O pedido moreno
Capítulo 5:
O pedido moreno
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!! - Draco gritava desesperado ao perceber que estavam duas Lunas à porta de sua casa.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!! - Luna berrava admirada ao ver que, por algum motivo incompreensível, Harry estava transformado nela mesma.
- O QUE FOI??? - guinchou Harry com a voz de Luna, alternando o olhar entre os dois loiros - VOCÊS PODEM PARAR DE GRITAR???
- Harry, honey, porque estás igual à Luna? - indagou o Malfoy, extremamente preocupado.
- Sim, querido... irmão - corrigiu a Lovegood com um sorriso forçado – por que tomaste a Polissuco e onde a foste encontrar?
- Então, eu encontrei a poção Polissuco no armário da sala. O Drakey tem várias poções lá! - contou Harry sorridente, virando-se para Malfoy - E tomei-a porque tu disseste que a Luna era sexy!! E eu queria ser sexy para ti!! E percebi que tinha cabelo dela no meu casaco, quando ela me abraçou no outro dia.
- Harry, sweet, eu disse que o cabelo dela ser sexy, não ela completa!! - exclamou Draco com alguma relutância em abraçar o seu Harry-Luna - O cabelo, apenas o cabelo!!
- Tu achas o meu cabelo sexy, Malfoy? - inquiriu Luna, olhando para o loiro à sua frente.
- Uh, yeah!! - confessou ele, revirando os olhos - O teu cabelo é loiro e tal. Completamente sexy!!
- Drakey, o efeito só passa daqui a uma hora! - informou Harry, aproximando-se do loiro - E... Luna, que viste aqui fazer?
- Oh claro, eu vim pedir desculpa pelo meu comportamento de há pouco, irmão querido! - afirmou Luna com um leve sorriso amarelo - Trouxe vinho para o jantar!!
- Sim, por favor, janta connosco!! - implorou o Potter, abraçando a loira - Pode ser, não pode, Drakey??
Malfoy revirou os olhos e acenou afirmativamente com a cabeça. Ainda contrariado, o loiro indicou a sala de jantar onde Luna e a sua cópia, Harry, se sentaram de imediato à mesa. Claro que Draco não tardou a sentar-se ao lado de Harry tentando evitar qualquer comentário menos próprio da parte da verdadeira Lovegood. Com um gesto rápido de varinha, toda a comida estava na mesa de modo a que os presentes pudessem desfrutar do seu jantar.
- Bem, eu queria aproveitar que a minha querida irmã está aqui presente - começou Harry com um sorriso, apoiando a mão na de Luna e fazendo Draco inchar de ciúmes - para poder tomar uma grande decisão na minha vida!
- O que foi, honey? - perguntou o Malfoy levemente preocupado - O que se passa?
- Draco, - chamou Harry, sorrindo e segurando as mãos do loiro entre as suas - tu queres casar comigo?
- O QUÊ?????
- QUEROOOOOOOOOOOOOOOO, QUERO SIM!!!!
- NÃO!!!
- COMO NÃO???
- CALA-TE, LOIRA HORROROSA!!! VAMOS CASAR SIM, MEU AMOR!!
- E JURAS FAZER-ME FELIZ PARA O RESTO DAS NOSSAS VIDAS??
- VOCÊS NÃO VÃO CASAR!!!!!
- JURO!!!!!
- VAMOS SIM!!!! DRAKEY, EU AMO-TE!!!
- EU TAMBÉM TE AMO, MEU MORENO SEXY!!!
- POR MERLIN, HARRY, TU ÉS MEU NOIVO!!!
- Olha lá, Luna, nunca te disseram que incesto é proibido por lei? - questionou Draco com um super sorriso ladino, enquanto a loira ficava cada vez mais furiosa.
- MAS QUAL INCESTO? SABES PERFEITAMENTE QUE EU E O HARRY NÃO SOMOS IRMÃOS COISA NENHUMA!!!! - berrou Luna, levantando-se e fulminando o loiro com o olhar - ISSO FOI UMA INVENÇÃO TUA PARA ME PRIVARES DO MEU NAMORADO!!!
- Tu não és minha irmã...? - murmurou Harry visivelmente afectado - Como não és minha irmã??
