Garotas, duendes e fugas



Capítulo 7 – Garotas, duendes e fugas – Parte 1

Harry estava sentado à mesa tomando seu café junto com Rony, Hermione e Gina. A Sra. Weasley tinha feito mais uma enorme pilha de comida e agora estava no andar de cima arrumando a casa. Harry mal podia acreditar no tanto que estava comendo ultimamente. Quando chegou à casa dos Weasleys, suas costelas apareciam quando tirava a camisa, mas desde então ele parecia ter ganhado bastante peso.

Mas seu apetite ainda não era grande o bastante para competir com o de Rony. Ele assistiu com fascinação Rony amontoando outra pilha de comida em seu prato. Perguntou-se divertido para onde exatamente toda aquela comida ia. Hermione pareceu também ter notado tudo isso já que encarava Rony com um olhar de desaprovação.

“Por Merlin, Rony, você nunca para de comer?” ela perguntou.

Gina sorriu. “Desista, Hermione. Ele sempre foi assim.”

Rony pegou uma generosa quantidade de ovos mexidos e colocou na boca com vontade. Gina fez uma pausa, parecendo estar esperando que ele mordesse a isca e depois falou rindo, “A futura esposa dele tem que ser capaz de mantê-lo bem alimentado.”

Rony engasgou-se com a comida e olhou furiosamente para Gina.

Enquanto ele começava a responder, uma coruja entrou voando pela janela e deixou cair algumas cartas em cima da mesa. Viram o selo do ministério nos envelopes de aparência oficial e Harry sentiu um calafrio quando percebeu o que tinha chegado.

Tendo esquecido a resposta que estava dando a Gina, Rony olhou com medo para as cartas. Sua voz ficava cada vez mais baixa enquanto perguntava, “Essas são...?”

“Oooooh! Nossos resultados dos N.O.M.s!” Hermione disse excitada.

Ela agarrou seu envelope e o abriu avidamente. Leu rapidamente a carta e murchou. “Ah, não!” ela disse com horror.

“O quê?” perguntaram Harry e Rony juntos.

“Quantos N.O.M.s você conseguiu?” perguntou Gina.

“Ah, bem...” disse Hermione, envergonhada.

“Quantos?” Rony perguntou.

“Er, treze”, ela disse enquanto virava o rosto e corava.

“Treze?! Como foi que você conseguiu treze? Você não tinha tantas matérias assim!” disse Rony aos berros.

“Hm, bem, eu fiz alguns cursos de estudo independente.”, disse Hermione.

“Você nunca nos disse isso!” disse Rony, um pouco irritado.

“Depois do que aconteceu no terceiro ano recebi permissão para estudar por mim mesma algumas matérias sem ter que assistir nenhuma aula. Então eu fui capaz de fazer um uso mais eficiente do meu tempo. Eu também fiz estudos extras durante as férias. Eu não sabia como iria, então eu não contei a ninguém, para o caso de eu, bem, falhar.”

“O que há de errado então?” Gina perguntou.

“Ah, isso.” Hermione corou ainda mais. “Você lembra da prova de História da Magia que foi interrompida no ano passado? Eu não consegui terminar, muito menos voltar e checar minhas respostas. Então minha nota foi, uh, um pouco mais baixa do que eu esperava.”

“Deixe-me ver a sua carta!” disse Rony suspeitosamente, enquanto estendia a mão e arrancava o pergaminho das mãos dela.

“Parabéns, Hermione. Você merece”, disse Harry, sorrindo. Hermione lhe devolveu um sorriso de alegria.

Rony parecia intimidado. “Você conseguiu ‘O’ em todas as matérias! Bem, exceto pela que você conseguiu apenas um ‘E’”, ele falou abafando o riso. “Espere até Percy com seus doze míseros N.O.M.s ouvir isso. Eu tenho que falar com Fred e Jorge... eles com certeza vão querer saber disso.”

“Certo, Rony, e quanto aos seus?” Gina disse com um sorriso.

Rony olhou para sua carta em cima da mesa como se ela fosse explodir em sua cara se ele a abrisse. “Eu-eu não posso.” Ele agarrou a carta e entregou-a para Gina. “Aqui, você abre.”

“Honestamente, Rony. Você é ou não é um grifinório?” Ela abriu o envelope e tirou de lá um pergaminho com aspecto oficial. Demorou um tempo lendo-a, sem demonstrar nada em sua expressão.

“Bem?” disse Rony, exasperado.

Gina olhou para seu irmão com uma cara triste. “Sinto muito, Rony”, ela disse enquanto dava um tapinha no ombro dele. Rony pareceu ter sido golpeado.

“Hermione ganhou de você. Apenas oito N.O.M.s”, ela disse começando a rir.

“Oito?” disse ele, como se não estivesse conseguindo registrar direito o número.

“Oh Rony! Estou tão orgulhosa de você!” Hermione disse. Ela deu um pulo na cadeira e o abraçou forte.

“Oito N.O.M.s?” Ele arrancou a carta de volta das mãos de Gina e deslizou os olhos por ela rapidamente. “Eu passei em Poções!”

Ele virou-se para Hermione. “Obrigado, obrigado, obrigado”, disse ele com sinceridade. “Eu não teria conseguido tudo isso sem a sua ajuda.” Hermione corou com o agradecimento e Rony parecia desconfortável ao ter percebido sua explosão emocional.

“Parabéns, Rony”, disse Harry, rindo.

Rony limpou a garganta. “Bem, Harry, e você, como foi?”

Harry respirou fundo e pegou sua carta. Abriu-a e começou a ler. Sentiu uma sensação de afogamento enquanto lia o conteúdo.

“Qual o problema? Quantos você conseguiu?” disse Gina.

“Ah, hm, nove, eu acho.”

“Isso é ótimo, amigo! Parabéns!” disse Rony com entusiasmo.

“É, Harry! Isso é maravilhoso!” disse Gina.

“Qual o problema, Harry? Esses resultados são fantásticos!” disse Hermione.

Harry passou sua carta para ela. Hermione leu-a, e pareceu angustiada quando percebeu qual era o problema. “Oh, Harry, um ‘E’ em Poções, mas...”

“McGonagall disse que Snape só aceita alunos que tiraram Ótimo em sua turma para os N.I.E.M.s, e para ser um auror eu preciso estar na classe avançada de Poções”, disse Harry, seu rosto uma máscara.

“Eu aposto que se você falar com McGonagall ou Dumbledore eles fariam com que Snape aceitasse você!” disse Rony.

“Não”, disse Harry vigorosamente.

“Mas Harry, você precisa de Poções! E se Snape não fosse um professor tão ruim você teria recebido um ‘O’!” disse Hermione.

“Não! Está feito!” disse Harry, bravo.

“Mas por quê? Harry, se alguém no mundo deveria ser auror, esse alguém é você!” disse Hermione calorosamente.

“Pára!” Harry gritou, perdendo a paciência. “Eu não vou falar com McGonagall nem Dumbledore coisa nenhuma! Eu estraguei tudo, não mereço estar na classe!” Harry se levantou, batendo a cadeira no chão. “Deixa pra lá!” E saiu pisando duro da cozinha.

