De volta a Hogwarts



Capítulo 9 – De volta a Hogwarts

Harry andava por seu quarto juntando suas coisas, sentindo-se um pouco melancólico. Ele estava arrumando seu malão para seu retorno a Hogwarts, mas diferentemente dos anos anteriores, estava se sentindo deprimido por ter que deixar a casa dos Weasley. Ele olhou para sua penseira enquanto sentava-se em sua escrivaninha, refletindo sobre o verão movimentado.

Pela primeira vez tinha realmente se sentido como se estivesse em casa na Toca. Por toda a sua vida Harry tinha desejado um lugar como aquele, onde ele se sentia confortável e querido. O Sr. e a Sra. Weasley tinham feito tudo o que podiam para que ele se sentisse como se fosse parte da família, e ele estava grato por isso mais do que eles podiam imaginar. Harry desejava poder ajudá-los financeiramente, mas sabia que eles nunca iriam aceitar isso.

Enquanto guardava cuidadosamente sua penseira em seu malão, ele refletiu sobre o outro fator que o fazia querer ficar. Retornar a Hogwarts significava retornar para a realidade de sua vida. Apesar de ter se sentido sobrecarregado por seus problemas durante o verão, a Toca pareceu a ele como um oásis onde seus problemas fossem um assunto para outro dia.

Ele sabia que quando voltasse para a escola iria começar a receber toda a atenção e os olhares que recebia todos os anos, excetuando-se o fato de que esse ano iria ser ainda pior por causa do que aconteceu no ministério. Ele não estava certo de qual seria a reação, mas tinha certeza de que iria receber ainda mais atenção, a qual não queria.

Claro, ele também tinha que lidar com o fato de que ele não iria poder entrar na classe avançada de Poções. Tinha pensado em pelo menos pedir a Snape permissão para cursar a matéria, mesmo que tivesse certeza de que Snape iria recusar. Mas valia a pena tentar, pelo menos.

Ele suspirou enquanto colocava as últimas roupas que faltavam dentro de seu malão e o fechava, e depois colocava sua Firebolt ao lado deste de modo que ficasse tudo pronto para partir.

Olhar para sua vassoura o fez lembrar das vezes em que ele jogou quadribol durante o verão. A vassoura nova que Rony tinha ganhado no ano anterior tinha tido uma boa performance, mas Harry podia dizer que Gina estava frustrada com a falta de desempenho de sua velha vassoura. Tinha sido difícil usá-la na temporada do ano anterior, e a vassoura tendia a tremer e declinar quando era muito forçada. Ela não dizia nada, claro, já que era acostumada com a falta de dinheiro de sua família. Harry sabia que ela nunca iria reclamar disso.

Uma idéia tinha começado a se formar em sua cabeça quando a Sra. Weasley falou alto pela escada. “Apressem-se todos vocês! Venham tomar café ou vão se atrasar para o trem!”

O grito o fez parar de pensar e começar a agir. Começou a caminhar para fora do quarto, mas no momento em que seu corpo cruzou o solado da porta, um alto fwoom pode ser ouvido e ele teve uma sensação estranha de como se um vento tivesse passado por seu corpo.

Ele parou, se perguntando o que tinha acontecido, ficando parado no corredor do lado de fora do quarto. Exatamente depois disso, Gina caminhou para fora de seu quarto e parou de repente, os olhos arregalados, apontando para ele.

“Harry! Olhe para si mesmo!” ela deu um jeito de dizer antes de começar uma cascata de gargalhadas.

Harry olhou para si e viu que tinha várias listras vermelhas e douradas descendo em forma de espiral por seu corpo. Ele estava parecendo um daqueles sinais luminosos gigantes que ficam na frente de barbearias com as cores da grifinória. (N/A: Como não sabia e nem consegui descobrir o nome desse objeto – barber pole – em português mesmo pesquisando, dei uma improvisada e coloquei ‘sinal luminoso’. Quem quiser ver a imagem dele para saber exatamente o que é, é só entrar aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Barber's_pole)

Hermione saiu do quarto de Gina enquanto Rony vinha descendo as escadas. “Qual é a razão de toda essa confu–” Rony parou de falar abruptamente, paralisado ao olhar para Harry. E então começou a rir histericamente, caindo no chão segurando seu estômago.

Hermione tinha sua mão em cima da boca, tentando não rir, mas falhando miseravelmente. “Oh, Harry, me desculpe, mas...” Suas palavras se transformaram em risos. Harry queimava de embaraço.

Rony conseguiu segurar o riso por tempo suficiente para dizer, “H-Harry, eu só preciso que você apare um pouco em cima e um pouco dos lados...” e depois começou a gargalhar novamente, rolando no chão. Gina e Hermione começaram a rir ainda mais alto. Harry tinha que admitir que aquilo era realmente engraçado e começou a rir também.

“E-espere, o que é isso?” disse Gina, tentando reprimir o riso. Ela foi até Harry, pegou um bilhete que estava colado nas costas dele e o leu em voz alta.

Querido Harry,

Nós consideramos que uma vez que você tivesse indo embora, nossa promessa de um quarto seguro estava completa. Além do mais, nós ficamos MUITO desapontados que nossa primeira pequena surpresa não tivesse sido tão engraçada para você quanto deveria ter sido. Nós sentimos que era nosso dever compensar isso com você. Não precisa nos agradecer, o prazer foi nosso.