- Ela está a inventar, Harry, tudo para nos separar!! - rosnou Draco, levantando-se também - Ela tem inveja da nossa felicidade, por isso é que está a fazer estas coisas!!
- INVEJA??? MALFOY, O HARRY É MEU NAMORADO!!! - bufou Luna, aproximando-se perigosamente do loiro - ESTÁVAMOS NOIVOS, FELIZES E ÍAMOS CASAR DAQUI A DOIS MESES!!! TU É QUE TE APROVEITASTE DA AMNÉSIA DELE E RAPTASTE-O!
- MOI??? - indignou-se Malfoy, aproximando-se de Harry - Não a oiças, amor, ela está a mentir!!!
- NÃO ESTOU A MENTIR!!!! - gritou Lovegood.
- Sabes de uma coisa, loira? Eu realmente detesto-te! - afirmou Draco escondido atrás de Harry que começava, finalmente, a voltar a ser ele próprio - Sempre te detestei, mas eras mais aceitável antes de tomares aquela poção estragada que te deixou histérica e impulsiva!!
- COMO OUSAS???? - interrogou a loira, avançando para bater no Malfoy, mas deparando-se com Harry no meio.
- Luna, acalma-te! Draco, explica-me o que se passa, por favor! - pediu Harry, tentando afastar a mulher do suposto noivo.
- Eu digo-te o que se passa! - declarou Lovegood furiosa, com lágrimas de raiva a descerem-lhe pela face - Essa bicha loira é que te roubou de mim!! Ele SEMPRE foi apaixonado por ti, mas tu nunca quiseste nada com ele e agora que nós estávamos felizes, ele arma este teatro todo para que tu acredites que namoravas com ele!!
- Mas eu amo-o... não amo? - indagou o moreno confuso.
- SIM!!
- NÃO!!
- AAIIIII, VOCÊS ESTÃO A DEIXAR-ME LOUCO!!!! - guinchou Harry, afastando-se dos dois e correndo até ao seu quarto - DEIXEM-ME SOZINHO!!!
- VISTE O QUE FIZESTE? - berraram os dois loiros ao mesmo tempo.
- MALDITA SEJAS, LOVEGOOD, PORQUE QUERES DESTRUIR A NOSSA FELICIDADE? - perguntou Draco irritado.
- VOSSA FELICIDADE?? - rosnou ela - TU É QUE ME ROUBASTE O NOIVO!!!
- NÃO ROUBEI NINGUÉM, O HARRY AMA-ME!!! - exclamou Malfoy, empurrando a mulher em direcção à porta do apartamento - FORA DAQUI!!! SAI JÁ DA MINHA CASA!!!
- EU SAIU, MALFOY, MAS JURO QUE ISTO NÃO FICA ASSIM!!! - berrou Luna, batendo com a porta atrás de si.
- Maldita loira! - bufou Draco, dando um leve murro na parede - Agora tenho de ver se acalmo o meu moreno sexy!
Dias haviam passado desde o jantar no qual Harry pedira Draco em casamento. Depois da complicada conversa em que Malfoy jurou ao Potter que Luna era uma louca e que eles sempre tinham estado juntos, Harry não voltou a duvidar do que o loiro lhe dizia. Claro que Luna fazia de tudo para tentar falar com Harry, mas Draco não lhe permitia isso, inventando mil e uma coisas para que a loira não entrasse em contacto com o Potter.
Estavam sentados à mesa, em pleno almoço de domingo, e Harry batia nervosamente com os talheres no prato.
-O que foi querido? – perguntou Draco numa voz carinhosa – Passa-se alguma coisa...?
-Uh, nada! – exclamou com um sorriso amarelo – Não foi nada... só não tenho muita fome.
Draco olhou desconfiado, mas resolveu não fazer mais perguntas. Passados alguns minutos Harry resolveu finalmente falar.
-Drakey, sweet... - chamou Harry relutante, depois de muito pensar se havia de tocar no assunto ou não - Continuas a achar o cabelo da minha irmã sexy?
-Ah! Então é isso Harry! Eu já te disse que gosto muito do cabelo dela, mas só o cabelo!
-Gostas mesmo?! – Insistiu o moreno.
-Oh cherri, claro! – exclamou o loiro com um olhar sonhador – É tão parecido com o meu! Loiro platinado, sedoso, macio e...
