Fofocas e modinhas



- Sentem-se! – disse McGonagall quando entraram na sua sala, a Sala do Diretor – Muito bem, agora expliquem-se.
- Este sujo e imundo contou meu segredo para todos!
- Olhe bem suas palavras, ou... – disse Alvo ofendendo-se.
- Ou o quê? Potter?
- Ou os dois terão detenções! E Sonserina perderá cem pontos!
- Professora?
- Calado, Potter!
- Desculpe, mas como posso me explicar se tenho que ficar calado? – disse Alvo.
- Como se atreve a falar assim comigo, Potter?
- Estou apenas fazendo o que a senhora mandou: explicando-me! Ou tentando me explicar!
- Como ousa me responder dessa forma? – há esta hora a professora estava vermelha de raiva - Detenção, Potter! Amanhã, às dezenove horas.
- Tudo bem, professora, posso explicar agora?
- Potter! – urrou McGonagall – Você anda muito engraçadinho estes dias! Mas, tudo bem, explique!
- Professora! Se me permite explicarei tudo! – interrompeu Brian – Este moleque...
- CALE-SE BRIAN! – bradou McGonagall – Detenção para o senhor também! No mesmo horário! Agora chega! Não quero mais saber o que aconteceu! Cem pontos a menos para a Sonserina! Retirem-se imediatamente daqui!
Os garotos fizeram o que foi mandado. Quando saíram da Gárgula, Brian passou por Alvo, lhe deu um empurrão e disse:
- Você me paga, Potter!
Alvo sentia-se o mais odiado na escola. Não tinha nenhum amigo, não tinha ninguém para ficar. Com exceção de Rosie, sua namorada. Mas ela era da Grifinória e vê-la não era tão fácil. Era difícil conviver com todas aquelas pessoas. Scorpius, até então seu amigo, aprontara com ele. Não era mais seu amigo? Será que nunca fora seu amigo? Alvo estava confuso.
A fofoca agora no Castelo era o motivo de gargalhadas toda vez que esta era lembrada. Brian iria aprontar com Alvo. Só que ele não sabia quando ou como.No dia seguinte, Alvo dirigia-se ao banheiro porque estava com uma imensa dor de barriga. Procurou uma cabine vazia. Entrou correndo. Desesperado de vontade de fazer as suas necessidades diárias, ele abriu sentou-se no vaso sanitário e começou a mandar “aquelas coisas” privada abaixo.
Estava com uma imensa dor de barriga. Quando, de repente, vê algo estranho aparecer por cima da divisória das cabines: uma câmera fotográfica. E como foi feita a máquina, era tirou uma foto. Alvo percebeu por causa do flash. Imediatamente ele puxou um pedaço médio de papel higiênico, passou em seu traseiro sujo de fezes e tacou na pessoa ou grupinho. Se acertou, Alvo não sabia. Outra coisa que ele não sabia era: quem tirara a foto? Será que fora Brian mesmo? Ele era um em muitos. Alvo era tão impopular na escola, que poderia ser qualquer um.
Como esperado, logo a foto percorreu por toda a escola, de mão em mão acabou chegando, finalmente, a Alvo. A fofoca do primeiro beijo de Brian imediatamente mudou-se para a foto de Alvo Severo Potter fazendo suas necessidades – uma foto incrível na opinião pública.
À noite, as três para dezenove horas, Alvo encontrava-se perante a Gárgula de Pedra que levava à Sala do Diretor ocupada por ninguém menos, ninguém mais que Minerva McGonagall, diretora de Hogwarts. Disse a senha da qual já sabia – Alvo Dumbledore. Era engraçado. A senha tinha seu nome com o sobrenome do diretor de Hogwarts na época de seu pai – um homem tão adorado por Harry que fez este por colocar o nome no filho. A gárgula admitiu uma escada da qual Alvo subiu. Bateu a porta. “Entre”, ouviu uma voz familiar. Entrou, às exatas dezenove horas.
- Vejo que ao menos é pontual, Potter. Sente-se e aguarde o Sr. Brian chegar!
Alvo fez o que a professora mandou. Ele começou a pensar o motivo por estar ali. Lembrou do episódio do banheiro. Lembrou de como as pessoas o odiavam. Lembrou de que o amava, se é que existisse alguma pessoa. Lílian. Lílian Potter, sua irmã. Lembro da carta dela.
- Professora – chamou Alvo
- Sim?
- Minha irmã está se sentindo, digamos assim, sozinha. Você sabe... Meus pais... Eles, bem, morreram – e deixou uma lágrima escorrer em seu rosto.
- Sim, Potter? O que houve com sua irmã? – disse McGonagall emocionando-se também.
- Ela me mandou uma, uma carta... Pedindo para... Para...
- Para?
- Para vir à Hogwarts mais cedo... Será que é possível?
- Bem, Potter, é um caso entre pouquíssimos. Um caso raro, muito raro. Um caso à... Pensar!
Ouviram batidas à porta. McGonagall disse alto e em bom som: “Entre”. Brian entrou e sentou-se ao lado de Alvo.
- Quero que os dois peçam desculpas uns aos outros – os dois abriram a boca para retrucar, mas ela interrompe-os antes deles começarem –, apertem as mãos e se esclareçam. Primeiro você, Alvo.
- Me recuso Professora McDonald’s!
- O que disse Potter?

