Capítulo I
Capítulo I
- 1971 -
Londres havia amanhecido particularmente bela naquele primeiro de Setembro. Pela primeira vez em semanas, os londrinos se sentiram confiantes o suficiente para saírem de suas casas sem o habitual guarda-chuva a tira colo. E não se arrependeram. As escuras nuvens de chuva que cobriram a cidade no último verão, haviam desaparecido, e o céu enfim podia ser visto, mais azul do que em qualquer outro dia do ano. Até mesmo a poluição da capital parecia ter dado uma trégua.
E ali, no quarto de um aconchegante hotel dos arredores da capital britânica, estava uma das pessoas que mais apreciava o dia. Mas não por ser um dia singular no clima, e sim por ser um dia singular na vida de muitos!
Ela escovava os cabelos ruivos, e pela janela a garota observava as pessoas e carros indo e vindo pela rua logo em frente, parecendo menos apressados do que o costumeiro. A garota estava ansiosa pelo que estava para acontecer naquele dia. Os acontecimentos do último ano agora vinham com mais força e ela só pensava que dentro de uma hora embarcaria naquela que prometia ser a maior aventura de sua vida.
Lily Evans – este era o seu nome – ouviu uma batida na porta e virou-se a tempo de vê-la se abrindo. Sorriu ao ver a irmã parada no portal, evitando encará-la. Petunia Evans pigarreou e levantou um pouco os olhos, para se certificar de que havia sido notada.
- Quer vir me ajudar com o cabelo, Tuney? – Lily apressou-se a dizer, virando-se e indo sentar-se na penteadeira de madeira que havia em um canto do quarto. Através do espelho, ela viu a irmã suspirar e olhar para a janela.
- Papai e mamãe estão te esperando lá embaixo. Pediram que se apresasse. – falou, como se Lily não houvesse lhe feito qualquer pergunta.
- Você vai! – exclamou, antes que a irmã saísse. Virou-se na cadeira para olhar a irmã e acrescentou, receosa. – Não vai?
Mas, novamente, Petunia ignorou a pergunta da irmã mais nova e saiu do quarto, batendo a porta atrás de si. Lily deu um suspiro triste. Já fazia mais de um mês que a irmã estava mais distante do que jamais estivera. E, como Lily gostava muito da irmã, isso a aborrecia demais. Queria saber qual era o problema.
Mirou-se novamente no espelho e voltou a passar a escova pelos cabelos, até prendê-lo em um rabo de cavalo no alto da cabeça. Não pôde deixar de sorrir para a própria imagem enquanto ajeitava a franja sobre os olhos. Há dois anos esperava por aquele dia. E nada iria estragá-lo. Respirou fundo e piscou para si mesma.
- É... Chegou a hora...
- É... Chegou a hora... – Remus Lupin disse para a própria imagem refletida no espelho da sala.
Naquele dia, sua casa havia acordado em polvorosa. Sua mãe mal podia esconder a sua preocupação e seu pai mal escondia a sua agitação. Remus parecia ser o único calmo desde a noite anterior. Mas ele sabia bem esconder os seus sentimentos. Por dentro sentia medo, apreensão, ansiedade... Era a primeira vez que ia deixar a sua casa em anos. Olhou para o seu rosto no espelho. Seus olhos cansados se fecharam ao ouvir as vozes alteradas dos pais vindo da cozinha.
- ...Seja sensata, Julianne!
- Seja sensato você, John! – a mãe de Remus gritou. – Eu acho melhor ele não ir! Vamos desistir dessa loucura!
O coração de Remus deu um salto e ele foi pé ante pé para a cozinha, vendo os pais se encarando, um de cada lado da mesa. Não notaram a sua chegada e continuaram a discussão, como se estivessem num mundo paralelo.
- Depois de tanta luta para conseguir uma vaga para ele, Julianne! – o Sr. Lupin deu um soco na mesa, assustando o filho. – Dumbledore disse...
- Não me interessa o que ele disse ou deixou de dizer! – ela o interrompeu.
- Todas as providências foram tomadas para que ele...
A Sra. Lupin riu nervosamente e o marido parou de falar. Ela estava à beira das lágrimas e, quando ela levou a mão aos olhos, Remus pôde notar que ela tremia.
- Não é sobre isso que eu estou falando, John – sua voz estava tão trêmula quanto a sua mão, e o seu tom baixo e incisivo tornava o clima do lugar ainda mais pesado. – Você sabe melhor do que eu o que está acontecendo!
Os dois se encararam em silêncio e Remus deu um leve pigarro. Seus pais se viraram, assustados, e rapidamente, a Sra. Lupin se virou de costas para ele, certamente para secar os olhos sem que o filho notasse. O Sr. Lupin abriu um sorriso enorme, indo até o filho e ajoelhando-se em sua frente.