Entrou na sala de estar e desmoronou em uma cadeira. Já se sentia culpado por ter gritado com Rony e Hermione. Não tinha nem certeza do porque de ter ficado tão bravo. Enterrou o rosto nas mãos, lágrimas ameaçando encher seus olhos. Impediu que isso acontecesse, lutando pelo controle sobre si mesmo. A memória de McGonagall na reunião sobre sua carreira voltou à sua mente.

“Potter, eu vou ajudá-lo a se tornar auror nem que seja a última coisa que eu faça!” ela tinha dito.

Harry sentiu uma vergonha profunda, pensando que a tinha decepcionado. Qual outra carreira ele poderia seguir? Ele não tinha idéia. Se tornar um auror era a única coisa em que tinha pensado. Talvez pudesse falar com McGonagall ou Dumbledore sobre Snape, mas sentia uma aversão profunda à idéia toda.

Rony e Hermione vieram da cozinha, parecendo preocupados e arrependidos. “Harry, me desculpe. Eu não devia ter insistido tanto naquilo”, disse Hermione.

“É... Desculpe amigo”, disse Rony.

“Tenho certeza que tudo vai dar certo de algum jeito. Você merece ser um auror. Você ouviu Tonks – ela disse que você era um auror não oficial de qualquer jeito”, Hermione continuou.

“Desculpe-me também”, disse Harry. “Eu não deveria ter gritado com vocês. Eu acho que foi o desapontamento.”

“Que tal a gente terminar o café da manhã?” Rony disse, tentando restaurar a normalidade. Hermione o encarou com um olhar de suspeita, mas não disse nada.

“Num minuto. Eu só quero – pensar. Vou voltar em alguns minutos”, disse Harry.

“Tudo bem, Harry. O que você preferir.” Rony falou e voltou para a cozinha.

Hermione esperou um pouco e disse, “Harry, eu devia ter percebido que você não iria querer nenhum tratamento especial depois de toda a atenção que você já tem, especialmente com Snape que já te acusa disso o tempo todo.”

“Obrigado, Hermione, por entender”, disse ele, grato. Ela estava certa. Tinha conseguido entender exatamente o que ele estava sentindo, e de algum jeito ouvir aquilo fez com que fosse um pouco mais fácil de lidar com tudo.

Hermione sorriu para ele. “Bem, não me agredeça, agradeça à Gina. Ela explicou isso pra mim e pro Rony depois que você saiu.”

“Gina?”

“Você sabe, ela te entende muito bem, Harry”, Hermione disse isso e voltou para a cozinha.

Harry sentou-se próximo a uma janela, olhando para o brilhante sol da manhã sem realmente ver nada. Refletia sobre seu futuro e sobre como alguém poderia conhecê-lo tão bem assim.

***

“Vamos logo todos vocês! O carro do ministério vai estar aqui em qualquer minuto para nos levar ao Beco Diagonal!” A Sra. Weasley gritou escada acima.

Gina suspirou enquanto se arrumava. A carta de Hogwarts deles tinha chegado alguns dias antes com as listas dos livros. Como esperado, Rony e Hermione eram monitores de novo esse ano. A mãe dela tinha esperado que ela talvez se tornasse monitora também, mas nenhum distintivo tinha vindo junto com sua carta.

“Mãe, não é nada demais. Eu não estava esperando isso. Minhas notas são decentes, mas eu não sou o tipo de pessoa que vira monitor”, Gina tinha dito.

“Influência demais de Fred e de Jorge! Se você tivesse seguido o exemplo dos seus outros irmãos... até mesmo o de Rony...” A Sra. Weasley disse. Gina revirou os olhos.

Harry tinha tentado agir como se estivesse desinteressado se ela tinha ou não se tornado monitora, mas ela suspeitava que ele estivesse feliz secretamente. Com seus dois melhores amigos sendo monitores seria difícil para ele se mais um de seus amigos também se tornasse um e ele não. Eu vou ter que fazer companhia para ele no trem de novo esse ano, pensou.

Hermione estava ocupada arrumando algumas coisas para levar consigo.

“Pronta para ir?” Gina perguntou.

“Sim. Vamos achar os garotos”, Hermione respondeu.

Harry e Rony já estavam esperando no andar de baixo. Alguns minutos depois um carro do ministério chegou e todos eles entraram nele junto com a Sra. Weasley.

“Será que eles vão deixar a gente viajar com pó de flu de novo um dia?” Rony perguntou, irritado.

“Rony!” Hermione lançou-lhe um olhar fulminante, indicando Harry com os olhos. Harry apenas suspirou. Gina pensou que ele provavelmente estava cansado de fazer com que todo mundo tivesse que tomar precauções especiais.

A Sra. Weasley, como Hermione, também lançou a Rony um daqueles olhares. “Eu fiquei sabendo que eles estão trabalhando em alguns canais de segurança via flu para fazer com que seja mais difícil para Você-sabe-quem atacar.” Depois ela virou-se para Harry, “Você sabe, querido, não somos só nós que estamos tomando precauções. Muitas pessoas no ministério tem que tomar medidas especiais.”

Harry assentiu de mal-humor. Não parecia que aquelas notícias o tinham feito relaxar.

Rapidamente eles chegaram ao Caldeirão Furado. A Sra. Weasley contou os tijolos e depois ativou a entrada. Os tijolos saíram de seus lugares, dando acesso à rua.

Gina sempre adorou o Beco Diagonal. Ele tinha uma variação fenomenal de itens a venda. Claro, a família dela nunca teve muito dinheiro, então ela não podia comprar coisas novas na maioria das vezes. No entanto, ela sempre gostou de passear pelas lojas.

Eles caminharam pela rua até chegar um uma larga fonte. “Mãe, que tal a gente se encontrar de novo depois nessa fonte? Você não tem umas coisas pra resolver?” Gina disse.

A Sra. Weasley parecia não ter certeza de que deveria aceitar aquilo. “Bem, eu tenho, mas...”

“Nós vamos ficar bem! Você não disse que o Beco Diagonal tem segurança reforçada hoje em dia? Nós nos separamos e vamos comprar nossas coisas, talvez a gente coma alguma coisa, andamos por aí um pouquinho olhando as vitrines e depois nos encontramos aqui novamente. Ficaremos bem! Ninguém vai nos atacar com todas essas pessoas por perto”, disse Gina de forma persuasiva.

“Eu suponho que nós pudéssemos nos encontrar aqui depois...” Disse a Sra. Weasley, relutante. “Mas me prometam que não arrumar confusão! Hermione, cuide deles para mim, está bem?”

Hermione assumiu um olhar de oficial. “Vou mantê-los fora de confusões, Sra. Weasley.”

“Certo então, nos encontramos aqui às duas horas então?”

“Por mim tudo bem. Obrigada mamãe”, disse Gina, sorrindo de alegria.

A Sra. Weasley abriu sua bolsa. “Aqui está algum dinheiro para seus livros e para o almoço. Lembrem-se da promessa. Fiquem fora de confusões!” disse a Sra. Weasley com severidade, antes de sair andando.

“Gina. Isso foi brilhante! Eu nunca pensei que nós seriamos capazes de convencê-la a nos deixar andar por aí sozinhos”, disse Rony, entusiasmado. “O que nós vamos fazer primeiro? Vocês sabem, eu escutei sobre um pub em que eles não conferem as nossas idades...”

“Rony!” disse Hermione autoritariamente. “Você ouviu sua mãe. Nós temos que ficar fora de confusões. Devíamos ir comprar nossos livros!”

