O primeiro beijo
A fofoca na escola era o namoro de Philip Brian e Karen Wyler, do sétimo ano. Eles haviam se beijado na frente da metade da escola. Todos haviam visto a cena. E rapidamente se espalhou pelo colégio inteiro. Era desconfiado de que os professores já haviam descoberto. Mas não tinha problema, o que havia de demais em um beijo? O beijo foi um pouco estranho, por isso o motivo da fofoca. “Por que será?”, pensou Alvo.
A resposta logo chegou quando Alvo ouviu uma conversa entre Philip e James.
-... Contar para absolutamente ninguém ouviu?
- Ok, Philip... Conta!
- Se contar eu serei detonado na escola! Estou morto de humilhação!
- Ta! Conta logo o que foi que eu to ficando preocupado! Humilhação? O que houve?
- Sabe o beijo um e da Karen?
- Sei! Aquele que virou histórico?
- Não virou histórico! Mas, sim, é esse! Então... Esse foi meu...
- Seu?
- Meuprimeirobeijo! Pronto, falei!
- Falou, mas eu não entendi!
- Foi meu p-pri-meiro b-bei-jo! – e o garoto tapou o rosto com as mãos.
- Ah, e o que há de errado nisso?
- Ah, fala sério, James! Eu estou no sexto ano! Já tenho quinze anos!
- É... Isso é verdade! Mas nem liga, cara! – disse James que não conseguiu esconder um risinho de gozação.
Realmente não tinha nada demais, mas seria realmente uma humilhação ao “público escolar”. Alvo rira desde então, mas não contara pra ninguém e muito menos tivera coragem para falar com Brian o que sabia. Ele ficara mais interessado em gastar seu precioso tempo junto com Rosie, quando não tinham aulas.
- Al... – disse a garota
Ela estava deitada em seu colo e ele estava sentado no jardim do Castelo, observando o enorme lago. Ele acariciava seus grandes e ruivos cabelos. Vários alunos passavam rapidamente por ali e muitos casais se beijavam.
- Estou gostando muito de ficar com você... – disse ela finalmente – Sabe... Você é diferente dos outros garotos sabe... Você...
- Assim eu fico envergonhado... – disse Alvo corando
Rosie riu.
- Bem... – disse ela – Meu pai, creio eu, não ficara muito feliz se descobrisse nosso namoro...
- Eu... – Alvo corou mais ainda
Não havia pensado em nenhum momento se quer nessa hipótese. Ele sabia desde muito pequeno, que Rony era muito conservador, quando se tratava de sua preciosa e amada filha. Mas também sabia que com Hermione ele não teria problemas.
- Bem... – disse ela – Ele não iria fazer nada com você...
- Como você sabe? – perguntou Alvo
- Você sabe como ele é... – disse Rosie pensando – Ele iria no mínimo, lhe transformar em um animal babuíno balbuciante que baba em bando...
Alvo se imaginou sendo um animal babuíno balbuciante que babava em um grande bando nos jardins de Hogwarts, enquanto Rosie ria de sua nova forma grotesca que adotara.
- Ele sabe transfigurar? – perguntou Alvo receoso
- Meu pai?
Rosie riu novamente.
- Ele é tão bom em feitiços quanto um Trasgo... – disse ela rapidamente, sorrindo doentemente – Ele nunca foi bom em feitiços de transfiguração... Mas, de ataque sim!
Dessa vez Alvo se viu sendo estuporado por Rony cinco vezes, enquanto caia no lago pelos tentáculos da Lula Gigante e via Rony rindo febrilmente.
- Como você sabe? – perguntou Alvo
- Er... Ele é meu pai Al!
- Bem... Ele é... Mas ele nunca te atacou, atacou?
- Não!
- Então como você sabe?
- Sabendo!
- Então ele já lhe atacou! – repetiu Alvo
- Claro que não!
- Claro que sim!
