Em meio a floresta



- Al... – uma voz fraca, porém familiar.
- Tira ele dali, seu sujo, seu covarde!
- Ih, olha lá o pirralho – e virou-se para Harry – Potter, eu disse pro Alvo que achava que você tinha dado educação a ele. Agora vejo que definitivamente não.
- A minha educação... Depende da sua! – disse Alvo.
- Muito bem, meu filho. Você é uma ótima pessoa!
Uma sensação de felicidade e ao mesmo tempo medo invadiram suas veias e foram levadas até tocar em seu coração. Uma lágrima escorreu em seu rosto e ao mesmo tempo em seu coração. Será que ele morreria? Será que seu pai morreria? E sua mãe?
- Mãe? – chamou-a.
- Meu... Filho! – e outra lágrima percorreu o rosto de Alvo.
Alvo hesitou. Sua vontade era de levantar dali e salvar seus pais, mas não podia. Estava preso por correntes demasiadas grossas. Sua varinha poderia abri-las, mas não estava com ele. Estava numa pequena almofada conjurada por Malfoy ao canto da sala juntamente com as de seus pais. Estava perdido. Totalmente perdido. Seria o fim de uma história, de uma família. Como ficariam seus irmãos depois? Sem pai, sem mãe, sem irmão. Era muito triste, seria um final doloroso. Estava entre a vida e a morte. Estava fraco. Seus pais estavam demasiados fracos também. Nada o salvaria agora. Não tinham mais chances. Sua varinha estava muito longe. Se ao menos pudesse pegá-la... Há esta hora, Draco já estava com a varinha em punhos e levemente apontada para Harry e Gina. Alvo – com sua boa audição – ouviu um barulho que ninguém mais ouviu. Olhou de imediato para o alçapão. A cara de Brian – ou um pedaço desta – olhou para Alvo. Depois seus olhos giraram e quando entenderam a situação, arregalaram-se. Não podia ser possível. O garoto pareceu hesitar. Alvo olhou para o lado que se encontrava sua varinha e de seus pais.
- Accio varinhas! – a voz inaudível de Brian trouxe para si as três varinhas. Com a sua, soltou Alvo e levitou a varinha deste até ele mesmo.
Ninguém percebera. Estavam muito ocupados ameaçando Harry e Gina.
- Expelliarmus! – lançou Alvo em Draco.
Sua varinha voara longe. Ele só percebera segundos depois. Fez uma cara nada agradável. Nesse meio tempo, Alvo e Brian soltaram Harry e Gina e desarmaram McTripe e Scorpius. Foi tudo muito rápido. Brian correu até a varinha de Draco, mas este foi mais rápido, lançando um feitiço no Sonserino, o fazendo voar para trás.
Draco se ergueu soberano e apontou a varinha para Alvo. Harry correu e pulou em cima dele, fazendo-o cair. E então eles começaram uma briga, socos eram distribuídos para todos os lados. Draco estava por cima.
- Vem filho... – gritou Gina
Alvo correu até ela, lhe dando as mãos. Brian já estava de pé e os três saíram correndo rapidamente. Emergiram no dormitório e subiram as escadas para o Salão Comunal, que estava cheio de Sonserinos. Todos olharam assustados para eles. Sem dar explicações, eles continuaram a correr, saindo do Salão.
- Temos que avisar a McGonagall... – disse Brian
Eles correram alguns corredores, até que uma voz ecoou por um deles e um raio verde veio em direção a eles. Brian só tivera tempo de se virar para trás e ser atingido. Ele caiu imediatamente para trás, duro como uma pedra, seus olhos sem foco, fixados para cima. Gina deu um grito de terror e Alvo se agachou até Brian, fechando seus olhos com uma de suas mãos.
- Ele está morto! – disse ele
Draco ficou parado onde estava. Suas pernas tremiam e seus cabelos estavam bagunçados. Um filete de sangue escorria de sua boca. Scorpius e McTripe estavam logo atrás, horrorizados. Ele respirou fundo e disse:
- Fiquem parados...
- Corre! – gritou Gina
Eles saíram correndo, mas dessa vez desceram as escadas e logo estavam saindo pelo portão principal do castelo, deixando o corpo de Brian jogado no chão do corredor. Logo estavam no jardim. Alvo tropeçou uma hora e Draco quase os alcançou.