Rony murchou. “Mas Hermione! Você não levou minha mãe a sério, levou?” ele perguntou e depois imitou o tom de sua mãe. “Hermione, cuide deles para mim, está bem?”

“Rony! Você quer arrumar confusão? E nós temos os livros para comprar”, Hermione disse fervorosamente.

A discussão continuava no momento em que Gina deu uma olhada para Harry. Ele parecia já ter se acostumado com aquilo depois de cinco anos de convivência. Ela sorriu para ele e ele sorriu de volta.

E então Harry começou a falar, “Olha Rony, por que a gente não compra os livros de uma vez e tira isso do caminho? Depois estaremos livres para fazer o que quisermos e não teremos que correr no final.”

Hermione lançou a Rony um olhar superior, mas não disse nada.

Rony concordou com raiva. “Está bem, amigo. Talvez você esteja certo. A livraria fica no caminho para o pub de qualquer jeito.” Hermione revirou os olhos e Gina abafou o riso.

Eles caminharam até a livraria. O lugar estava lotado de estudantes comprando seus livros para o novo ano. Gina reconheceu alguns colegas que estavam no mesmo ano que ela.

“Eu ouvi falar que a nova edição de Qual vassoura? já saiu. Eu acho que vou dar uma olhada”, Rony disse e saiu andando até a seção de Quadribol.

“Certo. Eu acho que vou começar com a seção de Defesa”, disse Harry.

“Eu tenho que comprar meus livros do quinto ano, então eu vejo vocês daqui a alguns minutos”, disse Gina.

Hermione acenou para os outros e saiu andando até a seção de Poções.

Gina caminhou até a seção de Estudos Padrões, que continha livros didáticos para os alunos de pré-N.O.M.s. Ela tinha acabado de achar o Livro Padrão de Feitiços, quinta série quando viu um livro de outra seção que tinha sido deixado lá: um livro bastante familiar sobre o qual ela tinha brincado durante o verão.

Ha! Falando do demônio, Gina pensou. Ela sentiu um extinto provocante a invadindo e deu uma espiada em Harry. Pegou o livro e casualmente caminhou até ele. Harry estava ocupado folheando um livro quando a notou vindo em sua direção. Gina lutou para manter o sorriso fora do rosto mas só teve um pouco de sucesso. Harry pareceu ter notado.

“E aí, Gina?” ele perguntou com suspeita.

“Ah, nada. Só queria saber o que você acha deste livro.” Ela entregou a ele o livro.

Ele leu o titulo do livro e corou furiosamente. Era O Guia do Namoro para Jovens Bruxos. “Uh, uh, o que?” Harry disse, atônito e incapaz de formular nada mais para dizer.

Gina deu um jeito de manter o rosto sem nenhum vestígio de riso, enquanto olhava diretamente nos olhos dele. “O que você acha?”

“Bem, parece – informativo, eu acho”, Harry disse, sem conseguir continuar olhando para o livro.

“Eu ouvi falar que é muito informativo para os jovens bruxos. Aqui, dê uma olhada.” Gina estendeu a mão e abriu o livro em uma página qualquer. “Leia e me diga!”

As mãos de Harry tremeram levemente enquanto ele baixava os olhos para a página do livro. O título do capítulo era “Como saber quando a bruxa está pronta para ser beijada.

A boca de Harry parecia não conseguir mais trabalhar, então Gina postou-se ao lado dele e começou a ler.

“Hmm. Vamos ver. Isso é interessante. ‘Muitas bruxas irão mandar súbitos sinais. Por exemplo, elas podem ficar ao seu lado ou se sentar um pouco mais perto do que o normal, tocar o seu braço ou falar em voz mais baixa’”, Gina leu. Depois olhou de relance para Harry, que estava de boca aberta em choque.

Gina continuou a ler. “Oh, escute isso! ‘Para mais informações, por favor leia o guia passo a passo sobre como flertar.’ Isso parece interessante. O que você acha da gente dar uma olhada nesses passos?” Gina perguntou inocentemente.

“Não!” Harry fechou o livro rapidamente, como se o objeto estivesse prestes a atacá-lo. “Não, uh, está tudo bem, eu... uh...”

Ele é quase fácil demais, ela pensou. Gina decidiu ter alguma piedade dele. “Eu estava pensando em comprá-lo para o Rony. Você sabe, para ele saber o que fazer com a Hermione.” Finalmente ela não agüentou mais e começou a gargalhar alto.

Harry murchou e soltou um gemido quando percebeu que tinha caído como um patinho na brincadeira dela. “Você é muito cruel, Srta. Weasley. O que você acha deu ir buscar o Guia para jovens bruxas para você dar uma lidinha?”

Ela sorriu para ele de maneira desafiante. “Harry, eu gostaria de ver você ir até a seção das bruxas adolescentes, encontrar o livro e carregá-lo até aqui. Faça isso e eu leio o que você quiser.”

Harry sabia que tinha sido derrotado. De novo. “Será que algum dia eu vou ganhar em alguma coisa contra você?” ele perguntou desamparadamente.

“Nops”, ela disse com uma risada.

“Mas já que você mencionou, seria bastante engraçado comprar esse livro para o Rony...” Harry disse sorrindo. Seu dedo esfregava sua bochecha pensativamente.

“Harry!” Uma voz alta e feminina o chamou do outro lado da livraria.

Virando-se, Harry viu Parvati Patil caminhando até ele. Ela parecia muito bonita em um traje amarelo brilhante que serviam confortavelmente a ela, acentuando suas curvas. Seus cabelos longos e escuros caiam livremente sobre seus ombros com apenas uma pequena parte presa com um grampo de cabelo no formato de flor que combinava com sua roupa. Os olhos de Harry olharam-na de cima abaixo.

“É tão bom ver você!” ela disse.

“Olá, Parvati”, Harry disse educadamente. De repente percebendo que estava segurando um livro bastante comprometedor, ele rapidamente o escondeu em suas costas.

“Oh, olá, uh, Gina?” Parvati parecia repentinamente ter notado a presença dela. “Você é a irmãzinha mais nova do Rony, certo?”

Gina sentiu sua irritação crescer. “Sim. Olá, Parvati.”

Virando-se para Harry, Parvati falou com voz baixa, “Como estão indo as coisas nesse verão, Harry? Claro, todos nós ouvimos sobre o que aconteceu no ministério. Você foi tão corajoso.

Harry inquietou-se. “Hm, está tudo bem, obrigado. Não foi nada na verdade, eu tive muita ajuda...”

“Talvez”, ela sorriu timidamente para ele.

Gina sentiu sua irritação crescer ainda mais.

Parvati deu mais um passo ficando ainda mais perto de Harry o que o fez engolir em seco. “Mesmo assim, você sempre parece resolver muito bem essas – situações.” Ela o olhou diretamente nos olhos e sua voz abaixou ainda mais. “É muito inspirador para muitos de nós. Eu mal posso esperar para aprender – mais – com você esse ano.”

Gina pensou que Harry estava prestes a ter um colapso. Tenho que resistir à tentação de lançar nela meu feitiço contra bicho-papão, ela pensou furiosamente.

“Vejo você no Expresso de Hogwarts, certo?” ela meio que ronronou para ele.

“Uh, claro, sim, com certeza, sim”, disse Harry.

Ela tocou o braço dele, passando a mão vagarosamente por ele enquanto começava a caminhar para longe. “Vejo você depois, então.” E com isso ela se foi.

