos e beijava o pescoço dela, que se arrepiou ao sentir os lábios dele se friccionarem contra sua pele.
-Porque McGonagall esta preste a nos dar a pior detenção que Hogwarts tem! – exclamou, baixinho, espalmando as mãos no peito do namorado, empurrando-o levemente.
-Não me importo. – ele resmungou, sorrindo marotamente. Hermione girou os olhos e puxou o ar com força, pedindo paz interior a todos os Santos, bruxos e trouxas, que conhecia.
-Mas eu me importo. – isso pareceu ser suficiente para fazer o ruivo se afastar, mas isso não queria dizer que Hermione ia passar o resto da aula ouvindo somente a voz da professora. Rony estava resmungando coisas ilegíveis ao seu lado, fazendo-a se irritar mais a cada segundo.
Suspirando pesadamente, a morena ignorou os resmungos do namorado, enquanto inclinava, levemente, o corpo para frente, de modo que pudesse escrever avidamente o que a mestra dizia.
Amava Rony mais que tudo, mas naquele momento estava tendo sérias duvidas se conseguiria conter o impulso de pular no pescoço daquele ruivo folgado, que não lhe deixava prestar atenção na aula.
-Rony, se você não quer prestar atenção, abaixa a cabeça e dorme. – resmungou, lançando um olhar mortal ao namorado, que afundo sobre a cadeira. – Eu quero prestar atenção, porque essa matéria é difícil e não quero passar a minha noite em claro, lendo metade do livro, para entender algo que a professora explica em uma hora. – Rony bufou, enquanto afundava mais na cadeira, de modo que quase não fosse mais visto pela professora.
Cruzou o braço sobre o peito, mal humorado.
Na maior parte do tempo, Hermione era a melhor garota que ele conhecia, mas naquele momento, ela lhe parecia um carrasco, que queria cortar-lhe a garganta, ao tentar fazê-lo se calar.
E daí que Minerva lançara olhares a eles, mandando-os parar? Se aquela velha não possuíra uma adolescências animada era problema dela. Porque ela achava que tinha algum direito de privá-los de se curtirem?
Bufou novamente, enquanto tentava prestar atenção na aula; franziu o cenho, incrédulo.
No que, demônios, o fato de um bruxo poder se transforma em um animal mudaria na sua vida? Já sabia disso com perfeição, uma vez que era filho de bruxos.
-Grande perca de tempo. – resmungou, lançando um olhar de tédio ao quadro negro, que se preenchia com desenhos e explicações sozinho, devido a um feitiço que a mestra fizera.
-Copiem isso. – ela pediu, sentando-se em sua cadeira. – É um breve resumo das cinqüentas paginas do livro de vocês que falam sobre Animagia.
-Ela ta tirando né? – o ruivo perguntou, ajeitando-se sobre a cadeira, de modo que pudesse perguntar no ouvido de Hermione, que se assustou com a indagação inesperada do ruivo.
-Não. – respondeu, fuzilando o namorado com os olhos. – Agora, cala a boca e copia. Temos o intervalo das aulas para conversarmos. – completou, fazendo Rony começar a copiar com má vontade, fazendo a letra dele sair mais garranchada que o normal.
-Você é mais palerma que eu pensei. – a monitora resmungou, fazendo Rony lhe mostrar a língua. Hermione riu, enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro, num gesto inconformado.
Rony, muitas vezes, era um palhaço, mas às vezes passava dos limites.
Como, em nome do bom Merlin, ele conseguia passar de ano, se as anotações dele eram mais desenhos de Quadribol, do que palavras falando sobre matéria?
Oh, certo! Ela explicava a matéria para ele nos cinco minutos antes da prova, mas se nem mesmo Harry – que era considerado o segundo aluno mais inteligente – conseguia captar a matéria em cinco minutos, como Rony – o ser mais burro que ela conhecia – conseguia?
Aí estava uma coisa de que Rony podia se orgulhar; o raciocínio do ruivo era mais rápido que o de Harry.
Sorriu divertida, enquanto continuava a copiar o que estava no quadro negro.