- Me recuso, Professora McGonagall!
- Eu não ouvi isso! – retrucou Minerva.
- Também não! – disse Brian entrando na conversa.
- Calado! Por que você sempre se mete nas minhas conversas com Potter?
- Ai, doeu em mim, essa, hein Brian?!
- Cale-se também!
- Posso cantar-lhe uma musiquinha antes?
- Cantar? Onde está com a cabeça para cantar... Para mim?
- É! Presta atenção na música. É uma música trouxa brasileira. Tocava bastante quando meu... Pai... Me levou ao Brasil:

Venenosa, ê ê ê ê ê,
Minerva venenosa, ê ê ê!
É pior do que cobra cascavel,
Sua detenção é cruel, el el el!

- POTTER! – berrou Minerva – Com pôde? Vou mandar uma carta para seu pai!
- EU NÃO TENHO PAI! ELE MORREU! – e saiu correndo, chorando.
A intenção de Minerva realmente não era de magoar Potter. Ela havia esquecido, por falha de memória. Não culpou Alvo de “fugir” da detenção, entendia seus motivos.
O que Minerva não gostou nada foi a nova fofoca da escola: não era mais a foto de Alvo, era a “Professora Ms Donald’s” e sua música “trouxa-brasileira”. Já havia chegado aos ouvidos de “Mc Donald’s” que não gostou nem um pouquinho.
Quando ouvia alguém falar esse nome ou cantar a música, dava detenções. Só que Hogwarts tinha muitos alunos e todos eles estavam adquirindo a nova moda. Seria muitas detenções e Minerva não daria conta nem com a ajuda dos professores. Jorge Weasley, professor de vôo, também estava cantando a nova música na Sala dos Professores, por acaso, Minerva entrou na sala e ouviu. Os Monitores também cantavam diariamente a música. Minerva esta a ponto de explodir de raiva.
Alvo – até então odiado por todos – passou seus melhores momentos em Hogwarts: ele virara popular com essa história toda de zoar os professores. Vários nome surgiram depois de Bobobottom e Mc Donald’s. Todos o acharam muito corajoso para falar aos nomes e música na cara da professora.
Até Brian fizera as pazes com Alvo. Eles andavam juntos – mesmo sendo de anos bem diferentes – e Philip contentava-se em contar o que havia acontecido depois que
Alvo saíra porta afora. Scorpius arrependeu-se do que havia feito. Agora tentou reaproximar-se de Alvo.
- Alvo... Posso falar com você? – perguntou Scorpius, no Salão Principal.
- Fala – respondeu seco.
- Er... Desculpa pelo berrador e pela... Foto!
- Então... Foi você?!
- Fui! Fiz para que você pensasse que era Brian! E brigar mais com ele, me desculpe! Perdoa-me?
- Você quer andar comigo porque agora eu sou popular! Porque agora eu estou no topo! Mas, NÃO Malfoy, NÃO quero sua amizade! James estava certo! Os Potter e os Weasley ODEIAM os Malfoy!
- Mas... Alvo...?
- Chega Malfoy!
Neste momento, Kemily chega ao local. Malfoy já atira-se por cima de Potter para falar com a namorada.
- Veio falar comigo, amorzinho?
- Não! Vim falar com o Alvo! – e virou-se para o garoto – Desculpe pelo tapa, está bem? Não fica chateado comigo! Ah, me dá um autógrafo?
- Claro! Onde?
- Na minha blusa! E entregou uma caneta para o garoto que escreveu caprichosamente:

Para Kemily Parkinson, de Alvo Severo Potter.

- Que letra linda!
- Obrigado – e corou ligeiramente.
- Hey, Kemily, você é minha namorada, ta lembrada?
- É, Malfoy, agora não sou mais! Venha, Alvo, vamos sair de perto das más companhias.
Kemily puxou o garoto pelo braço. Depois de alguns passos, ele olhou para trás e viu Malfoy bater o pé direito no chão e dizer “Droga!”.

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