“Harry?” Gina disse, irritada. Harry ainda estava olhando para as costas de Parvati enquanto ela caminhava. “Harry? Harry!

“Huh?” Ele pareceu sair de um transe.

“Ah, esqueça.” Gina saiu pisando duro.

Ela viu Hermione na seção de Feitiços, caminhou até lá e começou a procurar pelos seus livros de feitiços do quinto ano. Devia ter um olhar fulminante no rosto pois Hermione olhou para ela com as sobrancelhas levantadas.

“O que aconteceu com você? Você está com uma cara de quem quer lançar um feitiço em alguém.”

“Exatamente. O feitiço contra bicho-papão é bom demais para uma certa grifinória do sexto ano chamada Parvati”, Gina disse com os dentes cerrados.

“O que ela fez?”

“Ela encontrou Harry e estava praticamente babando nele todo. Foi absolutamente revoltante!” ela disse, fazendo uma cara de nojo.

“Parvati? Ela nunca tinha mostrado nenhum interesse em Harry antes, nem mesmo no baile.”

“Bem, ela está mostrando interesse agora. Ela não podia ter sido mais óbvia sobre isso. E Harry não fez nada a respeito!”

“Ah, entendo”, disse Hermione com um leve sorriso.

“O que isso quer dizer?” disse Gina, enquanto puxava livros das prateleiras e os colocava de volta sem nem olhar para eles.

“Gina, Harry não vai ficar interessado na Parvati.”

“O que isso me importa? Ele pode ficar interessado nela se quiser.” Ela bateu um dos livros na madeira de trás da estante com força.

“Ele não está interessado nela, Gina.”

“Você não o viu, Hermione. O maxilar daquele idiota estava praticamente batendo no chão.”

“Parvati é bonita, claro,...” Hermione começou. Gina lançou um olhar perigoso para ela. Hermione continuou rapidamente, “mas Harry não vai se apaixonar só por uma carinha bonita.”

“Cho Chang.”

“Está bem, touché. Mas Harry não conhecia Cho. O que aconteceu quando ele a conheceu melhor? Uma carinha bonita não foi o suficiente, foi? E Harry conhece Parvati há cinco anos. Ele a levou no baile e não caiu de amores por ela depois. Ela só o pegou de surpresa e seus hormônios entraram em erupção”, terminou Hermione, gracejando.

Gina abafou um pouco o riso. “Bem, talvez você esteja certa. O que há de errado comigo de qualquer jeito? Por Merlin, eu não acredito que estou me deixando sentir ciúmes. Mas ela apareceu num momento tão errado Hermione. Harry e eu estávamos tendo um bom tempo juntos, rindo, e ela apenas estragou tudo. E depois ela me olhou com aquele nariz empinado e me disse um ‘você não é a irmãzinha mais nova do Rony?’ Como se eu precisasse ouvir aquilo, especialmente com Harry bem do meu lado.

Gina suspirou e disse, “Me escute. Eu não vou ficar me preocupando com a vida amorosa do Harry. Só continuar com o meu caminho, certo? Se alguma coisa acontecer, aconteceu, se não, não. Eu não vou ficar me exaltando por causa disso.”

“Esse é o espírito”, disse Hermione. “Apenas lembre-se de que Harry será um longo caminho para qualquer um.”

“Tenho certeza. Ninguém sabe disso mais do que eu”, Gina falou, revirando os olhos. “Obrigada, Hermione.”

Parte 2

Hermione sorriu para si mesma enquanto Gina se movia para outra seção para procurar pelo resto de seus livros. Eu espero que o Harry a note esse ano, pensou. Ele precisa de alguém que o ajude e o entenda, e Gina o conhece tão bem. Ela suspirou. Sabia que ele não iria fazer nada sobre isso mesmo que começasse a notá-la. Como ela disse antes a Gina, ele provavelmente precisaria de um empurrão.

Seus pensamentos foram levados para sua própria situação, fazendo com que seu sorriso se esvaísse. Ela sabia que não devia, mas o fracasso de Rony em dizer alguma coisa a ela no lago a tinha magoado. Tinha sentido como se tivesse sido rejeitada, e aquilo tinha sido um grande golpe em sua autoconfiança. Ela tinha tido tanta certeza que o olhar que ele tinha dado a ela era algum tipo de sinal, mas ele tinha dado para trás e não tinha dito ou feito nada desde aquele dia. Talvez ele tenha apenas compreendido que não queria realmente que algo acontecesse, ela pensou, carrancuda.

Tudo tinha estado normal ultimamente. Eles se divertiram juntos, Rony a provocou por causa de seus estudos e eles brigaram por coisinhas pequenas mais do que deviam. Foi como se os momentos no lago não tivessem acontecido.

Tendo terminado com Feitiços, ela começou a dar uma olhada na seção de Aritmancia quando notou um garoto baixo e magro lançando olhares para ela. Ele parecia levemente familiar, e depois ela se lembrou que ele era um sextanista da Corvinal chamado Joseph. Ele tinha um pouco de reputação de ser um estudante bastante inteligente.

Joseph aproximou-se um pouco dela e finalmente falou. “Ahem. Você não é Hermione Granger?” ele disse, um pouco tímido.

“Sim. Você é Joseph O’Donnel, certo?” disse Hermione educadamente.

Ele parecia satisfeito de que ela soubesse o nome dele. “Sim! Claro que eu conheço você, você tem as maiores notas de toda a escola. É pouco comum que você seja da Grifinória e não da Corvinal.”

Hermione corou um pouco. “Bem, o Chapéu Seletor considerou a hipótese de me mandar para a Corvinal, mas escolheu a Grifinória no final.”

“Eu vi que você estava olhando livros de Aritmancia. Então eu suponho que você vai entrar na classe avançada, certo?”

“Sim, é uma das minhas matérias preferidas!” Hermione disse, entusiasmada.

“Minha também”, ele disse, empolgando-se com o assunto. “Você sabe, eu tenho que dizer que seu ensaio sobre a Teoria Deblume que o professor postou no quadro de avisos foi brilhante.”

“Oh, bem, eu não achava que alguém lesse aquelas postagens. Quero dizer, eu leio, mais eu nunca tinha visto ninguém mais lendo”, ela disse, satisfeita.

“Eu leio todos os seus ensaios que são postados”, ele disse timidamente. “Eu realmente admiro o seu trabalho.”

“É muita gentileza da sua parte dizer isso”, disse ela, extremante feliz com os elogios.

E então ele começou uma análise do ensaio de aritmancia e eles discutiram sobre isso por alguns minutos. Hermione então percebeu que estava apreciando muito a conversa, já que era raro que alguém quisesse discutir sobre o que ela escrevia. Rony e Harry certamente não faziam isso.

“Sabe, eu sei que muitos acham que é besteira, mas eu admiro sua idéia do F.A.L.E.”, disse Joseph.

“Sério?” Hermione estava um pouco chocada. Ela quase nunca conseguia reações positivas das pessoas a essa idéia.

“Sim. É tão óbvio que é escravidão, não é? Eu acho que o mundo bruxo poderia aprender alguma coisa com o dos trouxas nesse assunto. Devo dizer que eu sou um nascido-trouxa, como você. Eu acho que os nascidos-bruxos viveram com isso por tanto tempo que não vêem a imoralidade inerente disso.”