Que amigos fora arranjar!
~*~*~*~*
Suspirando pesadamente, correu até o seu dormitório, de modo que pudesse pegar seu material, antes de correr até a próxima aula; Trato Das Criaturas Mágicas.
Chegou aos jardins, a tempo de ver Brian e Melissa andando na direção da cabana de Hagrid.
Voltou a caminhar normalmente quando emparelhou com os amigos.
-Onde você se meteu nas duas primeiras aulas, criatura? – Melissa perguntou, ao vê-la ao seu lado.
Gina sorriu, enquanto respirava com dificuldade, devido a corrida.
-Por aí. – deu de ombros. – Mas como agora é aula do Hagrid, eu decidi aparecer. As aulas dele são sempre uma aventura nova. – os outros dois sorriram, no mesmo instante em que chegavam a orla da floresta, onde Hagrid estava parado, ao lado de grandes caixas plásticas brancas, que estavam cheias de água, enquanto algo se mexia bruscamente dentro delas.
-Acho que ele quer nos matar. – Brian murmurou, meio surpreso por causa das caixas.
Mas, talvez, o fato de em Wizard eles somente estudarem animais inofensivos, como Tolete – uma espécie de cogumelo rosado, cobertos por pêlos ralos -, fosse estranho perto do método de Hagrid.
Gina riu com vontade.
-Isso é pura fachada, Brian. – garantiu, somente recebendo um par de testas franzidas como resposta. – Os animais que Hagrid nos mostra, parecem perigosos, mas são muito dóceis em sua maioria. – completou, fazendo o moreno rir sarcasticamente.
-Dóceis? – ele riu. – Não quero nem imaginar como é o animal mais feroz que ele trás para os alunos. – Gina riu.
-Só vocês vendo a aula pra entenderem. – nesse instante Hagrid começou a pedir silêncio, onde os alunos atenderam.
-Primeiramente; para os alunos novos... – ele sorriu para Brian e Melissa. – Gostaria de deixar claro que alguma de nossas aulas são feitas em parcerias com os alunos do sexto ano de Sonserina. – o casal concordou com um aceno de cabeça. – Bom, turma, hoje nós vamos estudar os Ramoras! E pra isso, vou precisar que vocês fiquem confortáveis. – sorriu. – Se vocês puderem tirar o sobretudo e as gravatas eu ficaria muito grato.
-Que frescura. – a voz de Draco Malfoy se fez presente, fazendo Gina olhá-lo por cima dos ombros. – Porque não podemos ter aulas teóricas? – a ruiva balançou a cabeça de um lado para o outro, antes de voltar sua atenção para o que fazia.
Tirando o sobretudo e a gravata do uniforme, Gina os jogou em um canto, junto com os de Melissa e Brian.
-Espero, sinceramente, que você esteja certa, Gina. – Brian resmungou, enquanto Hagrid distribuía um caixote por trio.
Gina olhou ao arredor, notando que Hillary não estava na aula.
-Onde a Lary está? – perguntou, enquanto enrolava as mangas da blusa branca.
-Disse que tava sem paciência pra essa aula. – Melissa deu de ombros, no que Gina sorriu.
Quando Hagrid terminou de distribuir os caixotes, ele voltou para o centro do circulo que os alunos formavam.
-Tudo o que vocês precisam saber é que os Ramoras são encontrados no Oceano Indico. São dotados de uma poderosa magia e protege navegantes, além de ancorar navegações. Os Ramoras adoram quando os bruxos se mostram, de certa forma, gratos por essa proteção. – os alunos permaneceram em silêncio. – E é isso que vocês vão fazer hoje. Irão se divertir com eles; brinquem como se eles fossem cachorros. Esqueçam que são peixes.
-Isso é patético. – Malfoy resmungou, olhando com nojo para dentro de seu caixote.
Gina olhou, também, para dentro do caixote branco. Lá nadava tranqüilamente um peixe prateado.