Boa sorte no seu sexto ano. Um conselho: não ter que prestar N.O.M.s e N.I.E.M.s significa montes de oportunidades de criar confusão. Tirar vantagem disso é altamente recomendado por nós. Devemos mandar para você alguns protótipos interessantes esse ano.

Sempre com amor,

Fred e Jorge


“Está bem, está bem”, disse Harry, rindo. Ele pegou sua varinha e disse “Finite Incantatem”, esperando que Fred e Jorge não tivessem feito um feitiço muito difícil de remover. Aparentemente eles tiveram alguma pena dele já que o feitiço desapareceu sem nenhum incidente.

Rony finalmente se levantou do chão, e todos eles desceram as escadas, ainda soltando risadas com alguns intervalos. Apesar de que ele não poderia dizer que ficou feliz por ter sido pego por uma das brincadeiras de Fred e Jorge, aquilo realmente fez com que o humor de Harry melhorasse. Ele estava se sentindo muito mais animado em voltar para Hogwarts.

Eles entraram na cozinha e Harry ficou surpreso em ver Gui, Carlinhos e os gêmeos esperando por eles. Ele não tinha visto Gui e Carlinhos desde a festa, apesar de que Fred e Jorge os tinham visitado muitas vezes, geralmente para pegar um pouco de comida que a Sra. Weasley cozinhava.

“Gui! Carlinhos!” Gina correu e deu aos dois abraços gigantes enquanto eles riam.

“Hei! E quanto a nós?” disse Fred, indignado.

“É, nós não valemos um abraço?” disse Jorge.

“Ah, eu vejo vocês dois o tempo todo. Mas venham aqui de qualquer jeito”, disse Gina, sorrindo e dando a cada um deles um abraço.

Todos eles trocaram cumprimentos enquanto se sentavam para tomar café. A Sra. Weasley tinha preparado uma quantidade gigante e excessiva de comida, como se achasse que eles fossem passar fome durante o caminho para a estação e com isso pudessem sobreviver.

“Ei, Harry”, disse Fred, rindo. “Guardou todas as suas coisas em seu malão esta manhã?”

“Espero que sua estada em nosso quarto tenha sido – confortável”, disse Jorge, rindo junto com o irmão.

“Sim, muito confortável”, disse Harry, mantendo sua expressão normal. “Guardei tudo essa manhã, sem problemas. Estou pronto para ir para Hogwarts.”

Fred e Jorge franziram as sobrancelhas. “Sem – er, problemas?” disse Fred.

“Nops! Mas obrigado por perguntar”, disse Harry. E então, finalmente, ele não conseguiu mais fingir e começou a rir. Rony, Hermione e Gina começaram a rir também. “Está bem, talvez um pequeno problema”, Harry admitiu.

Os gêmeos começaram a rir. “Boa, Harry. Você nos pegou”, disse Jorge.

Depois disso, Harry mergulhou em sua comida entusiasmadamente enquanto a Sra. Weasley estava conversando com Gui.

“Eu pensei que você tivesse voltado para o Egito...” disse a Sra. Weasley.

“O Gringotes me chamou de volta para uma investigação especial”, respondeu Gui. “Os duendes estão preocupados com a inflação dos galeões, ou algo assim.” Harry teve a impressão de que Gui não estava achando que aquilo era sério. “Eu não tenho certeza do que eles esperam que eu faça. Eu não sou um economista, sou um desfazedor de feitiços.” Gui parecia um pouco irritado com todo aquele negócio.

“Eles ainda não te disseram nada sobre o que você terá que fazer?” Carlinhos perguntou.

“Não. Está tudo muito corrido por lá. Ragnok está preocupado com alguma coisa, isso é certeza”, disse Gui.

A conversa com Ragnok voltou à mente de Harry. Ele quase começou a contar a eles o que Ragnok tinha dito a ele, mas não queria voltar a todo aquele negócio de novo. Ele notou Rony, Hermione e Gina olhando para ele, então ele negou com a cabeça levemente mas de modo que todos eles vissem.

Eles terminaram o café da manhã conversando animadamente. “Como nós vamos para a estação, pai?” Rony perguntou com a boca cheia de comida.

“Carro do ministério. Aliás, ele deve estar chegando daqui a pouco”, respondeu o Sr. Weasley.

Harry estava certo de que esse realmente era o caso, já que a Sra. Weasley estava ficando mais e mais inquieta à medida que a hora de partir se aproximava. “Vamos pegaram tudo, não é, crianças? Não estão esquecendo de nada?” ela disse, seus olhos se estreitando.

“Honestamente, mãe. Está tudo sobre controle”, disse Gina.

Harry pegou o olhar de Fred e curvou a cabeça em direção à sala de estar. Depois se levantou, tentando agir casualmente enquanto caminhava para fora da cozinha. Ele pode ver Fred acotovelar Jorge, e algum tempo depois os gêmeos se juntaram a ele.

“O que foi, Harry?” disse Fred.

Harry começou a se sentir embaraçado, se perguntando se sua idéia era mesmo boa. Bem,agora é tarde demais para voltar atrás, pensou.

“Bom,” ele começou, olhando para os lados para ter certeza de que ninguém podia ouvi-los, “eu tenho uma pequena missão para vocês dois.”

Fred e Jorge riram. “Você é nosso homem! Do que precisa?” disse Jorge.