“Sim! É exatamente isso”, disse Hermione empolgada.

E então ele pareceu ficar um pouco nervoso. “Hm, Hermione, ano que vem na escola, você gostaria de, uh, estudarmos juntos? Algum dia? Você sabe, eu e você?”

O cérebro de Hermione de repente paralisou. Ela se perguntou o que ele estava realmente pedindo. Por um lado, era perfeitamente inocente estudar com um parceiro, mas ela tinha a sensação de que Joseph queria algo a mais. Uma parte dela queria dizer não, para não introduzir mais nenhum problema em sua relação com Rony. Mas outra parte dela agitou-se fortemente. Ela não estava se sentindo particularmente querida por Rony naquele momento, e a sensação de ter um garoto interessado nela era muito agradável.

Ela estava prestes a dar a ele uma resposta vaga quando Rony apareceu.

“Ei, Hermione. Pegou todos os seus livros?” ele disse, olhando para Joseph com suspeita. “Quem é você?” Rony perguntou, um pouco rude.

“Oh! Rony, este é Joseph”, disse Hermione.

“Oi”, disse Rony, franzindo as sobrancelhas para o garoto suspeitosamente.

“Er, olá”, Joseph respondeu, nervoso.

“Bem, melhor pegar seus livros, huh?” disse Rony.

“Uh, sim, talvez você esteja certo. Hermione, melhor eu ir. Vejo você na escola.” Joseph saiu apressado.

“Rony, qual é o problema com você? Isso foi rude!” disse Hermione, brava.

“Eu não gostei dos olhares daquele ali”, disse Rony com teimosia.

“O quê? O que havia de errado com ele?”

“Ele parecia – suspeito”, disse Rony de cara feia.

“Ele é um estudante de Hogwarts!”

“O Malfoy também é. Hermione, eu preciso mesmo explicar isso pra você?”

“Talvez você devesse”, disse Hermione, cruzando os braços.

“Você-sabe-quem pode estar recrutando qualquer um.

“Ele é Joseph O’Donnel! E é um dos melhores estudantes de Hogwarts!”

“Riddle também foi um dos melhores estudantes de Hogwarts! Nós não sabemos se os pais dele são Comensais da Morte!”

“Os pais dele são trouxas!”

Os olhos de Rony se estreitaram. “Como você sabe disso?”

“Ele me disse!”

“Você parece saber muito daquele garoto O’Donnel”, disse ele, irritado.

“Chega! Já tive o suficiente disso vindo de você, Ronald Weasley!” Hermione se virou, procurando por Joseph.

“Joseph!” ela gritou por ele. Ele virou-se para ela de outra seção. “Nós não terminamos nossa conversa. Eu adoraria estudar com você quando nós voltarmos para a escola”, ela disse, e depois deu a ele o melhor sorriso que conseguiu por no rosto.

O rosto de Joseph iluminou-se. “Ótimo! Eu vou procurar por você em Hogwarts”, ele disse acenando para ela.

Hermione acenou de volta e depois olhou para Rony, desafiando-o a dizer algo. Ele tinha ficado boquiaberto durante aquela cena, e quando percebeu, fechou a boca com pressa.

“Certo então”, disse ele. “Bem, eu acho que vou procurar por mais dos meus livros.” E então ele saiu, parecendo tenso e infeliz.

Hermione virou-se de volta para seus livros, tentando impedir que suas lágrimas caíssem.

***

Depois de pagar por seus livros, Harry saiu da livraria para esperar por seus amigos. Tinha decidido comprar o livro de Poções apenas para o caso de Snape decidir ser razoável. Ele não tinha muita esperança de que isso acontecesse, mas estar preparado para o caso não iria machucá-lo.

Ele ainda estava um pouco agitado de seu encontro com Parvati. Ela com certeza nunca tinha falado com ele daquele jeito antes, e ele tinha que admitir que ela estava muito bonita. Ele engoliu em seco com a lembrança. Ela está afim de mim ou algo assim? ele se perguntou, um pouco alarmado. Não era um bom juiz para aquele tipo de coisa, mas mesmo ele tinha que admitir que tinha alguma coisa ali.

Ele levou Parvati em consideração. Ela sempre foi gentil. Ele não tinha realmente pensado em nada sobre ela desde o baile. Claro, ela era um membro da A.D., e isso dava a ela algum crédito na mente dele. Ela tinha ido bastante bem praticando defesa.

Mesmo assim, sem ela bem na frente dele agora, ele apenas não conseguia sentir nenhuma atração por ela. Mas quando ela tinha estado na frente dele, uma parte dele tinha se sentido muito atraída. Ele engoliu em seco de novo com a memória. O que está acontecendo comigo? ele pensou, Eu NÃO estou afim da Parvati. Ele balançou a cabeça, tentando expulsar a menina de sua mente.

Apoiando-se na parede, ele teve uma sensação estranha. Olhou em volta e pensou ter visto um bruxo olhar para outro lado de repente. O bruxo era bastante alto e estava usando uma capa preta que escondia sua cabeça. Estava casualmente lendo uma noticia pregada em um quadro de avisos, mas Harry jurava que o bruxo tinha estado olhando para ele. A voz de Olho-Tonto Moody parecia gritar em sua cabeça, Vigilância constante!

Ficando com uma suspeita ainda maior, Harry decidiu fazer um teste. Andou pela rua olhando algumas vitrines e depois parou e se agachou para amarrar os sapatos. Deu uma espiada para trás de si mesmo, e com toda certeza, o bruxo o tinha seguido, mantendo distância.

Harry congelou. Isso ainda pode ter sido coincidência, pensou. Continuou andando, para ganhar tempo enquanto pensava no que deveria fazer. De vez em quando dava uma parada para dar uma olhada melhor na vitrine de alguma loja, e o bruxo misterioso parecia achar alguma desculpa para parar também. Harry teve certeza de que o homem estava seguindo seus movimentos.

Harry tomou uma decisão e entrou em uma loja de objetos raros e antigos. Rapidamente moveu-se para os fundos da loja, onde poderia observar a porta sem que ninguém percebesse. Esperou alguns minutos. Finalmente viu o bruxo aparecer em uma janela e dar uma espiada na loja. Parecia estar procurando por Harry. E então ele caminhou até a porta e entrou.

Não havia dúvida na mente de Harry agora que o bruxo estava atrás dele. A adrenalina tomou conta de seu corpo enquanto tentava desesperadamente pensar em um plano. De repente uma garrafa contendo um estranho crânio de animal explodiu, fazendo um grande barulho. Magia acidental agora não, ele pensou, irritado.

O bruxo ficou surpreso com o barulho e então localizou Harry olhando para ele. Harry escapuliu para fundos da loja, procurando freneticamente por uma saída. Podia ouvir os passos atrás de si enquanto o bruxo o perseguia.

Achou uma porta e rapidamente correu por ela, saindo em um beco úmido atrás da loja. Começou então uma corrida desenfreada. O beco tinha poucas pessoas, mas ele conseguiu atrair olhares curiosos de algumas bruxas de aparência assustadora. Virou em uma esquina do beco, mergulhando em um canto escuro e sombrio, e então esperou, tentando acalmar sua respiração pesada pela corrida e pelo nervosismo.