- E aí, garotão? Pronto?
Olhando para o pai, Remus sentiu-se culpado pelas enormes olheiras debaixo dos olhos dele, tão iguais aos seus. Mas o garoto sabia que o pai se sentia exatamente da mesma maneira que ele.
A Sra. Lupin aproximou-se, tentando sorrir. Remus sabia o quão difícil estava sendo para ela aquele momento, deixar o seu filho ir embora para longe dela. Mas ele também sabia que aquele era um sonho do pai se realizando, e um sonho dele próprio também. Sorriu para os dois. Faria tudo para deixá-los orgulhosos.
- Pronto! Vamos...
- Pronto! Vamos!
Alice Thornton entrou correndo na sala e parou ao lado dos pais, abrindo o seu malão e jogando uma trouxinha de roupas lá dentro, fechando-o logo depois. Colocou um gigantesco sorriso no rosto redondo e olhou do pai para a mãe, que a olhavam atentamente.
- Tem certeza de que não está esquecendo nada, Alice? – o Sr. Thornton disse, segurando uma das alças do malão da filha.
O rosto da menina contorceu-se enquanto ela pensava. Então, deu um sorriso e segurou firmemente a mão da mãe.
- Sim, tenho!
- Ok, então. Lá vamos...
- ESPERA! – ela interrompeu o pai, soltando a mãe, os olhinhos arregalados. – Espera!
- O que foi dessa vez, Alice? – o Sr. Thornton largou o malão e passou a mão pelo rosto impaciente.
- Meu diário! Esqueci o meu diário!
A menina saiu correndo escada acima, tropeçando nos próprios pés, quase caindo no chão. O Sr. Thornton suspirou e a sua esposa lhe deu tapinhas no ombro. No seu quarto, Alice abraçou o seu diário e olhou para a sua cama. Estava muito animada para ir na noite anterior. Mas, agora, não se sentia da mesma maneira. Não tinha certeza se queria ir. Estava apavorada...
Não tinha certeza se queria ir. Estava apavorado! Peter Pettigrew deu um longo gole no seu chocolate quente e tossiu, engasgando-se enquanto o líquido fumegante queimava a sua garganta. Quando recuperou o fôlego, tomou outro gole – agora com mais cuidado – e ouviu passos se aproximando. Virou-se assustado, mas era apenas a sua mãe, que chegava gingando do lado de fora da rua. A Sra. Pettigrew – pequena e rechonchuda – deu um sorrisinho para o seu filho.
- O táxi está aí na frente, meu anjinho. Vamos?
Peter olhou para as mãozinhas gorduchas e disse, baixa e envergonhadamente.
- Tenho mesmo que ir, mamãe?
A Sra. Pettigrew fez cara indignada. E, quando falou, a sua voz era dura e controladamente baixa. Se não estivessem em um lugar público, com certeza gritaria.
- Mas é claro que sim! Que pergunta, Peter! É uma honra estudar lá e você sabe – ela ajeitou um fio dos cabelos grisalhos, recompondo-se e segurou o menino pela mão. – Vamos!
Ele seguiu a mãe de cabeça ainda baixa, andando automaticamente, olhando para os próprios pés, vencido. Por ele, não iria para aquele lugar. Queria ficar em casa, sob a proteção da mãe. Tinha medo do que estava acontecendo no mundo. Não queria ficar sozinho.
Mas quando entrou no táxi, sabia que não podia mais evitar. Sua mãe ia largá-lo à própria sorte! Peter olhou para ela, altiva e séria. Ele só queria ficar em casa! Será que ela não podia entender isso? Cruzou os braços e olhou pela janela do táxi. Droga...
Cruzou os braços e olhou pela janela do táxi. Droga... Parecia que até uma tartaruga se movia mais rápido do que eles. Bufando, Natasha LeBeau virou-se para o taxista, sentindo ganas de voar em seu pescoço.
- Você não pode ir mais rápido?! – gritou.
- Estou tentando, Srta! Mas o tráfego...
- Passe por cima deles!!!
O taxista, parecendo muitíssimo desconfortável, fez o possível para sair do engarrafamento, amaldiçoando em mente os ianques. Nunca mais iria pegar corridas deles, prometeu-se a si mesmo.
Natasha encostou-se no banco do carro novamente, irritada. O seu pai, Trent LeBeau, tirou o chapéu de vaqueiro e girou-o nas mãos, olhando para a filha de soslaio.
- Calma, minha pequena... Já vamos chegar.
- Se eu perder aquele trem, papai... – sibilou, em tom de ameaça. – Por que você não me ouviu?! – explodiu. – Devíamos ter chegado à Inglaterra ontem!
O Sr. LeBeau passou a mão pelos cabelos. Queria tanto que sua filha fosse menos geniosa! Mas Natasha era um espelho da personalidade da mãe, obstinada, ansiosa e Trent LeBeau adorava isso em sua filha.