- Alvo! – disse a menina ferozmente – Você quer discutir comigo se o MEU pai é bom em feitiços de ataque? Eu convivo na mesma casa que ele...
- Mas ele não ataca nada e ninguém dentro de sua casa! – disse Alvo – Não que eu saiba é claro...
- Larga de ser chato! – disse Rosie rindo
Ela lançou seus braços em volta de seu pescoço e o beijou carinhosamente, depois, ela jogou a mochila nas costas e se levantou. Alvo fez o mesmo.
- Temos aula agora... – disse Rosie – Eu estou indo...
- Que aula você tem? – perguntou Alvo
- Transfiguração – disse ela – E eu aposto que você tem aulas com a professora McGonagall não é? Toma cuidado... Ela vai ensinar vocês transfigurar um sapo hoje...
- E porque eu tenho que tomar cuidado? – perguntou ele
Eles andaram em silencio até as escadarias do Hall de entrada, até que ela disse:
- Ela tirou mais de cinqüenta pontos da Grifinória!
- Por...?
- Explodiu o chão...
- Ei...
- Pensei que você não ia se tocar... – disse ela retomando a caminhada – Nós temos aula juntos agora seu desmemoriado...
- Ah é! – disse Alvo corando – Eu esqueci...
Eles subiram e desceram escadas, passaram por vários estudantes das quatro casas e finalmente entraram na Sala de Transfiguração. McGonagall olhava atentamente um pergaminho que estava em cima da sua mesa, quando eles chegaram.
Só havia eles lá e mais ninguém. Eles aproveitaram e saíram novamente, para dar alguns beijos, até que ela saiu lá fora também e quase pegou os dois no flagra. Eles entraram assustados, porem, divertidos com o risco.
- O que vai ser hoje? – perguntou Alvo a ela
- Espere os outros chegarem... – disse a professora simplesmente, enquanto voltava a sentar-se à mesa.
Os alunos aos poucos começaram a chegar. Rosie e Alvo logo garantiram seus lugares, um ao lado do outro, enquanto Scorpius e Kemily faziam o mesmo. Malfoy lhe lançou um olhar de reprovação.
- Fera Verto! – disse McGonagall – Hoje nós iremos usar esse feitiço... Por favor, peguem os camundongos que estão ai em baixo...
Todos apalparam em baixo da carteira e pegaram um camundongo. As meninas deram gritinhos abafados de nojo, enquanto os garotos riam. McGonagall se certificou de que todos estavam com seus ratos na superfície e apontou sua varinha para um rato de um aluno da Sonserina:
- Fera Verto! – disse ela
O rato imediatamente se transformou em um imponente cálice, a qual, McGonagall encheu, murmurando um “aguamenti” quase inaudível. O cálice se encheu de água.
- Eu quero todos fazendo isso... – disse ela e se sentou atrás de sua mesa.
Alvo pegou sua varinha e apontou para o rato, que recuara no mesmo instante. Ele se concentrou ao máximo e disse:
- Fera Verto!
E rato se transformou em um cálice branco, da mesma cor do cálice de Rosie, que já estava cheio de água quando ele olhou. Ele encheu o cálice de água também e sorriu para a namorada.
Scorpius estava custando para transformar seu rato, enquanto Kemily já estava com seu cálice cheio de água. Alvo riu ao ver a expressão de Scorpius tentando transformar seu rato em um cálice.
- Ele não está se dando bem... – disse Rosie
- Também acho que não! – disse Alvo
Os dois riram. McGonagall se levantou de sua mesa imediatamente e disse em voz alta:
- Tempo acabado!
Todos pararam de murmurar feitiços e ela começou a passar de mesa em mesa, dando cinco pontos para cada rato transformado sem falhas. Quando ela parou no Scorpius, fez uma expressão nervosa e continuou a andar, sem dar nenhum ponto para ele. Também, o cálice tinha um rabo.
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