Viu o bruxo caminhando pelo beco. O bruxo parou e tirou uma pequena caixa de dentro do bolso. Fazendo um movimento com a varinha em cima da caixa, ele falou alguma coisa para dentro dela e depois começou a balançar a caixa em um movimento padrão e circular. Harry não podia ver o que a caixa fazia, mas parecia indicar alguma coisa para o bruxo. O homem balançou a caixa em arcos cada vez menores. Harry então percebeu que os arcos estavam convergindo para o canto escuro, mostrando ao bruxo onde estava escondido. Tinha apenas segundos antes de ser descoberto.

Harry começou a correr de novo, o bruxo rapidamente em seu encalço. “Espere!” o bruxo gritou. Harry o ignorou. Não iria ser capturado por um Comensal tão facilmente.

Entrando um pouco em pânico, ele abriu a primeira porta que viu e entrou correndo por ela. Era a porta dos fundos de um depósito, cheio de uma grande quantidade de caixas amontoadas. As caixas estavam se abrindo sozinhas, enquanto mercadorias flutuavam vindo do outro lado do galpão para se empacotar por si mesmas dentro das caixas.

Harry escondeu atrás de uma caixa particularmente grande e esperou, prendendo a respiração. Pensou na possibilidade de paralisar o bruxo com um feitiço, mas não estava completamente confiante de que conseguiria pegar o bruxo de surpresa. Tinha aprendido uma quantia tremenda durante o verão, mas não tinha tido oportunidade de praticar. Se seu feitiço fosse bloqueado, então sua posição seria entregue. Não queira arriscar entrar em um duelo. Uma idéia alternativa começou a se formar em sua cabeça. Se isso funcionou com um trasgo...

Pegou sua varinha e sussurrou, “Wingardium Leviosa!” Ele levitou uma das caixas no ar e esperou por um tempo. Podia ouvir o bruxo misterioso movendo-se por perto, mas não podia vê-lo. Esperou ansiosamente o bruxo se mostrar.

Finalmente viu o bruxo andou vagarosamente em direção a sua posição, segurando a caixinha estranha em sua frente. Só mais um pouquinho, Harry pensou, nervoso.

Agora! Harry soltou a caixa, e ela caiu bem em cima da cabeça do bruxo, fazendo-o ir ao chão. Harry correu até ele, movimentando a varinha enquanto lançava o feitiço. Cordas saíram de sua varinha, enroscando-se com força ao redor do homem.

Harry chegou mais perto do bruxo com cautela, sem ter certeza de que o bruxo realmente estava inconsciente. Viu a varinha do homem ali perto e guardou-a em um de seus bolsos. Tirando o capuz do bruxo, Harry viu um homem estranho que nunca tinha visto antes. O bruxo parecia realmente estar nocauteado.

Harry estava tentado a apenas deixar o bruxo onde estava, mas decidiu que era melhor levá-lo consigo. Alguém talvez quisesse fazer perguntas a ele e também achou que o bruxo talvez precisasse de algum atendimento médico. Apesar de provavelmente ser um Comensal da Morte, Harry não queria matá-lo.

Harry levitou o corpo e caminhou para fora do depósito. Caindo em si, ele percebeu que estava perdido e não tinha certeza de como voltar para a rua principal. Começou a andar pelo caminho de onde tinha vindo. As pessoas no beco lançavam a ele olhares estranhos enquanto o corpo que levitava se movia em sua frente.

Finalmente achou um beco lateral que parecia familiar e que o levou de volta à rua principal. Começou a andar de volta para a livraria, com a esperança de encontrar a Sra. Weasley junto com Rony, Hermione e Gina. Tudo o que realmente queria fazer era repassar a responsabilidade do estranho para alguns aurores.

Começou a atrair mais e mais olhares curiosos e então notou que algumas pessoas na rua estavam na verdade o seguindo. Sentido um pouco de desgosto, ele se perguntou se as pessoas o tinham reconhecido. Finalmente viu Rony, Hermione e Gina bem à frente.

“Hey!” Harry chamou.

“Harry!” disse Hermione com voz estridente. “Onde você estava?”

Gina parecia tão preocupada quanto Hermione. “Você está bem?”

“Sim, eu estou. Esse bruxo estava me perseguindo”, Harry respondeu. “Eu consegui nocauteá-lo e amarrá-lo.”

“O quê!” disse Rony. “Quem é ele? De onde ele veio? Ele é um Comensal?”

“Eu não sei”, Harry respondeu. “Eu apenas quero me livrar dele. Onde está a sua mãe?”

“Nós a encontramos depois que você desapareceu. Ela ficou histérica e foi procurar os aurores que deveriam estar de olho na gente”, disse Rony.

“Aurores? Nos seguindo?”

“Claro, amigo. O Beco Diagonal normalmente tem muita segurança nos dias de hoje, mas eles asseguraram alguma segurança extra para você.”

“Harry Potter!” A Sra. Weasley correu até ele e o apertou em um abraço desesperado. “O que aconteceu? Você está bem?”

“Eu estou bem, Sra. Weasley, de verdade.” Ele notou que ela não estava sozinha. Dois homens que Harry não conhecia a acompanhavam.

“Harry, esses são os Srs. MacGregor e Blackhorn. Eles são aurores que estão fornecendo segurança extra para o Beco Diagonal. Por favor, conte a eles o que aconteceu.”

Os dois homens voltaram sua atenção para Harry. “Bem, uh, eu notei esse bruxo me seguindo, e então sai andando. Ele veio me seguindo, e eu dei um jeito de nocauteá-lo.”

Os aurores levantaram as sobrancelhas. “Certo, Sr. Potter, vamos dar uma olhada no seu perseguidor aqui.” Caminhando até o bruxo, eles abaixaram seu capuz. Depois olharam um para o outro com um olhar chocado e começaram a rir. Um gemido veio do bruxo misterioso, à medida que ele recuperava a consciência.

“O que é tão engraçado?” Harry perguntou, um pouco irritado.

“Bem, Sr. Potter, você conseguiu capturar um bruxo perigoso”, disse MacGregor. “Normalmente perigoso para bruxos das trevas, na verdade. Você capturou o auror que supostamente deveria estar lhe protegendo. Nós o conhecemos bastante bem. O nome dele é Robert Page.”

Page deu outro gemido. “Bem, Page, não é todo dia que alguém é capturado por Harry Potter”, disse Blackhorn, com uma grande risada.

“Está bem, está bem, apenas me desamarre Blackhorn. Oooh, minha cabeça”, disse Page, gemendo.

“Eu sinto muito mesmo, Sr. Page”, disse Harry.

“Não sinta, Sr. Potter. Você fez o que tinha que fazer”, disse Page, se livrando das cordas. Harry ofereceu a mão para ajudá-lo a se levantar. “Eu deveria ter me identificado uma vez que meu disfarce foi arruinado. Aquilo foi um bom trabalho. Eu só queria que não tivesse sido contra mim.”

Harry ruborizou com o elogio.

“Apenas mais um dia na vida de um futuro auror, não é, Potter?” disse Blackhorn, rindo.

“Como você sabe que eu quero ser auror?” perguntou Harry.

Os três olharam para ele em descrença. “Isso é uma piada?” perguntou Blackhorn. “O que mais você seria, um secretário na seção de arquivamento?”