-Não é tão difícil. – Brian comentou, onde as outras duas concordaram com um aceno de cabeça, antes dos três começarem a passar a mão pelo peixe, que nadou com animação, como que dizendo que queria, de fato, brincar.
-É. Parece que dessa vez o Hagrid acertou. – Gina comentou, animada, enquanto Brian espirrava água na cara de Melissa e esta na cara de Gina, que riu, antes de revidar em Brian.
E, como que querendo brincar também, a Ramora debateu-se com violência dentro do caixote, fazendo este virar em cima dos três, molhando-os por inteiro, deixando suas blusas transparentes.
-Droga! – Brian exclamou, com mal humor, mesmo que um sorriso divertido estivesse em seus lábios.
Gina riu, enquanto pegava o peixe – que se debatia sobre a grama – e o levava até o caixote que Hagrid preparara às pressas.
-Tinha que ser o palerma de Wizard pra derrubar o peixe. – Malfoy resmungou, enquanto Brian se levantava e ajudava Melissa a fazer o mesmo. O moreno se virou para encarar Draco, com diversão.
-Pois é, mas pelo menos não sou eu que estou tento que fazer aula de recuperação do ano anterior em Trato Das Criaturas Mágicas. – todos riram, enquanto algumas garotas corriam os olhos pelo tronco bem torneado do moreno, que ficara visível por causa da blusa transparente.
-Onde você conseguiu essa cicatriz, O’Conner? – Pansy perguntou, com superioridade, ao notar que Brian possuía uma fina cicatriz que lhe cortava a extensão do abdômen bronzeado.
Gina – que fora se postar ao lado do amigo – e Melissa gelaram; sabiam que este era um assunto que Brian não estava pronto para tocar nem com elas, ainda mais publicamente.
-Não é da sua conta! – ele respondeu secamente, enquanto colocava o sobretudo e o fechava.
Draco riu desdenhoso.
-Com medo de admitir que sua namoradinha é violenta? – ele perguntou sarcástico, fazendo o coração de Brian disparar em pura raiva.
-Não, Malfoy. – ele respondeu, as íris brilhando em ódio. – Isso somente não diz respeito a idiotas. – completou, enquanto colocava seu livro dentro da mochila e a jogava sobre os ombros.
-Sei. – as íris acinzentadas de Draco brilharam em pura malicia. – Vamos, admita que você apanhou da Watson em suas noites... Calientes. – completou, depois de correr os olhos pelo corpo de Melissa, que não estava se importando para o fato de sua blusa estar mostrando seu tronco.
Brian estava pronto para pular sobre o Sonserino, quando Melissa se colocou na frente do namorado.
-Sabe, Malfoy... – ela começou num tom tão ou mais venenoso que o que Gina usava para se dirigir ao grupo de sonserinos. – Eu tinha a nítida impressão de que você não passava de um idiota prepotente, mas agora eu tenho a mais absoluta certeza de que você é um completo idiota, por achar que as pessoas somente se machucam por causa dos seres que amam. – Malfoy a analisou de cima a baixo.
-E quem disse que eu queria saber sua opinião? – ele sorriu cinicamente. – Se for pra você me dar alguma coisa, loira, que seja a bunda. – o que aconteceu a seguir foi muito rápido; em um segundo, Brian jogara sua mochila no chão, passara por Melissa e socara o rosto de Draco, que caiu sentado.
-Eu só vou te falar isso uma vez, Malfoy... – Brian puxou o corpo do loiro de encontro ao seu, segurando-o pelo colarinho. – Ouse dirigir a sua palavra imunda a Melissa mais uma vez e eu não vou poupar esforços para te fazer sentir o dobro do que ela sentir. – aproximou o seu rosto do de Draco, de modo que seus narizes roçassem. – Ouse tocar em um fio de cabelo dela e eu não vou me importar de ir até o inferno somente para te matar lenta e dolorosamente. – as íris azuis brilharam em pura fúria.
Hagrid tentava passar pelos alunos de Sonserina, para separar Brian e Malfoy, mas os sonserinos não permitiam.