“A vassoura velha de Gina é um lixo. Eu quero que vocês dois comprem para ela uma vassoura nova e mandem para Hogwarts. Eu vou pagar por isso, mas digam que foram vocês.”

Os gêmeos olharam um para o outro, os olhos arregalados, as sobrancelhas levantadas suas testas em surpresa. Dois sorrisos vagarosamente tomaram conta de seus rostos enquanto eles pareciam estar conversando sem falar.

“Sério?” disse Fred, dando um sorriso um pouco provocador.

“Você quer comprar para a Gina um pequeno presente, não é isso?” disse Jorge.

“É muita gentileza sua, Harry”, disse Fred.

“Sim, muita gentileza”, disse Jorge. “De fato, um pouco mais de gentileza do que nós poderíamos ter esperado.”

“Há alguma razão da qual nós deveríamos saber para essa repentina generosidade?”

Harry sentiu suas orelhas começarem a queimar, mas lutou para parecer casual. “Não, nada importante. Vocês sabem, ela precisa de uma vassoura. Para o time de quadribol. Esse ano”, Harry disse, tenso.

“Claro, Harry, sem problemas. Nós vamos achar a vassoura certa para ela”, disse Jorge.

“Você pode contar com a gente”, disse Fred, rindo para seu irmão de novo.

“Dê a gente alguns dias e Gina irá receber uma pequena entrega especial”, disse Jorge.

Gina entrou na sala. “Ei, garotos. Tramando alguma coisa?” ela disse, provocadora.

“Não!” Harry respondeu alto e rápido demais, antes que pudesse controlar a si mesmo. Fred e Jorge reviraram os olhos.

“Nada, maninha”, disse Fred. “Harry estava apenas contando para a gente como a grifinória vai ganhar o torneio de quadribol esse ano.”

“É, sem dúvida, certo, Harry?” disse Jorge.

Harry assentiu, não confiando em si mesmo para dizer alguma coisa.

“Afinal, com Harry, Rony e você, como a grifinória pode perder, certo?” disse Fred.

“É, eu acho que sim...” Gina disse, olhando com suspeita para os três garotos.

“Nós temos um pressentimento de que esse será um grande ano para você, Gina”, disse Jorge, rindo para Fred.

“Yep. Em mais de um sentido”, disse Fred, olhando de relance para Harry.

“Sobre o que vocês dois malucos estão falando?” disse Gina, irritada.

“Nada, nada”, disse Jorge, dando um sorriso inocente.

“Vamos apenas dizer que estaremos assistindo o desenrolar desse ano com grande interesse”, disse Fred, com um sorriso idêntico ao de Jorge no rosto.

“N.O.M.s, quadribol... potenciais outros, hum, envolvimentos... um ano movimentado a caminho, você não diria, Fred?” disse Jorge.

“Definitivamente, Jorge. Mal posso esperar para ver como as coisas irão, como podemos dizer, se encaixar?” disse Fred.

“Eu não tenho nenhuma idéia sobre o que vocês dois estão tagarelando, e eu não tenho tempo para tentar entender”, disse Gina. “Mamãe pediu para nós trazermos tudo cá para baixo.”

Harry, por outro lado, estava prestes a morrer de vergonha. “Erm, eu acho que vou subir então”, ele disse, grato por ter uma desculpa para terminar a conversa.

À medida que ele subia as escadas, seu embaraço se transformou em irritação. Inferno sangrento, não se pode nem comprar uma vassoura por aqui, ele resmungou. Isso não significa nada. Ela apenas precisa de uma vassoura nova. Com o que Fred e Jorge pensam que estão brincando?

Algum tempo depois todos tinham colocado seus malões no andar de baixo, prontos para ir para King Cross. A Sra. Weasley perguntou para todos pelo menos mais três vezes se não tinham esquecido nada, até que o carro do ministério apareceu.

Uma grande limusine estacionou em frente à casa dos Weasley e dois homens grandes saíram do carro. Harry não conseguiu ouvir o que eles disseram para o Sr. Weasley, mas suspeitava que eles deveriam ser aurores.

Todos eles guardaram suas bagagens e animais no carro e iniciaram sua jornada para a estação. O carro era muito grande e confortável, extremamente diferente do táxi trouxa que Harry pegou em seu quarto ano.

Em pouco tempo eles chegaram a seu destino e descarregaram suas malas, preparando para entrar na estação King Cross. No exato momento em que Harry se perguntou se algum auror estaria os vigiando como no ano anterior, uma garotinha caminhou até ele e deu uma piscadela.

“E aí, Harry!” disse a garota.

“Er, Tonks?” disse Harry cautelosamente.

“Eu mesma! Quantos anos você acha que eu tenho?” disse Tonks.

“Bem, eu não sou um bom juiz, mas talvez, hm, dez? Apesar de você estar um pouco alta demais para ter dez...” disse Harry, sorrindo.

“É um novo disfarce que eu estou testando. Eu gosto de misturá-los um pouco para não acabar ficando previsível.”

Tonks olhou ao redor. “Olho-Tonto está checando a área. Ele não quer que você passe pela barreira até que ele tenha patrulhado toda a área – duas vezes”, ele disse, revirando os olhos. “Honestamente. Cuidado é uma coisa boa, mas algumas vezes aquele homem...”

Naquele momento, Olho-Tonto Moody e Remo Lupin se aproximaram do grupo. Olho-Tonto estava usando seu tapa olho por cima de seu grande olho azul.