“Tonks nos contou sobre ter visto a memória em que você enfrenta Você-sabe-quem na penseira”, MacGregor disse, com alguma inveja de boa índole. “Quem dera eu pudesse ter visto isso por mim mesmo. Claro, todo mundo no Departamento sabe do seu recorde em aventuras. Você vai ser um bom auror algum dia. Certo, Page?” E direcionou a Page outra risada.

Page olhou para ele de mau-humor. “Vocês todos vão ser impiedosos com isso, não vão?” ele suspirou. “Bem, eu suponho que há pessoas piores por quem eu poderia ter sido capturado. Essa vai ser uma historia pra contar aos meus netos.”

Harry estava queimando de embaraço com todos aqueles elogios, mas também sentiu um vazio totalmente novo por não ter passado por pouco no N.O.M. de Poções. Estava tentado a contar aos aurores que sua opção de carreira era impossível, mas se segurou. Tinha que esperar que Hermione estivesse certa e de algum jeito tudo desse certo.

“Bem, melhor voltarmos ao trabalho”, disse MacGregor. “A propósito, Potter,” ele continuou, conspiratório, “não se preocupe com nenhuma questão sobre ter usado magia sendo menor de idade. Nós vamos ter certeza de que nada venha a chamar a atenção de ninguém. Não que você devesse ter que se preocupar com nada, mas...” A raiva passou rapidamente por seu rosto por meio segundo e depois ele sorriu novamente.

Blackhorn ficou sério, olhando Harry nos olhos. “Foi uma honra conhecer você, Sr. Potter. Boa sorte para você no futuro.” Ele apertou a mão de Harry solenemente. MacGregor concordaram, assentindo.

“Sr. Potter, algum dia nós poderíamos sair para tomar um Firewhiskey por todo esse incidente”, Page disse, sorrindo.

Harry sorriu de volta. “Eu ficarei feliz em acompanhá-lo.”

E então os três aurores se foram.

“Você está bem, Harry?” perguntou a Sra. Weasley, preocupada.

“De verdade, Sra. Weasley, eu estou bem. Por que você não termina suas compras? Desculpe por ter te deixado preocupada.”

“Eu realmente tenho mais algumas coisas para comprar...” disse a Sra. Weasley, incerta.

“Eu acho que está tudo bem agora. Alarme falso, certo? Por favor continue, e nós nos encontramos depois no mesmo lugar”, Harry disse, com o que ele esperava que fosse uma expressão convincente. Ele apenas queria que o dia voltasse ao normal.

“Hum, está bem, Harry, se você tem certeza.”

“Eu tenho.”

“Vejo vocês depois então, crianças”, disse Sra. Weasley, saindo.

Eles todos disseram tchau e acenaram.

“O que vocês acham da gente ir almoçar?” disse Rony. “Estou faminto.”

Hermione revirou os olhos. “Por isso não me surpreende? Mas eu também estou ficando com um pouco de fome. E vocês dois?”

“Parece bom para mim”, disse Gina.

“Tem um restaurante bem do outro lado da rua do Gringotes. Eu preciso pegar algum dinheiro para o ano. O que vocês acham de eu encontrar vocês depois no restaurante?” disse Harry.

“Por mim tudo bem”, disse Rony, e as meninas assentiram em concordância.

Eles caminharam pela rua, maravilhados com a variedade de produtos em exibição. Finalmente eles chegaram a Gringotes e Harry se separou do grupo.

Ele entrou no banco e notou que em adição às múltiplas séries de portas havia também segurança extra. Muitos duendes estavam de pé por todo o banco parecendo mais malvados do que o normal. Ele caminhou até uma das mesas e falou com um duende particularmente feio.

“Meu nome é Harry Potter. Gostaria de acessar meu cofre, por favor.”

O duende pareceu grosseiro enquanto o encarava através de seus óculos com formato de meia-lua. “Potter, eh? Um momento, por favor.”

O duende saiu apressado e Harry foi deixado sozinho por algum tempo. No momento em que Harry estava prestes a sair para procurar algum outro duende para ajudá-lo, o duende retornou. “Tem alguém que gostaria de falar com você. Este é Garnak. Ele vai acompanhá-lo.” O duende gesticulou para um duende musculoso que estava ao seu lado.

“Por favor, por aqui Sr. Potter”, disse Garnak. Ele tinha a expressão de quem preferiria estar guiando um rato de esgoto a Harry.

“Espera, do que se trata isso tudo?” disse Harry, nervoso. Seu nível de paranóia estava bastante alto depois dos eventos que aconteceram mais cedo naquele dia.

Garnak olhou para ele com desprezo. “Você está perfeitamente a salvo. Ministro Ragnok gostaria de uma palavra com você.”

Harry parecia não estar convencido, mas deixou-se ser guiado através de uma porta próxima. Eles andaram por um longo túnel que começou a descer. Fizeram uma série de giros e voltas, e rapidamente Harry estava perdido. Apenas podia ter a esperança de que eles iriam levá-lo de volta para a entrada depois.

Finalmente eles chegaram a uma porta ornamentada. Garnak bateu na porta um vez e disse, “O Sr. Potter está aqui para vê-lo senhor.”

“Entre”, disse uma voz serena.

Harry entrou em um escritório bastante grande, cheio de artefatos mágicos dentro de estojos de vidro. No final da sala havia uma mesa ampla, com um pequeno e enrugado duende sentado atrás dela. Ele parecia ser muito velho. Garnak conduziu Harry até a mesa.

“Meu nome é Ragnok. Sente-se por favor, Sr. Potter.” Harry sentou-se na cadeira em frente à mesa. “Garnak, por favor deixe-nos a sós.” Garnak saiu da sala, fechando a porta atrás de si.

“Sr. Potter, eu pedi para vê-lo para que pudéssemos discutir um assunto muito importante. Na verdade, o assunto seria o retorno de Lord Voldemort.”

Harry parecia surpreso.

“Sim, nós ousamos falar o nome dele.” Ragnok sorriu. “Duendes geralmente concordam com Dumbledore nesse caso.”

“Por que você quer falar comigo sobre isso?” perguntou Harry com curiosidade.

A expressão de Ragnok tornou-se amarga. “Antes de responder isso a você, Sr. Potter, permita-me dar-lhe algumas informações. Você precisa entender que os duendes estão divididos quando o assunto é Voldemort. Alguns de nós apóiam sua conquista da sociedade bruxa.” A voz dele tornou-se desdenhosa. “Alguns de nós acreditam que ele nos dará a liberdade que o regime atual nos nega.”

“Outros, como eu mesmo, sabem que Voldemort só se importa com seu próprio poder, e quaisquer promessas que ele nos der só servem para nos enganar e usar. Voldemort é a favor da escravidão, não da liberdade.”

Ragnok cruzou os dedos das mãos. “Uma outra coisa que você precisa saber é que Voldemort está tramando para desestabilizar a economia do mundo bruxo. Não está inteiramente claro o que ele está fazendo, mas estão havendo oscilações suspeitas no mercado de galeões em circulação.” Os olhos de Harry começaram a perder o brilho. “Bem, os detalhes não são importantes. Só saiba que uma guerra não é travada apenas no campo de batalha, mas também pode ser lutada economicamente. Eu suspeito que há traidores infiltrados dentro dos meus próprios domínios que estão fazendo com que isso seja possível para ele.”

“Agora, por que eu estou lhe contando tudo isso?” disse Ragnok. “Simplesmente, Sr. Potter, porque você é a chave para a derrota de Voldemort.”