-E o que um pirralho como você acha que pode fazer? – Draco perguntou, rindo, enquanto um filete de sangue escorria de sua boca. Empurrou o moreno, de modo que este o soltou. – Cócegas? – sorriu desdenhoso. – Se eu quiser que a Mel seja minha por uma noite, não vai ser você, O’Conner, que vai me impedir. – completou, antes de pousar uma mão sobre o ombro de Brian e desferir um soco no abdômen do moreno, que sentiu o ar se perder no caminho de seus pulmões.
-Além do pirralho te espancar, Malfoy... – a voz de Gina se fez presente, fazendo todos olharem para ela, que estava sentada sobre uma pedra, as pernas cruzadas e o semblante contorcido em uma expressão de pouco caso. – Eu vou fazer questão de te mostrar que os pirralhos, ao contrario de você, são capazes de matar sem dó nem piedade. – mas isso não pareceu surtir efeito, pois Malfoy sorriu pelo canto dos lábios.
-Ficou com inveja, Weasley? – perguntou, empurrando Brian, fazendo-o cair de costas no chão e Melissa correr até ele. – Será que também quer que eu te leve para a cama? – Gina riu docemente. – Sério Weasley! Posso não gostar de você, mas não posso negar que você ficou “gostosinha” depois do baile. – Gina sorriu docemente, enquanto se levantava e caminhava até o loiro, parando na frente dele, acariciando seu rosto.
-Experimente tentar levar a mim ou a Melissa para sua cama nojenta e você vai ver do que essa “gostosinha” aqui é capaz. – arranhou o rosto dele, enquanto aproximava os lábios. – Espero que você não goste muito do seu amiguinho, porque eu vou fazer questão de arrancá-lo. – Malfoy se afastou e olhou para Brian.
-Assim como arrancou o do O’Conner? – Gina, Melissa e Brian franziram o cenho, num gesto confuso. – Fiquei sabendo que o Zé Ruela do O’Conner se amassava com garotos em Wizard. – várias exclamações de surpresa se fizeram presentes, enquanto Melissa se levantava lentamente, fuzilando Draco com os olhos.
A loira caminhou lentamente até Malfoy e desferiu um tapa na cara do loiro.
-Primeiro... – ela começou, as íris não negavam a raiva que ela sentia. – Se o Brian se pegava com garotos, isso é problema única e exclusivamente dele. – desferiu mais um tapa no rosto do sonserino. – Segundo; ele ao menos tem coragem de admitir o que faz ou deixa de fazer, ao contrario de você, que se esconder na porra da capa da merda do seu pai. – mais um tapa. – Terceiro; se você esta com inveja pela coragem que Brian tem ao admitir publicamente sua opção sexual, guarde-a somente para você, poupe-nos da tristeza de ouvir sua voz. – mais um tapa. – Quarto; pense MUITO bem antes de falar algo do passado de Brian, porque, tenha certeza, eu não vou ficar de braços cruzados, enquanto o seu passado é pior. – mais um tapa. – E quinto; não pense que você está com toda essa bola que acha que está. Você não passa de um filho de papai, mimado e egocêntrico. Veja suas próprias atitudes baixas, Malfoy, antes de criticar as atitudes dignas dos outros. – sorriu sarcástica. – E pare de secar minha beleza. – completou, antes de dar um tapa com toda a sua força, que fez o rosto do loiro virar.
Mas mesmo com toda essa humilhação, o loiro não parecia satisfeito; seu ego fora ferido tanto, que tudo o que ele desejava agora era recuperar, ao menos, um pouco de sua dignidade.
Segurando a loira pelo braço, puxou-a de encontrou a seu próprio corpo, de modo que os corpos ficassem colados, como se eles fossem um casal. Aproximou seu rosto do dela, fazendo os lábios de roçarem.
-Eu posso ser tudo isso que você falou, Watson, mas pelo menos eu posso dizer que meus pais ainda vivem juntos. – a loira arregalou os olhos; como aquele ser sabia tanto sobre suas vidas? Malfoy apertou seu braço, fazendo-a gemer baixinho. – Ao menos não é a minha mãe que foi traída pelo marido. – apertou o braço da loira com um pouco mais de força. – Ao menos não sou eu que acho que sou digno de atenção, quando na verdade não passo da vergonha da família; o filho não planejado.