- VEM! – gritou Gina para seu filho
Aos poucos, eles se embrenharam no meio da Floresta Proibida e se perderam. Eles corriam rapidamente por entre os grossos troncos de arvores que ser erguiam monstruosamente acima deles. Até que eles pararam, para respirar.
- O Brian mãe... – disse Alvo chorando – Ele morreu!
- Sim filho... – disse Gina – Me de sua varinha...
- Mas mãe... – disse Alvo
- Agora! – disse Gina severamente
Alvo apalpou as vestes e entregou sua varinha para a mãe rapidamente. Naquele momento, Draco surgiu de um lago, Scorpius do outro e McTripe no outro. Estavam encurralados, porem, nem Scorpius nem McTripe possuíam varinhas.
- Fim da linha... – gargalhou Malfoy
- Não para ele... – disse Gina – Corre Alvo...
Alvo saiu correndo e pulou em cima de McTripe, que caiu bruscamente no chão, batendo a cabeça de ficando desacordado instantaneamente. Alvo desatou a correr, quando levantou e Scorpius atrás dele. Alvo ouvia os gritos dos feitiços lançados por sua mãe e Draco, até que ele não ouviu mais nada quando chegou ao lago. Ninguém estava ali na borda. Scorpius o alcançou.
- Pronto Potter! – disse Scorpius – Como é doce a vingança...
- Eu... – Alvo foi se afastando, de costas para o lado, até que ele sentiu algo gelado em seus pés, já havia colocado seu pé lá dentro – Vem então...
Scorpius avançou para cima de Alvo, mas no mesmo momento, Alvo se virou e arremessou Scorpius para dentro do lago. Este caiu e Alvo viu os tentáculos da Lula Gigante o pegando e o levando para o fundo do lago. Alvo se afastou sorridente, até que ele encostou-se a alguma coisa, ele se virou e encarou seu pai, com um olho roxo.
- Pai... – disse ele
- Eles estão na floresta não estão? – disse Harry rapidamente, sacando a varinha – Fique aqui ok? Não faça nada de perigoso... Estou indo...
Dizendo isso, Harry saiu correndo, desaparecendo em meio as arvores gigantescas e sombrias da Floresta Proibida. Alvo correu até a cabana de Hagrid e bateu fortemente na porta. O meio gigante a abriu rapidamente.
- O que foi Alvinho? – perguntou Hagrid
- Meu pai e minha mãe... Vivos... Floresta... Draco... – disse Alvo sem tempo para explicações decentes – Vamos para lá agora!
Hagrid arregalou os olhos.
- Seus pais vivos? – disse ele – Oh Merlin, vamos!
Hagrid pegou Alvo no colo e começou a correr rapidamente. Cada passada que ele dava, equivalia cinco de Alvo, que ficara impressionado com a tamanha agilidade que um meio gigante tinha. Eles pararam em certo ponto. Tentando ouvir qualquer ruído que podia indicar o rastro de Harry e Gina, até que um raio amarelado passou na frente dos dois e atingiu uma arvore, que imediatamente despencou no chão.
- Ai... – disse Hagrid – Os Centauros não vão gostar nada disso, vamos Al...
Eles começaram a correr na direção do feitiço e começaram a andar mais lentamente, quando enxergaram por entre as arvores, Harry e Malfoy duelando, enquanto Gina estava caída no chão, desacordada.
- Seu idiota... Estupefaça!
O feitiço passou por debaixo dos braços de Harry que revidou com outro feitiço estuporante. Aos poucos, o lugar foi se tornando uma área de duelos. Varias arvores já haviam sido derrubadas e nenhum dos dois haviam sido acertados. Alvo subiu nas costas de Harry para ter uma visão melhor do duelo feroz que estava tendo entre seu pai e Draco Malfoy.
- Expelliarmus!
O feitiço passou a centímetros do corpo de Malfoy, atingindo uma arvore próxima. Malfoy se jogou no chão e jogou um raio violeta em Harry, que abaixou, jogando um raio amarelo contra Malfoy. Os feitiços eram distribuídos com muita facilidade e ambos desviavam da mesma forma, até que Malfoy lançou um raio azul em Harry e ele caiu no chão. Malfoy ficou em pé e retirou a varinha de Harry, jogando-a pro lado. Ele apontou a varinha e disse:
- Adeus Potter... Avada Kedrava!
- Expelliarmus!

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