“Olá, Moly”, ele disse, também assentindo para os adolescentes. “Eu acho que está tudo em ordem. Remo e eu checamos a área e não há nada que pareça suspeito.”

“Olá, todo mundo”, disse Lupin.

“Ei professor! Er, quero dizer, Remo”, disse Harry, contente em vê-lo.

Lupin sorriu para ele. “Olá, Harry. Você teve um bom verão?”

“Sim, foi muito bom, apesar de que será bom voltar a Hogwarts.”

A Sra. Weasley estava olhando nervosamente para o relógio. “Está bem, agora todo mundo para a barreira”, ela disse, fazendo gestos de “apressem-se” com a mão.

Cada um deles esperou até que ninguém estivesse olhando e casualmente passaram pela barreira entre a plataforma 9 e 10. Uma vez que todos já tinham atravessado, o apito de aviso soou.

“Certo então, me mandem corujas regularmente e tenham cuidado”, a Sra. Weasley disse com severidade, antes de dar um abraço em cada um como de costume.

Harry apertou a mão de todos e, por último, despediu-se de Lupin.

“Lembre-se do que eu te disse, Harry. Se você precisar de qualquer coisa...” disse Lupin.

“Eu vou me lembrar. Vou tentar mandar para você algumas cartas também”, disse Harry.

“Isso seria maravilhoso, Harry”, respondeu Lupin, com um grande sorriso.

“Erm, nós precisamos ir para a cabine dos monitores, Harry”, disse Rony nervosamente.

“Está bem. Eu vou guardar lugares para vocês então”, disse Harry, empolgado demais em ir para Hogwarts para se preocupar com tarefas de monitores.

“Nos vemos daqui a pouco”, disse Hermione, acenando.

Rony e Hermione saíram arrastando seus malões e carregando Bichento e Píchi.

“Hum, você vai se sentar com a gente Gina?” perguntou Harry. Ele não sabia se ela queria se sentar com seus amigos aquele ano, mas não queria se sentar sozinho.

“Claro”, ela disse. “Talvez eu possa até achar Neville e Luna de novo.”

“Falando nisso, eu prometi me sentar com eles. Vamos.”

Eles subiram no trem, Harry segurando Edwiges em uma mão e arrastando seu malão com a outra. Eles espiaram pelo vidro de cada compartimento, procurando por Neville e Luna. Harry notou que estava recebendo os usuais olhares e cochichos enquanto se movia pelo trem. Perguntou-se se as pessoas pelo menos não estavam pensando que ele era um louco esse ano.

Finalmente eles acharam Neville e Luna sentados sozinhos em uma cabine. Eles abriram a porta e puxaram seus malões para dentro.

“Oi, Neville! Oi, Luna!” disse Gina, alegre.

Neville estava segurando seu sapo Trevor, e, como de costume, o sapo parecia estar tentando escapar. Todos eles se cumprimentaram e começaram a contar as novidades do verão.

“Olhe para isso, Harry!” disse Neville, empolgado. Ele pegou sua varinha. “Varinha novinha da loja do Olivaras. Mal posso esperar para experimentá-la. O Sr. Olivaras disse que é uma varinha muito poderosa, e ela me escolheu!”

Luna contou a eles de sua viagem para a Suécia. “Como vocês sabem, papai e eu fomos a uma expedição para pegar Bufadores de Chifre Enrugado”

Harry lembrou-se da opinião de Hermione sobre a viagem de Luna. “Er, você conseguiu pegar algum?”

“Não”, ela disse, seus olhos estranhamente protuberantes o encarando. “Mas nós chegamos muito perto. Nossos guias até nos ensinaram como é o chamado certo.” Ela de repente colocou as mãos por cima da boca e fez um barulho alto que soava como, “CAW ICK ICK CAW SQUAWK.”

Harry piscou. “Er, é. Isso é ótimo”, ele disse, dando uma olhada para Gina. Ela estava com a mão por cima da boca, tentando reprimir o riso.

Algum tempo depois, Harry disse, “Eu acho que vou ao banheiro. Já volto.”

Ele abriu a porta da cabine e saiu andando pelo corredor. Depois de fazer o que precisava, decidiu comprar alguns aperitivos para todo mundo que estava em sua cabine. Caminhou pelo corredor novamente, procurando pelo carrinho de comida. De repente uma porta se abriu e Parvati saiu de lá de dentro.

“Harry! Como você está?” ela disse com um grande sorriso. Ela laçou o braço dela no dele possessivamente o puxou para dentro da cabine. “Nós temos algum espaço aqui! Entre e sente-se conosco!”

“Mas... eu...” Harry disse, tentando sem sucesso se soltar.

Ainda agarrada ao braço dele, Parvati o puxou para que ele se sentasse ao seu lado, sentando-se muito perto dele. Também estavam na cabine Lilá, Simas e Dino.

Harry suspirou, decidindo que não iria doer ficar por alguns minutos.

“Olá Simas, Lilá, Dino”, ele disse educadamente. Alguma coisa sobre Dino estava tentando chegar a sua consciência, mas ele não conseguia lembrar o que era.

“Oi Harry!” disse Simas, rindo. “Nós estávamos falando de você agorinha, pra dizer a verdade.”

Ótimo, Harry pensou.

“Nós escutamos sobre seu pequeno incidente no Beco Diagonal”, disse Dino. “Atacado por Comensais da Morte bem no meio da rua!”