-Me solta. – foi tudo o que Melissa falou, tentando livrar seu braço do aperto, fazendo Malfoy colocar mais força.
-A verdade dói, não é? – ele sorriu desdenhoso. – Dói saber que você não estava nos planos dos seus pais. Dói saber que seus amigos têm pena de você, não é? – Melissa gemeu quando Malfoy apertou seu braço com mais força. – O quê? – ele sorriu malicioso ao ouvir o gemido dela. – Vai me dizer que você é daquelas garotas que se excitam somente por serem tocadas por um homem?
-ME SOLTA, MALFOY! – Melissa gritou, fazendo o loiro somente rir.
-Solta ela, Malfoy. – a voz de Brian se sobrepôs a todos as vozes. Os alunos ficaram em silêncio. O ódio que Brian sentia era algo palpável no ar. – Solta ela se você quiser continuar vivo! – mas tudo o que Malfoy fez foi sorrir e colocar a mão livre sobre um dos seios de Melissa, que soltou uma exclamação de nojo e, quando começou a se debater, foi segurada por Crable e Goyle.
-Como se sente ao ver que o destino da sua namorada é o mesmo o da sua mãe e da sua irmã? – ele perguntou, fazendo suas mãos correrem pelo corpo de Melissa.
Gina fez menção de ir ajudar a amiga, mas alguns outros alunos de Sonserina a seguraram.
-É meu último aviso, Malfoy. – a voz de Brian saiu tremula, enquanto imagens de uma mulher morena, na mesma situação de Melissa, só que nua, gritando, passavam diante se seus olhos. – Solta ela, antes que eu me veja no direito de te matar. – a imagem foi substituída pela a de uma menina de cinco anos, morena, sendo torturada e estuprada.
Malfoy riu, enquanto começava a abrir a blusa da loira.
-Duvido você fazer tudo isso, enquanto eu me divirto com a sua garota. – murmurou, antes de se apossar dos lábios de Melissa, que tentava de todas as formas se livrar dele.
Brian crispou os lábios, enquanto tentava manter a pouca paciência.
-Eu mandei você soltá-la, Malfoy. – a voz de Brian saiu baixa e rouca, enquanto todas as vasilhas explodiam e um forte vento começava a soprar.
Mas Malfoy ignorava tudo isso, enquanto ainda beijava Melissa, que tinha lágrimas rolando por seu rosto.
Crable e Goyle riam, assim como todas as garotas de Sonserina, mas tudo isso não passavam de ecos para Brian, que somente olhava a cena, enquanto suas íris iam adquirindo uma tonalidade mais escura, quase negra.
A imagem de uma senhora, de seus oitenta anos, sendo brutalmente espancada em sua presença, passou diante de seus olhos, enquanto Malfoy soltava Melissa e desferia um tapa no rosto dela.
Nada foi dito, nada foi feito. Brian não se moveu um único milímetro, mas mesmo assim alguma magia emana do corpo do moreno, fazendo Crable e Goyle caírem desacordados, enquanto Malfoy era puxado por uma força invisível na direção de Brian, que o segurou pelo colarinho mais uma vez, encarando o loiro nos olhos, com os lábios crispados.
-Eu te avisei, Malfoy. – murmurou. – Eu falei. – aproximou seu rosto do dele, quase fazendo os lábios de roçarem. – Eu deixei muito claro qual seria o seu destino de tocasse na Melissa. – cerrou os olhos, no mesmo instante em que Hagrid começava a avançar por entre os alunos. – Eu tentei ser educado, mas não dá. SIMPLESMENTE NÃO DÁ! – completou num berro, que fez as íris de Draco brilharem em medo.
-E o que você pensa em fazer? – o loiro perguntou, tentando disfarçar o medo.
Brian sorriu sarcástico, antes de girar sobre os calcanhares e soltar Malfoy, fazendo-o chocar a coluna contra uma rocha. O loiro gritou de dor.