Natasha estava apavorada ante a perspectiva de perder o trem. Sonhava com aquele momento desde que o avô lhe contara sobre a escola. Parecia o Paraíso! Lembrava-se que quisera deixar os Estados Unidos na mesma hora. O que pai fora contra, é claro. Queria que a filha ficasse perto dele e não a um oceano de distância. E, com amargura, ela pensou que talvez fosse possível que o desejo dele se tornasse realidade se perdesse o trem. Bufou novamente e voltou a gritar para o motorista.
- ANDA LOGO!!!
- ANDA LOGO!!!
Sirius Black quase chutou a prima, Narcissa, para fora do carro. A garota loira deslizou para fora do banco graciosamente e fez um gesto ofensivo para Sirius, antes de se juntar à mãe e à irmã, Andromeda, caminhando para dentro de King’s Cross.
O garoto tomou cuidado para pisar com o pé direito quando saiu do carro. Seu pai, Orion, saiu do carro no mesmo instante, apoiando-se no veículo enquanto assistia o filho tirar o seu malão do porta-malas, prendendo-o no carrinho de transporte. Sirius acenou para o pai, se despedindo, e começou a empurrar sua bagagem para a estação, querendo livrar-se logo. Mas mal havia dado o primeiro passou, sentiu um forte aperto no braço direito, obrigando-o a virar-se. O rosto de Orion Black estava fechado em antipatia, algo a que Sirius já havia se acostumado. Quando o Sr. Black começou a falar e Sirius teve que se segurar para não virar a cara, para evitar o hálito podre do pai.
- Eu espero que se lembre de quem você é, Sirius...
- Não se preocupe. Não vou me esquecer de que sou John Lennon – o garoto brincou, mas foi um erro, pois o pai aumentou o aperto em seu braço.
- Você é um Black! – disse entre dentes e, nesse ponto, o menino teve que se controlar para não dizer que não escolheu ser um Black. Orion aproximou mais o seu rosto do filho, sussurrando. – Não pense que só porque está longe das minhas vistas eu não vou estar te vigiando. Não se atreva a me envergonhar!
Com um empurrão, Orion Black soltou o filho, entrando no carro que o seu cunhado, Cygnus, dirigia. Bateu a porta com força e resmungou.
- Eu detesto andar nessas geringonças!
- As aparências, Orion – Cygnus lhe alertou. – As aparências...
Cygnus deu a partida e Orion aproveitou para virar-se para o filho uma última vez e dar um último lembrete, que soou mais como uma ameaça.
- Lembre-se do que eu lhe disse, Sirius! Ou sabe bem o que vai te acontecer...
O carro arrancou, cantando pneus, misturando-se com o tráfego. Quando já não podia mais vê-lo, Sirius permitiu-se fazer uma careta e massagear o braço que o pai apertara, dizendo com amargura.
- Sim, vossa majestade...
Virou-se para King’s Cross, grande e magnífica, e respirou fundo. Aquele era o momento pelo qual ansiara já havia quase onze anos. O momento em que poderia se afastar da família. Sorriu e entrou na estação. Sonhos se tornavam realidade...
Sonhos se tornavam realidade. Era o que as duas irmãs Macdonald pensavam enquanto caminhavam lado a lado, atravessando a multidão de King’s Cross. Mary abraçou com força o seu gato que levava nos braços e, em retorno, recebeu um arranhão doloroso. Já Jean começou a brincar com o zíper da sua jaqueta. Estavam bastante nervosas.
- Não se preocupem, princesas – o Sr. Macdonald, que ia logo atrás delas disse, dando-lhes um sorriso apaziguador. – Vocês vão adorar o lugar.
- É... Vão adorar ser penduradas pelo tornozelo! – Sigmund, o irmão mais velho das garotas disse, passando por elas.
- Ele só está querendo assustar vocês.
Mas nem Mary nem Jean confiavam no pai quanto a isso. Afinal, ele nunca havia estado naquela escola tão particular para a qual estavam indo, ao contrário de Sigmund, que já ia para o seu sexto ano.
Desde que as gêmeas se entendiam por gente, sabiam que havia algo maior para elas, e sempre sonharam em viver uma aventura, e aquela parecia uma enorme! Mas, ainda assim, estavam apreensivas. Depois de tudo o que Sigmund lhes dissera sobre a escola, estava até com um pouco de medo.
Eles finalmente pararam entre as plataformas nove e dez. Mary e Jean se entreolharam e foi como se o tempo tivesse parado. Por um instante, tudo estava em silêncio...
Por um instante, tudo estava em silêncio. Nenhum som poderia ser ouvido em todo o Palacete dos Potter. A casa até parecia inabitada. Mas lá no segundo piso, enrolado em lençóis, estava o que parecia ser a única alma viva em toda a casa. James Potter dormia. Os poucos raios de sol que atravessavam as frestas da cortina mal tocavam a sua cama. Parecia que nada poderia estragar seu sono. Até...