Lilá estava olhando para ele com os olhos arregalados. “Aquilo deve ter sido tão apavorante!”

“E isso deve ter acontecido bem depois que nós conversamos! Não foi, Harry?” Parvati disse, abraçando o braço dele com um pouco mais de força.

“Espera aí...” disse Harry.

“Minha mãe quase não me deixou ir comprar minhas coisas depois que ela escutou a história”, disse Simas.

“Meu pai estava simplesmente furioso com o ministério. Imagina? Permitir que os Comensais andem por aí com seu desejo de matar a todos”, disse Lilá. “Que bom que você estava lá, Harry.”

“Não era um Comensal da Morte!” disse Harry, irritado. “Como foi que esses rumores começaram?”

“Não era?” disse Parvati. “O que aconteceu então?”

“Bom, quero dizer, eu pensei que era um Comensal... mas não era. Um auror estava me seguindo, mas eu não sabia que era um auror, e eu, bem, meio que o nocauteei”, Harry disse, embaraçado.

“Você capturou um auror?” disse Simas, parecendo apavorado e impressionado.

“Eu não exatamente capturei, eu, er...” Harry disse com a voz fraca.

“Você teve muita ajuda?” Parvati disse inocentemente.

“Er, não, não dessa vez, mas aquilo foi um pouco de sorte”, Harry disse, modesto.

“Você parece sempre ter muita sorte, colega”, disse Dino.

“Escute, você vai continuar com a A.D. esse ano?” Simas disse conspiratoriamente. Todos se inclinaram para frente para ouvir a resposta.

“É, eu espero que sim. Quero dizer, eu não falei com o Professor Dumbledore nem nada, mas eu não vejo porque não”, respondeu Harry.

“Eu espero que a gente tenha um professor de DCAT decente esse ano”, disse Dino. “Todo esse negócio está me deixando nervoso. Eu estou feliz que meus pais sejam trouxas e não saibam nada sobre isso.”

Houve um silêncio solene enquanto todos eles pensavam sobre a realidade que a A.D. representava. Harry viu sua chance.

“Bom, eu prometi pegar alguns aperitivos para os outros. Vejo vocês em Hogwarts”, Harry disse, enquanto cuidadosamente extraia seu braço dos de Parvati.

“Oh! Está bem, Harry”, disse Parvati. “Talvez eu veja você no banquete?” ele perguntou esperançosa.

“Hum, claro, eu acho que sim. Bem, vejo vocês por aí”, ele disse, dando um pequeno aceno para todos eles. Um coro de até mais o perseguiu enquanto ele saia da cabine.

Harry suspirou. Aparentemente não seria tão fácil evitar Parvati quanto ele tinha pensado.

De repente ele se lembrou porque Dino arranhava algo em sua memória. Na volta para casa no ano anterior, no trem, Gina tinha comentado com Rony, “Bom, escolhi o Dino Thomas, você diria que é melhor?” Harry fechou a cara com a memória.

Naquela hora ele não tinha pensado muito sobre isso, mas agora ele estava curioso. Ela certamente não tinha mencionado nada sobre Dino desde aquele dia no trem. Mas para que ela iria? ele pensou. Ela deve ter escrito cartas para ele por todo o verão. Resmungando para si mesmo, ele se sentiu irritado com o pensamento sobre Dino.

Harry finalmente achou o carrinho de comida na próxima cabine. Ele já estava se sentindo com fome com toda a empolgação da manhã, apesar do café da manhã gigante que a Sra. Weasley tinha preparado. Ele caminhou até o carrinho e comprou aperitivos e doces de todos os tipos para dividir com os outros.

Ele apareceu em sua cabine com uma pilha gigante de comida. Rony e Hermione aparentemente tinham terminado a reunião com os monitores chefes já que estavam sentados com Gina, Luna e Neville.

“Sirvam-se, se alguém quiser qualquer coisa”, disse Harry. Todos eles atacaram os aperitivos entusiasmadamente.

Gina sorriu para ele, fazendo com que Harry pensasse de novo em Dino. Ele balançou a cabeça afastando os pensamentos, se perguntando porque estava pensando tanto no assunto.

Rony pegou seu tabuleiro de xadrez. “Que tal um jogo, Harry?”

“Está bem”, Harry disse, enquanto começava a ajudar Rony a colocar as peças nos lugares.

Rony abriu um de Sapo de Chocolate, o sapo contorcendo-se em sua mão antes que ele colocasse tudo na boca. “Whoa, figurinha nova... Eu nunca vi essa antes. Oh, oh.” Ele relanceou os olhos em Harry, preocupado.

Hermione levantou a cabeça e olhou para Rony, ainda mastigando seu próprio aperitivo. “Qual o problema?”

Rony passou a figurinha para Hermione. A expressão dela murchou, olhando para o cartão. “Erm... Harry? Acho que você gostaria de ver isso.”

Harry pegou a figurinha e ficou horrorizado em ver a si mesmo sorrindo de volta, com sua Firebolt do lado. A figurinha-Harry piscou para ele. Ele virou o cartão e começou a ler:

HARRY POTTER
ATUAL ALUNO DO SEXTO ANO EM HOGWARTS

Primeiramente famoso por derrotar Você-sabe-quem quando bebê, o Sr. Potter alcançou recente notoriedade por sobreviver a vários outros encontros com o Lorde das Trevas.O último deles foi um descarado ataque no Ministério da Magia. Muitos bruxos importantes esperam grandes coisas desse jovem. O Sr. Potter foi o apanhador mais novo em mais de um século em Hogwarts, e joga pela casa da Grifinória.