-Isso, Malfoy, não chega nem perto da dor que, eu tenho certeza, a Melissa sentiu. – caminhou lentamente até o loiro e ergueu o corpo dele. – Tudo o que eu quero, nesse momento, verme, é que você se ajoelhe na frente da Melissa e implore por perdão. – sorriu pelo canto dos lábios. – Se ela te perdoar, eu deixo você sair sem mais nenhuma arranhão. – Malfoy concordou com um aceno de cabeça, desesperado. – Mas se ela não perdoa, você terá que agradecer a todos os santos que conhece se sair vivo.
Gina engoliu em seco. Nunca vira Brian tão fora de si quanto naquele momento. Okay! Nunca tinha visto o amigo fora de si, já que ele era difícil de tirar o sério, mas nunca imaginara que ele pudesse dar tanto medo.
Malfoy se soltou das mãos de Brian e correu até Melissa, segurando a barra do sobretudo que a loira colocara apressada no momento em que se vira livre.
-Pelo amor de Merlin, Watson, eu to implorando o seu perdão. – ele falou, num fio de voz, enquanto Melissa simplesmente se afastava dele.
-Você é patético, Malfoy. – ela resmungou, olhando-o com ódio. – Você merece morrer, de fato, mas não quero que o Brian seja preso por matar um nada como você. Por isso, eu te perdôo. – ela completou, onde fez Malfoy sorrir e se levantar.
-Eu sabia. – ele murmurou. – Ninguém resiste ao meu charme! – Melissa bufou, girando nos calcanhares. – Eu sabia que a Watson tinha gostado. – antes que se afastasse muito, Melissa se virou pra Draco e, de surpresa, desferiu um soco no rosto dele.
-Eu disse que te perdoava, mas isso não quer dizer que eu tenha gostado dessa coisa não identificada que você chama de beijo. – murmurou, com nojo, antes de cuspir no rosto de Malfoy e caminhar até sua mochila, jogá-la sobre os ombros, pegar a mochila de Brian e parou ao lado do moreno, que olhou para Gina, que pegava suas coisas e se juntava a eles.
-Espero que tenha entendido o recado, Malfoy. – Brian murmurou simplesmente, antes de começarem a caminhar para fora da aula.
Aquele dia, de fato, nunca saíra da mente deles. Ainda mais pelo prazer de terem humilhado Draco Malfoy.
~*~*~*~*
-Me desculpa, Mel. – Brian pediu, quando e ele ficaram sozinhos na Sala Comunal. Gina fora procurar Hillary, já que não vira a morena o dia todo.
Melissa sorriu docemente, enquanto acabava de limpar o pequeno que Brian tinha no canto da boca.
-Não foi sua culpa. – ela deu de ombros, enquanto jogava o pequeno algodão pela janela. – Mesmo porque o Malfoy é burro a ponto de não conseguir ameaçar e abusar de uma garota, fazendo-a ficar com trauma. – Brian riu, enquanto abraçava a namorada por trás.
-Eu podia ter evitado tudo isso. – ele murmurou ao pé do ouvido dela, que somente acariciou o braço dele.
-Podia. – se virou dentro do abraço, enlaçando-o pelo pescoço. – Mas não o fez e Malfoy acabou se ferrando. – deu de ombros, depositando um breve beijo sobre os lábios do moreno. – Ele mereceu toda essa humilhação. – deu de ombros. – Ao menos ele vai ficar um bom tempo sem mexer com a gente. – Brian riu.
-Sei não, aquele lá tem cara de quem gosta de ser humilhado com freqüência. – deu de ombros, enquanto Melissa ria.
-Mas chega de Malfoy por hoje. – ele riu. – Vamos aproveitar que a vela não está presente e vamos nos preocupar conosco. – Brian riu com vontade, antes de beijar a namorada com paixão.
-Eu te amo. – ele murmurou, antes de se perderem em mais um beijo.
Continua...