- JAMES!!!
O grito ecoou pela casa toda, mas o garoto não acordou. Apenas resmungou alguma coisa e se virou na cama. Mas a porta escancarou-se a bateu na parede. O estrondo foi o suficiente para fazer o garoto saltar da calma, gritando a plenos pulmões:
- FALTA!!!
- JAMES!!!
- AHHHH!!!
James Potter caiu da cama com o susto de ter o seu nome gritado em seu ouvido. Embolado nos lençóis, ele travou uma luta incrível para se libertar e, quando enfim conseguiu se levantar, viu um borrão conhecido parado ao que ele achava ser a porta.
- Que maneira mais gentil de me acordar, vovô...
Harrison Potter caminhou, resoluto, até o neto e enfiou-lhe os óculos no rosto. O mundo entrou em foco e James sorriu, esfregando os olhos e se jogando na cama novamente.
- O que pensa que está fazendo, James Patricius Potter? – ralhou o velho homem.
James amarrou a cara ao ouvir o seu segundo nome e enterrou o rosto no travesseiro.
- Isso se chama dormir, vovô – falou com a voz abafada. – Passei a noite toda arrumando o meu malão e fui dormir tarde.
- Mas não vai dormir mesmo! – Harrison arrancou as cobertas do neto e o forçou a levantar-se. James fez corpo mole, não ia ser vencido tão facilmente.
- Ora, vamos, vovô!
- Vamos sim, James! EMBORA! Estamos atrasados!
O menino riu e se sentou na cama, bocejando.
- Atrasados? Não são nem nove horas ainda!
- Ah, tem certeza? – retrucou, colocando o despertador em frente aos olhos do neto. – São dez e meia!
- Claro que nã... – mas parou no meio da palavra, segurando o relógio, totalmente desperto e alarmado. – Ai, caramba! São dez e meia!
O garoto passou pelo avô, correndo para o closet e procurando qualquer coisa para se vestir. Enfiou a primeira camisa que viu por um dos braços enquanto calçava um pé da meia. Tentou colocar o outro braço na camisa, mas não conseguiu. Só depois percebeu que ainda segurava o despertador. DROGA! Com raiva, atirou o relógio na parede, errando o avô por pouco.
- PORQUE NÃO ME ACORDOU?! – reclamou, saltando num pé só, colocando um dos sapatos.
- E o que eu acabei de fazer?! Penteei macaco?!
Pentear macaco... Pentear macaco! James achava que não teria sequer tempo de se pentear! Enfiou as calças e saiu à procura do outro pé de sua meia. Mas ele tropeçou nas próprias calças que caíram aos seus tornozelos e se estabacou magnificamente aos pés do avô. Olhou para cima, sem se mexer, vendo o avô.
- Socorro.
Harrison ajudou o neto a se levantar e deu um sorriso condescendente para James.
- Termine de se arrumar. Eu o esperarei no Hall.
- Sim, senhor – aquiesceu enquanto subia as calças e as abotoava seguramente.
O Potter Sênior saiu e James continuou a vestir-se, apressado. Com o olhar maroto, depois de ajeitar o cabelo, dirigiu-se para o closet novamente e pôs-se a revirar as roupas que havia espalhado, procurando por um objeto muito particular por baixo das prateleiras.
- Pode ir esquecendo.
O susto foi tanto que o garoto bateu o cocuruto da cabeça em uma prateleira. Esfregando o local atingido, fazendo uma careta de dor, James virou-se e viu o pai à porta do closet, as mãos nos bolsos, apoiado ao batente. Emburrado por ter sido pego no ato, James se levantou ficando de frente ao Sr. Patricius Potter, colocando as mãos nos bolsos. O menino parecia ser a miniatura do pai. Não era difícil saber que eram pai e filho.
- Virá para o Natal?
- Sim, claro – James não o fitava diretamente. – Quando for vê-la, mande lembranças.
- Mandarei. Faça boa viagem, James. Tome cuidado. – e saiu do quarto, sem olhar para trás.
- Tomarei. Obrigado, papai – disse para as costas do seu progenitor. Mas o que realmente queria dizer era: Não é minha culpa! Suspirou e deu uma última olhada em seu quarto. Sorriu, coçou a cabeça e saiu do closet, em direção à porta.
- Hogwarts que me aguarde...
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N.A.:Apenas algo para esclarecer. Não está escrito exatamente desse jeito no livro que Natasha escreveu e entregou ao Harry. Lá está de uma forma mais concisa, vista por alguém de fora. Aqui eu estou escrevendo como realmente aconteceu. Espero que estejam gostando...^^
→ Tαsh LeBeαu
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