“Ótimo. Realmente ótimo. Exatamente o que eu precisava”, ele disse com raiva. “Eles não precisam de uma permissão minha para fazer uma figurinha sobre mim?”

“Bom, esse é o jeito que as coisas funcionariam no mundo dos trouxas, mas eu acho que não aqui, Harry”, disse Hermione.

“Deixa eu ver”, disse Gina, tomando o cartão de Harry. Ela olhou criticamente para a foto e depois riu.

“O que é tão engraçado?” disse Harry, irritado.

“Ah, eu só estava pensando em qual será a reação do Malfoy quando ele ouvir falar sobre a figurinha. Você sabe que ele vai tentar te irritar com isso, Harry, mas por dentro ele vai estar fervilhando.”

“É...” disse Rony com um grande sorriso. “Eu sei que você odeia isso amigo, mas você tem que admitir que o Malfoy quase faz valer a pena.”

Harry não conseguiu deixar de sorrir. “Bem, talvez. Eu ainda preferiria que eles não tivessem feito isso.”

Luna tinha pegado o cartão das mãos de Gina. “Essa foto é muito melhor do que a que saiu n’O Pasquim”, ela disse. “Quem tirou essa?”

Harry ficou curioso. “Sabe, essa é uma boa pergunta. Parece que foi tirada durante um jogo de quadribol, mas eu não me lembro de nenhum fotógrafo. Deixa eu ver a figurinha de novo.”

Harry pegou o cartão de volta e deu uma outra olhada na foto. A foto-Harry fez sinal de ‘beleza’ para ele. Olhando mais perto no cantinho de baixo da figurinha, ele viu alguma coisa pequenininha escrita. Aproximando o cartão ao olho, ele mal pode distinguir o escrito, “Crédito da foto: Colin Creevey, Hogwarts.”

“Creevey!” Harry cuspiu o nome do garoto, enquanto jogava a figurinha no chão. “Gravem minhas palavras, ele vai pagar por isso.”

Abruptamente Malfoy abriu a porta da cabine. Crabbe e Goyle estavam juntos com ele, parecendo maiores, mais malvados e mais burros que nunca.

“Outro ano, Potter. Outro ano.” Ele espiou a figurinha, agora na mão de Neville, que a tinha pegado do chão.

“O que é isso, Longbottom? Vejo que você tem a figurinha do seu grande herói, Potter. Ele está distribuindo elas para as pessoas? Ele autografou em pessoa pra você?”

Neville o encarou. “Você só está com inveja, Malfoy! Você sabe que não tem nenhuma chance de estar numa figurinha dos Sapos de Chocolate!” Todos olharam com surpresa para o menino.

Rony olhou para ele com as sobrancelhas levantadas, e depois deu um sorriso afetado para Malfoy. “É, Malfoy, talvez um dia eles criem uma linha de figurinhas ‘Grandes Idiotas’, e você será a figurinha número um.”

“Eles permitiram que você voltasse para Hogwarts, Longbottom? Eu achava que um estudante precisava passar em pelo menos um N.O.M.”, disse Malfoy maldosamente. Crabbe e Goyle desviaram o olhar nervosamente.

“Por que você está voltando para Hogwarts, ein, Malfoy? Sua inscrição para mini Comensal da Morte foi rejeitada?” disse Rony. A cabine explodiu em risos.

Malfoy o encarou. “Como você foi parar em Hogwarts, Weasley? Eu suponho que o seu ensino venha do Fundo de Caridade de Hogwarts.” Rony apertou os punhos.

“Fale logo o que você está querendo aqui, Malfoy”, disse Hermione, cansada.

Malfoy olhou com desprezo para Hermione. “Vendo como vocês todos são, bem, desligados do resto do mundo, eu suponho que vocês ainda não tenham sido informados de quem é o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas”, Malfoy falou lentamente, sua face contorcendo-se em um sorriso irônico.

Harry conhecia aquele olhar na cara de Malfoy. Isso não poderia significar nada de bom.

“Está bem, Malfoy. Obviamente você sabe de alguma coisa, e gosta do que quer que seja isso. Desembucha”, disse Harry, irritado.

“Você quer dizer, você quer alguma coisa vindo de mim, Potter? O grande Potter não tem modos? Você não pode pedir educadamente?” zombou Malfoy.

“Certo, Malfoy, como você quiser. Não conte para nós então. Nós vamos descobrir rápido o suficiente”, disse Harry, olhando de volta para o tabuleiro de xadrez. Ele sabia que o que quer que fosse, Malfoy estava morto de vontade de contar a eles. Ele só tinha que esperar que ele abrisse a boca.

Malfoy pareceu ficar irritado por ter sido ignorado, mas rapidamente seu prazer com as novas notícias retornou. “Ah, Potter, esse vai ser um ano glorioso, você não acha? Tantas oportunidades para aprender. E aulas de Defesa são bastante cruciais para o treinamento dos aurores, você não diria?”

Harry levantou a cabeça ao ouvir isso. “O que você quer dizer com isso?”

“Só que as notas nas aulas de Defesa são cruciais para ser aceito na academia de aurores. Claro, o que mais o ilustre e nobre Potter escolheria para carreira, a não ser se tornar um auror?”