-Uh...Draco, estás a babar!
-Ah...ahn... sim, pois. – o loiro apressou-se a limpar a baba e mudar de assunto – O que vamos fazer hoje?!
-VAMOS VER UM FILME DE DESENHOS ANIMADOS!! – berrou o outro de olhos a brilharem imenso, parando por momentos para pensar – JÁ SEI! RATATOUILLEEEEEEEEE!
-Mas já vimos esse... – afirmou Draco relutante, não querendo contrariar o amado.
Harry olhou para o loiro com olhos-de-gato-das-botas do Shrek, fez beicinho e exclamou – Eu prometo que não me vou comportar como o Emile (2) a comer pipocas!
-Aff... está bem! – Draco questionou-se como poderia resistir às fuças fofas do seu moreno sexy – Mas não há pipocas. Põe o filme que eu vou comprar, sweet.
-NÃO! – gritou, baixando o tom logo em seguida, visto que Draco quase tinha caído da cadeira com o susto – Ahn... põe tu o filme! Eu compro as pipocas!
-Mas...
-Põe a sala escura para ficar mais românticooooo! – gritou Harry já à porta, antes de sair disparado.
Harry andava de um lado para o outro, percorrendo todas as pequenas caixinhas com o olhar. Já com o pacote de pipocas nas mãos, não sabia por qual se decidir. Pegou numa caixinha e ficou a contemplá-la. Desistiu, pegando na outra caixa ao lado. De repente, deu-se conta de que havia mais uma caixinha numa prateleira mais abaixo.
-Ai meu Merlin... e agora?! – disse para com os seus botões. Na verdade não tinha botões. A não ser que se conte com o das calças.
Dirigiu-se ao balcão onde um homem idoso lia o jornal por trás das lentes fundo-de-garrafa dos seus óculos. Aproximou-se lentamente, mas o homem pareceu não se dar conta que estava mais alguém na loja para além dele.
-Hem hem... – Harry clareou a voz de modo a chamar a atenção do outro.
-Oh...sim filho! Desculpa... estava entretido a ler o meu jornal. É que sabes, agora o mundo está repleto de desgraças... isto na minha altura não era assim... – começou a matraquear o velho homem assim que percebeu ter companhia.
-Ahn, sim... – o moreno não queria ser desagradável, mas a verdade é que tinha o seu cherri à espera – Eu compreendo... mas uh... o senhor poderia dar-me uma ajuda?
-Oh claro... – o homem pareceu demasiado feliz por alguém lhe estar a pedir ajuda – O que precisas filho?
-É que eu estou meio indeciso. – informou Harry, pousando o pacote de pipocas no balcão, e erguendo as duas mãos, cada uma segurando uma pequena caixa – Qual acha que me assenta melhor?!
O pobre homem ficou tão desnorteado com a pergunta, que se limitou a piscar os olhos uma data de vezes, e apontar ao acaso para uma das caixinhas.
-OOOH! Obrigado! – agradeceu o rapaz realmente feliz – É a conta por favor!
Era segunda-feira e já estava na hora de Draco chegar. Harry andava nervosamente de um lado para o outro no hall da entrada, chocando com alguma coisa a cada dois passos que dava, tanto era o nervosismo. Era a sua surpresa para o seu loiro. Nada podia correr mal. Foi até à cozinha, olhou pela janela, e nada. Ficou ali mais uns minutos, até que viu um loiro a sair de um carro preto. ‘AAAAI! ELE CHEGOU!’, pensou o moreno correndo até à sala. Esperou mais cerca de três minutos, até que ouviu o som de chaves lá fora.
-É agora, é agora... – murmurou para si mesmo.
-HONEEEEEEEY!!! Chegueeeeeei!! – cantarolou Draco ao fechar a porta sem ainda ter olhado decentemente para o hall!
-Eu sei! Estou aqui! – exclamou Harry todo entusiasmado, poucos passos atrás de Draco. Esperou que o loiro se virasse para gritar – SURPRESAAAAAAAAAAAAAA!
Draco arregalou os olhos, deixou cair a sua maleta de trabalho ao chão e abriu exageradamente a boca. Foi então que a fechou, piscando repetidamente os olhos, e voltou a arregalá-los ao mesmo tempo que gritava – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! TU ESTÁS LOIROOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!