N/A: Mais um capítulo! =] Postado no prazo que eu disse que ele estaria!^^
Espero que tenham gostado dele! =)
Apesar de que eu coloquei algumas coisinhas que, se vocês lerem com atenção, vão revelar algumas coisas sobre os mais novos mistérios da fic!^^
Bom, o capítulo quinze vai pro ar no dia 10/05. Daqui a duas semanas!^^
Não prometo que o dezesseis seja postado depois de duas semanas que o quinze estiver postado, mas eu vou tentar fazer de tudo para que a fic continue no ritmo que está. ^^ Não prometo nada!
Bom... É isso...
Os comentários:
Miaka: Você só foi dormir depois que leu o capítulo? Nossa... E você tinha aula no dia seguinte?
Joe não se conformou, como você pôde ver! Aquilo que ele pensou é verdade... Eles têm somente uma amizade colorida e nesse tipo de amizade não importa se um dos dois fique com outras pessoas. Mesmo porque esse loiro gostoso não é, realmente, ciumento. Mas ele tem sentimentos, certo?
Sim! Ele ta confuso, mas é tapado demais para notar até isso! Mas tudo bem, não? Um dia ele chega.
Lembranças? Do Joe? Se você ler esse capítulo com atenção vai perceber que há uma ligação entre as lembranças e algo que acontece em alguma das cenas.
É de Sailor Moon? Ah, eu não entendo absolutamente nada desse anime... Então, quando você postar as de Harry Potter me avisa, que eu vou ler assim que achar um tempo!
Beijos.
Michelle Granger: Que bom que cada vez mais você gosta da fic.
Sim, Harry e Gina formam o casal mais que perfeito.
Beijos.
TLupin: Que bom que gostou! Espero que tenha gostado desse também.
Beijos.
Carol Malfoy Potter: É! A Nani me disse que você era a mãe dela!
Pois é... É divertido fazer isso... Fazer parecer que eles estão prestes a se entender, pra no fim acabarem brigando mais.
Se bem que devo confessar que eu tive que me segurar para não fazê-los se entender no baile... Aí a fic teria entrado na reta final... E não seria legal, pois metade das idéias não entrariam.
Pede meu MSN pra Nani, ta? Porque se eu colocar aqui não aparecer que eu sei!
Divina? Perfeitamente perfeita? Wow...
Dela? Dela quem? Não se esqueça que eu não mostro somente o ponto de vista do Harry e da Gina... Mostro o ponto de vista dos outros personagens, também.
Beijos.
Pekena Malfoy: Sim! Um ano depois!
Joe pobre coitado que é somente visto como um pai pela mina que ama.
Alguma cena da Cho? Acho que não gostou muito desta que teve nesse capítulo, certo?
Sim, é legal ver a Gina humilhando a Cho, mas, sinto informar, isso não vai mais acontecer... Pelo menos não com tanta freqüência.
A última cena é um sonho de algum personagem...
Dor de cabeça? E porque ficou perdendo tempo de sono lendo esse lixo que eu chamo de fic?
Valeu a pena esperar duas semanas?
Beijos.
Srta. Wheezy: Que bom que gostou!
Que bom que você acha que eu escrevo bem.
Resumindo; você acha que o destino amoroso da Hillary e do Joe é o mesmo que o do Tiago com a Lílian? Uma boa teoria, mas você só vai saber se ta certa ou não quando a fic acabar.
Eu também quero um Joe na minha vida.
Vai morrer? Não adianta... Você vai ter que esperar.
Beijocas.
Mari: Você não consegue achar um capítulo da fic que você não goste? Agora eu estou surpresa.
Um pouco diferente, porque eles começam se dar bem? As aparências podem, ou não, enganar.
Quantos capítulos? Nem sei.
Beijocas.
Gina Potter Weasley: Qual o problema do capítulo ser perfeito? Gina tosca só porque empurrou ele?
Sim, Harry é gatinho.
Beijocas.
Kirina-Li: Meio sem tempo? Eu diria completamente, levando em conta que seus comentários estão sempre entre os maiores.
Não... A Cho nos deu o presente de não aparecer, mas foi citada.