Harry se perguntou se ele sabia sobre a profecia.

“Eu vejo que isso não parece ter te surpreendido. Só posso supor que Dumbledore tem suas próprias fontes de informação. Sr. Potter, nós duendes temos nosso próprio tipo de magia profética, e nós mantemos orelhas baixas sobre esse assunto. Nosso poder é grande – maior do que eu acredito que você saiba.”

“Francamente, existem alguns na comunidade dos duendes que gostariam de entregar-lhe a Voldemort. Eles acreditam que isso iria fazer com que eles ganhassem grandes recompensas. E iria – temporariamente. Mas há outros, a maioria eu espero, que estão preparados para colocar nosso poder a seu favor quando a batalha final estiver prestes a ser travada.”

Harry estava tentando acompanhar a correnteza de pensamentos em sua cabeça que estavam ameaçando inundar seu cérebro. “Por que você está me contando tudo isso? Por que não contar a Dumbledore? Ele aprece saber muito mais sobre isso do que eu, para ser franco.”

Ragnok sorriu. “O que faz você acreditar que eu não o fiz? Eu contei tudo isso a Dumbledore, recentemente para dizer a verdade.”

“Então por que me contar também?”

Ragnok fez uma pausa, roçando o queixo com seus longos dedos. “Sr. Potter, a sociedade dos duendes tem memória longa. Como você sem dúvida deve ter notado nos seus estudos, já houveram muitas rebeliões dos duendes. Não há nada novo sobre os bruxos assumindo o controle da sociedade mágica.”

“Como eu disse, você é um bruxo excepcionalmente poderoso. Se você derrotar Voldemort, o que acontecerá depois? O que irá impedir-lhe de tomar o lugar dele?”

Harry ficou paralisado ao escutar isso. “Eu nunca iria me tornar outro Voldemort!” ele disse enfaticamente.

Ragnok parecia sombrio. “Oh, eu nunca esperaria que você fosse governar usando os mesmos métodos. Mas quando alguém tem um grande poder, fica tentado a usá-lo. Tenho certeza que você iria usá-lo para o ‘bem’, ou como você quiser chamar. Mas um bom governante ainda sim é um governante.”

Harry negou com a cabeça. “Eu não quero governar a sociedade mágica!”

“Você pode não ter escolha. Se você estivesse face a face com a queda da sociedade, anarquia em outras palavras, e através de seu próprio poder você pudesse trazer a ordem de volta, você iria dar as costas? Iria recusar?”

Harry apenas continuou balançando a cabeça, sem saber a resposta – temendo a resposta.

“Isso pode não acontecer desse jeito. Nossas predições não são tão especificas assim.” Ragnok fitou Harry com um olhar firme. “Mas se for, Sr. Potter, por favor, se lembre de quem foram os seus amigos nos dias de hoje.”

Ragnok fez um gesto e Garnak silenciosamente reentrou na sala. Ragnok se levantou, e Harry o imitou. “Foi um prazer, Sr. Potter. Se você precisar de algo, por favor, não hesite em me contatar.” E então apertou solenemente a mão de Harry.

Garnak o conduziu através do labirinto de túneis até o salão principal. Ainda confuso e impressionado pela conversa, ele quase foi embora sem satisfazer sua intenção original. Mas deu um jeito de sair de seu estupor e ir dar uma olhada em seu cofre, voltando de lá com algum dinheiro.

Harry atravessou a rua em direção ao restaurante. Viu seus amigos sentados em uma mesa ao ar livre, conversando animadamente com o sol os esquentando. Caminhando até a mesa, Harry sentou-se vacilante em uma cadeira. Deve ter parecido bastante cansado já que todos os outros se viraram para encará-lo.

“Eu não tenho certeza do quanto ainda posso agüentar hoje”, disse ele.

“Inferno sangrento! O que agora?” perguntou Rony.

“Rony!” disse Hermione, encarando com um olhar perfurante. “O que aconteceu, Harry?”

“Aconteceu alguma coisa no Gringotes?” perguntou Gina, preocupada.

Harry fez uma pausa, reunindo seus pensamentos. Esfregou as têmporas, como se tentando colocar alguma ordem em sua mente. Rony passou-lhe uma cerveja amanteigada, e Harry tomou um longo gole.

“Eu não sei nem mesmo como explicar isso. Melhor eu apenas contar desde o começo.”

Harry começou a dar uma explicação mais ou menos completa dos acontecimentos em Gringotes. Estava tentado a deixar de fora a parte sobre o medo dos duendes dele governando a sociedade mágica, mas descobriu que não tinha energia suficiente para editar seus pensamentos.

“Whoa! Harry Potter, Rei da Magia!” disse Rony, rindo. “Eu posso ser um cavalheiro?”

“Rony! Isso não tem graça!” disse Hermione, encarando-o mais uma vez.

Harry riu. “Não, não tem. Mas rir disso ajuda um pouco.”

Rony deu um sorriso malicioso. “E é claro que nós sabemos quem deseja ser a rainha”, disse ele lançando um sorriso de lado para Gina. Ela olhou perigosamente para Rony, e Harry sentiu-se embaraçado e irritado como ela. A vingança logo seria feita.

“Claro, Rony, você pode ser um cavalheiro. Mas quem você vai escolher para ser sua donzela indefesa?” Harry perguntou com sua própria malicia.

Rony congelou. Hermione parecia um pouco envergonhada, mas levantou as sobrancelhas e olhou para ele, esperando por sua resposta. Gina parecia estar lutando para não rir alto. Harry apenas esperou, não teria pena dele dessa vez.

“Vocês estão prontos para fazer o pedido?” Um elfo doméstico apareceu ao lado da mesa. “Eu acredito que vocês estavam esperando por seu amigo?”

O rosto de Rony se acendeu. “SIM! Eu acho que nós estamos prontos para pedir! Um pedido de comida! Certo então!” Ele agarrou o menu, segurando-o de cabeça para baixo, mas não pareceu ter notado esse pequeno detalhe. “Peixe e fritas! Essa é a entrada. Vocês todos terminem de pedir, eu acho que vou até o toalete.” E com isso, ele saiu apressado.

Gina revirou os olhos e disse enquanto soltava o ar, “Sortudo idiota.”


N/A(P1): Eii gente!! Desculpa a demora pra atualizar... Como disse na nota do cap anterior tava meio apertada na facul e pra completar ainda fiquei sem pc.. =/ Ooo custo que foi pra convencer meu irmão a me deixar usa o dele de vez em qndo essa semana... Mas de qlqr jeito ai está o cap!! Eu só consegui terminar metade dele pq ele é o maior de todos até agora e tb por causa do pc.. Mas vou ver se dou um jeito de postar a outra parte dele ainda nesse fds...

E nesse cap a Parvati aparece de novoo!! Pra qm nao gosta dela segurem as pontas pq ainda vão morrer de raiva dela nessa fic.. xD Mas fala sério.. A Gina e o Harry são uma gracinha juntos.. Pra que que ela foi lá atrapalhar??

Obrigada a todos que comentaram!! E até daqui a uns diaszinhos, quando eu terminar o resto do cap!!

=**

N/A(P2): Olá pessoas!! Só passando aqui rapidinho para colocar a segunda parte do cap!! Espero que tenham gostado!! Mas tenho que ir, to atrasada pra minha aula!!

Obrigada a todos que comentaram!! E até o próximo!!

=**

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