“Tenho certeza que você sabe que as minhas notas em Defesa estão entre as melhores da escola”, Harry disse, ficando cada vez mais bravo.

“Ah, mas talvez não esse ano, Potter.”

“Estou cansado desse jogo, Malfoy”, Harry voltou a olhar para o tabuleiro de xadrez.

“Está bem, Potter. Eu poderia dizer que já me diverti o suficiente, mas minha diversão está só começando. Você quer saber que é o novo professor, eh?” disse Malfoy, claramente saboreando o momento. Harry continuou olhando para o tabuleiro, mas sem realmente ver as peças.

Malfoy deu uma longa e dramática pausa. “Sabe, o novo professor é nada mais nada menos que Severo Snape.” A cara de Malfoy contorceu-se em um sorriso satisfeito.

O choque na cabine foi tudo que Malfoy esperava e um pouco mais. A boca de Harry se abria e fechava silenciosamente, como um peixe, numa completa perda de palavras. Rony estava passando os dedos por entre seus cabelos, dando a si mesmo uma aparência selvagem. O cérebro de Hermione parecia ter parado pela primeira vez e seus olhos pareceram estar um pouco opacos. Gina parecia estar realmente com raiva e Neville parecia horrorizado. Só Luna parecia não se importar com as notícias.

“Você está mentindo!” disse Harry impulsivamente.

“Sei que você gostaria que eu estivesse, Potter. Eu suponho que seus dias de tratamento especial nas aulas de Defesa se acabaram. Nós todos sabemos que você sempre teve regalias, até mesmo nos N.O.M.s, pelo que eu ouvi falar”, Malfoy disse de forma malévola. “Eu tenho certeza de que o Professor Snape vai por um fim nisso. Melhor treinar seus feitiços de faxina. Talvez eu tenha um trabalho pra você em minha mansão depois de Hogwarts.”

A temperatura de Harry estava subindo rapidamente. “Sua mansão, Malfoy? Esse é um nome engraçado para Azkaban, que é onde você provavelmente vai parar depois de Hogwarts – junto com o pútrido do seu pai.”

A expressão de Malfoy tornou-se tão fria como gelo. “Eu tomaria cuidado com o que falo se fosse você, Potter. Os ventos estão mudando, e você poderá ouvir algumas notícias sobre isso em pouco tempo.” Ele deu um sorriso cruel. “Sim, melhor você ter cuidado, ou talvez você possa ser sacrificado como certos outros cachorros pulguentos.”

Com isso Harry explodiu. Ele levantou-se como um raio de seu lugar totalmente enraivecido e sacou sua varinha.

“Harry, não!” disseram Hermione e Gina juntas. Cada uma delas segurou um braço de Harry e o puxou para trás.

Rony as seguiu um milésimo de segundo depois, sacando sua varinha, pronto para defender Harry. Os outros também se levantaram. Malfoy deu um passo para trás, seu rosto mostrando a preocupação de que talvez ele tivesse irritado Harry além da conta.

Gina também puxou sua varinha e encarou Malfoy com um olhar gelado. Ela girou a varinha em seus dedos. “Aparentemente você não aprendeu nada no ano passado, Malfoy. Precisa de um pequeno lembrete?”

De repente o vidro da porta da cabine atrás de Malfoy se estilhaçou, fazendo barulho ao bater no chão. Malfoy pulou para trás, olhando ao redor suspeitosamente.

“Quem fez isso?” ele demandou.

Harry lutou para se colocar sob controle. Ele tinha uma boa idéia de como o vidro tinha se estilhaçado, mas certamente não precisava de mais nenhum incidente antes de chegar à escola.

Tentando distrair o foco do vidro, Harry disse, “É, Malfoy, eu ouvi falar que a Gina acertou você com um excelente feitiço contra bicho-papão no ano passado. Eu só queria ter visto isso. Eu aposto que seu pai ficou muito orgulhoso de uma garota Weasley ter feito você de bobo. Tenho certeza de que o velho Voldemort estava doido para colocar você em algum alto posto de seu exército.”

Malfoy parecia prestes a pegar sua própria varinha, mas deu um jeito de controlar a si mesmo. “Ria agora, Potter. Você pode não ter muitas risadas sobrando.” Ele olhou para Crabbe e Goyle. “Vamos sair daqui.”

Malfoy saiu da cabine olhando para o vidro quebrado.

Hermione foi até a porta, fez um movimento com a varinha e disse “Reparo!” O vidro pareceu quebrar em reverso enquanto reparava a si mesmo. “Bem, isso foi estranho...” ela murmurou. Tentou fechar a porta, mas ela não parecia se encaixar muito corretamente. Ela deu um puxão forte e a porta finalmente se fechou. Harry notou que a grossa moldura de metal da porta parecia estar torta.

A porta se tornou um assunto trivial quando Harry se lembrou da razão da visita de Malfoy. Ele enterrou o rosto nas mãos. “Ah, inferno sangrento. Snape não. Como Dumbledore pode fazer isso?”

De repente Harry guardou sua varinha e a expressão em seu rosto mudou para uma determinada. “Bem, eu vou dizer uma coisa agora mesmo. Snape pode ser bom em poções como eu nunca serei, mas ele não vai ficar me atacando e insultando na aula de Defesa.”

“Sabe, Harry, isso tudo pode ter um lado bom”, disse Hermione pensativamente. “Sem Snape em Poções significa que nós vamos ter um novo professor. Um que pode não se importar em permitir em sua classe alunos que tiraram ‘E’ no N.O.M. de poções.”