O Joe somente não pode ficar com a Hillary pra ficar com você? Tudo bem... Você o empresta só para que eu possa terminar a fic?
Beijocas.
Ysi: É! Olha quem atualizou! Que bom que você tinha desistido!
Pois é... Vinganças completamente prioridade! Nem mexi mais nas outras, mas depois eu continuo escrevendo.
Mas eu gosto dos teus comentários, guria!
Ysi é leitora má? E eu sou uma autora má.
Um futuro Joe e Hillary?
Ciclo amoroso é um ciclo vicioso? Até aí eu entendi, mas o resto...
Sim, o Joe disse que ama a Gina na carta que mandou no capítulo 9.
Beijos.
LoLi BlaCk: Filhos? Nossa!
Autora idolatrada?! EU?
Que bom que gostou do capítulo!
Qualquer jeito? Que bom.
Sim, Cho tomou naquele lugarzinho.
Ele supera!
Joe e Hillary? Bom... Quando a fic acabar sua duvida vai ser respondida.
Ah... Convenhamos... Agora que o mistério “qual será a cara do Harry e da Cho no baile ao ver a Gina?” foi resolvido, a fic precisa de mais mistérios, não acha?
Beijos.
Márcia Figg: Por enquanto, você pode vir aqui uma semana sim e outra não. Estou conseguindo fazer os capítulos para a cada duas semanas.
Continue lendo e comentando.
Beijos.
Nick Malfoy: Você gostou do capítulo? Hehehe... Apaixonado? Hum, talvez seja porque ando meio (lê-se completamente) sentimental.
A frase ficou legal!
Beijos.
Sukidepp: Você não vai me matar somente por causa da fic? Cada leitor cruel que eu fui arranjar!
Sim... Tive que acabar logo aí! Não resisti! Eu tive que fazer um mistério.
Beijos.
RaFaeLLa Potter: Oi!
Adorou o capítulo? Que bom!
Gostou da conversa ao pé de ouvido do Harry e da Gina? Fico feliz!
Muito bom? Wow...
Sim, a fic tem capa sim! Se você for ao google e digitar o nome dela, aparece a capa! Lindo né?
Beijos.
Vilyn Rad: Oie!
Perfeita? Que bom.
Eu também amo a musica do The Corrs que eu coloquei no capítulo anterior. Sou completamente viciada nela.
Sim, a tradução dela tem tudo a ver com o casal!
Beijos.
Virgin Potter: Qual dos beijos foi tudo?
Tempo? Talvez...
Todos querem saber quem era no final do capítulo e, má como eu sou, vão ficar querendo saber... A não ser, é claro, que prestem atenção a pequenas ações e tudo o mais.
A música que a Chang tentou cantar e dançar é a Whenever Whereever da Shakira.
Não sei quantos capítulos vai ter... E só terá uma continuação se eu conseguir bolar uma trama, caso contrario vai ser somente essa mesma.
Beijos.
Beka: Continue lendo, sim!
E comente sempre.
Beijos.
Jubs: Não, ele ainda não sacou.
Beijos.
Kah: Perfeito? Finalmente você falou isso de alguma coisa que eu escrevi!
Da próxima, se empolga menos, Karine.
Beijos.
Tammy: Sim, notei que o “H” e o “G” são do lado um do outro no teclado, afinal a única coisa que faço o dia todo é digitar. Meio difícil não notar.
Amor... Leia minhas N/A e verá que, por enquanto, é a cada duas semanas que eu vou postar os capítulos. Independente se a Nani tiver betado antes ou não.
Beijos.
Thiti Potter: Sim, Rony e Hermione estão diferentes, assim como a maioria dos personagens... Mas foi preciso pra que eles ficassem no estilo “revoltado” da fic.
Parar na melhor hora é somente uma estratégia para prender os leitores as fics.
Beijos.
Mimin Potter: Que bom que gosta da minha fic.
Finalmente alguém que gostou do suspense.
Como assim a Hermione está meio deslocada na fic? Juro que não entendi o que você quis me mostrar.
Beijos.
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