O queixo de Harry caiu. “Você está certa! Quem quer que seja o novo professor de Poções não pode ser tão ruim quanto Snape. Gostaria se saber que será...” Harry de repente sentiu-se melhor do que tinha se sentido em um bom tempo, Snape sendo professor de DCAT ou não.

“Tenho certeza de que Dumbledore achou alguém competente para ficar no lugar de Snape”, disse Hermione.

“É! Poções não tem a mesma fama em Hogwarts de que o cargo está amaldiçoado como a posição de professor de Defesa”, disse Rony, rindo.

À medida que as coisas na cabine voltavam ao normal, Harry começou a pensar sobre o vidro estilhaçado e a porta entortada. Ele sempre tinha tido incidentes com magia acidental, mas eles estavam muito mais freqüentes esse verão do que nunca antes, e a sensação estava – diferente. Ele dificilmente tinha sentido algo nos anos anteriores, mas agora estava sentindo alguma coisa muito mais forte, como se estivesse saindo uma explosão de dentro de si. Ele estava esperando que os incidentes diminuíssem uma vez que ele pudesse usar magia regularmente novamente em Hogwarts. Esse pareceu ter sido o caso antes.

Ele se perguntou brevemente se deveria contar para Dumbledore sobre os tantos incidentes pouco comuns, mas desistiu da idéia. Não era como se ele não tivesse tido outros incidentes antes. Eles só estavam mais freqüentes agora. Pelo que ele sabia, aquilo era perfeitamente normal.

O resto da viagem foi tranqüila enquanto eles conversavam e jogavam alguma coisa. Quando começaram a chegar perto de Hogwarts, Harry olhou para fora da janela tentando enxergar o castelo. Ele sabia que estavam chegando perto, mas a chuva começou a bater na janela, fazendo com que ficasse difícil de ver qualquer coisa.

“É melhor nós nos trocarmos”, Hermione disse rapidamente, dando uma olhada para Rony. Ele suspirou e obedientemente começou a procurar por seu uniforme. Todos os outros seguiram Rony procurando por seus próprios uniformes e se vestiram.

Finalmente o trem começou a diminuir de velocidade e Harry pode ouvir todos os estudantes fazendo barulho enquanto juntavam suas coisas.

“Vemos você mais tarde, amigo. Nós precisamos ir juntar o rebanho”, disse Rony, rindo. Hermione o encarou com um olhar fulminante. Rony abriu a porta torta com dificuldade, jogando seu peso sobre ela para que conseguisse abri-la. Ele olhou curiosamente para a porta e depois para Harry, e então saiu com Hermione.

Harry juntou suas coisas e guiou Gina, Neville e Luna para fora do trem.

“Alunos do primeiro ano por aqui! Primeiro ano por aqui!” gritou uma voz familiar.

“Hagrid! Aqui!” gritou Harry, acenando com os braços.

“E aí, Harry! Vejo você no banquete!” Hagrid gritou de volta.

Harry estava extremamente feliz de ver Hagrid, que tinha estado ausente por todo o ano anterior, de volta a seu cargo usual.

Eles tentaram ficar perto um do outro enquanto passavam pelo empurra-empurra da multidão enquanto deixavam a plataforma. A noite estava um pouco fria enquanto ele andava pelo caminho que o levaria até as carruagens com Gina ao seu lado, e Neville e Luna os seguindo de perto. Gina estava carregando Bichento e ele estava com Píchi.

“Eu me pergunto, como o novo professor de Poções deve ser?” Gina disse com curiosidade.

“Não sei”, Harry respondeu. “Mas não pode ser pior que Snape.”

“Melhor bater em alguma madeira, Harry”, Gina disse com uma risada. “Levando em consideração quem nós tivemos por professor de Defesa no ano passado, eu diria que é possível ser pior. Talvez seja um trasgo dessa vez.”

Harry riu. “É, ou talvez um vampiro. Ele provavelmente ia fazer com que a gente produzisse poções de sangue toda hora, e eu já dei sangue o suficiente para a Umbridge no ano passado.”

Gina soltou uma gargalhada. Harry sentiu-se extremamente satisfeito por tê-la feito rir.

“Hmm. Talvez você esteja certa”, disse Harry. “Melhor não tentar o destino, não é?”

Sorrindo, Harry foi até uma árvore e bateu na madeira.



N/A: Ei gente!! Finalmente o cap. 9 está aí... Demorei um pouco pelos motivos que já tinha dito antes, mas finalmente estou de férias!! =]] Bom demais né não? E isso significa que vou ter bastaaantee tempo pra traduzir agora, e que possivelmente os caps vão sair mais rapidamente...

Esses primeiros capítulos da fic são mto bons, mas são mais parados tb.. Mas agora a fic vai começar a ficar mais movimentada.. Os capítulos que eu mais gosto começam a partir do 12, então daqui a pouquinho vcs vão ter eles por aí e vão poder me dizer se concordam comigo..

Queria dizer que eu aaadooreiii todos os comentários que vcs fizeram!! Fiquei mtoo feliz com eles e animada pra traduzir tb.. Tentei traduzir durante a semana das minhas provas, mas acabei não tendo tempo o suficiente pra terminar..

Então é isso.. Continuem comentando, afinal, qnto mais comentários, mais animada eu fico e mais rápido sai o capítulo!!

Até mais!!

=**

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